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MÁQUINAS ELÉTRICAS
Geradores de
Corrente Contínua
SEÇÃO 1
Introdução
O gerador CC é uma máquina que
realiza a conversão de energia me-
cânica de rotação em energia elé-
trica. Existem diversas fontes que
podem fornecer a energia mecâ-
nica necessária, tais como: vapor,
óleo diesel, queda-d’água, motor
elétrico, entre outras.
A aplicação da corrente contínua
ocorre em vários setores indus-
triais, tais como: cargas de bate-
rias e acumuladores, eletroímãs
de aplicações industriais, tração
elétrica e instalações de eletroquí-
micas.
SEÇÃO 2
Princípiosde
funcionamento
O gerador CC mais simples é
composto por um enrolamento
de armadura contendo uma úni-
ca espira que é interceptada pelo
campo magnético gerado.
Com o movimento de rotação da
espira ocorre a variação do uxo
magnético e em decorrência dessa
variação surge uma f.e.m. (Lei da
Indução Magnética).
t
mef ..
Equação 59
Podemos observar na gura a se-
guir o posicionamento da espira
em três momentos diferentes e o
gráco da f.e.m. com seu formato
senoidal.
Figura 82 - Princípio de Funcionamento do Gerador cc
Fonte: SENAI (1997, p. 33).
Uma forma de reticar o formato senoidal da f.e.m. apresentada é pela
utilização de um comutador que é formado por segmentos de cobre. Na
gura a seguir podemos observar o comportamento da f.e.m. em fun-
ção da posição da espira para cinco posições diferentes, formando um
ciclo completo de rotação (SENAI, 1997).
DAE - Divisão de assistência às empresas
Figura 83 - Forma de Onda da F.E.M. X Posição da Espira
Fonte: SENAI (1997, p. 33).
CURSOS TÉCNICOS SENAI
Na posição IV da gura a seguir, a
bobina apresenta a máxima f.e.m.,
com o condutor escuro na frente
do polo N e o branco na frente do
polo S, “B” será sempre positiva e
“A” sempre negativa enquanto for
mantida a rotação indicada pela
seta circular e o sentido de campo.
Figura 84 - Bobina Gerando Máxima
F.E.M.
Fonte: SENAI (1997, p. 34).
SEÇÃO 3
Aspectos constru vos
As principais partes que com-
põem os geradores de corrente
contínua são basicamente as mes-
mas dos motores de corrente con-
tínua.
Agora você conhecerá em de-
talhes cada uma das partes que
compõem os geradores de cor-
rente contínua.
Armadura
Para o gerador CC a armadura
realiza movimento de rotação em
decorrência de uma força mecâ-
nica externa e a tensão gerada na
mesma é ligada a um circuito ex-
terno.
Para o motor de corrente contínua a armadura recebe a corrente prove-
niente de uma fonte elétrica externa que faz com que a armadura gire,
em decorrência desse movimento de rotação a armadura também é cha-
mada de rotor.
Comutador
Comutador é o dispositivo responsável pela conversão da corrente
alternada que circula pela armadura em corrente contínua. O comu-
tador gura conforme mostrado a seguir, ele é composto de um par
de segmentos de cobre para cada enrolamento da armadura, sendo
estes isolados entre si e isolados do eixo, uma vez que são xados
no mesmo. No chassi da máquina são montadas duas escovas xas
que possibilitam o contato com segmentos opostos do comutador
(GUSSOW, 1985).
Figura 85 - As partes Principais de um Motor cc
Fonte: Adaptado de Rocha (1985, p. 250).
Escovas
São conectores de grata xos, montados sobre molas que possibilitam
o deslizamento sobre o comutador no eixo da armadura, servindo de
contato entre os enrolamentos e a carga externa.
Enrolamento de campo
O enrolamento de campo tem um eletroímã responsável pela produção
do uxo interceptado pela armadura. No gerador CC a fonte de cor-
rente de campo pode ser separada ou proveniente da própria máquina,
chamada de excitador.
MÁQUINAS ELÉTRICAS
SEÇÃO 4
Excitação de campo
O tipo de excitação de campo
utilizado dene o nome dos ge-
radores CC. Quando a excitação
é realizada por uma fonte CC se-
parada, como por exemplo, uma
bateria, ele é denominado de gera-
dor de excitação separada.
Figura 86 - Gerador de Excitação
separada
Fonte: Gussow (1985, p. 255).
Os geradores que possuem sua
própria excitação são chamados
de geradores autoexcitados. Para
as congurações em que o circui-
to de armadura estiver em parale-
lo com o campo, ele é chamado de
gerador em derivação; quando o
campo está em série com a arma-
dura, é chamado de gerador série;
se forem usados os dois campos,
série e paralelo, é chamado de ge-
rador composto que pode apre-
sentar as congurações derivação
curta e derivação longa. Acompa-
nhe na gura a seguir.
Figura 87 - Autoexcitados
Fonte: Gussow (1985, p. 255).
CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEÇÃO 5
Circuito equivalentedo
gerador CC
As relações entre tensão e corren-
te num circuito equivalente de um
gerador CC são, de acordo com
a Lei Ohm, conforme apresenta-
do na gura a seguir (GUSSOW,
1985).
Vta
= Vg
- Ia
ra
Equação 60
Vt
= Vg
- Ia
(ra
+ rs
)
Equação 61
IL
= Ia
– Id
Equação 62
Sendo:
Vta
= tensão no terminal da armadura (V);
Vg
= tensão gerada na armadura (V);
Ia
= corrente na armadura (A);
Vt
= tensão no terminal do gerador (V);
ra
= resistência do circuito da armadura ( );
rs
= resistência do campo série ( );
rd
= resistência do campo em derivação ( );
IL
= corrente na linha (A);
Id
= corrente do campo em derivação (A).
Figura 88 - Circuito Equivalente
Fonte: Gussow (1985, p. 256).
Acompanhe o exemplo!
Exemplo 1
Considere um gerador CC de 200
kW e 250 V, com uma corrente
na armadura de 600 A, uma re-
sistência na armadura de 0,020
, e uma resistência de campo
em série de 0,004 . Determine
a tensão gerada na armadura con-
siderando que o gerador opera a
1.800 rotações por minuto (rpm)
impostas por um motor.
Vg
= Vt
+ Ia
(ra
+ rs
)
Vg
= 250 + 600 (0,020 + 0,004) =
250 + 14,4 = 264,4 V
MÁQUINAS ELÉTRICAS
SEÇÃO 6
Equaçõesdatensão no
gerador eregulação de
tensão
Em um gerador a tensão média Vg
pode ser determinada pela seguin-
te equação:
Sendo:
Vg
= tensão média gerada por
um gerador CC (V);
p = número de polos;
Z = número total de con-
dutores na armadura (também
chamados de indutores);
= uxo por polo;
n = velocidade da armadura
(rpm);
b = número de percursos
paralelos através da armadura
(dependendo do tipo de enrola-
mento da armadura).
Sendo os fatores da equação de
Vg
xos, com exceção de e n, a
equação pode ser simplicada da
seguinte forma:
Equação 63
nkVg
Sendo:
Equação 64
8
1060b
npZ
Vg
Podemos concluir a partir da aná-
lise da equação acima que a f.e.m.
induzida é proporcional à razão
com que o uxo está sendo inter-
ceptado.
Acompanhe outro exemplo.
Exemplo 2
Considere um gerador com sua rotação de 1.800 rpm e tensão de 120 V,
determine a tensão gerada para as seguintes condições:
a. se o uxo for reduzido em 20%, com velocidade permanecendo
constante;
b. se a velocidade for reduzida a 1.620 rpm com o uxo permanecendo
inalterado.
111 nkVg
11
1
n
V
k
g
ou
A regulação de tensão é a diferença entre a tensão do terminal sem
carga (SC) e com carga (CM), é expressa com uma porcentagem do valor
de carga máxima e é dada pela seguinte relação:
Regulação de tensão = tensão SC - tensão com CM
tensão com CM
Equação 65
Um baixo percentual de regulação de tensão signica que a variação de
tensão no gerador é mínima com a variação da carga no mesmo.
Mais um exemplo para você compreender melhor o assunto.
Exemplo 3
Determine o percentual de regu-
lação de tensão de um gerador em
derivação que à plena carga apre-
senta uma tensão de terminal de
120 V e sem carga apresenta 144
V.
Regulação de tensão =
tensão SC - tensão com CM
=
tensão com CM
144 - 120
=
120
24
=
120
0,20 = 2-%
Vn
n
V
nkV g
g
g
1
2
112
21
1
122 V9680,0120
20,000,1
00,1
120
V108
1800
1620
120
n
n
Vn
n
V
nkV g
g
g
1
2
121
11
1
212
CURSOS TÉCNICOS SENAI
As perdas no cobre são conse-
quência da passagem de corrente
através de uma resistência do en-
rolamento. As corrente parasi-
tas são geradas pela f.e.m. induzi-
da no núcleo magnético à medida
que armadura realiza o movimen-
to de rotação no campo magnéti-
co. As perdas por histerese são
geradas quando o núcleo é mag-
netizado inicialmente em um sen-
tido e num momento posterior no
sentido oposto.
As demais perdas rotacionais são
geradas pelo atrito entre as es-
covas e o comutador, pelo atrito
entre as partes girantes e o ar e o
atrito de rolamento no mancal.
A eciência é a razão entre a po-
tência útil na saída e a potência
total na entrada.
entrada
saída
Eficiência
Equação 67
ou
Eficiência
entrada
perdasentrada
perdassaída
saída
Equação 68
A eciência também pode ser ex-
pressa de forma percentual.
SEÇÃO 7
Perdaseeciênciade
uma máquina CC
Segundo Gussow (1985), as per-
das nos geradores e nos motores
CC podem ser divididas em: per-
das no cobre e perdas mecânicas
provenientes da rotação da má-
quina. Podem ser descritas da for-
ma seguinte.
1. Perdas no cobre
a. Perdas I2
R na armadura.
b. Perdas de campo:
I2
R do campo em derivação;
I2
R do campo em série.
2. Perdas mecânicas ou rotacio-
nais
a. Perdas no ferro:
perdas por corrente parasita;
perdas por histerese.
b. Perdas por atrito:
atrito no mancal (rolamento);
atrito nas escovas;
perdas pelo atrito com o ar.
Acompanhe mais um exemplo.
(%)Eficiência
100
entrada
saída
Equação 69
Exemplo 4
Um gerador em derivação possui
uma resistência de campo de 40
e uma resistência de armadu-
ra de 0,4 . Considerando que o
gerador entrega para a carga uma
corrente de 30 A com uma tensão
no terminal de 120 V. Determine:
a. a corrente de campo;
b. a corrente de armadura;
c. as perdas no cobre;
d. a eciência com a carga, consi-
derando que as perdas rotacio-
nais sejam de 300 W.
Figura 89 - Gerador cc em Derivação
Fonte: Gussow (1985, p. 259).
MÁQUINAS ELÉTRICAS
a. A
r
V
I
d
t
d 3
40
120
b.
AIII dLa 33330
AIII dLa 32230
c.Perda na armadura =
WrI aa
6,4354,03322
WorI aa 6,4354,3222
Perda do campo em derivação =
WrI da
36040322
WrI dd 24060222
Perda no cobre =
perda na armadura + perda
em derivação =
W6,795360435
d.
perdassaída
saída
Eficiência
IVPSaída Lt 30120 W3600
Perda total = perdas no cobre + perda rotacional =
795,6 +300 = 1095,6W.
%6,76100766,0100
6,4695
3600
100
6,095.1600.3
600.3
(%)Eficiência
Mais uma unidade de estudo chega ao m e por meio de exemplos você
pôde acompanhar o funcionamento do gerador CC. Todo o conteúdo
desta unidade proporcionou novos comnhecimentos garantindo à sua
prática prossional uma aprendizagem efetiva.

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Geradores CC Introdução

  • 1. MÁQUINAS ELÉTRICAS Geradores de Corrente Contínua SEÇÃO 1 Introdução O gerador CC é uma máquina que realiza a conversão de energia me- cânica de rotação em energia elé- trica. Existem diversas fontes que podem fornecer a energia mecâ- nica necessária, tais como: vapor, óleo diesel, queda-d’água, motor elétrico, entre outras. A aplicação da corrente contínua ocorre em vários setores indus- triais, tais como: cargas de bate- rias e acumuladores, eletroímãs de aplicações industriais, tração elétrica e instalações de eletroquí- micas. SEÇÃO 2 Princípiosde funcionamento O gerador CC mais simples é composto por um enrolamento de armadura contendo uma úni- ca espira que é interceptada pelo campo magnético gerado. Com o movimento de rotação da espira ocorre a variação do uxo magnético e em decorrência dessa variação surge uma f.e.m. (Lei da Indução Magnética). t mef .. Equação 59 Podemos observar na gura a se- guir o posicionamento da espira em três momentos diferentes e o gráco da f.e.m. com seu formato senoidal. Figura 82 - Princípio de Funcionamento do Gerador cc Fonte: SENAI (1997, p. 33). Uma forma de reticar o formato senoidal da f.e.m. apresentada é pela utilização de um comutador que é formado por segmentos de cobre. Na gura a seguir podemos observar o comportamento da f.e.m. em fun- ção da posição da espira para cinco posições diferentes, formando um ciclo completo de rotação (SENAI, 1997). DAE - Divisão de assistência às empresas Figura 83 - Forma de Onda da F.E.M. X Posição da Espira Fonte: SENAI (1997, p. 33).
  • 2. CURSOS TÉCNICOS SENAI Na posição IV da gura a seguir, a bobina apresenta a máxima f.e.m., com o condutor escuro na frente do polo N e o branco na frente do polo S, “B” será sempre positiva e “A” sempre negativa enquanto for mantida a rotação indicada pela seta circular e o sentido de campo. Figura 84 - Bobina Gerando Máxima F.E.M. Fonte: SENAI (1997, p. 34). SEÇÃO 3 Aspectos constru vos As principais partes que com- põem os geradores de corrente contínua são basicamente as mes- mas dos motores de corrente con- tínua. Agora você conhecerá em de- talhes cada uma das partes que compõem os geradores de cor- rente contínua. Armadura Para o gerador CC a armadura realiza movimento de rotação em decorrência de uma força mecâ- nica externa e a tensão gerada na mesma é ligada a um circuito ex- terno. Para o motor de corrente contínua a armadura recebe a corrente prove- niente de uma fonte elétrica externa que faz com que a armadura gire, em decorrência desse movimento de rotação a armadura também é cha- mada de rotor. Comutador Comutador é o dispositivo responsável pela conversão da corrente alternada que circula pela armadura em corrente contínua. O comu- tador gura conforme mostrado a seguir, ele é composto de um par de segmentos de cobre para cada enrolamento da armadura, sendo estes isolados entre si e isolados do eixo, uma vez que são xados no mesmo. No chassi da máquina são montadas duas escovas xas que possibilitam o contato com segmentos opostos do comutador (GUSSOW, 1985). Figura 85 - As partes Principais de um Motor cc Fonte: Adaptado de Rocha (1985, p. 250). Escovas São conectores de grata xos, montados sobre molas que possibilitam o deslizamento sobre o comutador no eixo da armadura, servindo de contato entre os enrolamentos e a carga externa. Enrolamento de campo O enrolamento de campo tem um eletroímã responsável pela produção do uxo interceptado pela armadura. No gerador CC a fonte de cor- rente de campo pode ser separada ou proveniente da própria máquina, chamada de excitador.
  • 3. MÁQUINAS ELÉTRICAS SEÇÃO 4 Excitação de campo O tipo de excitação de campo utilizado dene o nome dos ge- radores CC. Quando a excitação é realizada por uma fonte CC se- parada, como por exemplo, uma bateria, ele é denominado de gera- dor de excitação separada. Figura 86 - Gerador de Excitação separada Fonte: Gussow (1985, p. 255). Os geradores que possuem sua própria excitação são chamados de geradores autoexcitados. Para as congurações em que o circui- to de armadura estiver em parale- lo com o campo, ele é chamado de gerador em derivação; quando o campo está em série com a arma- dura, é chamado de gerador série; se forem usados os dois campos, série e paralelo, é chamado de ge- rador composto que pode apre- sentar as congurações derivação curta e derivação longa. Acompa- nhe na gura a seguir. Figura 87 - Autoexcitados Fonte: Gussow (1985, p. 255).
  • 4. CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 5 Circuito equivalentedo gerador CC As relações entre tensão e corren- te num circuito equivalente de um gerador CC são, de acordo com a Lei Ohm, conforme apresenta- do na gura a seguir (GUSSOW, 1985). Vta = Vg - Ia ra Equação 60 Vt = Vg - Ia (ra + rs ) Equação 61 IL = Ia – Id Equação 62 Sendo: Vta = tensão no terminal da armadura (V); Vg = tensão gerada na armadura (V); Ia = corrente na armadura (A); Vt = tensão no terminal do gerador (V); ra = resistência do circuito da armadura ( ); rs = resistência do campo série ( ); rd = resistência do campo em derivação ( ); IL = corrente na linha (A); Id = corrente do campo em derivação (A). Figura 88 - Circuito Equivalente Fonte: Gussow (1985, p. 256). Acompanhe o exemplo! Exemplo 1 Considere um gerador CC de 200 kW e 250 V, com uma corrente na armadura de 600 A, uma re- sistência na armadura de 0,020 , e uma resistência de campo em série de 0,004 . Determine a tensão gerada na armadura con- siderando que o gerador opera a 1.800 rotações por minuto (rpm) impostas por um motor. Vg = Vt + Ia (ra + rs ) Vg = 250 + 600 (0,020 + 0,004) = 250 + 14,4 = 264,4 V
  • 5. MÁQUINAS ELÉTRICAS SEÇÃO 6 Equaçõesdatensão no gerador eregulação de tensão Em um gerador a tensão média Vg pode ser determinada pela seguin- te equação: Sendo: Vg = tensão média gerada por um gerador CC (V); p = número de polos; Z = número total de con- dutores na armadura (também chamados de indutores); = uxo por polo; n = velocidade da armadura (rpm); b = número de percursos paralelos através da armadura (dependendo do tipo de enrola- mento da armadura). Sendo os fatores da equação de Vg xos, com exceção de e n, a equação pode ser simplicada da seguinte forma: Equação 63 nkVg Sendo: Equação 64 8 1060b npZ Vg Podemos concluir a partir da aná- lise da equação acima que a f.e.m. induzida é proporcional à razão com que o uxo está sendo inter- ceptado. Acompanhe outro exemplo. Exemplo 2 Considere um gerador com sua rotação de 1.800 rpm e tensão de 120 V, determine a tensão gerada para as seguintes condições: a. se o uxo for reduzido em 20%, com velocidade permanecendo constante; b. se a velocidade for reduzida a 1.620 rpm com o uxo permanecendo inalterado. 111 nkVg 11 1 n V k g ou A regulação de tensão é a diferença entre a tensão do terminal sem carga (SC) e com carga (CM), é expressa com uma porcentagem do valor de carga máxima e é dada pela seguinte relação: Regulação de tensão = tensão SC - tensão com CM tensão com CM Equação 65 Um baixo percentual de regulação de tensão signica que a variação de tensão no gerador é mínima com a variação da carga no mesmo. Mais um exemplo para você compreender melhor o assunto. Exemplo 3 Determine o percentual de regu- lação de tensão de um gerador em derivação que à plena carga apre- senta uma tensão de terminal de 120 V e sem carga apresenta 144 V. Regulação de tensão = tensão SC - tensão com CM = tensão com CM 144 - 120 = 120 24 = 120 0,20 = 2-% Vn n V nkV g g g 1 2 112 21 1 122 V9680,0120 20,000,1 00,1 120 V108 1800 1620 120 n n Vn n V nkV g g g 1 2 121 11 1 212
  • 6. CURSOS TÉCNICOS SENAI As perdas no cobre são conse- quência da passagem de corrente através de uma resistência do en- rolamento. As corrente parasi- tas são geradas pela f.e.m. induzi- da no núcleo magnético à medida que armadura realiza o movimen- to de rotação no campo magnéti- co. As perdas por histerese são geradas quando o núcleo é mag- netizado inicialmente em um sen- tido e num momento posterior no sentido oposto. As demais perdas rotacionais são geradas pelo atrito entre as es- covas e o comutador, pelo atrito entre as partes girantes e o ar e o atrito de rolamento no mancal. A eciência é a razão entre a po- tência útil na saída e a potência total na entrada. entrada saída Eficiência Equação 67 ou Eficiência entrada perdasentrada perdassaída saída Equação 68 A eciência também pode ser ex- pressa de forma percentual. SEÇÃO 7 Perdaseeciênciade uma máquina CC Segundo Gussow (1985), as per- das nos geradores e nos motores CC podem ser divididas em: per- das no cobre e perdas mecânicas provenientes da rotação da má- quina. Podem ser descritas da for- ma seguinte. 1. Perdas no cobre a. Perdas I2 R na armadura. b. Perdas de campo: I2 R do campo em derivação; I2 R do campo em série. 2. Perdas mecânicas ou rotacio- nais a. Perdas no ferro: perdas por corrente parasita; perdas por histerese. b. Perdas por atrito: atrito no mancal (rolamento); atrito nas escovas; perdas pelo atrito com o ar. Acompanhe mais um exemplo. (%)Eficiência 100 entrada saída Equação 69 Exemplo 4 Um gerador em derivação possui uma resistência de campo de 40 e uma resistência de armadu- ra de 0,4 . Considerando que o gerador entrega para a carga uma corrente de 30 A com uma tensão no terminal de 120 V. Determine: a. a corrente de campo; b. a corrente de armadura; c. as perdas no cobre; d. a eciência com a carga, consi- derando que as perdas rotacio- nais sejam de 300 W. Figura 89 - Gerador cc em Derivação Fonte: Gussow (1985, p. 259).
  • 7. MÁQUINAS ELÉTRICAS a. A r V I d t d 3 40 120 b. AIII dLa 33330 AIII dLa 32230 c.Perda na armadura = WrI aa 6,4354,03322 WorI aa 6,4354,3222 Perda do campo em derivação = WrI da 36040322 WrI dd 24060222 Perda no cobre = perda na armadura + perda em derivação = W6,795360435 d. perdassaída saída Eficiência IVPSaída Lt 30120 W3600 Perda total = perdas no cobre + perda rotacional = 795,6 +300 = 1095,6W. %6,76100766,0100 6,4695 3600 100 6,095.1600.3 600.3 (%)Eficiência Mais uma unidade de estudo chega ao m e por meio de exemplos você pôde acompanhar o funcionamento do gerador CC. Todo o conteúdo desta unidade proporcionou novos comnhecimentos garantindo à sua prática prossional uma aprendizagem efetiva.