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Equipamentos de
Proteção Individual
Baseado em António Tainha
amtainha@gmail.com
Características essenciais dos fatos:
• Eficazes na proteção de quem manuseia ou aplica produtos
fitofarmacêuticos;
• Confortáveis;
• Preço acessível;
• Disponíveis para venda próximo do agricultor.
Equipamento mínimo Recomendável:
Preparação de caldas e manuseamento de produtos
Fato de protecção
Botas de borrachas
Viseira ou óculos
Luvas de nitrilo
Ler sempre o rótulo
Filtros para gases e vapores:
Filtro Cor Contaminante
A Castanho
Gases e vapores orgânicos com
ponto de ebulição superior a 65º C.
B Cinzento
Gases e vapores inorgânicos com
excepção do monóxido
de carbono
E Amarelo
Dióxido de enxofre e outros gases
e vapores ácidos
K Verde
Amoníaco e seus derivados
orgânicos
Substitua regularmente a máscara e os filtros:
• Verifique a data de validade dos filtros;
• Se os filtros ou máscaras estiverem saturados ou danificados substitua-os;
• Se sentir odor, sabor ou irritação (propriedades de alerta do próprio produto) se
aumentar a dificuldade em respirar, substitua o filtro;
• Se a máscara não se adaptar bem ao rosto, substitua-a.
Não Esquecer:
• Ler sempre o rótulo;
• O EPI é usado para reduzir a contaminação da pele ou
a inalação dos PF;
• O uso de EPI não substitui as Boas Praticas;
• No uso dos EPI deve existir um compromisso entre o
grau de proteção e o grau de conforto;
• O EPI deve ser considerado a última linha de defesa.
Quem poderá aplicar
Produtos
Fitofarmacêuticos?
Empresas de
aplicação aérea
Agricultores/
Aplicadores
Aplicadores
Especializados
Empresas de
aplicação terrestre
Empresários em
nome individual
Tomada de Decisão:
• Identificar corretamente o organismo nocivo ou o efeito a obter;
• Considerar os aspetos económicos do uso do produto nomeadamente
assegurando-se de que o organismo nocivo acarreta prejuízos;
• Ponderar outras técnicas de proteção alternativa ao seu uso dentro dos
princípios da Boa Prática Fitossanitária e da Proteção Integrada.
• Os produtos fitofarmacêuticos podem tornar-se perigosos se
forem utilizados de forma incorreta;
• Os utilizadores devem estar informados e esclarecidos sobre
os potenciais perigos e as precauções a tomar para evitar os
riscos;
• Uma das principais preocupações dos utilizadores de pf
deverá ser a redução da exposição do homem e animais e
evitar a contaminação do meio ambiente.
Durante a preparação
da calda o risco é
maior
Use Sempre o EPI
Cuidados na
Preparação da Calda
• Não contaminar cursos de água, poços, fontes, nascentes, etc.;
• Abrir e verter o produto cuidadosa, evitando derrames;
• Manter a embalagem afastada do corpo reduzindo a
possibilidade de contacto com o produto;
• Sempre que seja possível preparar a calda diretamente no
pulverizador em vez de fazer diluições prévias num recipiente
separado;
• Depois de medir a quantidade de produto necessária, fechar as
embalagens para evitar derrames;
• Use balanças, copos graduados, baldes e funis específicos para
preparar a calda. Nunca utilize esses utensílios para outros fins;
• Utilize sempre água limpa para preparar a calda e evitar o
entupimento dos bicos do pulverizador;
• Não misture produtos incompatíveis;
• Preparar apenas a quantidade de calda necessária evitando
sobras.
Equipamentos de Aplicação:
• Mantenha os equipamentos de aplicação sempre bem conservados;
• Faça revisão e manutenção periódica nos pulverizadores, substituindo as
mangueiras e bicos danificados;
• Lave o equipamento e verifique o seu funcionamento após cada dia de trabalho;
• Não utilize equipamentos com defeitos, fugas ou em condições inadequadas.
Preparação da Aplicação:
• Calibre corretamente o equipamento de pulverização;
• Não use pressão excessiva na bomba porque a deriva e a perda da calda aumentam;
• Use sempre água limpa para preparar a calda de pulverização;
• Não misture produtos incompatíveis e siga as Boas Práticas Fitossanitárias;
• Prepare a quantidade de calda exata evitando sobras.
Dose:
É a quantidade de produto que se deve distribuir por
hectare.
• Exemplo:
• Usar 3Kg de produto por hectare. Podem gastar-se
diferentes quantidades de água (500L, 800L, 1000L etc.).
Temos que misturar a quantidade de produto na água que
pretendemos gastar, variável com o tipo de cultura, o seu
desenvolvimento e a técnica de aplicação.
Concentração da Calda:
É a quantidade de produto que se deve diluir em 100 litros de água.
• Exemplo:
• Uma calda a 2% significa que se devem adicionar à água, por cada 100 litros,
2Kg ou 2L do produto.
Aplicação da Calda:
Confirmar o bom funcionamento do equipamento de aplicação;
• Ter atenção às condições meteorológicas, não tratar com:
• Vento com velocidade superior a 3-5 m/s;
• Chuva;
• Temperatura e humidade relativa muito elevadas.
Velocidade do Vento:
Pulverização:
Cuidados na
aplicação
Preparar
volume calda
ajustado
Usar material
aplicação
adequado
Deriva
Escorrimento
Danos no solo
arrastamento
evaporação
escorrimento
Qualidade da Aplicação:
Equipamento adequado e com manutenção
• Verificação e manutenção regular de bicos, filtros, manómetro, bomba, …
• Máquina adequada para uso pretendido.
Equipamento calibrado:
• Regulação do caudal, da velocidade de aplicação e da pressão de trabalho.
Dose de produto e volume de pulverização corretos:
• Em concordância com a cultura, estado fenológico, equipamento de
pulverização e condicionalismos locais.
Pressão e tamanho das gotas:
Efeito do tamanho da gota na cobertura do alvo
Gota com metade do tamanho
Produz 8 vezes
mais gotas
Arrastamento
Diferentes modos de ação de pesticidas
sistémicos e de contacto
Sistémicos Contacto
Gotas grandes
Gotas pequenas
Após Aplicação da Calda:
• Recolher e preparar as embalagens vazias colocando-as no saco apropriado
para entrega no posto de receção;
• Eliminar excedentes de calda, caso existam;
• Lavar o material de aplicação, deixando-o pronto para futura utilização;
• Limpar o EPI: - Luvas; Botas; Viseira; Óculos; Máscara e Filtros
• Retirar o fato de proteção e colocá-lo para lavar, separado de outra roupa;
• Tomar banho com sabão e água abundante.
Eliminação de Excedentes de Calda:
• Evitar fazer calda em excesso;
• Diluir a calda e pulverizá-la em zonas verdes;
• Evitar locais de passagem de pessoas e/ou animais domésticos;
• Evitar os cursos de água ou proximidade dos mesmos;
• Não pulverizar na zona acabada de tratar;
• (....)
Ambiente:
Água
AR
Solo
Biota
Contaminação Ambiente
Pulverizações em dias
de vento excessive;
Derrames no
transporte
armazenamento
Aplicação;
Destruição incorreta das
embalagens vazias;
Uso de produtos
inadequados
em zonas sensíveis;
Eliminação incorreta
dos excedentes de calda
e lavagem do equipamento;
Uso de
concentrações ou
doses excessivas;
Responsabilidade dos Aplicadores:
Proteger a
qualidade da
água destinada
a consumo
Humano;
Proteger
as
espécies
aquáticas;
Proteger a
qualidade da
água da rega;
Proteção das Águas Superficiais:
Preparar as caldas a
mais de 10 metros de
distância de poços,
furos, nascentes, rios e
ribeiros, valas ou
condutas de drenagem;
Deixar sempre uma
faixa de proteção junto a
rios e outros cursos de
água;
Evitar o arrastamento da
pulverização, aplicando
o produto de manhã
cedo, em dias sem vento
e evitando as
temperaturas mais
elevadas;
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Proteção das Águas Subterrâneas:
Escolher
preferencialmente os
produtos aconselhados
em Proteção Integrada
por apresentarem menor
risco de contaminação
das águas subterrâneas;
Respeitar as restrições à
utilização de produtos
fitofarmacêuticos em
perímetros de proteção
de captações de águas
destinadas ao
abastecimento público e
zonas vulneráveis à
contaminação;
Na aplicação de
herbicidas e
desinfetantes do solo
Não utilizar as doses
mais elevadas
recomendadas, em solos
ligeiros e de baixo teor
em matéria orgânica e
interromper a aplicação,
após 2 anos consecutivos
de herbicidas triazinas,
sulfonilureias e ureias..
1 2 3
DERIVA – Material de Aplicação:
Tipo de bicos
e
pressão de
trabalho;
Velocidade
de aplicação;
Altura de
trabalho do
bico de
pulverização;
Calibração
do
material de
aplicação.
Pressão e tamanho das gotas
Condições atmosféricas:
Velocidade
do
Vento
DERIVA
Temperatura
do ar/
Humidade
Relativa
Risco para o Consumidor
• Limite Máximo de Resíduo (LMR)
• Intervalo de Segurança
• Controlo de resíduos em frutos e hortícolas
Avaliação de Risco para o Consumidor:
• Determinação da toxicidade da substância ativa (s.a.);
• Estabelecimento da quantidade de resíduo considerada segura para o
Homem;
• Determinação do nível de exposição à s.a. devido ao consumo dos produtos
agrícolas;
• Comparação da quantidade ingerida (exposição) com o resíduo (perigo) e
verificar se o risco é aceitável.
Avaliação de Risco para o Consumidor:
RISCO
TOXICIDADE EXPOSIÇÃO
USOS
RESÍDUOS NOS PRODUTOS
VEGETAIS
DIETA
ALIMENTAR
TOXICIDADE A LONGO PRAZO
(Ingestão prolongada)
ADI
(dose diária de ingestão aceitável)
Intervalo de Segurança:
Período de tempo mínimo que deve decorrer entre o último tratamento
com um determinado produto, e a colheita da cultura tratada, de modo a
evitar perigos para o consumidor.
• Doses/Concentrações;
• Número de aplicações;
• Intervalo entre aplicações;
• Tipo de cultura.
Resíduos : Diferentes substratos
Resíduo:
Substância presente no interior ou à superfície dos produtos agrícolas (...),
resultante da utilização de um produto fitofarmacêutico, bem como os respetivos
metabolitos e produtos de degradação ou reação.
Ingestão diária aceitável = ADI
É uma estimativa da quantidade de uma s.a., expressa em mg/kg de peso de corpo
humano, que pode ser ingerida pelo Homem diariamente, durante a vida inteira,
através dos alimentos, com risco mínimo para a sua saúde.
Estabelecimento
de
LMR:
Prática
agrícola
Ensaios de
resíduos
Estudos toxicológicos
Valor
Mediano do
resíduo
TMDI ADI
Avaliação de risco
EMDI
Rev .prática
agrícola
x
Se TMDI >ADI
Se EMDI > ADI
Se EMDI < ADI
LMR
Se TMDI < ADI
Dieta
Controlo:
Verificação da conformidade dos níveis de resíduos de pesticida nos produtos
agrícolas em circulação com os respetivos LMR.
Objetivos do Controlo:
• Segurança do consumidor;
• Controlo do uso dos produtos fitofarmacêuticos.
Amostragens:
• Ao longo do ano ou durante a época de produção e comercialização;
• Locais de comercialização de produtos agrícolas;
• Produtos nacionais, outros EM e de países terceiros.
Programas Anuais de Controlo:
• Inclusão mais frequente dos pesticidas mais suscetíveis de ocasionarem
resíduos na altura da colheita;
• De maior toxicidade;
• De uso mais generalizado (informação nacional e dos países de origem dos
produtos agrícolas);
• Com história de transgressões em anos anteriores ou incluídos na rede de
alerta;
• Inclusão mais frequente dos produtos agrícolas de maior consumo.
EPI Proteção Fitofármacos

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EPI Proteção Fitofármacos

  • 1. Equipamentos de Proteção Individual Baseado em António Tainha amtainha@gmail.com
  • 2. Características essenciais dos fatos: • Eficazes na proteção de quem manuseia ou aplica produtos fitofarmacêuticos; • Confortáveis; • Preço acessível; • Disponíveis para venda próximo do agricultor.
  • 3. Equipamento mínimo Recomendável: Preparação de caldas e manuseamento de produtos Fato de protecção Botas de borrachas Viseira ou óculos Luvas de nitrilo Ler sempre o rótulo
  • 4. Filtros para gases e vapores: Filtro Cor Contaminante A Castanho Gases e vapores orgânicos com ponto de ebulição superior a 65º C. B Cinzento Gases e vapores inorgânicos com excepção do monóxido de carbono E Amarelo Dióxido de enxofre e outros gases e vapores ácidos K Verde Amoníaco e seus derivados orgânicos
  • 5. Substitua regularmente a máscara e os filtros: • Verifique a data de validade dos filtros; • Se os filtros ou máscaras estiverem saturados ou danificados substitua-os; • Se sentir odor, sabor ou irritação (propriedades de alerta do próprio produto) se aumentar a dificuldade em respirar, substitua o filtro; • Se a máscara não se adaptar bem ao rosto, substitua-a.
  • 6. Não Esquecer: • Ler sempre o rótulo; • O EPI é usado para reduzir a contaminação da pele ou a inalação dos PF; • O uso de EPI não substitui as Boas Praticas; • No uso dos EPI deve existir um compromisso entre o grau de proteção e o grau de conforto; • O EPI deve ser considerado a última linha de defesa.
  • 9. Tomada de Decisão: • Identificar corretamente o organismo nocivo ou o efeito a obter; • Considerar os aspetos económicos do uso do produto nomeadamente assegurando-se de que o organismo nocivo acarreta prejuízos; • Ponderar outras técnicas de proteção alternativa ao seu uso dentro dos princípios da Boa Prática Fitossanitária e da Proteção Integrada.
  • 10. • Os produtos fitofarmacêuticos podem tornar-se perigosos se forem utilizados de forma incorreta; • Os utilizadores devem estar informados e esclarecidos sobre os potenciais perigos e as precauções a tomar para evitar os riscos; • Uma das principais preocupações dos utilizadores de pf deverá ser a redução da exposição do homem e animais e evitar a contaminação do meio ambiente.
  • 11.
  • 12. Durante a preparação da calda o risco é maior Use Sempre o EPI
  • 13.
  • 15. • Não contaminar cursos de água, poços, fontes, nascentes, etc.; • Abrir e verter o produto cuidadosa, evitando derrames; • Manter a embalagem afastada do corpo reduzindo a possibilidade de contacto com o produto; • Sempre que seja possível preparar a calda diretamente no pulverizador em vez de fazer diluições prévias num recipiente separado; • Depois de medir a quantidade de produto necessária, fechar as embalagens para evitar derrames;
  • 16. • Use balanças, copos graduados, baldes e funis específicos para preparar a calda. Nunca utilize esses utensílios para outros fins; • Utilize sempre água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento dos bicos do pulverizador; • Não misture produtos incompatíveis; • Preparar apenas a quantidade de calda necessária evitando sobras.
  • 17. Equipamentos de Aplicação: • Mantenha os equipamentos de aplicação sempre bem conservados; • Faça revisão e manutenção periódica nos pulverizadores, substituindo as mangueiras e bicos danificados; • Lave o equipamento e verifique o seu funcionamento após cada dia de trabalho; • Não utilize equipamentos com defeitos, fugas ou em condições inadequadas.
  • 18. Preparação da Aplicação: • Calibre corretamente o equipamento de pulverização; • Não use pressão excessiva na bomba porque a deriva e a perda da calda aumentam; • Use sempre água limpa para preparar a calda de pulverização; • Não misture produtos incompatíveis e siga as Boas Práticas Fitossanitárias; • Prepare a quantidade de calda exata evitando sobras.
  • 19. Dose: É a quantidade de produto que se deve distribuir por hectare. • Exemplo: • Usar 3Kg de produto por hectare. Podem gastar-se diferentes quantidades de água (500L, 800L, 1000L etc.). Temos que misturar a quantidade de produto na água que pretendemos gastar, variável com o tipo de cultura, o seu desenvolvimento e a técnica de aplicação.
  • 20. Concentração da Calda: É a quantidade de produto que se deve diluir em 100 litros de água. • Exemplo: • Uma calda a 2% significa que se devem adicionar à água, por cada 100 litros, 2Kg ou 2L do produto.
  • 21. Aplicação da Calda: Confirmar o bom funcionamento do equipamento de aplicação; • Ter atenção às condições meteorológicas, não tratar com: • Vento com velocidade superior a 3-5 m/s; • Chuva; • Temperatura e humidade relativa muito elevadas.
  • 23. Pulverização: Cuidados na aplicação Preparar volume calda ajustado Usar material aplicação adequado Deriva Escorrimento
  • 25. Qualidade da Aplicação: Equipamento adequado e com manutenção • Verificação e manutenção regular de bicos, filtros, manómetro, bomba, … • Máquina adequada para uso pretendido. Equipamento calibrado: • Regulação do caudal, da velocidade de aplicação e da pressão de trabalho. Dose de produto e volume de pulverização corretos: • Em concordância com a cultura, estado fenológico, equipamento de pulverização e condicionalismos locais.
  • 26. Pressão e tamanho das gotas:
  • 27. Efeito do tamanho da gota na cobertura do alvo Gota com metade do tamanho Produz 8 vezes mais gotas Arrastamento
  • 28. Diferentes modos de ação de pesticidas sistémicos e de contacto Sistémicos Contacto Gotas grandes Gotas pequenas
  • 29. Após Aplicação da Calda: • Recolher e preparar as embalagens vazias colocando-as no saco apropriado para entrega no posto de receção; • Eliminar excedentes de calda, caso existam; • Lavar o material de aplicação, deixando-o pronto para futura utilização; • Limpar o EPI: - Luvas; Botas; Viseira; Óculos; Máscara e Filtros • Retirar o fato de proteção e colocá-lo para lavar, separado de outra roupa; • Tomar banho com sabão e água abundante.
  • 30. Eliminação de Excedentes de Calda: • Evitar fazer calda em excesso; • Diluir a calda e pulverizá-la em zonas verdes; • Evitar locais de passagem de pessoas e/ou animais domésticos; • Evitar os cursos de água ou proximidade dos mesmos; • Não pulverizar na zona acabada de tratar; • (....)
  • 31.
  • 33. Contaminação Ambiente Pulverizações em dias de vento excessive; Derrames no transporte armazenamento Aplicação; Destruição incorreta das embalagens vazias; Uso de produtos inadequados em zonas sensíveis; Eliminação incorreta dos excedentes de calda e lavagem do equipamento; Uso de concentrações ou doses excessivas;
  • 34. Responsabilidade dos Aplicadores: Proteger a qualidade da água destinada a consumo Humano; Proteger as espécies aquáticas; Proteger a qualidade da água da rega;
  • 35. Proteção das Águas Superficiais: Preparar as caldas a mais de 10 metros de distância de poços, furos, nascentes, rios e ribeiros, valas ou condutas de drenagem; Deixar sempre uma faixa de proteção junto a rios e outros cursos de água; Evitar o arrastamento da pulverização, aplicando o produto de manhã cedo, em dias sem vento e evitando as temperaturas mais elevadas; 1 2 3
  • 36. Proteção das Águas Subterrâneas: Escolher preferencialmente os produtos aconselhados em Proteção Integrada por apresentarem menor risco de contaminação das águas subterrâneas; Respeitar as restrições à utilização de produtos fitofarmacêuticos em perímetros de proteção de captações de águas destinadas ao abastecimento público e zonas vulneráveis à contaminação; Na aplicação de herbicidas e desinfetantes do solo Não utilizar as doses mais elevadas recomendadas, em solos ligeiros e de baixo teor em matéria orgânica e interromper a aplicação, após 2 anos consecutivos de herbicidas triazinas, sulfonilureias e ureias.. 1 2 3
  • 37. DERIVA – Material de Aplicação: Tipo de bicos e pressão de trabalho; Velocidade de aplicação; Altura de trabalho do bico de pulverização; Calibração do material de aplicação. Pressão e tamanho das gotas
  • 39.
  • 40. Risco para o Consumidor • Limite Máximo de Resíduo (LMR) • Intervalo de Segurança • Controlo de resíduos em frutos e hortícolas
  • 41. Avaliação de Risco para o Consumidor: • Determinação da toxicidade da substância ativa (s.a.); • Estabelecimento da quantidade de resíduo considerada segura para o Homem; • Determinação do nível de exposição à s.a. devido ao consumo dos produtos agrícolas; • Comparação da quantidade ingerida (exposição) com o resíduo (perigo) e verificar se o risco é aceitável.
  • 42. Avaliação de Risco para o Consumidor: RISCO TOXICIDADE EXPOSIÇÃO USOS RESÍDUOS NOS PRODUTOS VEGETAIS DIETA ALIMENTAR TOXICIDADE A LONGO PRAZO (Ingestão prolongada) ADI (dose diária de ingestão aceitável)
  • 43. Intervalo de Segurança: Período de tempo mínimo que deve decorrer entre o último tratamento com um determinado produto, e a colheita da cultura tratada, de modo a evitar perigos para o consumidor. • Doses/Concentrações; • Número de aplicações; • Intervalo entre aplicações; • Tipo de cultura.
  • 45. Resíduo: Substância presente no interior ou à superfície dos produtos agrícolas (...), resultante da utilização de um produto fitofarmacêutico, bem como os respetivos metabolitos e produtos de degradação ou reação. Ingestão diária aceitável = ADI É uma estimativa da quantidade de uma s.a., expressa em mg/kg de peso de corpo humano, que pode ser ingerida pelo Homem diariamente, durante a vida inteira, através dos alimentos, com risco mínimo para a sua saúde.
  • 46. Estabelecimento de LMR: Prática agrícola Ensaios de resíduos Estudos toxicológicos Valor Mediano do resíduo TMDI ADI Avaliação de risco EMDI Rev .prática agrícola x Se TMDI >ADI Se EMDI > ADI Se EMDI < ADI LMR Se TMDI < ADI Dieta
  • 47. Controlo: Verificação da conformidade dos níveis de resíduos de pesticida nos produtos agrícolas em circulação com os respetivos LMR. Objetivos do Controlo: • Segurança do consumidor; • Controlo do uso dos produtos fitofarmacêuticos.
  • 48. Amostragens: • Ao longo do ano ou durante a época de produção e comercialização; • Locais de comercialização de produtos agrícolas; • Produtos nacionais, outros EM e de países terceiros.
  • 49. Programas Anuais de Controlo: • Inclusão mais frequente dos pesticidas mais suscetíveis de ocasionarem resíduos na altura da colheita; • De maior toxicidade; • De uso mais generalizado (informação nacional e dos países de origem dos produtos agrícolas); • Com história de transgressões em anos anteriores ou incluídos na rede de alerta; • Inclusão mais frequente dos produtos agrícolas de maior consumo.