O documento discute a população dos Estados Unidos, incluindo sua distribuição geográfica irregular com altas concentrações no Nordeste e costa oeste, formação de megalópoles como Boswash, Chipitts e Sansan, e histórico de imigração desde o século 19 de europeus e, mais recentemente, latino-americanos e asiáticos.
1. EMEIEF NORBERTO ALVES BATALHA
DISCIPLINA:GEOGRAFIA PROF° NIVIA MAGALHÃES SERIE: 8 ANO DATA:21/07/2020
CONTEÚDO: EUA - POPULAÇÃO
❖ DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO TERRITÓRIO
No ano de 2017, os Estados Unidos abrigavam a terceira maior população do
planeta: cerca de 324 milhões de habitantes distribuí dos irregularmente pelo
território. Há grandes concentrações populacionais nas regiões de ocupação mais
antiga e de maior desenvolvimento urbano e econômico. No Nordeste do país,
destaca-se uma das maiores megalópoles do mundo: a Bos-Wash, região
compreendida entre a cidade de Boston e a capital do país, Washington.
Há forte concentração populacional também na região dos Grandes Lagos, com
destaque para as cidades de Chicago e Detroit, e na costa oeste, entre o oceano
Pacífico e as Montanhas Rochosas. Nessa região localiza-se uma megalópole entre
as cidades de San Francisco e San Diego, conhecida como San-San.
2. ❖ ESPAÇO URBANO: AS MEGALÓPOLES
Existem nos Estados Unidos cerca de 40 aglomerações urbanas com mais de 1
milhão de habitantes. Essa intensa urbanização acompanhou as fases de
industrialização do país e deu origem a amplas malhas urbanas, resultantes da
união de várias metrópoles e centros urbanos secundários, cujos limites se
interpenetram e formam um corredor urbano. Essas aglomerações recebem o
nome de megalópoles (figura 23). Conheça a seguir algumas das principais
megalópoles estadunidenses.
- Boswash: a megalópole do nordeste
Nova York é a metrópole central de uma imensa megalópole dos Estados Unidos,
de aproximadamente 700 quilômetros de comprimento, denominada Boswash —
nome formado pelas abreviaturas de Boston e Washington, pontos extremos da
área pela qual ela se estende. Essa megalópole é formada por Nova York,
Filadélfia, Baltimore e, atualmente, avança sobre a cidade de Norfolk. Aí vivem
mais de 50 milhões de pessoas: de cada seis habitantes do país, um mora nessa
megalópole (localize-a na figura 23). Com um notável e diversificado parque
industrial, Nova York é também sede das Nações Unidas (ONU), dos principais
bancos e dos grandes conglomerados empresariais estadunidenses, o que a torna
3. um centro de decisões políticas e econômicas que exerce influência sobre os espaços
geográficos mundiais.
- Chipitts: a megalópole dos Grandes Lagos
Outra enorme megalópole americana, denominada Chipitts — nome formado da
abreviatura de Chicago e Pittsburgh —, estende-se de Chicago, a metrópole
central, a Pittsburgh, abarcando ainda Cleveland e Detroit (reveja a figura 23).
- Sansan: a megalópole da costa oeste
Na costa oeste dos Estados Unidos, quando vista em conjunto com as cidades de
San Francisco, San Diego e Sacramento, Los Angeles forma uma megalópole
dinâmica denominada Sansan, cujos extremos são as cidades de San Francisco e
San Diego (localize-a na figura 23). Los Angeles é a segunda maior metrópole dos
Estados Unidos e a maior cidade do estado da Califórnia.
❖ PAÍS DE MUITOS IMIGRANTES
Desde a independência, em 1776, os Estados Unidos recebem muitos imigrantes de
várias partes do mundo. Somam-se a eles descendentes dos colonizadores
europeus, dos povos nativos e dos africanos, estes em grande parte escravizados e
levados para as fazendas do Sul durante a colonização.
No século XIX, os Estados Unidos receberam fluxos significativos de imigrantes,
principalmente irlandeses, alemães, ingleses e italianos, em busca de melhores
condições de vida.
A imigração europeia foi fundamental para ocupar os territórios conquistados no
Oeste. Para incentivar a presença dos imigrantes e garantir-lhes a propriedade das
terras, o governo criou uma lei conhecida como Homestead Act (Ato de
Propriedade Rural), que vendia terras aos interessados a preços simbólicos.
Muitos imigrantes europeus, especialmente ingleses e alemães, beneficiaram-se
dessa lei.
Grande parte dos imigrantes, sobretudo irlandeses e italianos, permaneceu nas
cidades da costa leste como mão de obra barata para a indústria e a construção
civil.
Durante os anos 1930 até meados da década de 1940, a entrada de imigrantes
desacelerou, sobretudo graças à crise econômica de 1929, à criação de leis mais
rígidas para a imigração e à deflagração da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Na segunda metade do século XX, porém, o fluxo de imigrantes nos Estados Unidos
voltou a crescer, principalmente com a entrada de latino-americanos e asiáticos —
fator decisivo para o crescimento populacional do país.
4. Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 (figura 27), o governo
estadunidense reforçou o controle da imigração. O governo do Presidente Donald
Trump, iniciado em 2017, intensificou ainda mais esse controle.
NOVA YORK: DACA: fim do programa deixa milhares de jovens sem
perspectivas; população vai às ruas em protesto / Spencer Platt/Getty Images (/)
O governo dos Estados Unidos anunciou, na manhã desta terça, o fim do DACA
(programa de apoio a jovens imigrantes nos Estados Unidos).
NEGROS E HISPÂNICOS NOS ESTADOS UNIDOS
Um dos aspectos pesquisados pelo censo dos Estados Unidos é a origem étnica e
racial da população. Assim, as pessoas se definem como brancas, negras,
hispânicas e asiáticas, entre outros grupos.
Em 2014, a população que se autodeclarou hispânica representava 17,4% do total
da população estadunidense, seguidos pelos negros ou afro-americanos, com
14,3% do total. Estima-se que em 2060 os hispânicos representarão 28,6% e os
negros ou afro-americanos, 17,9% da população dos EUA.
Os mapas desta seção representam o percentual da população hispânica e afro-
americana de cada estado. Observe-os.
5. A variação dos percentuais, nos mapas, é percebida pelas diferentes tonalidades
de verde, do claro para o escuro. Assim, quanto mais forte a tonalidade, maiores
são os percentuais indicados, e vice-versa. Esse recurso permite visualizar
rapidamente onde estão as maiores e as menores ocorrências de um fenômeno, sem
precisar recorrer à legenda em um primeiro momento.
6. ❖ O RACISMO E A LEI DOS DIREITOS CIVIS
A história dos Estados Unidos foi marcada pelo conflito entre brancos e negros.
Em 1865, a abolição da escravidão não garantiu plenos direitos aos
afrodescendentes, mantendo-os à margem da sociedade até o século XX. Somente
um século depois do fim da escravidão, em 1965, o movimento negro, após
enfrentar diversos obstáculos — de perseguições a linchamentos, passando por
grandes massacres —, obteve uma vitória que fez parte da construção da
democracia no país: a proclamação da Lei dos Direitos Civis (1965), que estendeu
os direitos democráticos a todos os cidadãos nascidos nos Estados Unidos.
O pastor Martin Luther King (1929-1968) teve destaque ao transformar a luta da
população negra em um movimento nacional. Apesar do histórico de
discriminação da população afrodescendente, o ano de 2009 registrou a posse do
primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, eleito pelo Partido
Democrata.
7. ❖ SEGREGAÇÃO, DISCRIMINAÇÃO E POBREZA
No espaço urbano das cidades estadunidenses, os guetos refletem a segregação
socioespacial entre os diferentes grupos populacionais. Observe a figura 29: no
centro, os altos edifícios são ocupados por escritórios, estabelecimentos bancários,
centros comerciais etc. Ao redor, estão as indústrias e os bairros habitados por
imigrantes e pela classe social menos favorecida: latino-americanos, asiáticos,
negros etc. (figura 30). Localizam-se aí os chamados guetos. Distante dos guetos,
estão as áreas suburbanas, onde vivem as classes sociais média e alta.