2. REVISÃO
• O amor platônico faz sentido dentro da
estética de Aristóteles? Explique.
• Qual a grande contribuição de Kant
para a estética?
• Por que o trabalho de Fechner é
criticado e, às vezes, desprezado?
3. ESTILO KITSCH
• Na falta de um estilo próprio, o kitsch
apropria-se de uma dúzia de outros
• Kitsch é mais uma maneira de ser, uma
atitude do que um estilo
• O estilo Kitsch é um suporte objetivável
dessa atitude
4. ORIGEM DO TERMO
• Munique, Alemanha, 1860
- kitschen: fazer móveis novos com velhos
- verkitschen: vender uma coisa em lugar do
que havia sido combinado
• Negação do autêntico
5. CENÁRIO
• O kitsch aparece numa sociedade
em que há:
- Interesse pela vida cotidiana (o outro)
- Valorização das aparências
- Universalidade do artificial
- Valorização da atividade de consumo
6. CONSUMO
• A sociedade de consumo favorece:
- Crescimento das necessidades
- Redistribuição das funções
- Jogo como pretexto de funcionalidade
- Extinção incorporada
7. ALIENAÇÃO
• A alienação constitui um traço essencial
do kitsch
- O ser é determinado pelas coisas
• Há uma perda da percepção global
• A felicidade cotidiana torna-se um vício
8. PRAZER
• A sociedade de consumo é movida pela
busca de um prazer na escala do ser
- A felicidade cotidiana e para todos
dá prazer pois agrada o gosto médio
• O prazer é fácil e espontâneo
• A beleza transcendente é destruída
10. INADEQUAÇÃO
• Desvio em relação ao objetivo nominal
ou função proposta
- Prato decorativo em parede
• Desvio ou distorção da realidade
- Torre Eiffel em chaveiro
- Elefante miniatura de porcelana
- Rato gigante em bronze
11. ACUMULAÇÃO
• Preenchimento do vazio com o excesso
- Página sem áreas em branco
- Óculos de sol com rádio
• Maneirismo, barroco, rococó
12. SINESTESIA
• Assalto do máximo de canais sensoriais
- Agenda feminina com cheiro de morango
- Website informativo com fundo musical
• Uso desproposital: a coisa como um fim
em si mesmo
13. MEIO-TERMO
• O kitsch fica a meio caminho do novo,
opondo-se à vanguarda
• Produz uma arte aceitável para a massa
- Cinema da comédia romantica
14. CONFORTO
• Produção da aceitação fácil
• Exigência média como padrão
- Adaptação à maioria
• Atender às crescentes (recém criadas)
necessidades do indivíduo
15. MANIFESTAÇÃO
• Objetos ou mensagens unitárias
• Sistemas ou conjuntos de objetos,
mesmo que os elementos isolados não
tenham nada de kitsch
17. OBJETOS KITSCH
• Geralmente apresentam formas
que contém:
- Curvas muito complexas (macarrônicas)
- Ornamentação rebuscada
- Muitas cores em alto contraste
- Materiais que imitam outros
21. CONSUMO RÁPIDO
“O fenômeno Kitsch baseia-se
em uma civilização que produz
para consumir e cria para produzir,
em um ciclo cultural onde a noção
fundamental é de aceleração”
Moles (2001)
22. DINAMISMO
• O kitsch está sempre entrando e saindo
de moda
• Permeia tanto o mau gosto quanto
o bom gosto
- A arte banalizada ou o banal representado
na arte
23. PRÉ-FABRICAÇÃO
• Intenção inserida no objeto de provocar
um efeito específico no indivíduo
- Imagem da felicidade perfeita em anúncios
- Risadas gravadas em seriados de humor
- Trilhas sonoras tristes ou felizes nos filmes
24. ESTEREÓTIPOS
• O kitsch se vale das figuras
estereotipadas e do senso comum
- Vovó cozinheira
- Dona de casa com avental
- Pai trabalhador de terno
25. DESVIO DE FUNCIONALIDADE
• Certos objetos sugerem uma
funcionalidade, mas são decorativos
• A forma sobrepõe-se à função
- Formas inúteis
26. HORROR AO VÁCUO
• As superfícies dos objetos são repletas
de símbolos ou adornos
• O vazio é espaço desperdiçado
28. INAUTENTICIDADE
• Imitação como valor fundamental
• Materiais que imitam outros
- Pedra imitando concreto armado
na Sagrada Família de Gaudi
- A cópia substitui o original
29. MEDIOCRIDADE
• O kitsch é a arte de massa, direcionado
ao gosto médio
• Inova com moderação (meio-termo)
30. MENTIRA ARTÍSTICA
• Falsa representação do mundo
- Cores alteradas para agradar mais
- Grandeza desproporcional
• Precisamos da ilusão para viver?
31. REPERTÓRIO REDUZIDO
• Um código amplo é traduzido num
código reduzido
- O best seller substitui o texto inovador
- O resumo substitui a obra integral
32. TRAPAÇA
• É vender gato por lebre
• Quando é intencional constitui um tipo
de corrupção
35. FUNCIONALISMO
• É uma reação sócio-cultural ao kitsch
- A adaptação ao objetivo é bela
- A forma deve seguir a função
- A beleza é o brilho da verdade
- É preciso aceitar o produto como é
36. CRISE DO FUNCIONALISMO
• O funcionalismo é ascético
- Luta contra a inutilidade e decoração
- Produz objetos difíceis e duradouros
• Cria um conflito com o consumismo
- A ética do consumo é anti-ascética
- Valoriza-se o supérfluo e o efêmero
37. NEOKITSCH
• Para cada objeto inútil, várias
funcionalidades
• O kitsch é sacralizado
- Novo período da arte
• A publicidade cria necessidades
- O cidadão médio resiste, mas entrega-se
aos prazeres do cotidiano
38. PÓS-MODERNISMO
• Simulacro, niilismo e ecletismo
- O falso é mais desejado
- Tudo é supérfluo
- Todos os estilos são misturados
• O kitsch é quase regra
39. INTENCIONALIDADE
• O kitsch intencional: suvenirs
- Uso dos princípios do kitsch para favorecer
o gosto médio, o gosto da maioria
• O kitsch não-intencional: gadgets
- Desproporção inconsciente entre meios
e fins
43. QUESTÕES
• Deve-se oferecer ao público o que ele
pede? Explique.
• Um objeto que use a proporção áurea
é kitsch? Explique.
• Kitsch implica em mau gosto? Explique.
44. REFERÊNCIAS
• MOLES, Abraham. O kitsch. 5ª ed.
São Paulo: Perspectiva, 2001.
• KIELWAGEN, W. J. Kitsch & design
gráfico ou: teoria e prática do mau
gosto. Joinville: Ed. do Autor, 2005. pp.
14-24.