O documento defende que todos os sentimentos, inclusive os chamados "piores", como raiva e inveja, são naturais e devem ser reconhecidos e vivenciados abertamente. Ao invés de reprimi-los, é melhor aceitá-los e conversar sobre eles com amigos e familiares. Isso permite relacionamentos mais honestos e profundos. Uma vida sem vivenciar plenamente todas as emoções é medíocre.
2. Desde a mais tenra infância, fomos ensinados a refrear certos sentimentos. Era feio ter inveja, raiva, ódio, e por aí vai. Mas será mesmo? E quem é a santa que só tem no coração bondades e caridades?
3. Querendo ou não, os sentimentos – bons e maus – surgem, mas nos ensinaram que os piores devem ser afastados em nome já esqueci de quê. E como fingir que eles não existem, como ignorar o que está dentro do peito? Que tal tentar conviver com eles reconhecendo que somos apenas pessoas normais, para o mal e para o bem?
4. Digamos que sua grande amiga seja maravilhosa, tenha 10 centímetros a mais do que você e 10 quilos a menos. Além disso, é charmosa, inteligente, simpática e generosa – o que, aliás, não é nenhuma vantagem, com tantas qualidades – e consegue seduzir, sem fazer o menor esforço, homens, mulheres e crianças.
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6. Em primeiro lugar, reconhecer o que está sentindo e as razões desses sentimentos. Não será preciso ir longe a ponto de dizer: “ Eu te odeio porque você é mais bonita do que eu.”
7. Mas, quando estiver sozinha, pode ficar com toda a raiva do mundo e odiá-la com todas as forças do seu coração – para aliviar o peito e não ter um infarto; isso ajuda a passar. E, quando adorar uma pessoa, deve também ir fundo e dizer que gosta sem nenhum pudor, pois gostar e fingir indiferença não tem a menor graça.
8. Já reparou como, para certas pessoas, é difícil elogiar? Quem escolher viver honestamente todos os seus sentimentos vai perder alguns amigos, mas, em compensação, os que ficarem vão ser para sempre.
9. De que adianta o telefone tocar o dia inteiro se é preciso fingir que é indiferente para ser querida, para ter com quem ir à praia?
10. Quando tiver vontade de torcer o pescoço de seu filho adorado – porque isso às vezes acontece –, permita-se reconhecer e, se puder, diga a alguém – uma amiga, o padre ou o analista – quanto gostaria, naquele momento, de esganar a carne da sua carne e o sangue do seu sangue. Depois que a raiva passar, diga a ele, que vai achar muita graça.
11. Assim, você estará abrindo para ele a possibilidade de lhe dizer um dia a mesma coisa, o que vai ser maravilhoso para a amizade de vocês. Porque entre mãe e filho, além do amor, se tiver também amizade, é a melhor coisa do mundo. E convém que ele saiba que, quanto mais próximas as pessoas, mais ocasiões e razões temos para amá-las ou odiá-las, e que isso é normal
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13. Como é bom falar mal de uma pessoa, dizer com carinho que ela não vale nada e terminar confessando que é exatamente por isso que é louca por ela. Quando se ouve uma declaração de amizade dessas, nunca mais se esquece, e ser especial para alguém é tudo que se quer.
14. E mais: sofrer, chorar, rir, abraçar, beijar, passar noites em claro, de tanta felicidade ou de tanto sofrimento, acordar um dia achando que o mundo é todo seu e no outro não conseguir nem se levantar da cama de tanta tristeza sem nenhum motivo – é isso que diferencia uma vida plena e rica de outra morna e medíocre.
15. Dinheiro se economiza, mas emoções, sejam de felicidade ou de tristeza, de amor ou de raiva, nunca. Vá sempre fundo – a não ser que você esteja na vida a passeio, o que é uma escolha; uma triste escolha, aliás. Porque todos os sentimentos são nobres – inclusive os piores.
16. AUTORIA: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: It’s impossible Execução: Ernesto Cortazar (Repasse com os devidos créditos) BLOG: www.mimabadan.blogspot.com PPSs e ESTÓRIAS INFANTIS em: www.slideshare.net/mimabadan