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O tipo de Engenheiro
Agrónomo que o mercado
precisa
Semana da Ciência e Tecnologia
30 de Março de 2016
Pedro Aguiar Pinto
ISA /ULisboa
Agrónomo moderno
Engenharia
•  é a aplicação do conhecimento
científico, económico, social e prático,
com o intuito de inventar, desenhar,
construir, manter e melhorar estruturas,
aparelhos, sistemas, materiais e
processos
Instrumento indispensável ao Engenheiro dos anos 60
Mercado
•  Teoria dos Sentimentos Morais (Adam
Smith, 1759)
–  Mercado - mão invisível
•  An Inquiry into the Nature and Causes of
the Wealth of Nations (1776)
–  He intends only his own gain, and he is in this, as in
many other cases, led by an invisible hand to promote
an end which was no part of his intention.
UN AGRÓNOMO CON
CAPACIDAD DE ADAPTARSE,
ENCUENTRA TRABAJO, Y
SINO, LO INVENTA
A orientação vocacional surge sempre
de uma atracção
Liceu Nacional de
Alexandre
Herculano
Visita a um aviário
Singeverga
O 1º negócio
Aluno nº 4852
do
Instituto
Superior de
Agronomia
Pequenas
soluções para
grandes
problemas
Bernardo de Claraval (1090-1153)
Reformador da Ordem de Cister
Fundador do Mosteiro de Alcobaça
que lhe foi doado por D. Afonso Henriques
(1153)
Sede portuguesa dos frades agrónomos
Frades agrónomos
Frades agrónomos
Ora et labora
(regra de S. Bento)
Frades agrónomos
Ora et labora
(regra de S. Bento)
Couto de Alcobaça
Frades agrónomos
Ora et labora
(regra de S. Bento)
1.ª aula pública em Portugal
11 de Janeiro de 1269
Couto de Alcobaça
ernardo de Claraval
Há cinco estímulos que incitam o homem à
Ciência:
Há homens que querem saber pelo simples gosto de saber:
É baixa curiosidade
Outros procuram conhecer para serem conhecidos:
É pura vaidade
Outros querem possuir a ciência para a poderem revender e
ganhar dinheiro e honrarias:
A motivação é mesquinha
Mas alguns desejam conhecer para edificar:
E isto é caridade
outros para serem edificados:
E isto é sabedoria
Universidade
universitas magistrorum et
scholarium
Bologna (1088)
Paris (1150)
Oxford (1167)
….
Palencia (1208)
Salamanca(1218)
Coimbra (1290) (1537)
Évora (1559)
Liberdade académica
Trivium:
Gramática
Retórica
Lógica
Quadrivium:
Aritmética
Geometria
Música
Astronomia
O sustento da Pátria
Agricultura
As culturas que se praticam e
o modo como são
cultivadas são decisões
humanas, dependendo
também da utilidade dos
produtos, custos de
produção e risco envolvido
Objectivo principal:
produção de alimentos e
fibra
Conhecer para edificar
O sustento da Pátria
Agricultura
Agronomia e Agricultura
Conhecer para edificar
Agricultura
Agronomia e Agricultura
Agricultura
As culturas que se praticam e
o modo como são
cultivadas são decisões
humanas, dependendo
também da utilidade dos
produtos, custos de
produção e risco envolvido
Objectivo principal:
produção de alimentos e
fibra
Decisão
Tomar uma decisão é algo de
que nos orgulhamos muito.
Contudo, só tomamos uma
decisão quando não temos a
certeza do que fazer.
Por isso, a decisão está
intimamente ligada ao conceito
de incerteza.
Implica observação – avaliação –
escolha – acção
Conhecimento – reduz a incerteza
Conhecer para edificar
Agricultura
Agronomia e Agricultura
Agricultura
As culturas que se praticam e
o modo como são
cultivadas são decisões
humanas, dependendo
também da utilidade dos
produtos, custos de
produção e risco envolvido
Objectivo principal:
produção de alimentos e
fibra
Conhecer para edificar
Agricultura Agronomia
A produção de materiais
orgânicos nos campos
agrícolas depende das
capacidades fisiológicas
das plantas e animais e do
ambiente em que crescem.
Estas matérias são sujeito
de análises ecológicas,
baseadas em princípios
biológicos, químicos e
físicos.
Há 4000 anos…
Pintura na câmara fúnebre de Sennedjem
Há 900 anos…
http://medieval.ucdavis.edu/20A/RODDY_KEVIN_50304/Agriculture.AugustR.jpg
em Portugal nos anos 50
Paredes de Coura, Mozelos.
“Vezeiras”
Oliveira, E.V et al., 1983
Como nasce uma Ciência
Conhecimento sistematizado movido
por três linhas de força principais
Scientia – (lat.) Conhecimento
Ciência – empreendimento humano
que cria e organiza conhecimento
•  1813 Humphry-Davy
–  Elements of Agricultural
Chemistry
•  1823 Elias Fries
–  Systema mycologicum
•  1838 Carl Burmeister
–  Manual de Entomologia
•  1840 Justus von Liebig
–  Lei do mínimo
•  1855 Alphonse de
Candolle
–  Géographie botanique
raisonnée
•  1859 Charles Darwin
–  The origin of species
(Economia da Natureza)
•  1866 Gregor Mendel
–  Experiências de hibridação
em plantas
•  1866 Ernst Haeckel
–  General Morphology
(oecologia)
•  1886 Vasili Dokouchaev
–  Classificação de solos
•  1888 Martinus Willem
Beijerink
–  Rhizobium
•  1813 Humphry-Davy
–  Elements of Agricultural
Chemistry
•  1823 Elias Fries
–  Systema mycologicum
•  1838 Carl Burmeister
–  Manual de Entomologia
•  1840 Justus von Liebig
–  Lei do mínimo
•  1855 Alphonse de
Candolle
–  Géographie botanique
raisonnée
•  1859 Charles Darwin
–  The origin of species
(Economia da Natureza)
•  1866 Gregor Mendel
–  Experiências de hibridação
em plantas
•  1866 Ernst Haeckel
–  General Morphology
(oecologia)
•  1886 Vasili Dokouchaev
–  Classificação de solos
•  1888 Martinus Willem
Beijerink
–  Rhizobium
•  1813 Humphry-Davy
–  Elements of Agricultural
Chemistry
•  1823 Elias Fries
–  Systema mycologicum
•  1838 Carl Burmeister
–  Manual de Entomologia
•  1840 Justus von Liebig
–  Lei do mínimo
•  1855 Alphonse de
Candolle
–  Géographie botanique
raisonnée
•  1859 Charles Darwin
–  The origin of species
(Economia da Natureza)
•  1866 Gregor Mendel
–  Experiências de hibridação
em plantas
•  1866 Ernst Haeckel
–  General Morphology
(oecologia)
•  1886 Vasili Dokouchaev
–  Classificação de solos
•  1888 Martinus Willem
Beijerink
–  Rhizobium
•  1802 Inglaterra
–  Debulhadora a vapor
•  1820 Inglaterra
–  Introdução do guano na
Europa
•  1826 Inglaterra
–  Primeira gadanheira
mecânica
•  1831-36
–  Viagem do H.M.S. Beagle
•  1845 Inglaterra
–  Produção de superfosfato
•  1850 França
–  Uso de enxofre contra o
oídio
•  1860 Estados Unidos
–  Mecanização em série do
matadouro de Chicago
•  1865 França, Portugal,
Espanha, Itália
–  Invasão da filoxera
•  1870 Estados Unidos
–  Ceifeira-atadeira
mecânica
•  1879 Inglaterra e França
–  Fosfato Thomas
•  1890 França
–  Primeiros herbicidas
•  1813 Humphry-Davy
–  Elements of Agricultural
Chemistry
•  1823 Elias Fries
–  Systema mycologicum
•  1838 Carl Burmeister
–  Manual de Entomologia
•  1840 Justus von Liebig
–  Lei do mínimo
•  1855 Alphonse de
Candolle
–  Géographie botanique
raisonnée
•  1859 Charles Darwin
–  The origin of species
(Economia da Natureza)
•  1866 Gregor Mendel
–  Experiências de hibridação
em plantas
•  1866 Ernst Haeckel
–  General Morphology
(oecologia)
•  1886 Vasili Dokouchaev
–  Classificação de solos
•  1888 Martinus Willem
Beijerink
–  Rhizobium
•  1802 Inglaterra
–  Debulhadora a vapor
•  1820 Inglaterra
–  Introdução do guano na
Europa
•  1826 Inglaterra
–  Primeira gadanheira
mecânica
•  1831-36
–  Viagem do H.M.S. Beagle
•  1845 Inglaterra
–  Produção de superfosfato
•  1850 França
–  Uso de enxofre contra o
oídio
•  1860 Estados Unidos
–  Mecanização em série do
matadouro de Chicago
•  1865 França, Portugal,
Espanha, Itália
–  Invasão da filoxera
•  1870 Estados Unidos
–  Ceifeira-atadeira
mecânica
•  1879 Inglaterra e França
–  Fosfato Thomas
•  1890 França
–  Primeiros herbicidas
•  1813 Humphry-Davy
–  Elements of Agricultural
Chemistry
•  1823 Elias Fries
–  Systema mycologicum
•  1838 Carl Burmeister
–  Manual de Entomologia
•  1840 Justus von Liebig
–  Lei do mínimo
•  1855 Alphonse de
Candolle
–  Géographie botanique
raisonnée
•  1859 Charles Darwin
–  The origin of species
(Economia da Natureza)
•  1866 Gregor Mendel
–  Experiências de hibridação
em plantas
•  1866 Ernst Haeckel
–  General Morphology
(oecologia)
•  1886 Vasili Dokouchaev
–  Classificação de solos
•  1888 Martinus Willem
Beijerink
–  Rhizobium
•  1802 Inglaterra
–  Debulhadora a vapor
•  1820 Inglaterra
–  Introdução do guano na
Europa
•  1826 Inglaterra
–  Primeira gadanheira
mecânica
•  1831-36
–  Viagem do H.M.S. Beagle
•  1845 Inglaterra
–  Produção de superfosfato
•  1850 França
–  Uso de enxofre contra o
oídio
•  1860 Estados Unidos
–  Mecanização em série do
matadouro de Chicago
•  1865 França, Portugal,
Espanha, Itália
–  Invasão da filoxera
•  1870 Estados Unidos
–  Ceifeira-atadeira
mecânica
•  1879 Inglaterra e França
–  Fosfato Thomas
•  1890 França
–  Primeiros herbicidas
•  1802 Alemanha
–  Primeira Escola Superior de
Agronomia em Möglin
(Thaer)
•  1815 Hungria
–  Segunda Escola Superior de
Agricultura da Europa em
Georgikon (Samuel Tessedik)
•  1818 Alemanha
–  Hoenheim (Schwertz)
•  1820 França
–  Escola Agro-Florestal de
Roville(1822)
–  Escola Agro-Florestal de
Nancy (1824)
–  Escola Agro-Florestal de
Grignon (1826)
•  1843 John Bennet Lawes
–  Rothamstead
•  1853 Portugal
–  Instituto Agrícola de Lisboa
•  Cursos para abegões,
lavradores e agrónomos
•  1862 Estados Unidos
–  Land-grant Universities
•  1871 Itália
–  Enciclopedia Agraria Italiana
(Gaetano Cantoni)
•  1911 Portugal
–  Instituto Superior de
Agronomia
•  1813 Humphry-Davy
–  Elements of Agricultural
Chemistry
•  1823 Elias Fries
–  Systema mycologicum
•  1838 Carl Burmeister
–  Manual de Entomologia
•  1840 Justus von Liebig
–  Lei do mínimo
•  1855 Alphonse de
Candolle
–  Géographie botanique
raisonnée
•  1859 Charles Darwin
–  The origin of species
(Economia da Natureza)
•  1866 Gregor Mendel
–  Experiências de hibridação
em plantas
•  1866 Ernst Haeckel
–  General Morphology
(oecologia)
•  1886 Vasili Dokouchaev
–  Classificação de solos
•  1888 Martinus Willem
Beijerink
–  Rhizobium
•  1802 Inglaterra
–  Debulhadora a vapor
•  1820 Inglaterra
–  Introdução do guano na
Europa
•  1826 Inglaterra
–  Primeira gadanheira
mecânica
•  1831-36
–  Viagem do H.M.S. Beagle
•  1845 Inglaterra
–  Produção de superfosfato
•  1850 França
–  Uso de enxofre contra o
oídio
•  1860 Estados Unidos
–  Mecanização em série do
matadouro de Chicago
•  1865 França, Portugal,
Espanha, Itália
–  Invasão da filoxera
•  1870 Estados Unidos
–  Ceifeira-atadeira
mecânica
•  1879 Inglaterra e França
–  Fosfato Thomas
•  1890 França
–  Primeiros herbicidas
•  1802 Alemanha
–  Primeira Escola Superior de
Agronomia em Möglin
(Thaer)
•  1815 Hungria
–  Segunda Escola Superior de
Agricultura da Europa em
Georgikon (Samuel Tessedik)
•  1818 Alemanha
–  Hoenheim (Schwertz)
•  1820 França
–  Escola Agro-Florestal de
Roville(1822)
–  Escola Agro-Florestal de
Nancy (1824)
–  Escola Agro-Florestal de
Grignon (1826)
•  1843 John Bennet Lawes
–  Rothamstead
•  1853 Portugal
–  Instituto Agrícola de Lisboa
•  Cursos para abegões,
lavradores e agrónomos
•  1862 Estados Unidos
–  Land-grant Universities
•  1871 Itália
–  Enciclopedia Agraria Italiana
(Gaetano Cantoni)
•  1911 Portugal
–  Instituto Superior de
Agronomia
•  1813 Humphry-Davy
–  Elements of Agricultural
Chemistry
•  1823 Elias Fries
–  Systema mycologicum
•  1838 Carl Burmeister
–  Manual de Entomologia
•  1840 Justus von Liebig
–  Lei do mínimo
•  1855 Alphonse de
Candolle
–  Géographie botanique
raisonnée
•  1859 Charles Darwin
–  The origin of species
(Economia da Natureza)
•  1866 Gregor Mendel
–  Experiências de hibridação
em plantas
•  1866 Ernst Haeckel
–  General Morphology
(oecologia)
•  1886 Vasili Dokouchaev
–  Classificação de solos
•  1888 Martinus Willem
Beijerink
–  Rhizobium
•  1802 Inglaterra
–  Debulhadora a vapor
•  1820 Inglaterra
–  Introdução do guano na
Europa
•  1826 Inglaterra
–  Primeira gadanheira
mecânica
•  1831-36
–  Viagem do H.M.S. Beagle
•  1845 Inglaterra
–  Produção de superfosfato
•  1850 França
–  Uso de enxofre contra o
oídio
•  1860 Estados Unidos
–  Mecanização em série do
matadouro de Chicago
•  1865 França, Portugal,
Espanha, Itália
–  Invasão da filoxera
•  1870 Estados Unidos
–  Ceifeira-atadeira
mecânica
•  1879 Inglaterra e França
–  Fosfato Thomas
•  1890 França
–  Primeiros herbicidas
•  1802 Alemanha
–  Primeira Escola Superior de
Agronomia em Möglin
(Thaer)
•  1815 Hungria
–  Segunda Escola Superior de
Agricultura da Europa em
Georgikon (Samuel Tessedik)
•  1818 Alemanha
–  Hoenheim (Schwertz)
•  1820 França
–  Escola Agro-Florestal de
Roville(1822)
–  Escola Agro-Florestal de
Nancy (1824)
–  Escola Agro-Florestal de
Grignon (1826)
•  1843 John Bennet Lawes
–  Rothamstead
•  1853 Portugal
–  Instituto Agrícola de Lisboa
•  Cursos para abegões,
lavradores e agrónomos
•  1862 Estados Unidos
–  Land-grant Universities
•  1871 Itália
–  Enciclopedia Agraria Italiana
(Gaetano Cantoni)
•  1911 Portugal
–  Instituto Superior de
Agronomia
Instituto Agrícola de Lisboa
Estabelecia a Lei de 1852 três graus diferentes de
ensino:
•  "1. O ensino mechanico ou de officio para os homens
do campo, ganha-pães ou jornaleiros, verdadeiros
instrumentos de lavoura;
•  2. O ensino artistico ou secundário, já mais elevado,
ao mesmo tempo prático e theorico, com destino a
feitores ou chefes de culturas;
•  3. O ensino superior e scientifico, principalmente
destinado a agrónomos, individuos com
preparação mais completa e estudo desenvolvido,
habilitados a dirigir as grandes explorações
agrícolas."
Eficiência da Agricultura
No século passado, a Agricultura,
fundamentada na Agronomia
conseguiu um desempenho
impressionante...
População mundial
População da Terra
Population Clocks
World 7,096,167,118
12:14 UTC (EST+5) Jul 05, 2013
http://www.census.gov/main/
www/popclock.html
Uso do solo à escala global
Área
(Mha)
Terra arável 1375
Culturas permanentes 128 4936 38%
Prados permanentes 3433
Florestas 4157
Outros usos 3955
Total 13048
Águas interiores 339
Área total 13387
FAOSTAT Agricultural data (2000) - http://apps.fao.org/page/collections?subset=agriculture
Terra arável
11%
Culturas permanentes
1%
Prados permanentes
26%
Florestas
32%
Outros usos
30%
A produção actual de trigo e arroz
(370Mha – 7,5% da área agrícola)
têm energia e proteína suficientes
para 7 000 000 de pessoas
1381
146
3357
4044
4088
13015
0,4%
14,3%
-2,2%
-2,7%
3,35%
386
+4,5%
FAOSTAT Agricultural data (2011) http://faostat.fao.org/site/567
8 500 000
y = -0.0028x + 5.7167
R² = 0.93163
y = -0.0071x + 14.431
R² = 0.98402
y = -0.001x + 2.0031
R² = 0.94112
y = -0.004x + 8.4585
R² = 0.99912
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Evolução da população agrícolaFAOSTATAgriculturaldata(2009)-http://apps.fao.org/page/collections?subset=agriculture
Desenho da paisagem
Evolução histórica da produtividade
França
México
Formosa
Ceilão
IndonésiaTailândia
Índia
Filipinas
Japão, 99
Tailândia, 99
Itália
USA
Canadá
URSS
AustráliaPaquistão
Índia
Reino Unido, 99
França, 99
URSS, 99
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Anos
Produção(t/ha)
Arroz, Japão
Trigo, Reino Unido
Evolução histórica da
produtividade do arroz no Japão e
do trigo no Reino Unido.
Outras produtividades nacionais
referentes a 1968 (Evans, 1975)
França, 09
USA, 09
Holanda, 09
Rússia, 09
Actualização de alguns casos a
1999 e 2009 (FAO, 2000, 2011)
Como é que a produtividade aumentou assim?
58
47
21
8
8
5
-23
-8
-7
-8
-28
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70
Introdução de cultivares melhoradas
Acréscimo de aplicação de fertilizantes comerciais
Redução da aplicação de estrumes e matéria orgânica
Aumento do controlo de doenças e paragas
Melhoria da determinação da data de sementeira
Melhoria do arranjo espacial das plantas
Agravamento dos problemas de erosão
Alteração de sequências culturais (Intensificação)
Acréscimo de mecanização da cultura
Aparecimento de novas doenças e pragas
Outros factores negativos não identificados
Genética e Melhoramento
Química
Fitopatologia
Fisiologia
Climatologia
Mecânica
Lei de Liebig – factor limitante
Interface entre disciplinas
Física Química
Biologia
Economia
SociologiaAgronomia
Rota centrífuga?
Teoria Geral dos Sistemas
•  van Bertalanffy (1929)
Questões inseparáveis:
–  "Ciência dos Sistemas"
•  reducionismo vs. integração
–  "Filosofia dos sistemas"
•  SISTEMA - novo paradigma - perspectiva organísmica
“do mundo como uma gigantesca organização” vs. “lei
cega” de um mundo mecanístico
Integração
CULTURARotações
Pesticidas
Fertilizantes
Trabalho do
solo
INORG‰NICO ORG‰NICO
HERBICIDA INSECTICIDA FUNGICIDA
INFESTANTES PRAGAS DOENÇAS
Incorporação
Necessidades de nutrientes
Incorporação
/ tipo
de
peste
Perturbação
Perturbação
Resíduos das culturas
Necessidades
em nutrientes
Competição
Ataque
Ataque
Tipo de pesticida
Necessidadedepesticida
Transporte
Transporte Transporte
Crescimento
Crescim
ento
/
nutrientes
C
rescim
ento
D
iversidade/S
inergistas
D
iversidade/antagonistas
Crescimento /
nutrientes
Adsorpção/sorpção
Nutriente
Relações complexas
Interacções
●  Adubos influenciam o
crescimento das culturas e
das infestantes
●  Adubos podem aumentar a
incidência de doenças e
ataques de pragas
● MO pode diminuir a
incidência de doenças pelo
aumento da diversidade de
espécies
● MO pode adsorver e
inactivar pesticidas
O aumento da sustentabilidade dos sistemas de Agricultura,
não depende apenas da redução ou melhoria da eficiência
no emprego de factores externos, mas sobretudo, de uma
melhor compreensão do modo como os principais
componentes interactuam.
Segue uma lista incompleta e ocasionalmente especulativa.
●  MO pode fornecer
alimentação alternativa para
pragas marginais
●  mobilizações podem
aumentar ou diminuir a
incidência de pragas,
doenças ou infestantes
● mobilizações afectam a
quantidade de fertilizante
necessário
● mobilizações estabelecem o
contacto entre a praga ou
doença e o pesticida
Os factos são teimosos, mas as estatísticas
são mais maleáveis.
Mark Twain
Muito raciocínio e pouca observação
conduzem ao erro. Muita observação e
pouco raciocínio levam à verdade.
Alexis Carrell

(prémio Nobel Medicina -1912)
No domínio da observação, o acaso só
favorece a mente preparada.
Louis Pasteur

55
Observação
• Realismo
– Aprender a olhar para a realidade
– Observação; lealdade com a
realidade
– Integração / (Multi-inter?)
disciplinaridade
56
• Razoabilidade
– Aprender a comparar
– Critério
– Juízo
• Integração
–  (totalidade dos factores em jogo)
– Escolha / Decisão
57
• Moralidade
– Dados e observações
– Preconceito
– Influência do sujeito na
observação e decisão

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Engenheiroagronomoemercado

  • 1. O tipo de Engenheiro Agrónomo que o mercado precisa Semana da Ciência e Tecnologia 30 de Março de 2016 Pedro Aguiar Pinto ISA /ULisboa
  • 3.
  • 4. Engenharia •  é a aplicação do conhecimento científico, económico, social e prático, com o intuito de inventar, desenhar, construir, manter e melhorar estruturas, aparelhos, sistemas, materiais e processos
  • 5. Instrumento indispensável ao Engenheiro dos anos 60
  • 6. Mercado •  Teoria dos Sentimentos Morais (Adam Smith, 1759) –  Mercado - mão invisível •  An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations (1776) –  He intends only his own gain, and he is in this, as in many other cases, led by an invisible hand to promote an end which was no part of his intention.
  • 7. UN AGRÓNOMO CON CAPACIDAD DE ADAPTARSE, ENCUENTRA TRABAJO, Y SINO, LO INVENTA
  • 8.
  • 9. A orientação vocacional surge sempre de uma atracção
  • 11. Visita a um aviário
  • 16. Bernardo de Claraval (1090-1153) Reformador da Ordem de Cister Fundador do Mosteiro de Alcobaça que lhe foi doado por D. Afonso Henriques (1153) Sede portuguesa dos frades agrónomos
  • 18. Frades agrónomos Ora et labora (regra de S. Bento)
  • 19. Frades agrónomos Ora et labora (regra de S. Bento) Couto de Alcobaça
  • 20. Frades agrónomos Ora et labora (regra de S. Bento) 1.ª aula pública em Portugal 11 de Janeiro de 1269 Couto de Alcobaça
  • 21. ernardo de Claraval Há cinco estímulos que incitam o homem à Ciência: Há homens que querem saber pelo simples gosto de saber: É baixa curiosidade Outros procuram conhecer para serem conhecidos: É pura vaidade Outros querem possuir a ciência para a poderem revender e ganhar dinheiro e honrarias: A motivação é mesquinha Mas alguns desejam conhecer para edificar: E isto é caridade outros para serem edificados: E isto é sabedoria
  • 22. Universidade universitas magistrorum et scholarium Bologna (1088) Paris (1150) Oxford (1167) …. Palencia (1208) Salamanca(1218) Coimbra (1290) (1537) Évora (1559) Liberdade académica Trivium: Gramática Retórica Lógica Quadrivium: Aritmética Geometria Música Astronomia
  • 23. O sustento da Pátria
  • 24. Agricultura As culturas que se praticam e o modo como são cultivadas são decisões humanas, dependendo também da utilidade dos produtos, custos de produção e risco envolvido Objectivo principal: produção de alimentos e fibra Conhecer para edificar O sustento da Pátria Agricultura
  • 25. Agronomia e Agricultura Conhecer para edificar Agricultura
  • 26. Agronomia e Agricultura Agricultura As culturas que se praticam e o modo como são cultivadas são decisões humanas, dependendo também da utilidade dos produtos, custos de produção e risco envolvido Objectivo principal: produção de alimentos e fibra Decisão Tomar uma decisão é algo de que nos orgulhamos muito. Contudo, só tomamos uma decisão quando não temos a certeza do que fazer. Por isso, a decisão está intimamente ligada ao conceito de incerteza. Implica observação – avaliação – escolha – acção Conhecimento – reduz a incerteza Conhecer para edificar Agricultura
  • 27. Agronomia e Agricultura Agricultura As culturas que se praticam e o modo como são cultivadas são decisões humanas, dependendo também da utilidade dos produtos, custos de produção e risco envolvido Objectivo principal: produção de alimentos e fibra Conhecer para edificar Agricultura Agronomia A produção de materiais orgânicos nos campos agrícolas depende das capacidades fisiológicas das plantas e animais e do ambiente em que crescem. Estas matérias são sujeito de análises ecológicas, baseadas em princípios biológicos, químicos e físicos.
  • 28. Há 4000 anos… Pintura na câmara fúnebre de Sennedjem
  • 30. em Portugal nos anos 50 Paredes de Coura, Mozelos. “Vezeiras” Oliveira, E.V et al., 1983
  • 31.
  • 32. Como nasce uma Ciência Conhecimento sistematizado movido por três linhas de força principais Scientia – (lat.) Conhecimento Ciência – empreendimento humano que cria e organiza conhecimento
  • 33. •  1813 Humphry-Davy –  Elements of Agricultural Chemistry •  1823 Elias Fries –  Systema mycologicum •  1838 Carl Burmeister –  Manual de Entomologia •  1840 Justus von Liebig –  Lei do mínimo •  1855 Alphonse de Candolle –  Géographie botanique raisonnée •  1859 Charles Darwin –  The origin of species (Economia da Natureza) •  1866 Gregor Mendel –  Experiências de hibridação em plantas •  1866 Ernst Haeckel –  General Morphology (oecologia) •  1886 Vasili Dokouchaev –  Classificação de solos •  1888 Martinus Willem Beijerink –  Rhizobium
  • 34. •  1813 Humphry-Davy –  Elements of Agricultural Chemistry •  1823 Elias Fries –  Systema mycologicum •  1838 Carl Burmeister –  Manual de Entomologia •  1840 Justus von Liebig –  Lei do mínimo •  1855 Alphonse de Candolle –  Géographie botanique raisonnée •  1859 Charles Darwin –  The origin of species (Economia da Natureza) •  1866 Gregor Mendel –  Experiências de hibridação em plantas •  1866 Ernst Haeckel –  General Morphology (oecologia) •  1886 Vasili Dokouchaev –  Classificação de solos •  1888 Martinus Willem Beijerink –  Rhizobium
  • 35. •  1813 Humphry-Davy –  Elements of Agricultural Chemistry •  1823 Elias Fries –  Systema mycologicum •  1838 Carl Burmeister –  Manual de Entomologia •  1840 Justus von Liebig –  Lei do mínimo •  1855 Alphonse de Candolle –  Géographie botanique raisonnée •  1859 Charles Darwin –  The origin of species (Economia da Natureza) •  1866 Gregor Mendel –  Experiências de hibridação em plantas •  1866 Ernst Haeckel –  General Morphology (oecologia) •  1886 Vasili Dokouchaev –  Classificação de solos •  1888 Martinus Willem Beijerink –  Rhizobium •  1802 Inglaterra –  Debulhadora a vapor •  1820 Inglaterra –  Introdução do guano na Europa •  1826 Inglaterra –  Primeira gadanheira mecânica •  1831-36 –  Viagem do H.M.S. Beagle •  1845 Inglaterra –  Produção de superfosfato •  1850 França –  Uso de enxofre contra o oídio •  1860 Estados Unidos –  Mecanização em série do matadouro de Chicago •  1865 França, Portugal, Espanha, Itália –  Invasão da filoxera •  1870 Estados Unidos –  Ceifeira-atadeira mecânica •  1879 Inglaterra e França –  Fosfato Thomas •  1890 França –  Primeiros herbicidas
  • 36. •  1813 Humphry-Davy –  Elements of Agricultural Chemistry •  1823 Elias Fries –  Systema mycologicum •  1838 Carl Burmeister –  Manual de Entomologia •  1840 Justus von Liebig –  Lei do mínimo •  1855 Alphonse de Candolle –  Géographie botanique raisonnée •  1859 Charles Darwin –  The origin of species (Economia da Natureza) •  1866 Gregor Mendel –  Experiências de hibridação em plantas •  1866 Ernst Haeckel –  General Morphology (oecologia) •  1886 Vasili Dokouchaev –  Classificação de solos •  1888 Martinus Willem Beijerink –  Rhizobium •  1802 Inglaterra –  Debulhadora a vapor •  1820 Inglaterra –  Introdução do guano na Europa •  1826 Inglaterra –  Primeira gadanheira mecânica •  1831-36 –  Viagem do H.M.S. Beagle •  1845 Inglaterra –  Produção de superfosfato •  1850 França –  Uso de enxofre contra o oídio •  1860 Estados Unidos –  Mecanização em série do matadouro de Chicago •  1865 França, Portugal, Espanha, Itália –  Invasão da filoxera •  1870 Estados Unidos –  Ceifeira-atadeira mecânica •  1879 Inglaterra e França –  Fosfato Thomas •  1890 França –  Primeiros herbicidas
  • 37. •  1813 Humphry-Davy –  Elements of Agricultural Chemistry •  1823 Elias Fries –  Systema mycologicum •  1838 Carl Burmeister –  Manual de Entomologia •  1840 Justus von Liebig –  Lei do mínimo •  1855 Alphonse de Candolle –  Géographie botanique raisonnée •  1859 Charles Darwin –  The origin of species (Economia da Natureza) •  1866 Gregor Mendel –  Experiências de hibridação em plantas •  1866 Ernst Haeckel –  General Morphology (oecologia) •  1886 Vasili Dokouchaev –  Classificação de solos •  1888 Martinus Willem Beijerink –  Rhizobium •  1802 Inglaterra –  Debulhadora a vapor •  1820 Inglaterra –  Introdução do guano na Europa •  1826 Inglaterra –  Primeira gadanheira mecânica •  1831-36 –  Viagem do H.M.S. Beagle •  1845 Inglaterra –  Produção de superfosfato •  1850 França –  Uso de enxofre contra o oídio •  1860 Estados Unidos –  Mecanização em série do matadouro de Chicago •  1865 França, Portugal, Espanha, Itália –  Invasão da filoxera •  1870 Estados Unidos –  Ceifeira-atadeira mecânica •  1879 Inglaterra e França –  Fosfato Thomas •  1890 França –  Primeiros herbicidas •  1802 Alemanha –  Primeira Escola Superior de Agronomia em Möglin (Thaer) •  1815 Hungria –  Segunda Escola Superior de Agricultura da Europa em Georgikon (Samuel Tessedik) •  1818 Alemanha –  Hoenheim (Schwertz) •  1820 França –  Escola Agro-Florestal de Roville(1822) –  Escola Agro-Florestal de Nancy (1824) –  Escola Agro-Florestal de Grignon (1826) •  1843 John Bennet Lawes –  Rothamstead •  1853 Portugal –  Instituto Agrícola de Lisboa •  Cursos para abegões, lavradores e agrónomos •  1862 Estados Unidos –  Land-grant Universities •  1871 Itália –  Enciclopedia Agraria Italiana (Gaetano Cantoni) •  1911 Portugal –  Instituto Superior de Agronomia
  • 38. •  1813 Humphry-Davy –  Elements of Agricultural Chemistry •  1823 Elias Fries –  Systema mycologicum •  1838 Carl Burmeister –  Manual de Entomologia •  1840 Justus von Liebig –  Lei do mínimo •  1855 Alphonse de Candolle –  Géographie botanique raisonnée •  1859 Charles Darwin –  The origin of species (Economia da Natureza) •  1866 Gregor Mendel –  Experiências de hibridação em plantas •  1866 Ernst Haeckel –  General Morphology (oecologia) •  1886 Vasili Dokouchaev –  Classificação de solos •  1888 Martinus Willem Beijerink –  Rhizobium •  1802 Inglaterra –  Debulhadora a vapor •  1820 Inglaterra –  Introdução do guano na Europa •  1826 Inglaterra –  Primeira gadanheira mecânica •  1831-36 –  Viagem do H.M.S. Beagle •  1845 Inglaterra –  Produção de superfosfato •  1850 França –  Uso de enxofre contra o oídio •  1860 Estados Unidos –  Mecanização em série do matadouro de Chicago •  1865 França, Portugal, Espanha, Itália –  Invasão da filoxera •  1870 Estados Unidos –  Ceifeira-atadeira mecânica •  1879 Inglaterra e França –  Fosfato Thomas •  1890 França –  Primeiros herbicidas •  1802 Alemanha –  Primeira Escola Superior de Agronomia em Möglin (Thaer) •  1815 Hungria –  Segunda Escola Superior de Agricultura da Europa em Georgikon (Samuel Tessedik) •  1818 Alemanha –  Hoenheim (Schwertz) •  1820 França –  Escola Agro-Florestal de Roville(1822) –  Escola Agro-Florestal de Nancy (1824) –  Escola Agro-Florestal de Grignon (1826) •  1843 John Bennet Lawes –  Rothamstead •  1853 Portugal –  Instituto Agrícola de Lisboa •  Cursos para abegões, lavradores e agrónomos •  1862 Estados Unidos –  Land-grant Universities •  1871 Itália –  Enciclopedia Agraria Italiana (Gaetano Cantoni) •  1911 Portugal –  Instituto Superior de Agronomia
  • 39. •  1813 Humphry-Davy –  Elements of Agricultural Chemistry •  1823 Elias Fries –  Systema mycologicum •  1838 Carl Burmeister –  Manual de Entomologia •  1840 Justus von Liebig –  Lei do mínimo •  1855 Alphonse de Candolle –  Géographie botanique raisonnée •  1859 Charles Darwin –  The origin of species (Economia da Natureza) •  1866 Gregor Mendel –  Experiências de hibridação em plantas •  1866 Ernst Haeckel –  General Morphology (oecologia) •  1886 Vasili Dokouchaev –  Classificação de solos •  1888 Martinus Willem Beijerink –  Rhizobium •  1802 Inglaterra –  Debulhadora a vapor •  1820 Inglaterra –  Introdução do guano na Europa •  1826 Inglaterra –  Primeira gadanheira mecânica •  1831-36 –  Viagem do H.M.S. Beagle •  1845 Inglaterra –  Produção de superfosfato •  1850 França –  Uso de enxofre contra o oídio •  1860 Estados Unidos –  Mecanização em série do matadouro de Chicago •  1865 França, Portugal, Espanha, Itália –  Invasão da filoxera •  1870 Estados Unidos –  Ceifeira-atadeira mecânica •  1879 Inglaterra e França –  Fosfato Thomas •  1890 França –  Primeiros herbicidas •  1802 Alemanha –  Primeira Escola Superior de Agronomia em Möglin (Thaer) •  1815 Hungria –  Segunda Escola Superior de Agricultura da Europa em Georgikon (Samuel Tessedik) •  1818 Alemanha –  Hoenheim (Schwertz) •  1820 França –  Escola Agro-Florestal de Roville(1822) –  Escola Agro-Florestal de Nancy (1824) –  Escola Agro-Florestal de Grignon (1826) •  1843 John Bennet Lawes –  Rothamstead •  1853 Portugal –  Instituto Agrícola de Lisboa •  Cursos para abegões, lavradores e agrónomos •  1862 Estados Unidos –  Land-grant Universities •  1871 Itália –  Enciclopedia Agraria Italiana (Gaetano Cantoni) •  1911 Portugal –  Instituto Superior de Agronomia
  • 40. Instituto Agrícola de Lisboa Estabelecia a Lei de 1852 três graus diferentes de ensino: •  "1. O ensino mechanico ou de officio para os homens do campo, ganha-pães ou jornaleiros, verdadeiros instrumentos de lavoura; •  2. O ensino artistico ou secundário, já mais elevado, ao mesmo tempo prático e theorico, com destino a feitores ou chefes de culturas; •  3. O ensino superior e scientifico, principalmente destinado a agrónomos, individuos com preparação mais completa e estudo desenvolvido, habilitados a dirigir as grandes explorações agrícolas."
  • 41. Eficiência da Agricultura No século passado, a Agricultura, fundamentada na Agronomia conseguiu um desempenho impressionante...
  • 42. População mundial População da Terra Population Clocks World 7,096,167,118 12:14 UTC (EST+5) Jul 05, 2013 http://www.census.gov/main/ www/popclock.html
  • 43. Uso do solo à escala global Área (Mha) Terra arável 1375 Culturas permanentes 128 4936 38% Prados permanentes 3433 Florestas 4157 Outros usos 3955 Total 13048 Águas interiores 339 Área total 13387 FAOSTAT Agricultural data (2000) - http://apps.fao.org/page/collections?subset=agriculture Terra arável 11% Culturas permanentes 1% Prados permanentes 26% Florestas 32% Outros usos 30% A produção actual de trigo e arroz (370Mha – 7,5% da área agrícola) têm energia e proteína suficientes para 7 000 000 de pessoas 1381 146 3357 4044 4088 13015 0,4% 14,3% -2,2% -2,7% 3,35% 386 +4,5% FAOSTAT Agricultural data (2011) http://faostat.fao.org/site/567 8 500 000
  • 44. y = -0.0028x + 5.7167 R² = 0.93163 y = -0.0071x + 14.431 R² = 0.98402 y = -0.001x + 2.0031 R² = 0.94112 y = -0.004x + 8.4585 R² = 0.99912 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 Evolução da população agrícolaFAOSTATAgriculturaldata(2009)-http://apps.fao.org/page/collections?subset=agriculture
  • 46.
  • 47.
  • 48. Evolução histórica da produtividade França México Formosa Ceilão IndonésiaTailândia Índia Filipinas Japão, 99 Tailândia, 99 Itália USA Canadá URSS AustráliaPaquistão Índia Reino Unido, 99 França, 99 URSS, 99 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 Anos Produção(t/ha) Arroz, Japão Trigo, Reino Unido Evolução histórica da produtividade do arroz no Japão e do trigo no Reino Unido. Outras produtividades nacionais referentes a 1968 (Evans, 1975) França, 09 USA, 09 Holanda, 09 Rússia, 09 Actualização de alguns casos a 1999 e 2009 (FAO, 2000, 2011)
  • 49. Como é que a produtividade aumentou assim? 58 47 21 8 8 5 -23 -8 -7 -8 -28 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 Introdução de cultivares melhoradas Acréscimo de aplicação de fertilizantes comerciais Redução da aplicação de estrumes e matéria orgânica Aumento do controlo de doenças e paragas Melhoria da determinação da data de sementeira Melhoria do arranjo espacial das plantas Agravamento dos problemas de erosão Alteração de sequências culturais (Intensificação) Acréscimo de mecanização da cultura Aparecimento de novas doenças e pragas Outros factores negativos não identificados Genética e Melhoramento Química Fitopatologia Fisiologia Climatologia Mecânica
  • 50. Lei de Liebig – factor limitante
  • 51. Interface entre disciplinas Física Química Biologia Economia SociologiaAgronomia Rota centrífuga?
  • 52. Teoria Geral dos Sistemas •  van Bertalanffy (1929) Questões inseparáveis: –  "Ciência dos Sistemas" •  reducionismo vs. integração –  "Filosofia dos sistemas" •  SISTEMA - novo paradigma - perspectiva organísmica “do mundo como uma gigantesca organização” vs. “lei cega” de um mundo mecanístico
  • 53. Integração CULTURARotações Pesticidas Fertilizantes Trabalho do solo INORG‰NICO ORG‰NICO HERBICIDA INSECTICIDA FUNGICIDA INFESTANTES PRAGAS DOENÇAS Incorporação Necessidades de nutrientes Incorporação / tipo de peste Perturbação Perturbação Resíduos das culturas Necessidades em nutrientes Competição Ataque Ataque Tipo de pesticida Necessidadedepesticida Transporte Transporte Transporte Crescimento Crescim ento / nutrientes C rescim ento D iversidade/S inergistas D iversidade/antagonistas Crescimento / nutrientes Adsorpção/sorpção Nutriente Relações complexas
  • 54. Interacções ●  Adubos influenciam o crescimento das culturas e das infestantes ●  Adubos podem aumentar a incidência de doenças e ataques de pragas ● MO pode diminuir a incidência de doenças pelo aumento da diversidade de espécies ● MO pode adsorver e inactivar pesticidas O aumento da sustentabilidade dos sistemas de Agricultura, não depende apenas da redução ou melhoria da eficiência no emprego de factores externos, mas sobretudo, de uma melhor compreensão do modo como os principais componentes interactuam. Segue uma lista incompleta e ocasionalmente especulativa. ●  MO pode fornecer alimentação alternativa para pragas marginais ●  mobilizações podem aumentar ou diminuir a incidência de pragas, doenças ou infestantes ● mobilizações afectam a quantidade de fertilizante necessário ● mobilizações estabelecem o contacto entre a praga ou doença e o pesticida
  • 55. Os factos são teimosos, mas as estatísticas são mais maleáveis. Mark Twain Muito raciocínio e pouca observação conduzem ao erro. Muita observação e pouco raciocínio levam à verdade. Alexis Carrell
 (prémio Nobel Medicina -1912) No domínio da observação, o acaso só favorece a mente preparada. Louis Pasteur
 55 Observação
  • 56. • Realismo – Aprender a olhar para a realidade – Observação; lealdade com a realidade – Integração / (Multi-inter?) disciplinaridade 56