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Chapa 1 – A ADM não pode parar!
Programa e propostas

O que é o CADM?
O CADM é a representação legítima dos estudantes do curso de Administração. Tem a função
de levar as demandas dos estudantes para todas as instâncias da Universidade, mobilizar os
alunos com relação às diversas questões políticas, principalmente no que concerne à
Educação, realizar atividades de integração acadêmica, além de ser um espaço onde os
estudantes possam se sentir à vontade para expor suas críticas e debater os problemas que
enfrentamos cotidianamente, buscando soluções.
Nestas eleições, nós formamos a Chapa 1 - “A ADM não pode parar!”, que é composta pelos
membros da atual gestão “A ADM Que Queremos!” agora ampliada com novos membros
dispostos a continuar conosco o trabalho que fizemos em todo esse tempo.
Desde a 1ª gestão em 2010, a relação com os alunos do curso tem melhorado, o CADM está
hoje mais presente no cotidiano do estudante de ADM, tem membros em todos os períodos, o
que facilita a comunicação e a interação do CADM com os alunos. Estruturamos a nossa
comunicação, divulgamos as reuniões e atas e fazemos sempre questão da participação de
todos nas nossas atividades. Assim, conseguimos mudar a relação com o Departamento,
pressionando e conquistando recentes vitórias muito importantes para o nosso curso. Sem
contar nas reformas e recuperação do espaço físico do CADM, que antigamente era
completamente abandonado.
Contamos com a participação dos alunos para cumprir esses objetivos e avançar na construção
de um curso do nível da ADM/UFRJ, na melhoria da nossa Universidade, em defesa de uma
Educação Pública, Gratuita e de Qualidade. E a sua participação nessa eleição e durante todo o
ano é fundamental para construirmos um CADM cada vez mais forte, democrático,
representativo e de unidade.
É importante que cada estudante, independente de seus posicionamentos, entenda o CADM
como seu e acompanhe a sua atuação, participando das reuniões e atividades, trazendo
sugestões e críticas, para que possamos debater ideias e melhorar. Isso é fundamental para
que todas as melhorias e propostas que o CADM apresenta possam se concretizar.

Balanço político da última gestão e perspectivas para o próximo ano
Muitos dos nossos problemas específicos passam por problemas mais gerais. É preciso
entender o contexto da Educação Pública e principalmente das Universidades Federais para
irmos na raiz desses problemas. Expansão de vagas sem verba (REUNI), precarização do
ensino, tetos de sala caindo (literalmente), incêndios, falta de sala de aula, Assistência
Estudantil insuficiente, tudo isso é muito comum de ser visto nas diversas Universidades
Federais do país. O Governo Federal segue precarizando propositalmente a educação, para
depois apresentar “soluções mágicas”. Querem empurrar a qualquer custo o modelo privatista
da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) para o nosso HU, por exemplo. Mas
ninguém se preocupa em responsabilizar os gestores que deixaram o HU cair aos pedaços. Da
mesma forma, abandonam a Praia Vermelha, tiram as nossas verbas, para depois defender
que o nosso campus não tem condições para nos abrigar e forçam a nossa ida para o Fundão. E
não investigam porque não tem verba pra PV mas tem pra construir prédios modernos no
Fundão. A lógica do Governo e da Reitoria é a seguinte: criar as dificuldades para vender as
facilidades. É uma chantagem para nos impor os seus projetos que visam desmontar a
universidade pública e priorizar o ensino privado, assim como foi feito com as escolas públicas
nas últimas décadas. E, bom, nada do que é bom vem em forma de chantagem...
É esse contexto que baseia os nossos principais problemas. Neste ano, isso ficou muito claro
com o amplo questionamento que houve por parte dos alunos aos problemas como a falta de
professores, salas de aula, estrutura, bolsas, monitorias, etc. No prosseguimento da busca
pelas resoluções desses problemas junto ao Departamento, foi constatado que a ADM sofre
um verdadeiro boicote. Afinal, somos “a bola da vez” para a transferência unilateral pro
Fundão sem consulta à comunidade acadêmica.
Esse fato marcou o ano que consideramos muito vitorioso. Após sucessivos e repetitivos
problemas, os estudantes mostraram a importância de se somar ao CADM e se mobilizar para
fazermos pressão nas instâncias responsáveis por essa situação no nosso curso. Afinal, a busca
pela “ADM que Queremos” passa pelo âmbito macro – Governo e Reitoria – e pelo âmbito
micro – aquilo que é de responsabilidade da Coordenação, Departamento e Direção da FACC.
Ou seja, cumprimos a nossa proposta de atuar fortemente em todas as frentes para a melhoria
do nosso curso. Seja na atuação no contexto mais geral: articulação com os outros CA’s, DCE,
construção da ANEL, participando da Greve com os professores e técnicos e trocando
experiências com milhares de estudantes de todo o Brasil. Éramos um curso sem nenhuma
expressão no Movimento Estudantil e hoje estamos à frente de diversas lutas na UFRJ pela
Educação Pública, principalmente entre os curso da PV. Passamos de um CADM que
praticamente não existia para um CADM forte, democrático e mobilizador que, junto com os
estudantes de Administração, lotou a sala da Congregação da FACC do dia 10 de outubro (no
dia de lutas da PV), que passou a fazer cada vez mais pressão na Coordenação e no
Departamento, que derrubou um professor machista e homofóbico que causava sérios
problemas aos alunos e que mobilizou dezenas de estudantes na luta pelo transporte público
desde Outubro de 2012 e nas mobilizações de junho. Realizamos diversas assembléias esse
ano, para nos aproximarmos e escutarmos os estudantes, colocando a decisão dos processos
em suas mãos, seja na eleição pra direção da FACC, seja para a criação da Atlética, uma
iniciativa muito importante para o nosso curso, seja para estabelecermos um dia de lutas e
fazermos um grande barulho pra dizermos que Não Vamos Sair da PV.
Sabemos, também, que essa luta não pode parar. Por mais que tenhamos melhorado em
nossa organização, ainda presenciamos diversos problemas, como professores faltosos que
negligenciam a disciplina e não tem nenhum respeito aos estudantes, que faltam às suas aulas
sem sequer avisar/justificar a ausência ao Departamento e muito menos aos alunos, que
transformam suas idas à Universidade em vão. E outros que conduzem a Disciplina sem
nenhum tipo de planejamento ou organização. Sem falar os que usavam “monitores não
oficiais”, muitas vezes como uma verdadeira terceirização do trabalho. Queremos deixar claro
aqui, também, que há exceções. Uma parcela dos professores é muito comprometida e
esforçada com a melhoria do curso ou, pelo menos, com o melhor aproveitamento possível de
suas aulas. Não podemos encarar essa questão como uma briga entre alunos x professores
como alguns fazem. A nossa briga, sempre foi (e continuará sendo) contra o Governo e a
Reitoria, ou seja, contra aqueles que não estão preocupados com a nossa formação, com a
educação pública, que impedem a realização de concursos e nos retiram de salas de aula para
nos alocar nos containeres. Agora é a hora de nós, estudantes, buscarmos os professores e
ganharmos eles para essa luta: a melhoria do nosso curso!
Na última gestão, propusemos a realização de discussões com a comunidade acadêmica sobre
a grade curricular do curso de ADM para reformulá-la e fazer com que ela atendesse às
expectativas dos alunos e estivesse no nível de excelência que merece o curso de ADM/UFRJ.
Hoje temos a oportunidade de realizar essa discussão com o NDE (Núcleo Docente
Estruturante). É preciso entender o contexto em que surge o NDE e fazer com que ele atenda
às expectativas para um curso de excelência e impedir possíveis retrocessos. Apesar de ser
importante esse processo de reestruturação, ele não é democrático, pois apenas os
professores podem votar. E, o que é preocupante, é que tudo está em aberto. Ou seja,
podemos, ao final desse processo, ter um curso melhor, que atenda às nossas expectativas.
Mas também podemos ter um curso ainda pior, dependendo dos projetos apresentados. Por
isso, achamos fundamental elaborarmos uma proposta dos estudantes. Para isso, novamente
defendemos uma ampla participação dos alunos, inclusive aqueles que não forem membros do
CADM, para acompanhar as discussões e enviar as contribuições, além de estarmos próximos
aos professores dispostos a fazer um trabalho sério com o NDE. Propomos a criação de grupos
temáticos entre os alunos para discutir o projeto pedagógico do curso de ADM e, assim,
criarmos uma proposta a ser apresentada ao NDE.
Existem muitos problemas no curso. Mas percebemos que quando nos mobilizamos, quando
cobramos ações do CADM, quando estamos todos envolvidos num processo de luta, podemos
arrancar vitórias! Isso ficou claro no caso do Fora Reinaldo, que gerou a sua substituição em
tempo recorde do professor, algo que nunca tínhamos visto no nosso curso. Da mesma forma
que o caso de assédio moral e sexual que foi denunciado por uma aluna e que será objeto de
uma comissão de sindicância.
E, sem dúvida, foi uma vitória aliarmos esse processo às demandas mais gerais com a
campanha Não Vamos Sair da PV! Graças a isso, tivemos o comprometimento da direção da
FACC de que não iremos para o Fundão. Porém sabemos que não podemos confiar em suas
palavras soltas. É fundamental que continuemos nos mobilizando para conseguir um
comprometimento concreto, que garanta, de uma vez por todas, a nossa permanência na PV.
Entendemos, assim, que os problemas que passamos vão além da sala de aula e além dos
muros da Universidade. Lutamos por uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, que vá
muito além de uma formação profissional de excelência, e esteja a serviço da formação de
seres humanos conscientes e da construção de uma sociedade mais justa.
Para encerrar esse “balanço e perspectivas”, é importante ressaltar a importância que teve
para nós a construção da ANEL (Assembleia Nacional de Estudantes – Livre) e a participação de
diversos estudantes de ADM em seu 2º Congresso Nacional, em junho. Participar ativamente
da ANEL nos faz estar alinhados com os setores mais dinâmicos do movimento estudantil, em
todo o país. Vendemos muito misto-quente com guaravita pra conseguirmos dinheiro pra ir
pro Congresso, mas valeu a pena. A troca de experiências com outros estudantes, CAs e DCEs é
fundamental para que possamos compreender qual é a real situação da educação pública
brasileira e quais são as necessidades mais imediatas da juventude. Levamos 17 estudantes
para o Congresso que contou com mais de 2 mil jovens de todo o país, onde debatemos a
situação da Educação nacional e internacionalmente, pois o Congresso contou com delegações
estudantis de diversos países, como Costa Rica, Chile, Senegal, Síria, Argentina e vários outros.
Sem dúvida, construir uma entidade nacional com esse peso, debater suas políticas e se
integrar às suas campanhas tem sido fundamental para o desenvolvimento do CADM nesses
últimos anos. A troca de experiências nos faz crescer, além da integração com estudantes e
CAs de outros cursos, que nos permite levar nossas pautas para muito além da ADM, e fazer
com que ganhem muito mais repercussão, como foi o caso da campanha Não Vamos Sair da
PV.

Eventos
Seguindo nossa proposta de integração dos alunos, comparecemos em todas as pré-inscrições,
Inscrições de Disciplina e semana de recepção dos calouros. No primeiro momento fizemos
questão de deixar todos à vontade no curso, além de divulgar o nosso blog e as informações
necessárias às variadas situações da vida acadêmica (disponível no blog e no Manual do
Calouro). Na semana de recepção organizamos a aula inaugural, as palestras, a mesa política,
com profissionais da área etc. Isso é extremamente importante, pois muitas vezes, os calouros
se encontram perdidos ao entrarem e o apoio desde o início é fundamental.
Desde 2012, o CADM investe em eventos e pretendemos continuar a investir na futura gestão.
A formação acadêmica não se dá apenas dentro da sala de aula, mas também com atividades
extracurriculares, como por exemplo, eventos, atividades e debates, que acontecem todos os
dias em toda a UFRJ.
Com isso, criamos o Luau ADM, que se tornou referência em organização e evento cultural da
UFRJ. O Luau começou pequeno, entretanto, a cada nova edição seu tamanho e sua
importância aumentaram. Após a última edição, com a presença de mais de 600 pessoas,
mostramos à comunidade acadêmica que é possível fazer um evento barato, de qualidade e
com uma motivação política que refletiu os interesses dos estudantes. Como foi a 4ª edição
que teve como tema: Menos Lucro, Mais Amor: Fora Cabral!, tivemos como meta mostrar que
a festa não teve intenção de lucrar. Priorizamos levar diversão e integrar o curso em uma festa
semestral a fim de promover um momento de descontração, aliviando a galera das tensões
das aulas e provas. Sim, o luau teve lucro e esse lucro nos ajuda a financiar nossas campanhas,
como a campanha puxada pelo CADM e incorporada pelo Coletivo Não Vou me Adaptar: Não
Vamos Sair da PV!
Visando maior divulgação desta campanha a fim de melhorias para o campus e barrar a
transferência, não só do curso de Administração, mas de todos os cursos da Praia Vermelha
para o Fundão, o CADM propôs e a Assembleia de Estudantes que convocou o Dia de Lutas da
PV no dia 10 de Outubro, para lutar contra as péssimas condições que são impostas no nosso
campus pela Reitoria e trazer reflexões sobre os moldes e as motivações para essa
transferência para o Fundão. Neste mesmo dia fizemos um ato-show, onde alunos de vários
cursos diferentes puderam socializar e perceber que essa luta é de todos os cursos, não apenas
de ADM. Lembrando que para fortalecer a campanha, o CADM confeccionou 100 camisas do
“Não Vamos Sair da PV” e as vendeu por 5 reais cada uma, subsidiadas com o lucro do Luau.
A ideia da nossa chapa, quanto a eventos, não é de apenas produzi-los, mas também ajudar a
construir outros eventos do Campus da Praia Vermelha, em conjunto com os outros CA’s da PV
e com DCE. É o caso da Juquinhada, que acontece a cada duas semanas, às quintas-feiras,
perto do sujinho, e sempre com um importante tema político diferente. Achamos que
precisamos retomar as Juquinhadas, que por não ser organizadas apenas por nós, tem sido
deixadas de lado. Outro evento marcante no nosso campus é o Samba do DCE, que teve sua
tradição reativada após proposta feita por nós na reunião do GT de cultura do DCE. O Samba
do DCE possui muita história e acontece quinzenalmente nas quintas-feiras no DCE, contando
sempre com temas importantes do movimento estudantil e da sociedade, como foi o caso da
última edição, onde o tema foi: Negro é a raiz da liberdade!, como celebração do mês da
consciência negra.
A nossa chapa não quer se limitar apenas a esses eventos. Ao longo do ano temos a intenção
de desenvolver vários outros eventos, como um Sarau cultural, com bandas e outras
demonstrações artísticas para fazer nosso campus cada vez mais movimentado e integrado.
Outro evento que pretendemos construir é a Semana do Administrador, onde o foco será as
várias opções de interesse de atuação dos nossos alunos, afinal, o curso de Administração é
um curso muito amplo na escolha da carreira. O interesse de nossos alunos vai desde o
mercado de trabalho, até o setor público e até mesmo as ONGs, e por isso é importante não só
as matérias do curso refletirem isto, como também haverem palestras e atividades com
profissionais de todas as áreas.
Portanto, entendemos a realização de eventos como algo fundamental, tanto no sentido
cultural, político, festivo ou de formação. E todas essas iniciativas não são apenas realizadas
para os alunos de ADM, mas queremos que todos se incorporem a esses eventos, para que
possamos fazer de todos eles um sucesso! Para isso, procurem o CADM e continuem dando
suas sugestões. Queremos que todos estejam trabalhando conosco para construir o curso de
qualidade que desejamos.

Estrutura, Finanças e sala do CADM
Após as reformas realizadas por nós na gestão de 2012 (modificamos os locais dos móveis e
objetos, melhorando sua distribuição espacial; um novo mural informativo; aquisições de
eletrodomésticos; troca de fiações do espaço do CADM), nossa gestão continuou se
preocupando com o espaço do CADM. Nossa proposta para o espaço do CADM é melhorar
cada vez mais as condições que atraiam e confortem os alunos de Administração num local
que possa fornecer o que ele precisar. Sabemos que, por vezes, o espaço acaba ficando sujo e
desorganizado. E, por isso, contamos com a ajuda de todos que utilizam o espaço para que o
mantenha limpo e sem bagunça. Afinal, o CADM não é da gestão, mas de todos os estudantes
de ADM.
Uma conquista importante da nossa gestão foi a continuidade no processo de reestruturação
da área de finanças, que conta com um sistema organizado e eficiente de contabilidade, todas
as saídas e entradas de capital são anotadas e suas notas fiscais são devidamente guardadas,
mantendo assim o controle de todas as suas operações fiscais.
Mantivemos como um princípio a independência financeira do CADM. Ou seja, promover a
arrecadação e o aumento de receitas do CADM por meios próprios, sem ter que depender da
Universidade, de empresas ou outras organizações. Nossa independência financeira é o que
garante nossa independência política. É o que garante que nós possamos atuar diretamente a
favor dos estudantes da ADM, pois não temos rabo preso com ninguém. Só temos que prestar
contas aos estudantes de ADM, e mais ninguém. É somente dessa forma que poderemos
realizar os projetos que almejamos. Temos, ainda, como um dos princípios da nossa chapa a
transparência. Sendo assim, todas as nossas atas de reuniões são colocadas no blog do CADM,
e qualquer estudante do curso de Administração da UFRJ pode pedir para ver o livro caixa do
CADM.
Infelizmente, tivemos que desativar a CantinADM, onde disponibilizávamos vários produtos
desde biscoitos a refrigerantes pois, diferente do que acontecia no ano passado, passou a
sumir dinheiro do copo que deixávamos lá. A relação de confiança é a base pra manutenção da
cantina. Porém, não podemos nos permitir ter prejuízo financeiro porque alguns
freqüentadores do CADM estavam pegando dinheiro da cantina. O CADM é um espaço aberto
e qualquer pessoa pode freqüentar. Mas a nossa saída do Palácio fez com que os estudantes
de ADM freqüentassem cada vez menos o nosso espaço, abrindo a possibilidade de isso
acontecer. Lamentamos esse fato e estamos pensando em alternativas que nos permitam
reativar a cantina.

Comunicação
Como já mencionado, a aproximação de cada estudante e a construção do CADM por todos é
de extrema importância para o fortalecimento da luta pelas melhorias do nosso curso, da
nossa Universidade e da educação pública como um todo. Com o objetivo de aprimorar essa
aproximação e estabelecer transparência em nossos atos, estamos trabalhando para a
melhoria das ferramentas de comunicação do CADM.
Entre as ações destaca-se a ampliação do Blog (cadmufrj.blogspot.com.br): com o intuito de
ser uma referência para os estudantes e demais interessados no curso de ADM e nas
atividades do CADM. Lá podem ser encontradas as informações e documentos gerais sobre o
nosso curso (fluxograma, contatos dos professores, formulários importantes), sobre os órgãos
e conselhos da universidade, informações sobre bolsas e monitorias, divulgação das atividades
do Movimento Estudantil, do DCE e da Praia Vermelha, além da cobertura fotográfica e
audiovisual de eventos como a recepção dos calouros, Luau, etc. No blog, estão reunidas
informações sobre o CADM, como a lista com os nomes e contatos de seus membros,
divulgação das datas de reuniões e atas das reuniões passadas.
Também há o perfil no Facebook (facebook.com/UFRJ.CADM) e o e-mail
contato.cadm@ufrj.br: esses meios facilitam a interação por estarem bem acessíveis e
disponíveis para esclarecimentos, sugestões e denúncias. Com os meios disponíveis, faz-se
necessário que o hábito pela busca na informação seja desenvolvido e convocamos a todos
para a contribuição e participação no CADM, seja através destes meios, procurando algum
membro, ou principalmente através das reuniões que são abertas a todos os alunos.

Combate às opressões
Na sociedade, infelizmente, ainda é bastante comum assistirmos cotidianamente situações de
machismo, racismo e homofobia. Desde situações mais graves como agressões físicas e
assassinatos até expressões mais sutis, como uma “piada”, nos deparamos com a opressão e
isso também acontece na Universidade e no nosso curso. A chapa “A ADM não pode parar”
repudia todas as formas de opressão e tem avançado nos últimos anos, como gestão do
CADM, no debate e nas iniciativas de denunciar e combater os casos que ocorrem em nosso
curso. Fazemos uma defesa incondicional na defesa dos direitos de mulheres, negros e LGBTs.
Mulheres
É assustador vermos todos os dias nos jornais que a violência contra a mulher não pára de
aumentar, seja ela física ou psicológica, e os casos de estupros nunca foram tão alarmantes.
Atualmente, as mulheres ocupam praticamente metade dos postos de trabalho. Contudo, a
maioria desses empregos são rebaixados e com excessivas jornadas, e as submetem,
cotidianamente, ao assédio moral e sexual.
Aqui na ADM, onde cerca de 45% dos alunos são mulheres, são comuns casos de professores
fazerem “piadas” machistas em sala de aula, constrangendo alunas. Alunas serem a maioria
escolhida para monitoria pelo professor sem processo seletivo legal - o que além de revelar o
pensamento de que a função de auxílio é feminina, é extremamente prejudicial, pois faz com
que essa experiência não possa ser reconhecida em seu currículo acadêmico futuramente -, ou
terem de se submeter a assédio sexual para participar de grupos de pesquisa. Tivemos dois
casos recentes de denúncias de assédio sexual e moral praticados contra alunas por
professores dentro de sala de aula. E a participação de todos nesse processo, a unidade de
homens e mulheres nessa luta, foi fundamental para que pudéssemos conquistar vitórias
como o afastamento imediato de um desses professores e a abertura de sindicância contra os
dois, para apurar e, se for o caso, puni-los.
No mercado de trabalho, as mulheres que conseguem trabalhar em grandes corporações, se
deparam com o chamado "teto de vidro". Elas podem até galgar cargos na escalada
organizacional, mas raramente conseguem alcançar os mais elevados, como os de direção.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
(IBGC) nas maiores empresas do país, mostra que, das 3.635 posições de conselheiros listadas,
319 são ocupadas por mulheres, ou seja, apenas 8,78% dos conselhos de administração, um
número irrisório, principalmente se considerado que as mulheres ocupam metade dos postos
de trabalho no país.
Como se não tudo isso já não fosse o bastante, as mulheres ganham menos ocupando os
mesmo cargos de homens, apesar de, na média, terem mais anos de estudo. Segundo
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2012, a renda média
mensal masculina foi de R$ 1.698,00, enquanto a das mulheres de R$ 1.238,00. Quase 28% de
diferença!
Essa é uma dura realidade. É por isso que acreditamos que a luta pelo fim do machismo é uma
luta de homens e mulheres na busca por uma sociedade onde todos tenhamos os mesmos
direitos e os mesmos deveres, onde haja igualdade, apesar de nossas diferenças.
Negras e negros
Existe um mito no Brasil: o de que há igualdade racial entre negros e brancos. É o que
chamamos de “mito da democracia racial”. Alega-se que a diferença entre negros e brancos é
apenas uma questão econômica e não racial. Porém, é só olharmos para a realidade e veremos
que não é bem assim. Hoje, apesar da população negra ser mais da metade da população total
do país, negras e negros representam menos de 3% nas Universidades Públicas. Por outro
lado, representam mais de 90% da população carcerária no país. E, ainda, continuam tendo
menor expectativa de vida. A juventude negra já nasce com destino traçado, enfrentando um
trágico genocídio nas periferias, onde um jovem negro tem 132% a mais de chance de ser
assassinado que um jovem branco. Ainda hoje, os negros têm uma taxa de analfabetismo de
13%, mais que o dobro da taxa entre brancos. São maioria nas escolas públicas, mais
precarizadas pelo descaso do Governo, mas são minoria na Universidade. São negras e negros
os que vivem nos bairros mais pobres, onde há menos investimentos do Governo, onde não há
hospitais, saneamento básico e quase nenhum direito. Muitas vezes, a primeira vez que o
Estado se apresenta a um jovem negro da periferia, é na hora de lhe dar voz de prisão. Com
isso fica claro que a pobreza no Brasil tem cor, e ela é negra.
A situação ainda consegue piorar no caso específico das mulheres negras, pois a terrível
combinação do machismo com o racismo se traduz numa dura realidade de preconceito que,
entre outras situações, no âmbito do trabalho se reflete em um salário 60% menor do que o de
um homem branco e até 50% menor do que o de uma mulher branca.
Nos colocamos contra a elitização do ensino e em favor da entrada de todos os setores
oprimidos e marginalizados na Universidade. Defendemos as cotas raciais, mas achamos que
elas devem vir combinadas com políticas de assistência estudantil para que consigam
permanecer. Por isso, é fundamental a ampliação de bolsa-auxílio, bandejão, bibliotecas de
qualidade, etc. Lutaremos incansavelmente contra a marginalização de negras e negros e pela
sua inserção na Universidade, pelo fim do racismo e pela valorização da cultura e da história
do povo negro.
LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais)
O Brasil é o país que mais mata LGBTs. Mais de 300 LGBTs são mortos por motivação
homofóbica todos os anos. Os números são aterrorizantes, mas vale lembrar que essa barbárie
pode ser ainda maior, visto que homofobia ainda não é criminalizada por lei, e, por isso, vários
assassinatos por homofobia não são assim classificados e o governo até hoje não se prestou a
analisar e contabilizar esses casos. Embora, muitas vezes, de forma não declarada, a
homofobia segue impune, interferindo cruelmente na vida dessa parte da população que é
jogada na clandestinidade, invisibilizada pelo Estado, e alvo de atrocidades psicológicas e
físicas.
No que tange ao mercado de trabalho, a situação dos LGBTs é também bastante cruel, pois
muitas empresas se recusam a contratá-los. E nos casos em que um LGBT consegue um
emprego – geralmente nos postos de trabalho mais precarizados –, ele é impedida de
ascender profissionalmente. Considerando o caso específico de travestis e transexuais, o
cenário torna-se ainda mais cruel, pois raríssimos são os casos de travestis e transexuais que
conseguem ingressar no mercado de trabalho formal e, com isso, estão relegadas à
prostituição como única alternativa de sobrevivência.
Entretanto, a homofobia ainda não é considerada crime simplesmente porque o governo, para
não perder o apoio dos setores conservadores, negligencia a situação dramática dos LGBTs em
nosso país e finge não ver a violência brutal que sofre esse setor da sociedade em todas as
esferas da sua vida. Pois, na grande maioria dos casos, a opressão homofóbica começa dentro
da própria família. No mercado de trabalho, ou mesmo dentro da própria Universidade, os
LGBTs são obrigados a se esconder sob o padrão socialmente aceito, isto é, a
heterossexualidade, para não serem excluídos, ridicularizados, agredidos e até demitidos por
sua orientação sexual. E hoje há um grande debate no Brasil acerca da questão. De um lado
setores que tratam LGBTs como doentes e propõe a dita “cura gay”, querem acabar com a
união civil conquistada depois de muita luta entre diversos outros direitos, buscando
promover ataques. Do outro lado, LGBTs lutam para avançar em seus direitos, para terem
igualdade e para sobreviver aos espancamentos que ocorrem todos os dias, em geral nas
periferias das grandes cidades.
O CADM acredita que a luta LGBT deve ser a luta de todos. Defendemos a criminalização da
homofobia, o fim da violência contra LGBTs e a extensão total de igualdade de direitos a essa
população.

Nossas propostas
Político
- Externo:
1) Ampliar atuação junto aos demais movimentos que compartilham dos nossos objetivos para
a melhoria da educação pública e melhoria da nossa sociedade.
2) Construir e apoiar a ANEL e suas campanhas nacionais, por entendermos que essa é uma
entidade democrática e representativa, construída pela base das universidades e que defende
os interesses dos estudantes. Com isso, participar de seus fóruns, como Assembleias regionais
e nacionais, reuniões ampliadas, etc.
3) Dar seguimento à Campanha “Não Vamos Sair da PV” que construímos junto com o coletivo
Não Vou Me Adaptar e teve alto impacto na PV e na UFRJ.
4) Articulação com os demais CA’s e DCE para garantir a reabertura do ex-Canecão e a
construção imediata do Bandejão da PV.
5) Contra a EBSERH e a privatização da Universidade! Educação não é mercadoria! Por uma
Educação Pública, Gratuita e de Qualidade!
6) Contra a aplicação do REUNI. Queremos a expansão de vagas, mas com mais verbas e
concursos para professores e técnicos-administrativos e investimentos em estrutura.
7) Contra a segurança terceirizada e armada na UFRJ. Mais concursos para a Diseg (Divisão de
Segurança) para caminharmos em direção a uma segurança comunitária e não feita por uma
empresa alheia à vida acadêmica.
- Interno:
1) Lutar pelo retorno das aulas de ADM para o Palácio.
2) Buscar sanar, com o apoio dos estudantes, os problemas de salas de aula, professores,
horários e inscrição em disciplina junto ao Departamento. E denunciar a falta de resolução
desses problemas aos colegiados superiores da Universidade.
3) Queremos abrir uma discussão com toda a comunidade acadêmica sobre a grade curricular
do curso de ADM, para discutirmos se ela condiz com as nossas expectativas. Para isso, é
importante que o Núcleo Docente Estruturante atenda a este objetivo. É fundamental uma
proposta de projeto pedagógico elaborada pelos estudantes.
4) Manter ativa a participação dos representantes do CADM na COAA, na Congregação da
FACC e nos demais fóruns, sempre estimulando a participação dos alunos não membros do
CADM em todos esses locais juntamente conosco na defesa de seus interesses.
Combate às opressões
1) Fortalecer a Equipe de Combate às Opressões do CADM, tornando suas reuniões mais
frequentes.
2) Fomentar e dar apoio a grupos de auto-afirmação construídos pelos setores oprimidos de
nosso curso, em especial os LGBTs, visando aprofundar o debate sobre o tema, além de
desenvolver ações para levar esse debate para o conjunto do curso.
3) Retomar o trabalho com a camisa de combate às opressões, lançada pelo CADM no período
2012.2.
4) Abrir a discussão sobre cotas raciais, uma conquista do Movimento Negro, que entendemos
como uma medida progressiva para ampliar o número de negras e negros na Universidade,
visando combater a desigualdade racial que persiste em nossa sociedade.
5) Participar e/ou construir eventos e espaços de discussão promovidos por movimentos
sociais, ou pela Universidade, que tratem sobre o tema das opressões.
6) Continuar e fortalecer o combate ao assédio cometido contra as alunas, que acontece de
forma recorrente por parte de professores e alunos.
7) Defender a ampliação das vagas da Creche Universitária para as mães estudantes. As
creches devem estar presentes em todos os campi, inclusive na PV.
8) Realizar permanentemente a campanha por um aumento da participação quantitativa e
qualitativa das mulheres no CADM.
Estrutura e Finanças
1) Garantir a manutenção de um Centro Acadêmico politicamente independente através de
sua autonomia financeira. Desse modo, a receita financeira do CADM será gerada a partir da
venda de camisas, de adesivos e etc., e da realização (e/ou participação) de eventos, como o
Arraiá da UFRJ e o Luau da ADM
2) Dar seguimento à manutenção e ao melhoramento do espaço do CADM.
3) Reverter a atual situação de afastamento dos alunos do espaço do CADM. Sabemos que isso
é um reflexo da retirada das nossas aulas do Palácio, mas é fundamental que os alunos
entendam o espaço do CADM como seu, onde possam estudar, almoçar, conversar e conviver
com os demais alunos do curso.
Eventos
1) Promover a integração entre os estudantes da UFRJ, mas principalmente entre os alunos do
nosso curso, através de eventos culturais, festivos e esportivos. Entre eles:
a. Juquinhada e Samba do DCE, que são realizados conjuntamente com o DCE e os demais
CA’s, e debatem temas políticos atuais.
b. Recepção aos calouros, trazendo discussões políticas e sobre a Universidade e integrando-os
à vida acadêmica, através de: Manual dos calouros, palestras e a cobertura dos eventos com
vídeos e fotos.
c. Luau da ADM, que já contou com quatro edições. Nosso compromisso é que o próximo seja
ainda melhor, com maior organização e interação entre os alunos.
Comunicação
1) Além da participação do email do CADM nos grupos de email das turmas, a frequente
utilização do Facebook, com envio de textos e divulgação de eventos e atividades, também
criamos o blog. Queremos ampliar a sua utilização, explorando ainda mais essa ferramenta,
que é fundamental para articulação do curso e para aproximar os alunos e o CADM.
2) Ampliar ainda mais a transparência da nossa atuação no cotidiano da faculdade e a
divulgação dos materiais produzidos pelo CADM. Além disso, sempre informar, através do blog
e facebook, as datas de nossas reuniões e as atas, para que todos os alunos possam participar
e se inteirar sobre as decisões tomadas pelo CADM. Enfatizamos sobre a importância da
presença do maior número possível de estudantes nas nossas reuniões.
Membros
1º Período: Felipe Lacerda e William Ferrin.
2º Período: Alessandro Medeiros.
3º Período: Laís Costa.
4º Período: Gabriel Diniz, Igor Dantas e Vanderleia Sousa.
5º Período: Alexander Moreira, Evellyn Souza, Ingrid Castro, Jéssica Freitas, Léo Dourado,
Marcelle Laranjeira e Rafael Dias.
6º Período: Giselle Rodrigues e Pedro Torres.
7º Período: Emerson Santos, Fernando Rios, Gabriel Vilaça, Leonam Souza e Thomas Vidal.
8º Período: Ronald Lopes.
9º Período: Lílian Freitas e José Victor Mamede.

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Chapa 1: A ADM Não Pode Parar!

  • 1. Chapa 1 – A ADM não pode parar! Programa e propostas O que é o CADM? O CADM é a representação legítima dos estudantes do curso de Administração. Tem a função de levar as demandas dos estudantes para todas as instâncias da Universidade, mobilizar os alunos com relação às diversas questões políticas, principalmente no que concerne à Educação, realizar atividades de integração acadêmica, além de ser um espaço onde os estudantes possam se sentir à vontade para expor suas críticas e debater os problemas que enfrentamos cotidianamente, buscando soluções. Nestas eleições, nós formamos a Chapa 1 - “A ADM não pode parar!”, que é composta pelos membros da atual gestão “A ADM Que Queremos!” agora ampliada com novos membros dispostos a continuar conosco o trabalho que fizemos em todo esse tempo. Desde a 1ª gestão em 2010, a relação com os alunos do curso tem melhorado, o CADM está hoje mais presente no cotidiano do estudante de ADM, tem membros em todos os períodos, o que facilita a comunicação e a interação do CADM com os alunos. Estruturamos a nossa comunicação, divulgamos as reuniões e atas e fazemos sempre questão da participação de todos nas nossas atividades. Assim, conseguimos mudar a relação com o Departamento, pressionando e conquistando recentes vitórias muito importantes para o nosso curso. Sem contar nas reformas e recuperação do espaço físico do CADM, que antigamente era completamente abandonado. Contamos com a participação dos alunos para cumprir esses objetivos e avançar na construção de um curso do nível da ADM/UFRJ, na melhoria da nossa Universidade, em defesa de uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade. E a sua participação nessa eleição e durante todo o ano é fundamental para construirmos um CADM cada vez mais forte, democrático, representativo e de unidade. É importante que cada estudante, independente de seus posicionamentos, entenda o CADM como seu e acompanhe a sua atuação, participando das reuniões e atividades, trazendo sugestões e críticas, para que possamos debater ideias e melhorar. Isso é fundamental para que todas as melhorias e propostas que o CADM apresenta possam se concretizar. Balanço político da última gestão e perspectivas para o próximo ano Muitos dos nossos problemas específicos passam por problemas mais gerais. É preciso entender o contexto da Educação Pública e principalmente das Universidades Federais para irmos na raiz desses problemas. Expansão de vagas sem verba (REUNI), precarização do ensino, tetos de sala caindo (literalmente), incêndios, falta de sala de aula, Assistência Estudantil insuficiente, tudo isso é muito comum de ser visto nas diversas Universidades Federais do país. O Governo Federal segue precarizando propositalmente a educação, para depois apresentar “soluções mágicas”. Querem empurrar a qualquer custo o modelo privatista
  • 2. da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) para o nosso HU, por exemplo. Mas ninguém se preocupa em responsabilizar os gestores que deixaram o HU cair aos pedaços. Da mesma forma, abandonam a Praia Vermelha, tiram as nossas verbas, para depois defender que o nosso campus não tem condições para nos abrigar e forçam a nossa ida para o Fundão. E não investigam porque não tem verba pra PV mas tem pra construir prédios modernos no Fundão. A lógica do Governo e da Reitoria é a seguinte: criar as dificuldades para vender as facilidades. É uma chantagem para nos impor os seus projetos que visam desmontar a universidade pública e priorizar o ensino privado, assim como foi feito com as escolas públicas nas últimas décadas. E, bom, nada do que é bom vem em forma de chantagem... É esse contexto que baseia os nossos principais problemas. Neste ano, isso ficou muito claro com o amplo questionamento que houve por parte dos alunos aos problemas como a falta de professores, salas de aula, estrutura, bolsas, monitorias, etc. No prosseguimento da busca pelas resoluções desses problemas junto ao Departamento, foi constatado que a ADM sofre um verdadeiro boicote. Afinal, somos “a bola da vez” para a transferência unilateral pro Fundão sem consulta à comunidade acadêmica. Esse fato marcou o ano que consideramos muito vitorioso. Após sucessivos e repetitivos problemas, os estudantes mostraram a importância de se somar ao CADM e se mobilizar para fazermos pressão nas instâncias responsáveis por essa situação no nosso curso. Afinal, a busca pela “ADM que Queremos” passa pelo âmbito macro – Governo e Reitoria – e pelo âmbito micro – aquilo que é de responsabilidade da Coordenação, Departamento e Direção da FACC. Ou seja, cumprimos a nossa proposta de atuar fortemente em todas as frentes para a melhoria do nosso curso. Seja na atuação no contexto mais geral: articulação com os outros CA’s, DCE, construção da ANEL, participando da Greve com os professores e técnicos e trocando experiências com milhares de estudantes de todo o Brasil. Éramos um curso sem nenhuma expressão no Movimento Estudantil e hoje estamos à frente de diversas lutas na UFRJ pela Educação Pública, principalmente entre os curso da PV. Passamos de um CADM que praticamente não existia para um CADM forte, democrático e mobilizador que, junto com os estudantes de Administração, lotou a sala da Congregação da FACC do dia 10 de outubro (no dia de lutas da PV), que passou a fazer cada vez mais pressão na Coordenação e no Departamento, que derrubou um professor machista e homofóbico que causava sérios problemas aos alunos e que mobilizou dezenas de estudantes na luta pelo transporte público desde Outubro de 2012 e nas mobilizações de junho. Realizamos diversas assembléias esse ano, para nos aproximarmos e escutarmos os estudantes, colocando a decisão dos processos em suas mãos, seja na eleição pra direção da FACC, seja para a criação da Atlética, uma iniciativa muito importante para o nosso curso, seja para estabelecermos um dia de lutas e fazermos um grande barulho pra dizermos que Não Vamos Sair da PV. Sabemos, também, que essa luta não pode parar. Por mais que tenhamos melhorado em nossa organização, ainda presenciamos diversos problemas, como professores faltosos que negligenciam a disciplina e não tem nenhum respeito aos estudantes, que faltam às suas aulas sem sequer avisar/justificar a ausência ao Departamento e muito menos aos alunos, que transformam suas idas à Universidade em vão. E outros que conduzem a Disciplina sem nenhum tipo de planejamento ou organização. Sem falar os que usavam “monitores não
  • 3. oficiais”, muitas vezes como uma verdadeira terceirização do trabalho. Queremos deixar claro aqui, também, que há exceções. Uma parcela dos professores é muito comprometida e esforçada com a melhoria do curso ou, pelo menos, com o melhor aproveitamento possível de suas aulas. Não podemos encarar essa questão como uma briga entre alunos x professores como alguns fazem. A nossa briga, sempre foi (e continuará sendo) contra o Governo e a Reitoria, ou seja, contra aqueles que não estão preocupados com a nossa formação, com a educação pública, que impedem a realização de concursos e nos retiram de salas de aula para nos alocar nos containeres. Agora é a hora de nós, estudantes, buscarmos os professores e ganharmos eles para essa luta: a melhoria do nosso curso! Na última gestão, propusemos a realização de discussões com a comunidade acadêmica sobre a grade curricular do curso de ADM para reformulá-la e fazer com que ela atendesse às expectativas dos alunos e estivesse no nível de excelência que merece o curso de ADM/UFRJ. Hoje temos a oportunidade de realizar essa discussão com o NDE (Núcleo Docente Estruturante). É preciso entender o contexto em que surge o NDE e fazer com que ele atenda às expectativas para um curso de excelência e impedir possíveis retrocessos. Apesar de ser importante esse processo de reestruturação, ele não é democrático, pois apenas os professores podem votar. E, o que é preocupante, é que tudo está em aberto. Ou seja, podemos, ao final desse processo, ter um curso melhor, que atenda às nossas expectativas. Mas também podemos ter um curso ainda pior, dependendo dos projetos apresentados. Por isso, achamos fundamental elaborarmos uma proposta dos estudantes. Para isso, novamente defendemos uma ampla participação dos alunos, inclusive aqueles que não forem membros do CADM, para acompanhar as discussões e enviar as contribuições, além de estarmos próximos aos professores dispostos a fazer um trabalho sério com o NDE. Propomos a criação de grupos temáticos entre os alunos para discutir o projeto pedagógico do curso de ADM e, assim, criarmos uma proposta a ser apresentada ao NDE. Existem muitos problemas no curso. Mas percebemos que quando nos mobilizamos, quando cobramos ações do CADM, quando estamos todos envolvidos num processo de luta, podemos arrancar vitórias! Isso ficou claro no caso do Fora Reinaldo, que gerou a sua substituição em tempo recorde do professor, algo que nunca tínhamos visto no nosso curso. Da mesma forma que o caso de assédio moral e sexual que foi denunciado por uma aluna e que será objeto de uma comissão de sindicância. E, sem dúvida, foi uma vitória aliarmos esse processo às demandas mais gerais com a campanha Não Vamos Sair da PV! Graças a isso, tivemos o comprometimento da direção da FACC de que não iremos para o Fundão. Porém sabemos que não podemos confiar em suas palavras soltas. É fundamental que continuemos nos mobilizando para conseguir um comprometimento concreto, que garanta, de uma vez por todas, a nossa permanência na PV. Entendemos, assim, que os problemas que passamos vão além da sala de aula e além dos muros da Universidade. Lutamos por uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, que vá muito além de uma formação profissional de excelência, e esteja a serviço da formação de seres humanos conscientes e da construção de uma sociedade mais justa. Para encerrar esse “balanço e perspectivas”, é importante ressaltar a importância que teve para nós a construção da ANEL (Assembleia Nacional de Estudantes – Livre) e a participação de
  • 4. diversos estudantes de ADM em seu 2º Congresso Nacional, em junho. Participar ativamente da ANEL nos faz estar alinhados com os setores mais dinâmicos do movimento estudantil, em todo o país. Vendemos muito misto-quente com guaravita pra conseguirmos dinheiro pra ir pro Congresso, mas valeu a pena. A troca de experiências com outros estudantes, CAs e DCEs é fundamental para que possamos compreender qual é a real situação da educação pública brasileira e quais são as necessidades mais imediatas da juventude. Levamos 17 estudantes para o Congresso que contou com mais de 2 mil jovens de todo o país, onde debatemos a situação da Educação nacional e internacionalmente, pois o Congresso contou com delegações estudantis de diversos países, como Costa Rica, Chile, Senegal, Síria, Argentina e vários outros. Sem dúvida, construir uma entidade nacional com esse peso, debater suas políticas e se integrar às suas campanhas tem sido fundamental para o desenvolvimento do CADM nesses últimos anos. A troca de experiências nos faz crescer, além da integração com estudantes e CAs de outros cursos, que nos permite levar nossas pautas para muito além da ADM, e fazer com que ganhem muito mais repercussão, como foi o caso da campanha Não Vamos Sair da PV. Eventos Seguindo nossa proposta de integração dos alunos, comparecemos em todas as pré-inscrições, Inscrições de Disciplina e semana de recepção dos calouros. No primeiro momento fizemos questão de deixar todos à vontade no curso, além de divulgar o nosso blog e as informações necessárias às variadas situações da vida acadêmica (disponível no blog e no Manual do Calouro). Na semana de recepção organizamos a aula inaugural, as palestras, a mesa política, com profissionais da área etc. Isso é extremamente importante, pois muitas vezes, os calouros se encontram perdidos ao entrarem e o apoio desde o início é fundamental. Desde 2012, o CADM investe em eventos e pretendemos continuar a investir na futura gestão. A formação acadêmica não se dá apenas dentro da sala de aula, mas também com atividades extracurriculares, como por exemplo, eventos, atividades e debates, que acontecem todos os dias em toda a UFRJ. Com isso, criamos o Luau ADM, que se tornou referência em organização e evento cultural da UFRJ. O Luau começou pequeno, entretanto, a cada nova edição seu tamanho e sua importância aumentaram. Após a última edição, com a presença de mais de 600 pessoas, mostramos à comunidade acadêmica que é possível fazer um evento barato, de qualidade e com uma motivação política que refletiu os interesses dos estudantes. Como foi a 4ª edição que teve como tema: Menos Lucro, Mais Amor: Fora Cabral!, tivemos como meta mostrar que a festa não teve intenção de lucrar. Priorizamos levar diversão e integrar o curso em uma festa semestral a fim de promover um momento de descontração, aliviando a galera das tensões das aulas e provas. Sim, o luau teve lucro e esse lucro nos ajuda a financiar nossas campanhas, como a campanha puxada pelo CADM e incorporada pelo Coletivo Não Vou me Adaptar: Não Vamos Sair da PV! Visando maior divulgação desta campanha a fim de melhorias para o campus e barrar a transferência, não só do curso de Administração, mas de todos os cursos da Praia Vermelha
  • 5. para o Fundão, o CADM propôs e a Assembleia de Estudantes que convocou o Dia de Lutas da PV no dia 10 de Outubro, para lutar contra as péssimas condições que são impostas no nosso campus pela Reitoria e trazer reflexões sobre os moldes e as motivações para essa transferência para o Fundão. Neste mesmo dia fizemos um ato-show, onde alunos de vários cursos diferentes puderam socializar e perceber que essa luta é de todos os cursos, não apenas de ADM. Lembrando que para fortalecer a campanha, o CADM confeccionou 100 camisas do “Não Vamos Sair da PV” e as vendeu por 5 reais cada uma, subsidiadas com o lucro do Luau. A ideia da nossa chapa, quanto a eventos, não é de apenas produzi-los, mas também ajudar a construir outros eventos do Campus da Praia Vermelha, em conjunto com os outros CA’s da PV e com DCE. É o caso da Juquinhada, que acontece a cada duas semanas, às quintas-feiras, perto do sujinho, e sempre com um importante tema político diferente. Achamos que precisamos retomar as Juquinhadas, que por não ser organizadas apenas por nós, tem sido deixadas de lado. Outro evento marcante no nosso campus é o Samba do DCE, que teve sua tradição reativada após proposta feita por nós na reunião do GT de cultura do DCE. O Samba do DCE possui muita história e acontece quinzenalmente nas quintas-feiras no DCE, contando sempre com temas importantes do movimento estudantil e da sociedade, como foi o caso da última edição, onde o tema foi: Negro é a raiz da liberdade!, como celebração do mês da consciência negra. A nossa chapa não quer se limitar apenas a esses eventos. Ao longo do ano temos a intenção de desenvolver vários outros eventos, como um Sarau cultural, com bandas e outras demonstrações artísticas para fazer nosso campus cada vez mais movimentado e integrado. Outro evento que pretendemos construir é a Semana do Administrador, onde o foco será as várias opções de interesse de atuação dos nossos alunos, afinal, o curso de Administração é um curso muito amplo na escolha da carreira. O interesse de nossos alunos vai desde o mercado de trabalho, até o setor público e até mesmo as ONGs, e por isso é importante não só as matérias do curso refletirem isto, como também haverem palestras e atividades com profissionais de todas as áreas. Portanto, entendemos a realização de eventos como algo fundamental, tanto no sentido cultural, político, festivo ou de formação. E todas essas iniciativas não são apenas realizadas para os alunos de ADM, mas queremos que todos se incorporem a esses eventos, para que possamos fazer de todos eles um sucesso! Para isso, procurem o CADM e continuem dando suas sugestões. Queremos que todos estejam trabalhando conosco para construir o curso de qualidade que desejamos. Estrutura, Finanças e sala do CADM Após as reformas realizadas por nós na gestão de 2012 (modificamos os locais dos móveis e objetos, melhorando sua distribuição espacial; um novo mural informativo; aquisições de eletrodomésticos; troca de fiações do espaço do CADM), nossa gestão continuou se preocupando com o espaço do CADM. Nossa proposta para o espaço do CADM é melhorar cada vez mais as condições que atraiam e confortem os alunos de Administração num local que possa fornecer o que ele precisar. Sabemos que, por vezes, o espaço acaba ficando sujo e desorganizado. E, por isso, contamos com a ajuda de todos que utilizam o espaço para que o
  • 6. mantenha limpo e sem bagunça. Afinal, o CADM não é da gestão, mas de todos os estudantes de ADM. Uma conquista importante da nossa gestão foi a continuidade no processo de reestruturação da área de finanças, que conta com um sistema organizado e eficiente de contabilidade, todas as saídas e entradas de capital são anotadas e suas notas fiscais são devidamente guardadas, mantendo assim o controle de todas as suas operações fiscais. Mantivemos como um princípio a independência financeira do CADM. Ou seja, promover a arrecadação e o aumento de receitas do CADM por meios próprios, sem ter que depender da Universidade, de empresas ou outras organizações. Nossa independência financeira é o que garante nossa independência política. É o que garante que nós possamos atuar diretamente a favor dos estudantes da ADM, pois não temos rabo preso com ninguém. Só temos que prestar contas aos estudantes de ADM, e mais ninguém. É somente dessa forma que poderemos realizar os projetos que almejamos. Temos, ainda, como um dos princípios da nossa chapa a transparência. Sendo assim, todas as nossas atas de reuniões são colocadas no blog do CADM, e qualquer estudante do curso de Administração da UFRJ pode pedir para ver o livro caixa do CADM. Infelizmente, tivemos que desativar a CantinADM, onde disponibilizávamos vários produtos desde biscoitos a refrigerantes pois, diferente do que acontecia no ano passado, passou a sumir dinheiro do copo que deixávamos lá. A relação de confiança é a base pra manutenção da cantina. Porém, não podemos nos permitir ter prejuízo financeiro porque alguns freqüentadores do CADM estavam pegando dinheiro da cantina. O CADM é um espaço aberto e qualquer pessoa pode freqüentar. Mas a nossa saída do Palácio fez com que os estudantes de ADM freqüentassem cada vez menos o nosso espaço, abrindo a possibilidade de isso acontecer. Lamentamos esse fato e estamos pensando em alternativas que nos permitam reativar a cantina. Comunicação Como já mencionado, a aproximação de cada estudante e a construção do CADM por todos é de extrema importância para o fortalecimento da luta pelas melhorias do nosso curso, da nossa Universidade e da educação pública como um todo. Com o objetivo de aprimorar essa aproximação e estabelecer transparência em nossos atos, estamos trabalhando para a melhoria das ferramentas de comunicação do CADM. Entre as ações destaca-se a ampliação do Blog (cadmufrj.blogspot.com.br): com o intuito de ser uma referência para os estudantes e demais interessados no curso de ADM e nas atividades do CADM. Lá podem ser encontradas as informações e documentos gerais sobre o nosso curso (fluxograma, contatos dos professores, formulários importantes), sobre os órgãos e conselhos da universidade, informações sobre bolsas e monitorias, divulgação das atividades do Movimento Estudantil, do DCE e da Praia Vermelha, além da cobertura fotográfica e audiovisual de eventos como a recepção dos calouros, Luau, etc. No blog, estão reunidas informações sobre o CADM, como a lista com os nomes e contatos de seus membros, divulgação das datas de reuniões e atas das reuniões passadas.
  • 7. Também há o perfil no Facebook (facebook.com/UFRJ.CADM) e o e-mail contato.cadm@ufrj.br: esses meios facilitam a interação por estarem bem acessíveis e disponíveis para esclarecimentos, sugestões e denúncias. Com os meios disponíveis, faz-se necessário que o hábito pela busca na informação seja desenvolvido e convocamos a todos para a contribuição e participação no CADM, seja através destes meios, procurando algum membro, ou principalmente através das reuniões que são abertas a todos os alunos. Combate às opressões Na sociedade, infelizmente, ainda é bastante comum assistirmos cotidianamente situações de machismo, racismo e homofobia. Desde situações mais graves como agressões físicas e assassinatos até expressões mais sutis, como uma “piada”, nos deparamos com a opressão e isso também acontece na Universidade e no nosso curso. A chapa “A ADM não pode parar” repudia todas as formas de opressão e tem avançado nos últimos anos, como gestão do CADM, no debate e nas iniciativas de denunciar e combater os casos que ocorrem em nosso curso. Fazemos uma defesa incondicional na defesa dos direitos de mulheres, negros e LGBTs. Mulheres É assustador vermos todos os dias nos jornais que a violência contra a mulher não pára de aumentar, seja ela física ou psicológica, e os casos de estupros nunca foram tão alarmantes. Atualmente, as mulheres ocupam praticamente metade dos postos de trabalho. Contudo, a maioria desses empregos são rebaixados e com excessivas jornadas, e as submetem, cotidianamente, ao assédio moral e sexual. Aqui na ADM, onde cerca de 45% dos alunos são mulheres, são comuns casos de professores fazerem “piadas” machistas em sala de aula, constrangendo alunas. Alunas serem a maioria escolhida para monitoria pelo professor sem processo seletivo legal - o que além de revelar o pensamento de que a função de auxílio é feminina, é extremamente prejudicial, pois faz com que essa experiência não possa ser reconhecida em seu currículo acadêmico futuramente -, ou terem de se submeter a assédio sexual para participar de grupos de pesquisa. Tivemos dois casos recentes de denúncias de assédio sexual e moral praticados contra alunas por professores dentro de sala de aula. E a participação de todos nesse processo, a unidade de homens e mulheres nessa luta, foi fundamental para que pudéssemos conquistar vitórias como o afastamento imediato de um desses professores e a abertura de sindicância contra os dois, para apurar e, se for o caso, puni-los. No mercado de trabalho, as mulheres que conseguem trabalhar em grandes corporações, se deparam com o chamado "teto de vidro". Elas podem até galgar cargos na escalada organizacional, mas raramente conseguem alcançar os mais elevados, como os de direção. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) nas maiores empresas do país, mostra que, das 3.635 posições de conselheiros listadas, 319 são ocupadas por mulheres, ou seja, apenas 8,78% dos conselhos de administração, um número irrisório, principalmente se considerado que as mulheres ocupam metade dos postos de trabalho no país.
  • 8. Como se não tudo isso já não fosse o bastante, as mulheres ganham menos ocupando os mesmo cargos de homens, apesar de, na média, terem mais anos de estudo. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2012, a renda média mensal masculina foi de R$ 1.698,00, enquanto a das mulheres de R$ 1.238,00. Quase 28% de diferença! Essa é uma dura realidade. É por isso que acreditamos que a luta pelo fim do machismo é uma luta de homens e mulheres na busca por uma sociedade onde todos tenhamos os mesmos direitos e os mesmos deveres, onde haja igualdade, apesar de nossas diferenças. Negras e negros Existe um mito no Brasil: o de que há igualdade racial entre negros e brancos. É o que chamamos de “mito da democracia racial”. Alega-se que a diferença entre negros e brancos é apenas uma questão econômica e não racial. Porém, é só olharmos para a realidade e veremos que não é bem assim. Hoje, apesar da população negra ser mais da metade da população total do país, negras e negros representam menos de 3% nas Universidades Públicas. Por outro lado, representam mais de 90% da população carcerária no país. E, ainda, continuam tendo menor expectativa de vida. A juventude negra já nasce com destino traçado, enfrentando um trágico genocídio nas periferias, onde um jovem negro tem 132% a mais de chance de ser assassinado que um jovem branco. Ainda hoje, os negros têm uma taxa de analfabetismo de 13%, mais que o dobro da taxa entre brancos. São maioria nas escolas públicas, mais precarizadas pelo descaso do Governo, mas são minoria na Universidade. São negras e negros os que vivem nos bairros mais pobres, onde há menos investimentos do Governo, onde não há hospitais, saneamento básico e quase nenhum direito. Muitas vezes, a primeira vez que o Estado se apresenta a um jovem negro da periferia, é na hora de lhe dar voz de prisão. Com isso fica claro que a pobreza no Brasil tem cor, e ela é negra. A situação ainda consegue piorar no caso específico das mulheres negras, pois a terrível combinação do machismo com o racismo se traduz numa dura realidade de preconceito que, entre outras situações, no âmbito do trabalho se reflete em um salário 60% menor do que o de um homem branco e até 50% menor do que o de uma mulher branca. Nos colocamos contra a elitização do ensino e em favor da entrada de todos os setores oprimidos e marginalizados na Universidade. Defendemos as cotas raciais, mas achamos que elas devem vir combinadas com políticas de assistência estudantil para que consigam permanecer. Por isso, é fundamental a ampliação de bolsa-auxílio, bandejão, bibliotecas de qualidade, etc. Lutaremos incansavelmente contra a marginalização de negras e negros e pela sua inserção na Universidade, pelo fim do racismo e pela valorização da cultura e da história do povo negro. LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) O Brasil é o país que mais mata LGBTs. Mais de 300 LGBTs são mortos por motivação homofóbica todos os anos. Os números são aterrorizantes, mas vale lembrar que essa barbárie pode ser ainda maior, visto que homofobia ainda não é criminalizada por lei, e, por isso, vários assassinatos por homofobia não são assim classificados e o governo até hoje não se prestou a
  • 9. analisar e contabilizar esses casos. Embora, muitas vezes, de forma não declarada, a homofobia segue impune, interferindo cruelmente na vida dessa parte da população que é jogada na clandestinidade, invisibilizada pelo Estado, e alvo de atrocidades psicológicas e físicas. No que tange ao mercado de trabalho, a situação dos LGBTs é também bastante cruel, pois muitas empresas se recusam a contratá-los. E nos casos em que um LGBT consegue um emprego – geralmente nos postos de trabalho mais precarizados –, ele é impedida de ascender profissionalmente. Considerando o caso específico de travestis e transexuais, o cenário torna-se ainda mais cruel, pois raríssimos são os casos de travestis e transexuais que conseguem ingressar no mercado de trabalho formal e, com isso, estão relegadas à prostituição como única alternativa de sobrevivência. Entretanto, a homofobia ainda não é considerada crime simplesmente porque o governo, para não perder o apoio dos setores conservadores, negligencia a situação dramática dos LGBTs em nosso país e finge não ver a violência brutal que sofre esse setor da sociedade em todas as esferas da sua vida. Pois, na grande maioria dos casos, a opressão homofóbica começa dentro da própria família. No mercado de trabalho, ou mesmo dentro da própria Universidade, os LGBTs são obrigados a se esconder sob o padrão socialmente aceito, isto é, a heterossexualidade, para não serem excluídos, ridicularizados, agredidos e até demitidos por sua orientação sexual. E hoje há um grande debate no Brasil acerca da questão. De um lado setores que tratam LGBTs como doentes e propõe a dita “cura gay”, querem acabar com a união civil conquistada depois de muita luta entre diversos outros direitos, buscando promover ataques. Do outro lado, LGBTs lutam para avançar em seus direitos, para terem igualdade e para sobreviver aos espancamentos que ocorrem todos os dias, em geral nas periferias das grandes cidades. O CADM acredita que a luta LGBT deve ser a luta de todos. Defendemos a criminalização da homofobia, o fim da violência contra LGBTs e a extensão total de igualdade de direitos a essa população. Nossas propostas Político - Externo: 1) Ampliar atuação junto aos demais movimentos que compartilham dos nossos objetivos para a melhoria da educação pública e melhoria da nossa sociedade. 2) Construir e apoiar a ANEL e suas campanhas nacionais, por entendermos que essa é uma entidade democrática e representativa, construída pela base das universidades e que defende os interesses dos estudantes. Com isso, participar de seus fóruns, como Assembleias regionais e nacionais, reuniões ampliadas, etc. 3) Dar seguimento à Campanha “Não Vamos Sair da PV” que construímos junto com o coletivo Não Vou Me Adaptar e teve alto impacto na PV e na UFRJ.
  • 10. 4) Articulação com os demais CA’s e DCE para garantir a reabertura do ex-Canecão e a construção imediata do Bandejão da PV. 5) Contra a EBSERH e a privatização da Universidade! Educação não é mercadoria! Por uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade! 6) Contra a aplicação do REUNI. Queremos a expansão de vagas, mas com mais verbas e concursos para professores e técnicos-administrativos e investimentos em estrutura. 7) Contra a segurança terceirizada e armada na UFRJ. Mais concursos para a Diseg (Divisão de Segurança) para caminharmos em direção a uma segurança comunitária e não feita por uma empresa alheia à vida acadêmica. - Interno: 1) Lutar pelo retorno das aulas de ADM para o Palácio. 2) Buscar sanar, com o apoio dos estudantes, os problemas de salas de aula, professores, horários e inscrição em disciplina junto ao Departamento. E denunciar a falta de resolução desses problemas aos colegiados superiores da Universidade. 3) Queremos abrir uma discussão com toda a comunidade acadêmica sobre a grade curricular do curso de ADM, para discutirmos se ela condiz com as nossas expectativas. Para isso, é importante que o Núcleo Docente Estruturante atenda a este objetivo. É fundamental uma proposta de projeto pedagógico elaborada pelos estudantes. 4) Manter ativa a participação dos representantes do CADM na COAA, na Congregação da FACC e nos demais fóruns, sempre estimulando a participação dos alunos não membros do CADM em todos esses locais juntamente conosco na defesa de seus interesses. Combate às opressões 1) Fortalecer a Equipe de Combate às Opressões do CADM, tornando suas reuniões mais frequentes. 2) Fomentar e dar apoio a grupos de auto-afirmação construídos pelos setores oprimidos de nosso curso, em especial os LGBTs, visando aprofundar o debate sobre o tema, além de desenvolver ações para levar esse debate para o conjunto do curso. 3) Retomar o trabalho com a camisa de combate às opressões, lançada pelo CADM no período 2012.2. 4) Abrir a discussão sobre cotas raciais, uma conquista do Movimento Negro, que entendemos como uma medida progressiva para ampliar o número de negras e negros na Universidade, visando combater a desigualdade racial que persiste em nossa sociedade. 5) Participar e/ou construir eventos e espaços de discussão promovidos por movimentos sociais, ou pela Universidade, que tratem sobre o tema das opressões. 6) Continuar e fortalecer o combate ao assédio cometido contra as alunas, que acontece de forma recorrente por parte de professores e alunos.
  • 11. 7) Defender a ampliação das vagas da Creche Universitária para as mães estudantes. As creches devem estar presentes em todos os campi, inclusive na PV. 8) Realizar permanentemente a campanha por um aumento da participação quantitativa e qualitativa das mulheres no CADM. Estrutura e Finanças 1) Garantir a manutenção de um Centro Acadêmico politicamente independente através de sua autonomia financeira. Desse modo, a receita financeira do CADM será gerada a partir da venda de camisas, de adesivos e etc., e da realização (e/ou participação) de eventos, como o Arraiá da UFRJ e o Luau da ADM 2) Dar seguimento à manutenção e ao melhoramento do espaço do CADM. 3) Reverter a atual situação de afastamento dos alunos do espaço do CADM. Sabemos que isso é um reflexo da retirada das nossas aulas do Palácio, mas é fundamental que os alunos entendam o espaço do CADM como seu, onde possam estudar, almoçar, conversar e conviver com os demais alunos do curso. Eventos 1) Promover a integração entre os estudantes da UFRJ, mas principalmente entre os alunos do nosso curso, através de eventos culturais, festivos e esportivos. Entre eles: a. Juquinhada e Samba do DCE, que são realizados conjuntamente com o DCE e os demais CA’s, e debatem temas políticos atuais. b. Recepção aos calouros, trazendo discussões políticas e sobre a Universidade e integrando-os à vida acadêmica, através de: Manual dos calouros, palestras e a cobertura dos eventos com vídeos e fotos. c. Luau da ADM, que já contou com quatro edições. Nosso compromisso é que o próximo seja ainda melhor, com maior organização e interação entre os alunos. Comunicação 1) Além da participação do email do CADM nos grupos de email das turmas, a frequente utilização do Facebook, com envio de textos e divulgação de eventos e atividades, também criamos o blog. Queremos ampliar a sua utilização, explorando ainda mais essa ferramenta, que é fundamental para articulação do curso e para aproximar os alunos e o CADM. 2) Ampliar ainda mais a transparência da nossa atuação no cotidiano da faculdade e a divulgação dos materiais produzidos pelo CADM. Além disso, sempre informar, através do blog e facebook, as datas de nossas reuniões e as atas, para que todos os alunos possam participar e se inteirar sobre as decisões tomadas pelo CADM. Enfatizamos sobre a importância da presença do maior número possível de estudantes nas nossas reuniões. Membros 1º Período: Felipe Lacerda e William Ferrin. 2º Período: Alessandro Medeiros. 3º Período: Laís Costa. 4º Período: Gabriel Diniz, Igor Dantas e Vanderleia Sousa.
  • 12. 5º Período: Alexander Moreira, Evellyn Souza, Ingrid Castro, Jéssica Freitas, Léo Dourado, Marcelle Laranjeira e Rafael Dias. 6º Período: Giselle Rodrigues e Pedro Torres. 7º Período: Emerson Santos, Fernando Rios, Gabriel Vilaça, Leonam Souza e Thomas Vidal. 8º Período: Ronald Lopes. 9º Período: Lílian Freitas e José Victor Mamede.