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MÁQUINAS ELÉTRICAS
Motores de Corrente Contínua
SEÇÃO 1
Introdução
Em função de seu princípio de
funcionamento, os motores CC
possibilitam variar a velocidade
de zero até a velocidade nominal
aliada à possibilidade de se ter um
conjugado constante. Essa carac-
terística se torna muito importan-
te em aplicações que exigem uma
grande variação de rotação com
uma ótima regulação e precisão
de velocidade.
SEÇÃO 2
Princípio de
funcionamento
Basicamente os motores CC pos-
suem os mesmos componentes
que os geradores CC. Para estes
motores o indutor e o induzi-
do são alimentados por corrente
contínua.
O campo magnético originado
nas bobinas do induzido, pela pas-
sagem de corrente elétrica, defor-
ma o uxo indutor dando lugar a
forças que obrigam os condutores
a se deslocarem no sentido que há
menor número linhas de força.
Observe a gura a seguir.
Figura 90 - Linhas de Força
Fonte: Gussow (1985).
SEÇÃO 3
Torque
O torque (T) gerado por um mo-
tor CC é proporcional à intensida-
de do campo magnético e à cor-
rente de armadura, sendo dado
por:
at IkT
Sendo:
T = torque (m.kg);
Kt
= constante que depende
das dimensões sicas do mo-
tor;
Ia
= corrente da armadura (A);
= número total de linhas de
uxo que entrem na armadu-
ra por um polo N.
Equação 70
SEÇÃO 4
Força
contra-eletromotriz
Os condutores do induzido in-
terceptam o uxo do indutor em
decorrência do movimento de ro-
tação. Pelo princípio de Faraday é
gerada nos condutores uma f.e.m.
induzida com o sentido oposto à
tensão aplicada no motor (Lei de
Lenz). Por se opor à tensão apli-
cada ao motor, a tensão induzida
nos condutores é chamada de for-
ça contra-eletromotriz (f.c.e.m.),
que é determinada pela expressão:
a
pZn
Vg .
10.60
..
8
Sendo:
Vg
= força contra-eletromotriz
(V);
n = Velocidade angular (rpm);
Z = número de condutores
ecazes;
p = número de polos;
a = pares de ramais internos
que dependem do po de en-
rolamento.
Equação 71
CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEÇÃO 5
Circuito equivalentedo
motor CC
As relações entre as tensões e a
corrente num circuito equivalente
de um motor CC são as seguintes:
aagta rIVV
Equação 72
saagt rrIVV
Equação 73
dAL III
Equação 74
Sendo
Vta
= tensão no terminal da
armadura (V);
Vg
= força contra-eletromo-
triz, f.c.e.m. (V);
Ia
= corrente da armadura (A);
Vt
= tensão no terminal do
motor (V).
E o parâmetros ra
, rs,
, rd
, IL
, e Id
representa as mesmas grandezas
denidas no circuito equivalente
de um gerador CC. Uma compa-
ração entre o circuito equivalente
de um gerador e o circuito equiva-
lente de um motor mostra que a
única diferença está no sentido da
corrente na linha e na armadura.
Figura 91 - Circuito Equivalente de um Motor CC
Fonte: Gussow (1985).
Veja o exemplo.
Exemplo 1
Calcule a f.c.e.m. de um motor quando a tensão no terminal é de 120 V
e a corrente na armadura de 25 A. A resistência da armadura é de 0,16
e a corrente de campo pode ser desprezada. Qual é a potência produzida
pela armadura do motor? Qual é a potência liberada para o motor em
quilowatts?
a. Vt
= Vg
+ Ia
ra
rs
= 0
Vg
= Vt
- Ia
ra
= 120 - 25 . (0,16) = 120 - 4 = 116V
b. Potência Produzida
Vg
Ia
= 116(25) = 2900W
c. Potência Liberada
VL
IL
= 120(25) = 3000W
MÁQUINAS ELÉTRICAS
SEÇÃO 6
Velocidadede ummotor
A velocidade de um motor é expressa em rotações por minuto (rpm).
Uma elevação no uxo de campo provoca a diminuição da velocidade
do motor, o inverso ocorre com a redução do uxo de campo. Essa
relação é utilizada para o controle de velocidade através da variação da
resistência no circuito de campo e é dada por:
velocidadedeRegulação
máximacargacomVelocidade
máx.cargacomVel.cargasemVel.
Equação 75
Exemplo 2
Um motor CC em derivação apresenta uma rotação de 1.800 rpm sem
carga, quando uma carga é imposta ao mesmo, sua velocidade é reduzida
para 1.720 rpm. Determine a regulação de velocidade.
CMVel.
CMVel.SCVel.
velocidadedeRegulação
%6,4046,0
720.1
1.7201.800
velocidadedeRegulação
SEÇÃO 7
Tiposdemotores
Vamos juntos conhecer alguns tipos de motores?
Motor em derivação
O motor em derivação conforme gura a seguir (A) é o tipo mais co-
mum de motor CC, seu torque aumenta linearmente com o aumento da
corrente de armadura e sua velocidade diminui à medida que a corrente
de armadura aumenta acompanhe também na gura a seguir (B) (GUS-
SOW, 1985).
A determinação de velocidade é
feita inserindo uma resistência
de campo utilizando um reostato,
e para um determinado valor da
resistência de campo a velocidade
do motor permanece praticamen-
te constante independente da car-
ga. A velocidade de referência é a
velocidade do motor com carga
máxima.
Os dispositivos utilizados para a
partida em motores CC devem
limitar a corrente de partida da ar-
madura entre 125 e 200% do va-
lor da corrente de carga máxima.
Figura 92 - (A) Diagrama Esquemá-
co
Fonte: Gussow (1985).
(B) Curvas de Velocidade x Carga,
Torque x Carga
Fonte: Gussow (1985).
CURSOS TÉCNICOS SENAI
Motor série
No motor série o campo e a armadura são ligados em série conforme a
gura a seguir. Geralmente é utilizado para aplicações que exijam deslo-
camento de grandes cargas como em guindastes, pois produz um torque
elevado com grandes valores de corrente na armadura a uma baixa rota-
ção, observe novamente a gura a seguir.
Sem aplicação de carga a velocidade aumenta indeterminadamente até
que o motor se danique, para estes motores o acoplamento com a car-
ga é feito de forma direta, sem utilização de correias e polias.
Figura 93 – (A) Diagrama Esquemá co, (B) Curvas da Velocidade x Carga,
Torque x Carga
Fonte: Gussow (1985).
Figura 94 - (A) Diagrama Esquemá co, (B) Curvas da Velocidade x Carga,
Torque x Carga
Fonte: Gussow (1985).
Motor composto
O motor composto associa as ca-
racterísticas dos motores em de-
rivação com as características dos
motores em série. Sua velocidade
reduz com o aumento de carga.
Possui maior torque se compa-
rado com o motor em derivação
e não apresenta problemas no
funcionamento sem carga como
ocorre com os motores série.
SEÇÃO 8
Requisitosdepar da
dosmotores
Há duas exigências durante a par-
tida dos motores, veja!
1. Motor e linha de alimentação
devem estar protegidos contra
correntes elevadas no período
de partida, para tanto, é colo-
cada uma resistência em série
com o circuito da armadura.
2. O torque de partida no motor
deve ser o maior possível para
fazer o motor atingir a sua ve-
locidade máxima no menor
tempo possível.
O valor da resistência de partida
necessária para limitar a corrente
de partida da armadura até o valor
desejado é:
MÁQUINAS ELÉTRICAS
a
s
t
s r
I
V
R
Sendo:
Rs
= resistência de par da ( );
Vt
= tensão do motor (V);
Is
= corrente de par da dese-
jada na armadura (A);
ra
= resistência da armadura
( ).
Equação 76
Exemplo
Para um motor em derivação,
conforme a gura a seguir, com
resistência de circuito de campo
de 50 , determine a corrente
de campo, a corrente de linha e a
potência de entrada do motor sa-
bendo que o mesmo recebe uma
tensão de linha de 240 V e pos-
sui uma corrente de armadura de
25 A.
Figura 95 - Motor em Derivação
Fonte: Gussow (1985).
AId 8,4
50
240
AIII f 8,29258,41
kWIVP LtN 15,78,292401
Mais uma unidade de estudo
chega ao m e toda a sua apren-
dizagem foi construída a partir
da leitura criteriosa dos assuntos
apresentados. E agora cabe a você
identicar as necessidades prá-
ticas para efetiva aplicação dos
conceitos estudados.

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Motores CC: Funcionamento, Tipos e Aplicações

  • 1. MÁQUINAS ELÉTRICAS Motores de Corrente Contínua SEÇÃO 1 Introdução Em função de seu princípio de funcionamento, os motores CC possibilitam variar a velocidade de zero até a velocidade nominal aliada à possibilidade de se ter um conjugado constante. Essa carac- terística se torna muito importan- te em aplicações que exigem uma grande variação de rotação com uma ótima regulação e precisão de velocidade. SEÇÃO 2 Princípio de funcionamento Basicamente os motores CC pos- suem os mesmos componentes que os geradores CC. Para estes motores o indutor e o induzi- do são alimentados por corrente contínua. O campo magnético originado nas bobinas do induzido, pela pas- sagem de corrente elétrica, defor- ma o uxo indutor dando lugar a forças que obrigam os condutores a se deslocarem no sentido que há menor número linhas de força. Observe a gura a seguir. Figura 90 - Linhas de Força Fonte: Gussow (1985). SEÇÃO 3 Torque O torque (T) gerado por um mo- tor CC é proporcional à intensida- de do campo magnético e à cor- rente de armadura, sendo dado por: at IkT Sendo: T = torque (m.kg); Kt = constante que depende das dimensões sicas do mo- tor; Ia = corrente da armadura (A); = número total de linhas de uxo que entrem na armadu- ra por um polo N. Equação 70 SEÇÃO 4 Força contra-eletromotriz Os condutores do induzido in- terceptam o uxo do indutor em decorrência do movimento de ro- tação. Pelo princípio de Faraday é gerada nos condutores uma f.e.m. induzida com o sentido oposto à tensão aplicada no motor (Lei de Lenz). Por se opor à tensão apli- cada ao motor, a tensão induzida nos condutores é chamada de for- ça contra-eletromotriz (f.c.e.m.), que é determinada pela expressão: a pZn Vg . 10.60 .. 8 Sendo: Vg = força contra-eletromotriz (V); n = Velocidade angular (rpm); Z = número de condutores ecazes; p = número de polos; a = pares de ramais internos que dependem do po de en- rolamento. Equação 71
  • 2. CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 5 Circuito equivalentedo motor CC As relações entre as tensões e a corrente num circuito equivalente de um motor CC são as seguintes: aagta rIVV Equação 72 saagt rrIVV Equação 73 dAL III Equação 74 Sendo Vta = tensão no terminal da armadura (V); Vg = força contra-eletromo- triz, f.c.e.m. (V); Ia = corrente da armadura (A); Vt = tensão no terminal do motor (V). E o parâmetros ra , rs, , rd , IL , e Id representa as mesmas grandezas denidas no circuito equivalente de um gerador CC. Uma compa- ração entre o circuito equivalente de um gerador e o circuito equiva- lente de um motor mostra que a única diferença está no sentido da corrente na linha e na armadura. Figura 91 - Circuito Equivalente de um Motor CC Fonte: Gussow (1985). Veja o exemplo. Exemplo 1 Calcule a f.c.e.m. de um motor quando a tensão no terminal é de 120 V e a corrente na armadura de 25 A. A resistência da armadura é de 0,16 e a corrente de campo pode ser desprezada. Qual é a potência produzida pela armadura do motor? Qual é a potência liberada para o motor em quilowatts? a. Vt = Vg + Ia ra rs = 0 Vg = Vt - Ia ra = 120 - 25 . (0,16) = 120 - 4 = 116V b. Potência Produzida Vg Ia = 116(25) = 2900W c. Potência Liberada VL IL = 120(25) = 3000W
  • 3. MÁQUINAS ELÉTRICAS SEÇÃO 6 Velocidadede ummotor A velocidade de um motor é expressa em rotações por minuto (rpm). Uma elevação no uxo de campo provoca a diminuição da velocidade do motor, o inverso ocorre com a redução do uxo de campo. Essa relação é utilizada para o controle de velocidade através da variação da resistência no circuito de campo e é dada por: velocidadedeRegulação máximacargacomVelocidade máx.cargacomVel.cargasemVel. Equação 75 Exemplo 2 Um motor CC em derivação apresenta uma rotação de 1.800 rpm sem carga, quando uma carga é imposta ao mesmo, sua velocidade é reduzida para 1.720 rpm. Determine a regulação de velocidade. CMVel. CMVel.SCVel. velocidadedeRegulação %6,4046,0 720.1 1.7201.800 velocidadedeRegulação SEÇÃO 7 Tiposdemotores Vamos juntos conhecer alguns tipos de motores? Motor em derivação O motor em derivação conforme gura a seguir (A) é o tipo mais co- mum de motor CC, seu torque aumenta linearmente com o aumento da corrente de armadura e sua velocidade diminui à medida que a corrente de armadura aumenta acompanhe também na gura a seguir (B) (GUS- SOW, 1985). A determinação de velocidade é feita inserindo uma resistência de campo utilizando um reostato, e para um determinado valor da resistência de campo a velocidade do motor permanece praticamen- te constante independente da car- ga. A velocidade de referência é a velocidade do motor com carga máxima. Os dispositivos utilizados para a partida em motores CC devem limitar a corrente de partida da ar- madura entre 125 e 200% do va- lor da corrente de carga máxima. Figura 92 - (A) Diagrama Esquemá- co Fonte: Gussow (1985). (B) Curvas de Velocidade x Carga, Torque x Carga Fonte: Gussow (1985).
  • 4. CURSOS TÉCNICOS SENAI Motor série No motor série o campo e a armadura são ligados em série conforme a gura a seguir. Geralmente é utilizado para aplicações que exijam deslo- camento de grandes cargas como em guindastes, pois produz um torque elevado com grandes valores de corrente na armadura a uma baixa rota- ção, observe novamente a gura a seguir. Sem aplicação de carga a velocidade aumenta indeterminadamente até que o motor se danique, para estes motores o acoplamento com a car- ga é feito de forma direta, sem utilização de correias e polias. Figura 93 – (A) Diagrama Esquemá co, (B) Curvas da Velocidade x Carga, Torque x Carga Fonte: Gussow (1985). Figura 94 - (A) Diagrama Esquemá co, (B) Curvas da Velocidade x Carga, Torque x Carga Fonte: Gussow (1985). Motor composto O motor composto associa as ca- racterísticas dos motores em de- rivação com as características dos motores em série. Sua velocidade reduz com o aumento de carga. Possui maior torque se compa- rado com o motor em derivação e não apresenta problemas no funcionamento sem carga como ocorre com os motores série. SEÇÃO 8 Requisitosdepar da dosmotores Há duas exigências durante a par- tida dos motores, veja! 1. Motor e linha de alimentação devem estar protegidos contra correntes elevadas no período de partida, para tanto, é colo- cada uma resistência em série com o circuito da armadura. 2. O torque de partida no motor deve ser o maior possível para fazer o motor atingir a sua ve- locidade máxima no menor tempo possível. O valor da resistência de partida necessária para limitar a corrente de partida da armadura até o valor desejado é:
  • 5. MÁQUINAS ELÉTRICAS a s t s r I V R Sendo: Rs = resistência de par da ( ); Vt = tensão do motor (V); Is = corrente de par da dese- jada na armadura (A); ra = resistência da armadura ( ). Equação 76 Exemplo Para um motor em derivação, conforme a gura a seguir, com resistência de circuito de campo de 50 , determine a corrente de campo, a corrente de linha e a potência de entrada do motor sa- bendo que o mesmo recebe uma tensão de linha de 240 V e pos- sui uma corrente de armadura de 25 A. Figura 95 - Motor em Derivação Fonte: Gussow (1985). AId 8,4 50 240 AIII f 8,29258,41 kWIVP LtN 15,78,292401 Mais uma unidade de estudo chega ao m e toda a sua apren- dizagem foi construída a partir da leitura criteriosa dos assuntos apresentados. E agora cabe a você identicar as necessidades prá- ticas para efetiva aplicação dos conceitos estudados.