O documento discute a experiência e avaliação estética. Apresenta as três fases da experiência segundo Pierce: primeiridade, secundidade e terceiridade. Descute também os tipos de experiência, parâmetros e procedimentos para avaliação estética, incluindo questionários e entrevistas.
2. EXPERIÊNCIA
• É aquilo se força sobre nós impondo-se
ao nosso reconhecimento
• É o contato entre duas coisas: sujeito e
objeto
3. FASES
• Segundo Pierce, todas as experiências
possuem três fases:
1. Primeiridade
2. Secundidade
3. Terceiridade
4. PRIMEIRIDADE
• Recepção do estímulos pelos órgãos
sensoriais
- Consciência superficial, sem análise ou
comparação
• Modo mais imediato e instintivo
da experiência
5. SECUNDIDADE
• Compreensão do significado
- Comparação com memórias
• Vem antes do pensamento articulado e
depois do puro sentir
6. TERCEIRIDADE
• Reflexão e interpretação pelo sujeito
• Representação mental constituída pela
experiência
- Constituição de novas memórias
7. EXEMPLO
• Olhar um céu azul
- Primeiridade: sensação da cor azul
- Secundidade: o azul é o céu, não há nuvens
- Terceiridade: noção de que não choverá
9. TIPOS DE EXPERIÊNCIA
• Segundo Barilli, o ser humano tem três
tipos principais de experiência:
- Experiência comum
- Experiência científica
- Experiência estética
10. EXPERIÊNCIA COMUM
• Experiência do nosso cotidiano
• Hábito, ato repetitivo, sem reflexão
• Eventos imprevistos fogem aos hábitos
- É preciso mudar o modo de intervenção
ou para dominar ou para fruir
11. EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA
• Analisamos, decompomos
- Para identificar problemas
- Para eleger soluções
• Tem caráter instrumental
- Após resolvido o problema, voltamos aos
hábitos
12. EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
• Consideramos a situação de modo mais
amplo, rico e intenso para fruí-la
• Tem caráter afetivo
- Sentimos prazer
- Esquecemos repressões e censuras
17. NORMAS
• Convenções sociais sobre o gosto
- Também são dinâmicas
• Sofrem influência de instituições sociais
- Meios de comunicação
- Academias de arte
26. FORMULÁRIO
O que você sente ao observar este cartaz?
-2 -1 0 +1 +2
Repulsão Atração
Surpresa desagradável Surpresa agradável
Tédio Diversão
Desprezo Admiração
Insatisfação Satisfação
27. ENTREVISTA
• Perguntas feitas por entrevistador
• Gravação em áudio ou vídeo
• Objetivos práticos:
- Atribuição de notas
- Busca de motivos para as notas
28. ROTEIRO*
1. Numa escala de 0 a 10, que nota você daria à beleza deste cartaz?
2. Numa escala de 0 a 10, que nota você daria aos formatos?
3. Numa escala de 0 a 10, que nota você daria aos tamanhos?
4. Numa escala de 0 a 10, que nota você daria às cores?
5. Numa escala de 0 a 10, que nota você daria às fontes?
6. O que você sugere para melhorar a aparência deste cartaz?
* Exemplo de roteiro de entrevista para um cartaz
29. TRATAMENTO
• Questionário
• Porcentagens: positivo, neutro e negativo
• Entrevista
• Médias das notas
• Tabelas de transcrição
• Lista de problemas por gravidade
31. MÉDIAS DAS NOTAS
LEITURA
Beleza 6,7
0 a 4 Melhoria urgente
Formato 6,1
5 a 7 Melhoria recomendada
Tamanho 7,3
8 a 10 Melhoria desnecessária
Cor 8,6
Textura 7,8
32. TRANSCRIÇÃO
Cor da Formato Textura
Item Nota Cintura
gola da manga da manga
Beleza 9 x
Formato 8 x
Tamanho 7 x
Cor 5 x x
Textura 8 x
Outros -
33. PROBLEMAS
Participantes Números de
Problemas Gravidade
que citaram citações
Cor da gola 9 9 média
Formato da manga 12 18 alta
Textura da manga 8 11 média
Cintura 4 5 baixa
34. GRAVIDADE
• ALTA: problemas citados por
mais de 50% dos sujeitos
• MÉDIA: problemas citados por
mais de 25% dos sujeitos
• BAIXA: problemas citados por
menos de 25% dos sujeitos
35. REFERÊNCIAS
• BARILLI, Renato. Curso de estética. Lisboa: Ed.
Estampa, 1994.
• SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo:
Ed. Brasiliense, 1983.