O documento discute as deficiências da atual gestão do sindicato SEPE em Rio das Ostras, incluindo sua ausência em greves e descaso com as demandas dos professores. Defende uma chapa opositora que torne o SEPE mais ativo e representativo na luta por direitos dos servidores públicos.
1. Rio das Ostras
Você conhece o SEPE? O SEPE é o Sindi-
cato Estadual dos Profissionais da Edu-
cação que possui milhares de filiados em
todo o Estado do Rio de Janeiro e que toca
as principais lutas e greves contras às po-
líticas educacionais do governador Pezão.
O núcleo do SEPE de Rio das Ostras/Casi-
miro de Abreu é diferente do SEPE esta-
dual, não tem nem 100 filiados e não toca
as lutas destas cidades. Isso ocorre por-
que a gestão do SEPE deste núcleo é frágil
e antidemocrática, infelizmente hoje este
núcleo do SEPE não é reconhecido pelos
educadores como instrumento de lutas.
A atual diretoria do SEPE SEQUER ES-
TEVE PRESENTE NA GREVE do dia 10 de
fevereiro de 2015 dos servidores públicos
municipais de Rio das Ostras, que fizeram
uma greve porque o prefeito Sabino não
cumpriu sequer a reposição da inflação de
6% do ano passado. Para nós o SEPE deve
estar em qualquer luta onde existam edu-
cadores.
A atual gestão do núcleo do SEPE esta
também muito distante das demandas das
salas de aula e ausente nas discussões,
por exemplo, na comissão que discutiu o
plano de carreira da rede municipal com
o governo, os diretores do SEPE não que-
riam aceitar as indicações de educadores
que não são diretores, mas estes educa-
dores foram eleitos pela base da catego-
ria em assembleia, para nós isso, a base
controlar a diretoria e indicar nomes da
base é bom e saudável, fortalece a luta do
SEPE, quanto mais pessoas querendo so-
mar melhor. A atual diretoria demonstrou
seu caráter antidemocrático, e só aceitou
os nomes propostos pela base depois de
muita pressão. Percebemos que após o
inicio das reuniões desta comissão, os di-
retores do SEPE estiveram ausentes mui-
tas vezes demonstrando seu descaso com
2. os interesses da categoria.
Por isso somos oposição a atual gestão
do núcleo do SEPE (Chapa 6 Por um Sepe
Forte, Combativo, de Luta e presente na
Escola). É necessário uma grande mudan-
ça na representação sindical do núcleo,
que o transforme numa ferramenta de luta
por direitos e salários aos servidores pú-
blicos, esse é o desafio que esta colocado
para os próximos anos. O SEPE é um dos
principais instrumentos da luta de clas-
ses no Rio de Janeiro e queremos que na
nossa região o SEPE também cumpra esse
papel.
Dia-dia nas escolas
A realidade da educação para quem traba-
lha e estuda nas escolas públicas do país
é triste: Não há professores e orientadoras
pedagógicas e educacionais suficientes,
mesmo com as longas filas de aprovados
em concursos públicos aguardando sua
convocação. Também não contamos com
a quantidade necessária dos demais pro-
fissionais da educação fundamentais para
o funcionamento da escola – agentes es-
colares, secretários escolares, auxiliares
de serviços gerais, porteiros e cozinheiras
– que, em muitos casos, são contratados
por empresas terceirizadas, com vínculos
temporários e situação precária de tra-
balho. As salas de aula estão lotadas com
mais de 40 alunos, sem climatização e
com paredes, portas e mesas degradadas.
Faltam materiais básicos como pilot, pa-
pel, tinta, produtos de limpeza, papel higi-
ênico, fraldas, panelas, temperos etc. Há
computadores, mas não há manutenção
dos mesmos nem acesso à internet, impe-
dindo o uso didático.
Além de toda essa precariedade estrutural,
os educadores são considerados “entre-
gadores do saber”, nas palavras do ex-se-
cretário de educação do estado do Rio de
Janeiro (Wilson Risolia). Apesar de cruel,
esta afirmação foi sincera, visto que o tra-
balho docente tem sido esvaziado de sen-
tido pedagógico e perdido sua autonomia.
Aplicamos avaliações externas elaboradas
pelo MEC e pelas secretarias de educação,
trabalhamos em diversas escolas, utiliza-
mos apostilas, convivemos com projetos
de ONGs e empresas privadas, somos con-
trolados através de planejamentos e rela-
tórios, participamos de inúmeros grupos
de estudo, reuniões e conselhos de classe
inócuos. Ao final do ano, o trabalho que a
duras penas conseguimos realizar muitas
vezes é desconsiderado, pois alunos são
aprovados à nossa revelia, mesmo quando
sabemos que não estão preparados para
3. seguir para o próximo ano de escolaridade.
A subserviência a este projeto é garantida
através de bônus dados aos profissionais e
escolas que atinjam as metas adequadas.
Resulta que cada vez mais se criam meca-
nismos para maquiar a realidade escolar
em busca de notas satisfatórias do Ideb,
ainda que todos saibamos da calamidade
das escolas, com alunos que chegam ao
final do ensino médio sem ao menos ter o
domínio pleno da leitura e da escrita.
Nós da Chapa 7, o SEPE se torna mais
forte com a chegada de uma nova gera-
ção de educadores à luta. Nós queremos
aumento salarial, mas queremos também
conquistas pedagógicas que solucionem a
realidade descrita acima.
A classe dominante entendeu que a escola
pública pode educar em favor do capital.
Para nós, nossos alunos devem ser forma-
dos plenamente, a partir de conhecimen-
tos científicos, artísticos e técnicos, pois
acreditamos, como Paulo Freire, em uma
educação que ensine o aluno a “ler o mun-
do”, para poder transformá-lo!
Somente com o protagonismo da categoria
faremos JUNTOS do SEPE uma ferramenta
para enfrentar tal conjuntura de ataques à
educação pública, gratuita e de qualidade.
Luciano/Jonathan da CHAPA 7 no dia da greve
10/2... ausência dos diretores do SEPE
4. Informações e contatos
www.facebook.com/sepechapa7
Luciano Barboza,
Tatiana Quintana,
David Salvador,
Ronan Madureira Tavares,
Winnie Freitas,
Pedro Araújo Marinho e
Jonathan de Oliveira Mendonça
Como chapa das eleições do Sepe Rio Das Ostras/Casimiro de Abreu, fa-
zemos parte da Chapa 7 - Só a luta muda a vida: O SEPE tem que mu-
dar, somos oposição a atual gestão do SEPE Rio das Ostras/Casimiro de
Abreu e queremos MUDANÇA na nossa representação sindical.
CHAPA 7 - SÓ A LUTA MUDA A VIDA: O SEPE TEM QUE MUDAR!
MURAL DE ANOTAÇÕES