26. A leitura dos dados apresentados permite afirmar que, no período considerado, A) no sul da Ásia e na África Subsaariana está, proporcionalmente, a maior concentração da população miserável. B) registra-se um aumento generalizado da população pobre e miserável. C) na África Subsaariana, o percentual de população pobre foi crescente. D) em números absolutos a situação da Europa e da Ásia Central é a melhor dentre todas as regiões consideradas. E) o Oriente Médio e o Norte da África mantiveram o mesmo percentual de população miserável.
Notas do Editor
A região é a única no mundo onde o número de pessoas vivendo sob extrema pobreza, com menos de US$ 1 ao dia, quase que dobrou entre o início dos anos 80 e 2004. A África subsaariana, cuja população representa pouco mais de 10% da população mundial, abriga cerca de 60% das pessoas infectadas com o vírus HIV em todo o mundo. A região conta com 25,8 milhões de soropositivos e continua sendo o local mais atingido pela Aids. Esse número é maior em 1 milhão se comparado com as estatísticas de 2003.
A maioria dos países da África Subsaariana está na categoria de países do Banco Mundial com Renda Nacional Bruta (RNB) inferior a US$ 765 per capita por ano. Etiópia e Burundi estão em situação mais precária, com US$ 90 da RNB por pessoa. Mesmo países com renda média como o Gabão e Bostsuana possuem boa parte de sua população vivendo na pobreza. No norte da África, as condições são um pouco melhores do que ao sul do Saara. Lá estão as economias mais estáveis, comércio e turismo são relativamente altos e há uma menor incidência de Aids.
A África recebe cerca de um terço do total de ajuda dada por governos em todo o mundo, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Boa parte da ajuda vem com condições, ou seja, os governos que a recebem têm que implementar determinadas políticas para recebê-la ou gastar os recursos comprando bens e serviços do país doador. O Banco Mundial alega que a ajuda é muito mais eficaz e menos vulnerável à corrupção quando atrelada à melhoria da governança. Houve uma redução drástica nos gastos dos países ricos em ajuda no final da década de 90.