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Cine Fantasma
assombrações dos cinemas de rua
porque?
• Cine Fantasma investiga cruzamentos entre memória e
arquitetura, observados a partir da extinção de antigas
salas de cinema que costumavam funcionar em bairros das
cidades. Arquitetura, aqui, refere-se não apenas ao espaço
físico onde os filmes eram e são exibidos – espaço este
cada dia mais controverso, quando consideramos também
as formas audiovisuais que colocam em xeque o dispositivo
arquitetural clássico do cinema - mas sobretudo às novas
arquiteturas de imagens, capazes de produzir não apenas
um cinema expandido (YOUNGBLOOD, 1970), nem um
cinema de banco de dados (MANOVICH, 1998), mas, para
estabelecer nossa terminologia fantasma, uma cinema do
além.
como funciona o cine fantasma?
• Cine Fantasma consiste em uma série de vídeo
intervenções urbanas que ocupam espaços públicos ao
ar livre, e acontecem em fachadas e arredores de
prédios que já abrigaram, um dia, salas de cinema.
Mixando, em tempo real, imagens de arquivo,
documentação fotográfica das extintas salas e cenas
captadas ao vivo no local da ação, o projeto configura-
se como uma experiência de cinema vivo, que busca
reativar a memória da cidade ao cruzar temporalidades
e imaginários, em grandes projeções que evaporam-se
pelas paredes externas dos edifícios.
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• As coleções de imagens são referenciadas a um
mapeamento do espaço físico, que é reanimado
através da vídeointervenção, que atua como
médium na incorporação do cinema desativado,
promovendo sessões de 20 minutos, como em
um cinema de atrações, aonde se invocam
imagens capazes de trazer o cinema “de volta à
vida”. Deste modo, o projeto parece dar corpo a
ideia de memória como coexistência virtual, onde
o “momento seguinte contém sempre, além do
precedente, a lembrança que este lhe deixou”
(BERGSON, 1969 ; Apud DELEUZE, 1999).
a rua e as redes
• Ao incorporar novas tecnologias de
compartilhamento e distribuição de imagens
em sua constituição, Cine Fantasma provoca o
dialogo entre a herança das salas de rua e a
experiência contemporânea da rede,
enfatizando a compreensão da produção de
imagens como uma prática coletiva, órgão da
memória social e “engrama das tensões de
uma cultura.” (WARBURG, 1929; Apud
AGAMBEN, 2004).
Que rastros os cinemas podem deixar? O que
uma arqueologia dos cinemas perdidos
poderia nos ensinar?
Estética Política Construção do Comum
• Pesquisa Iconográfica -Histórica Cinema e Rua
• Intervenção urbana
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• Teatro de Rua
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• Pré Cinema - Pós Cinema
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• Coreografia para prédios pedestres e pombos
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• Lógicas de redes
• Novas formas de organização não linear, não
causal – formas instáveis, cambiantes, vivas.
enfim:
• Modelos de sociabilidade – o que significa a rua hoje
• Outros modos de circulação da imagem : o cinema
sempre foi fantasma
• Espectador ; espectro ; virtualidade ; rede
• Se, por um lado, observa-se hoje a diminuição do
número de assentos em salas nas cidades, e sua
subseqüente dominação por um certo e especifico tipo
de filmes, que abastecem os multiplex e kinoplex no
interior de shoppings, por outro temos uma
multiplicação de acessos e downloads, pulverizando e
atomizando a distribuição de imagens em uma nova e
potente arquitetura de redes.
a rua
• "Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda
íntima não vos seria revelado por mim se não
julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este
amor assim absoluto e assim exagerado é
partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós
nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas
aldeias, nos povoados, não porque soframos,
com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas
porque nos une, nivela e agremia o amor da rua."
- João do Rio in "A alma encantadora das ruas"

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Cine Fantasma investiga memória de salas

  • 2.
  • 3. porque? • Cine Fantasma investiga cruzamentos entre memória e arquitetura, observados a partir da extinção de antigas salas de cinema que costumavam funcionar em bairros das cidades. Arquitetura, aqui, refere-se não apenas ao espaço físico onde os filmes eram e são exibidos – espaço este cada dia mais controverso, quando consideramos também as formas audiovisuais que colocam em xeque o dispositivo arquitetural clássico do cinema - mas sobretudo às novas arquiteturas de imagens, capazes de produzir não apenas um cinema expandido (YOUNGBLOOD, 1970), nem um cinema de banco de dados (MANOVICH, 1998), mas, para estabelecer nossa terminologia fantasma, uma cinema do além.
  • 4.
  • 5. como funciona o cine fantasma? • Cine Fantasma consiste em uma série de vídeo intervenções urbanas que ocupam espaços públicos ao ar livre, e acontecem em fachadas e arredores de prédios que já abrigaram, um dia, salas de cinema. Mixando, em tempo real, imagens de arquivo, documentação fotográfica das extintas salas e cenas captadas ao vivo no local da ação, o projeto configura- se como uma experiência de cinema vivo, que busca reativar a memória da cidade ao cruzar temporalidades e imaginários, em grandes projeções que evaporam-se pelas paredes externas dos edifícios.
  • 6.
  • 7. como fazer? • As coleções de imagens são referenciadas a um mapeamento do espaço físico, que é reanimado através da vídeointervenção, que atua como médium na incorporação do cinema desativado, promovendo sessões de 20 minutos, como em um cinema de atrações, aonde se invocam imagens capazes de trazer o cinema “de volta à vida”. Deste modo, o projeto parece dar corpo a ideia de memória como coexistência virtual, onde o “momento seguinte contém sempre, além do precedente, a lembrança que este lhe deixou” (BERGSON, 1969 ; Apud DELEUZE, 1999).
  • 8.
  • 9. a rua e as redes • Ao incorporar novas tecnologias de compartilhamento e distribuição de imagens em sua constituição, Cine Fantasma provoca o dialogo entre a herança das salas de rua e a experiência contemporânea da rede, enfatizando a compreensão da produção de imagens como uma prática coletiva, órgão da memória social e “engrama das tensões de uma cultura.” (WARBURG, 1929; Apud AGAMBEN, 2004).
  • 10. Que rastros os cinemas podem deixar? O que uma arqueologia dos cinemas perdidos poderia nos ensinar?
  • 11. Estética Política Construção do Comum • Pesquisa Iconográfica -Histórica Cinema e Rua • Intervenção urbana • Performance • Teatro de Rua • VideoMapping • Pré Cinema - Pós Cinema
  • 12.
  • 13. a pesquisa cine vivo Tempo – Espaço – Corpos - Imagens • Coreografia para prédios pedestres e pombos • Tá tudo bem • Cine Planta • Cine Fantasma Cinema de Fluxo de Dados – Cinema Expandido – Live Cinema
  • 14.
  • 15.
  • 16. Imagem Arquivo Memória • Lógicas de redes • Novas formas de organização não linear, não causal – formas instáveis, cambiantes, vivas.
  • 17.
  • 18. enfim: • Modelos de sociabilidade – o que significa a rua hoje • Outros modos de circulação da imagem : o cinema sempre foi fantasma • Espectador ; espectro ; virtualidade ; rede • Se, por um lado, observa-se hoje a diminuição do número de assentos em salas nas cidades, e sua subseqüente dominação por um certo e especifico tipo de filmes, que abastecem os multiplex e kinoplex no interior de shoppings, por outro temos uma multiplicação de acessos e downloads, pulverizando e atomizando a distribuição de imagens em uma nova e potente arquitetura de redes.
  • 19. a rua • "Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua." - João do Rio in "A alma encantadora das ruas"