O documento discute a produção mundial de frangos de carne. Nos últimos 50 anos, a produção cresceu e se industrializou, com a China e o Brasil aumentando suas quotas de mercado. Existem diferentes sistemas de produção, como intensivo, semi-intensivo e extensivo. A produção é realizada por modelos independentes, verticais ou integrados, com vantagens e desvantagens para cada parte envolvida.
2. Produção mundial de frangos de carne (Broilers)
Crescimento da população mundial.
Urbanização… mais dinheiro… proteína animal mais barata.
Produção de carne de frango cresceu mais do que a de vaca ou de porco.
O comércio deste tipo de carne cresceu ainda mais.
Maior importância do comércio regional.
Os países em vias de desenvolvimento pouco contribuem para as exportações.
Maiores preocupações com a sustentabilidade.
Maiores preocupações com o bem-estar animal.
Maiores preocupações com a qualidade e a biossegurança.
3. Produção mundial de frangos de carne
23 biliões de aves (carne e ovos), cerca de 3 por pessoa.
Aumentou 5 vezes nos últimos 50 anos.
Vários sistemas de produção.
Carne e estrume.
Carne de qualidade nutricional elevada.
Aceite por um grande número de culturas, tradições e religiões.
Está nas mãos de investidores privados.
Até 2050 o sector vai continuar a crescer, mas a menor ritmo.
Aumento de rendimentos previsto de 2%/ano.
Na região subsariana, o consumo tem aumentado - 40% continua a ser importado.
4. Produção mundial de frangos de carne
Nos últimos 50 anos continua a crescer e a industrializar-se!
Europa e América Latina perdem cota de mercado.
China e Brasil aumentam cota de mercado.
5. Produção mundial de frangos de carne
Consumo de carne nos Estados Unidos da América.
6. Produção mundial de frangos de carne
Nos últimos 50 anos, continua a crescer e a industrializar-se!
7. Produção mundial de frangos de carne
O melhoramento animal permitiu criar aves que cumprem objectivos
específicos e cada vez mais produtivos.
Exige maiores conhecimentos técnicos.
8. Produção mundial de frangos de carne
A avicultura moderna une:
Produção e distribuição de alimentos concentrados.
O que favorece mais as unidades industriais.
Abate e processamento da carne.
Integra, verticalmente, a produção avícola – empresa avícola e aviculturas.
Incubadoras.
9. Produção mundial de frangos
Junta-as nas proximidades de importantes centros de produção de
matérias-primas ou de mercados finais.
Contratação de serviços de criação na fase final da produção.
Produtores de bandos de média escala aceder às últimas tecnologias.
Com um reduzido investimento inicial.
11. Produção mundial de frangos de carne
Sistemas de produção: intensivo, semi-intensivo e extensivo.
Sistema intensivo:
Maiores investimentos capital e mão-de-obra.
Tamanho dos bandos: milhares de animais.
Resulta da investigação na reprodução (incubação), nutrição e sanidade…
bem-estar animal… obrigados!!
12. Produção mundial de frangos de carne
Sistema semi-intensivo:
Criação em pequena escala.
Tamanho do bando: 50-200.
Aves confinadas em espaço aberto vedado com rede.
Pequeno galinheiro onde as aves permanecem durante a noite.
O criador dá quase toda a comida e água e satisfaz demais necessidades.
13. Produção mundial de frangos de carne
Sistema extensivo:
Criação à escala familiar ou de aldeia.
Tamanho do bando: variável.
Frangos são criados em liberdade.
Instalações rudimentares ou inexistentes para pernoitar.
Os animais debicam e esgravatam à procura de alimentos.
14. Produção mundial de frangos de carne
A avicultura brasileira produz diferentes tipos de frango: convencional,
alternativo, orgânico e caipira ou colonial.
Frango Convencional: frango de exploração comercial, intensiva, utilizando
linhagens comerciais geneticamente seleccionadas pela elevada taxa de
crescimento e pela excelente eficiência alimentar.
Alimentação: matérias-primas de origem vegetal e/ou animal, sem
restrições ao uso de aditivos, utilizados com base nas especificações dos
fabricantes e observando-se os períodos de segurança para animais,
homem e meio ambiente.
15. Produção mundial de frangos de carne
Frango Alternativo: frango de exploração comercial intensiva, menor
densidade (13 aves/m2) e menor produção.
Alimentação: origem vegetal e mineral inorgânico. Os aditivos, permitidos
com base nas especificações dos fabricantes e observando-se os períodos
de segurança, são: pré-bióticos, simbióticos, produtos de exclusão
competitiva, imunoestimulantes naturais, extractos de plantas
(nutracêuticos), óleos essenciais, ácidos orgânicos, enzimas, adsorventes
de micotoxinas, antioxidantes e nucleótidos.
É permitida a utilização de vacinas virais vivas e de vacinas contra a
coccidiose.
16. Produção mundial de frangos de carne
Frango Orgânico: exploração comercial intensiva e/ou extensiva.
Alimentação: ingredientes exclusivamente de origem vegetal, cultivados
sem a utilização de fitofármacos e de fertilizantes químicos.
Os pintos de um dia devem provir de criações orgânicas, as instalações
devem garantir o bem-estar animal e a lotação máxima é de 10 aves/m2
(aviário) e de 5 aves/m2 (pastoreio).
É proibida a utilização de aditivos alimentares.
17. Produção mundial de frangos de carne
Frango Caipira ou Colonial: exploração comercial extensiva com, pelo
menos, 25 dias de idade, em uma área de pastoreio recomendada de 3 m2
por ave.
Alimentação: matérias-primas exclusivamente de origem vegetal, sendo
proibido o uso de aditivos, promotores de crescimento e/ou de eficiência
alimentar.
As linhagens utilizadas são específicas para esse tipo de criação, sendo
vedadas as linhagens de frangos utilizadas em explorações comerciais
intensivas. O abate dessas aves realiza-se com a idade mínima de 85 dias.
18. Produção mundial de frangos de carne
Modelos de produção de frangos: independente, vertical e integrado.
Independente: o avicultor responsabiliza-se por todas as fases da
produção, da aquisição dos pintos ao abate dos frangos.
Vertical: várias fases de produção têm lugar na mesma empresa.
Integrado: um integrador (empresa avícola) e vários criadores de aves.
19. Produção mundial de frangos de carne
Empresa integradora – proprietária da fábrica de rações, dos animais, da
incubadora, do matadouro e da fábrica de processamento.
Tende a funcionar por turnos para maximizar o uso das estruturas.
Nalguns países são proprietárias de aviários que alugam aos avicultores.
A produção avícola é regulada por contractos.
A empresa integradora fornece: animais, gás propano, alimentos,
supervisão, apoio técnico e, eventualmente, empréstimos de energia nos
meses mais quentes ou frios do ano.
Os avicultores participam com: terrenos, instalações, equipamentos, mão-
de-obra e custos de operação.
Entidade financiadora...
20. Produção mundial de frangos de carne
Os avicultores recebem em função do peso da carne movimentada, do
número de aves produzidas, dos gastos de energia e do índice de
conversão alimentar.
A competição entre criadores é intensa.
E o “casamento” é perfeito???????
Não! Tem vantagens e desvantagens… altos e baixos… e quem tente
abusar…
21. Produção mundial de frangos de carne
Vantagens para avicultores: redução dos riscos associados às oscilações
dos preços de mercado, apoio à gestão e um cash-flow previsível.
Desvantagens: perda de possíveis ganhos extra, a partilha ou perda parcial
de competências de gestão e a falta de equidade (os animais pertencem
sempre à empresa avícola).
Se diminuírem as margens de lucro, as empresas avícolas podem decidir
unilateralmente se continuam a fornecer aves ao avicultor.
O criador assume sozinho a responsabilidade do maneio geral das aves, do
maneio nutricional, da biossegurança, do bem-estar e das práticas
ambientais.
22. Produção mundial de frangos de carne
Vantagens para entidade financiadora: redução dos riscos de mercado e o
apoio de gestão da empresa avícola ao avicultor.
Desvantagens: falta de equidade entre a empresa avícola e o avicultor e
dependência da manutenção do contracto para continuar a receber o
dinheiro emprestado e respectivos juros.
23. Produção mundial de frangos de carne
Vantagens para empresa avícola: segurança na capacidade de produção,
rápida expansão da empresa, menores necessidades de capital, capacidade
de condicionar a actividade dos criadores (apoio à gestão) e maximização
da fábrica de alimentos concentrados e demais estruturas.
Desvantagens: riscos temporários associado à diminuição dos preços de
mercado e a celebração de contracto com criadores pouco produtivos.
Nos últimos anos tem-se assistido a uma divisão clara dos sistemas
industrializados de produção em grande (proteína barata) e em média
escala (rede de sustento ou garante diversificado de rendimentos).