A videoinstalação é uma forma de arte contemporânea que integra vídeo, som, objetos e o espaço expositivo para criar uma experiência imersiva para o visitante. Sua história remonta a obras pioneiras de Wolf Vostell e Nam June Paik na década de 1960. A videoinstalação busca reorganizar o espaço sensorial do espectador através da integração do corpo com a obra de arte.
1. Video Instalação
O que é uma videoinstalação?
O que ela comunica?
O que essa forma de expressão artística tem de diferente?
Que tipo de efeito perceptivo esses sistemas sígnicos
produzem no interator?
A videoinstalação é uma das formas de expressão mais
complexas da arte contemporânea.
O termo videoinstalação já indica que para “videoinstalar”
artistas devem integrar objetos de naturezas diversas:
componentes eletroeletrônicos, imagens luminosas, sons
(a parte vídeo) e o corpo do visitante em uma configuração
arquitetônica, em um tempo e um contexto designados (a
parte instalação).
2. Sua história
O estabelecimento de videoinstalações como um tipo de arte
é creditado por muitos autores a Wolf Vostell e a Nam June
Paik.
Wolf Vostell Nam June Paik
3. Segundo a literatura especializada, a primeira instalação a
utilizar o vídeo fora da infra-estrutura dos estúdios de
televisão é a obra TV De-coll/ages, do artista alemão Wolf
Vostell. Exibida em 1966 – na vitrine de uma loja de
departamentos, em Paris –, a obra consistia de um mobiliário
de escritório, mesas e arquivos feitos de aparelhos de TV
manipulados para mostrar imagens distorcidas.
4. A elaboração e a distribuição desses sistemas sígnicos
também têm características peculiares.
Para começar, instalações são obras efêmeras. O
artista concebe um modelo conceitual da obra e define
as regras de implementação que podem ser montadas,
desmontadas e remontadas em vários lugares, em
diferentes tempos.
Um dos problemas dessa prática é a impossibilidade de
registro porque o conceito, a forma e a exploração de
uma instalação só se apresentam no ambiente e durante
o período em que ela se corporifica.
Registros fotográficos, videográficos, maquetes – e
outros documentos comuns aos catálogos de
videoinstalação – são sempre redução bidimensional de
um objeto tridimensional, isto é, sempre produzem um
sentimento do tipo você tinha que ter estado lá para
saber o que é...
Peculiaridades
5. A videoinstalação compreende um momento da arte de expansão
do plano da imagem para o plano do ambiente e da supressão do
olho como único canal de apreensão sensória para a imagem em
movimento. Nesse contexto, insere-se de modo radical a idéia do
corpo em diálogo com a obra, a idéia da obra de arte como
processo e do ato artístico como abandono do objeto.
A videoinstalação integra a busca da arte pela reorganização do
espaço sensório, isso diz respeito à saída do plano material para o
plano vivencial, do plano pictórico e escultórico para o plano da
ação artística.
A videoinstalação 'Gentre', do artista Gustavo Torres, utiliza estrutura semelhante a
barracas de camelô na Praça Marechal Floriano, na Cinelândia, no Centro do Rio
Vitrines Lanvin com FOTOGRAFIAS e Video-Instalações -
"Expressão das paixões".
6. A videoinstalação, compreendida como um espaço de
percepção, é considerada um dispositivo em si, no sentido
de ser um espaço autônomo de produção de sentido que
tanto pode promover em tempo real a captação quanto o
processamento e a recepção da mensagem.
Yoshua Okón , artista Mexicano. Obra: Hipnostasis, 2009, feita em colaboração com Raymond
Pettibon. Yoshua recria a realidade, transparecendo visões locais que se tornam universais em
questões relacionadas à raça, ao poder, a violência e a uma herança histórica.
7. A videoinstalação é considerada também por muitos
teóricos, críticos e artistas, como Gary Hill, como o
reconhecimento do meio audiovisual - quer seja o vídeo,
o cinema, a animação digital ou as web projeções -
insere-se hoje nas instalações como uma nova
perspectiva para se pensar o estatuto do espectador na
arte.
A videoinstalação é associada na contemporaneidade a
um procedimento artístico capaz de traduzir uma rede
de conexões estabelecidas com o outro, entre o espaço
expositivo e o espaço da vida.
Expandem-se assim, nas videoinstalações, as fronteiras
entre o documentário e a ficção, o visível e o sugerido, o
vivido e o imaginado.
8. AMT – Grupo ARTE & MEIOS TECNOLÓGICOS
• O grupo de estudos arte & meios
tecnológicos (FASM/CNPq) e a Escola
São Paulo promovem, no decorrer do
semestre, debates e exposições, no intuito
de analisar as possibilidades de
intersecção dos meios tecnológicos como
potencial de criação e produção artística,
na atualidade.
9. Marcelo Salum. Mitologias Marginais: Sítio Paciência,
2009. Vídeoinstalação
Ana Paula Lobo. O nú descendo a
escada, 2009. Vídeoinstalação.
loop/pb/ s/ som
Eduardo Salvino. Bem-te-vi, 2009.
Vídeoinstalação