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Histórias das BEMM
Rui Abreu
Ficha técnica
Título: Em terras de Latan
Autor: Rui Abreu
Ilustrações: Francisco Machado, Helena Oliveira e Martim Silva
Arranjo gráfico: Graça Silva e José Plácido
Edição: Bibliotecas Escolares Marquês de Marialva
Coleção: Histórias das BEMM, n.º1, dezembro de 2015
Em terras de Latan de Rui Abreu está licenciado com uma Licença Creative Com-
mons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Aos que acreditam na paz e na harmonia
entre os povos…
1
Triiiiiiimmm…
Mesmo antes de ter terminado a aula e do tão esperado
“Podem sair!”, alguns dos meus colegas de turma já tinham ar-
rumado as coisas à socapa e segredavam entre eles: “Temos de
sair rapidamente! Não podemos perder tempo.”
“Onda MM. Novidade para gente miúda e graú-
da! Chegou, hoje, à nossa Biblioteca, um novo
livro: Em terras de LATAN.”
“Em terras de LATAN?! Era este o segredo? Tanta agitação
por causa de mais um livro recém-chegado à BE? Não podia ser!
Até parece que é alguma novidade... Todos os anos, por altura
do Natal, surgem sempre novos livros.”
“Não vens, Lucas? Despacha-te!”
Como não queria ficar para trás, acompanhei-os na corri-
da desenfreada em direção à biblioteca. Saímos todos em gran-
de velocidade do Bloco D sob os gritos da funcionária:
“Meniiiiinooooos, o que é isto? Corriiiiiidas… lá fora. Aten-
çããããããão ao piso molhado… podem caiiiiir...”
Só no polivalente é que me lembrei de que tinha o pão na
mão. Dei-lhe algumas dentadas… Comer e correr não dá muito
jeito de fazer! Não havia outra alternativa: comer o pão com
calma dar-me-ia, com certeza, o último lugar na corrida
para a BE. Evitei a rampa e com um único salto, ágil e certeiro,
galguei os três degraus. À entrada da biblioteca ainda tive tem-
po para guardar o resto do pão no bolso do blusão que o meu tio
me trouxera da Suíça e que eu recuperara umas semanas antes.
Esquecera-me dele durante algum tempo no bengaleiro da en-
trada da casa de banho dos rapazes.
“Caramba! Apesar do esforço não alcancei os primeiros
lugares.” À porta da biblioteca respirei fundo e entrei. “Tanta
corrida para isto?!” Os meus colegas tinham ocupado todos os
computadores. “Que falta de sorte!” Não tinha outra alternati-
2
3
va a não ser ir à prateleira procurar um livro: “82-93 Literatura
infantojuvenil A”.
Nesse preciso momento, senti alguém tocar-me no ombro.
Era a funcionária da biblioteca, dirigindo-se a mim: “Não queres
dar uma vista de olhos pelas novidades?”
Para não ser indelicado, virei-me, os meus olhos percorre-
ram o escaparate de alto a baixo e fixaram-se num livro de capa
vermelha com o título em dourado: Em terras de LATAN. Sem-
pre de olho nos computadores para ver se algum deles ficava
livre, abri o livro por abrir…
Numa terra distante, em tempos que já lá
vão, vivia um marquês, viúvo, com os seus dois
filhos gémeos. Cansado de governar sozinho o seu
marquesado, sentia ter chegado a hora de aprovei-
tar a vida e conhecer o mundo. Na esperança de
evitar conflitos futuros entre os irmãos, decidiu
dividir o seu território, a terra de LATAN: o Mar-
quês de Alvamaria ficaria com LATAN norte e o
Marquês de Marialva com LATAN sul.
Desde crianças que se notavam diferenças
nos seus temperamentos, especialmente na época
do Natal. Tal como o seu pai, o Marquês de Marial-
va adorava esta quadra: as ruas enfeitavam-se
com cores e luzes e em todas as casas se vivia o
espírito de Natal. Ele próprio se dedicava a deco-
rar algumas salas do palácio, especialmente a en-
trada onde uma grande árvore imperava, cheia de
bolas, fitas e luzes mul-
ticolores. Debaixo dessa
árvore, encontravam-se já
imensos embrulhos colo-
ridos, deixados pelo Pai
Natal, para serem distri-
buídos pelo velho mar-
quês a todas as crianças
que ali se dirigissem. Ao
lado da árvore, havia
igualmente uma grande
mesa repleta de iguarias
tradicionais do Natal.
Pelo contrário, o Marquês de Alvamaria de-
testava o Natal e todas as festividades desta épo-
ca. Ia sempre contrariado receber os outros meni-
nos, na companhia do seu pai, e assistir à Missa do
Galo. Achava tudo uma patetice e um gasto de di-
nheiro desnecessário. Para ele, o Pai Natal, essa
figura velha, gorda e barbuda, não existia. Se
existisse, ele já o teria visto, decerto, e o seu de-
sejo secreto já teria sido satisfeito. Contudo, nun-
ca se atrevera a criticar abertamente o seu pai,
que não compreendia a razão dessa sua aversão.
E assim veio a acontecer. Cada um dos ir-
mãos tomou posse das suas terras. Cada um gover-
nou-as a seu bel-prazer.
4
5
As terras de LATAN norte eram mais ricas
do que as do sul, mas nem por isso os seus habi-
tantes eram mais felizes, pois não apreciavam o
autoritarismo do seu marquês. Por outro lado, as
gentes do sul, embora com menos, eram bem mais
felizes, dado que o seu senhor se preocupava com
eles e gostava que se divertissem.
Depressa se soube nas terras do norte que a
vida dos habitantes do sul era mais agradável, de-
vido à relação amistosa que mantinham com o seu
marquês.
Desejosos de terem outro viver, as gentes
do norte começaram a segredar entre si sobre a
hipótese de abandonarem aquelas terras. Para
maior desgosto, no início do inverno, o Marquês de
Alvamaria decretou a proibição de qualquer feste-
jo natalício, no seu território, daí em diante. Esta
ordem revoltou ainda mais os habitantes do norte
que começaram a emigrar para sul. Da noite para
o dia, algumas povoações do norte ficaram quase
despovoadas, o que levou o Marquês de Alvamaria
a mandar encerrar as fronteiras com o território
do irmão. Nunca tal se vira!
Com a chegada das gentes do norte ao sul,
as primeiras reações do povo não se fizeram espe-
rar: “Assim não pode ser!” - exclamavam uns;
“Vieram estragar a nossa vida!” - reclamavam ou-
tros; “Voltem para as vossas terras!” - gritavam
ainda outros.
Apercebendo-se destas reações, o Marquês
de Marialva mandou reunir o povo na praça em
frente ao palácio, que fora a residência de verão
dos seus pais.
O palácio era de pedra alva e tinha uma
arquitetura graciosa. Duas escadarias laterais uni-
am-se a meio da torre principal, ladeada por duas
torres menores. Da janela central, já aberta, pen-
dia uma tapeçaria que ostentava o brasão do Mar-
quês de Marialva, em tons de azul, vermelho e
branco, com flores-de-lis ricamente bordadas a
fios de ouro.
6
7
O marquês assomou à janela:
“Caríssimos concidadãos, reconheço que
estamos a viver uma nova realidade nas nos-
sas terras. Já tentei que o meu irmão voltas-
se atrás na sua decisão, mas ele não me quis
receber. Por isso, cabe-nos a nós minorar es-
ta situação. Sempre fomos um povo hospita-
leiro com todos os que vieram por bem. Aco-
lher os nossos irmãos do norte, não pode ser
diferente. É nossa obrigação abrigá-los nas
nossas terras. Eu próprio respeitarei estas
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exemplo para bem de todos!”
Assim, o marquês acolheu algumas famílias
do norte numa ala desabitada do seu palácio e ou-
tros lares seguiram o seu exemplo. Claro que esta
situação acarretava gastos suplementares, mas
uma boa gestão de recursos permitiu que todos
vivessem com algum conforto, em paz e harmonia.
Com aproximação do Natal, todas as crian-
ças de A a Z, que moravam em LATAN sul, foram
fazendo desenhos alusivos à época. Estes destina-
vam-se aos seus amiguinhos que permaneceram no
norte e seriam entregues pelo Pai Natal: quadros
natalícios com famílias numerosas e felizes, mesas
com iguarias de regalar os olhos e abrir gulosos
apetites, cânticos de Natal de paz, esperança,
amor e fraternidade, céus cheios de estrelas bri-
lhantes e douradas como ouro, brinquedos, pinhei-
ros triangulares enfeitados, bonecos de neve bran-
cos, gordos e fofos, com nariz de cenoura, de bar-
rete e cachecol coloridos, renas…
Alguns dias depois, a casa do Pai Natal fi-
cou inundada com imensos desenhos, de vários ta-
manhos e cores. A todos eles foi aplicado o selo
mágico do Pai Natal. Os duendes não tiveram mãos
a medir e os enormes sacos vermelhos do Pai Natal
começaram a engordar. Eram uma barrigada de
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carregar o trenó com presentes. Este Natal seria
diferente...
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A partida estava eminente e a voz grave do
Pai Natal não se fez esperar:
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É chegada a hora!
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Sem mais demora,
Renas, partamos já.
Ho! Ho! Ho!”
A neve tornava-se cada vez mais espessa à
medida que o Natal se aproximava. As terras do
norte estavam tristes, devido aos poucos habitan-
tes que lá permaneciam e à falta das luzes que
aqueciam as ruas frias e invernosas.
Na véspera de Natal e de regresso ao seu
palácio, mas ainda a três léguas de distância, o
Marquês de Alvamaria seguia pela floresta no seu
cavalo branco quando, de repente, este se assus-
tou, se empinou e atirou com o cavaleiro ao chão,
onde ficou por minutos desmaiado.
O marquês só acordou quando uma língua
áspera e quente lhe lambeu o rosto. Abriu os olhos
e deu de caras com um nariz muito vermelho e
10
brilhante que iluminava a neve em seu redor. Era
uma rena e ele reconheceu-a das histórias que a
sua mãe lhe contava na infância - era a rena Ro-
dolfo. As renas estavam atreladas a um enorme
trenó, enfeitado com luzes e sinos e, sentado com
as mãos a segurar as longas rédeas, encontrava-se
um homem, velho, gordo e barbudo, vestido de
vermelho e branco. Era o Pai Natal! Ele nem que-
ria acreditar! Afinal as histórias que a mãe lhe
contava eram verdadeiras. O Pai Natal existia
mesmo!
Triiiiiiimmm…
… vinte minutos tinham passado sem que Lucas se tivesse
apercebido de que um computador ficara livre. “Que chatice! O
intervalo acabou. Vou ter Geografia na A 7. E sem tempo para
requisitar o livro. Tenho de voltar no próximo intervalo!”
O Lucas não compreendia o que lhe estava a acontecer:
“Eu nem gosto de ler!”
Não gostavas! Por ele subia uma vontade incontrolável de
retomar a leitura. Estava espantado!
11
Espantado estava o marquês por ser convi-
dado a subir para o trenó, sentindo-se já uma pe-
na a levantar voo. O Pai Natal levou-o de volta ao
seu palácio, ao mesmo tempo que se ouvia DLIM,
DLÃO, DLIM, DLÃO… doze vezes repetido nas altas
torres das igrejas. Ainda sobrevoavam as povoa-
ções, quando algo mágico aconteceu, fazendo pas-
mar o marquês. Inesperadamente, começou a cho-
ver… mas não era uma precipitação de gotas. Eram
os desenhos feitos pelos meninos e pelas meninas
de LATAN sul que, lançados nos ares do norte, se
misturavam com os alvos flocos de neve. Ao toca-
rem no manto branco que cobria o chão, os dese-
nhos saíram das folhas de papel e transformaram
a noite silenciosa e escura. Por todo o lado come-
çaram a aparecer luzes, enfeites, música, árvores
de Natal, estrelas, bonecos de neve… e muitas,
muitas pessoas. Outros desenhos, entrando pelas
chaminés das casas vazias, depressa transforma-
ram aqueles espaços desoladores em numerosas
12
famílias reunidas para a Ceia de Natal, num ambi-
ente verdadeiramente festivo, digno de comemo-
ração.
Rapidamente as terras do marquês se repo-
voaram perante os seus olhos ainda incrédulos. No
meio daquela imensidão de desenhos alados, um
deles veio na direção do marquês, irradiando uma
luz intensa que o deixou enfeitiçado. Essa luz aca-
bou por trespassá-lo até ao seu coração insatisfei-
to e endurecido.
A transformação no seu interior não se fez
esperar graças àquele desenho feito com o coração
de uma criança. Ao acordar deste gostoso adorme-
cimento, o Marquês de Alvamaria era um homem
novo. O seu olhar recuperara a luz há muito apaga-
da nos seus tempos de criança e os traços carrega-
dos do seu rosto suavizaram-se. Só agora é que o
seu desejo de Natal da infância se tinha realizado.
Conseguira voar no trenó do Pai Natal na distribui-
ção de sonhos e desejos, tal como uma criança.
Depressa nasceu nele uma ardente vontade
13
de estar com o irmão e festejar o Natal em
família. Disso sabia o Pai Natal e as renas tam-
bém! A rota estava traçada até às terras de LA-
TAN sul, ao palácio do seu querido irmão, antigo
companheiro de travessuras e brincadeiras.
Já a sobrevoar o palácio, o Pai Natal lan-
çou o último desenho pela chaminé da sala dos
convivas, onde decorria a Ceia de Natal. Prestes a
tocar no fogo da imponente lareira, o desenho
irrompeu na sala em múltiplas estrelinhas que se
espalharam pelo salão, em grande velocidade,
antes de chegar ao dono do palácio.
Criou-se entre os convivas um burburinho
de admiração. Todos os olhares estavam agora
concentrados na mesa principal, onde se encon-
trava o marquês e a sua família. Mas os olhos do
marquês estavam fixos na porta e todos o imita-
ram, ainda perplexos perante aquele fenómeno
tão insólito.
Entretanto, lá fora, o Pai Natal e o outro
marquês tinham acabado de aterrar em frente à
14
frontaria principal do palácio, encaminhando-se, a
passos largos, para a sala de jantar, acompanha-
dos por um diligente serviçal.
Este, com três pancadas na velha e dura
porta de madeira, anunciou a chegada dos inespe-
rados hóspedes. Ao ver o irmão a entrar no salão,
o Marquês de Marialva compreendeu a mensagem
simbólica do desenho: duas mãos, dois poderes,
um só povo, uma só terra.
Redobrada a sua generosidade, acolheu o
irmão e o Pai Natal de braços abertos e coração
quente, convidando-os a sentarem-se a seu lado,
na mesa principal. E não se esqueceu das renas.
Mandou que fossem recolhidas e alimentadas, a
fim de recuperarem forças para o regresso.
Antes de terminar a Ceia de Natal, chegou,
inesperadamente, o pai dos dois marqueses para
contentamento de todos. E assim se iniciou uma
semana de muita festa e de muita alegria.
O Ano Novo trouxe novas decisões e novas
vidas para todos os habitantes de LATAN norte e
sul. Tinha chegado a hora de os irmãos as comuni-
carem aos respetivos povos. A decisão fora simples
de tomar: os dois territórios voltariam a ser ape-
nas um só e só um irmão iria governar, o Marquês
de Marialva. O Marquês de Alvamaria confiara-lhe
essa difícil responsabilidade, ficando apenas como
seu conselheiro-mor. Agora tinha de ter algum
tempo livre para ajudar o Pai Natal na sua árdua
tarefa anual.
Unidas e em paz, as terras de LATAN foram
rebatizadas de Terras de NATAL, em homenagem
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… e no poder mágico do Natal.
Em terras Latan

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Em terras Latan

  • 2. Ficha técnica Título: Em terras de Latan Autor: Rui Abreu Ilustrações: Francisco Machado, Helena Oliveira e Martim Silva Arranjo gráfico: Graça Silva e José Plácido Edição: Bibliotecas Escolares Marquês de Marialva Coleção: Histórias das BEMM, n.º1, dezembro de 2015 Em terras de Latan de Rui Abreu está licenciado com uma Licença Creative Com- mons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
  • 3. Aos que acreditam na paz e na harmonia entre os povos…
  • 4.
  • 5. 1 Triiiiiiimmm… Mesmo antes de ter terminado a aula e do tão esperado “Podem sair!”, alguns dos meus colegas de turma já tinham ar- rumado as coisas à socapa e segredavam entre eles: “Temos de sair rapidamente! Não podemos perder tempo.” “Onda MM. Novidade para gente miúda e graú- da! Chegou, hoje, à nossa Biblioteca, um novo livro: Em terras de LATAN.” “Em terras de LATAN?! Era este o segredo? Tanta agitação por causa de mais um livro recém-chegado à BE? Não podia ser! Até parece que é alguma novidade... Todos os anos, por altura do Natal, surgem sempre novos livros.” “Não vens, Lucas? Despacha-te!” Como não queria ficar para trás, acompanhei-os na corri- da desenfreada em direção à biblioteca. Saímos todos em gran- de velocidade do Bloco D sob os gritos da funcionária: “Meniiiiinooooos, o que é isto? Corriiiiiidas… lá fora. Aten- çããããããão ao piso molhado… podem caiiiiir...”
  • 6. Só no polivalente é que me lembrei de que tinha o pão na mão. Dei-lhe algumas dentadas… Comer e correr não dá muito jeito de fazer! Não havia outra alternativa: comer o pão com calma dar-me-ia, com certeza, o último lugar na corrida para a BE. Evitei a rampa e com um único salto, ágil e certeiro, galguei os três degraus. À entrada da biblioteca ainda tive tem- po para guardar o resto do pão no bolso do blusão que o meu tio me trouxera da Suíça e que eu recuperara umas semanas antes. Esquecera-me dele durante algum tempo no bengaleiro da en- trada da casa de banho dos rapazes. “Caramba! Apesar do esforço não alcancei os primeiros lugares.” À porta da biblioteca respirei fundo e entrei. “Tanta corrida para isto?!” Os meus colegas tinham ocupado todos os computadores. “Que falta de sorte!” Não tinha outra alternati- 2
  • 7. 3 va a não ser ir à prateleira procurar um livro: “82-93 Literatura infantojuvenil A”. Nesse preciso momento, senti alguém tocar-me no ombro. Era a funcionária da biblioteca, dirigindo-se a mim: “Não queres dar uma vista de olhos pelas novidades?” Para não ser indelicado, virei-me, os meus olhos percorre- ram o escaparate de alto a baixo e fixaram-se num livro de capa vermelha com o título em dourado: Em terras de LATAN. Sem- pre de olho nos computadores para ver se algum deles ficava livre, abri o livro por abrir… Numa terra distante, em tempos que já lá vão, vivia um marquês, viúvo, com os seus dois filhos gémeos. Cansado de governar sozinho o seu marquesado, sentia ter chegado a hora de aprovei- tar a vida e conhecer o mundo. Na esperança de evitar conflitos futuros entre os irmãos, decidiu dividir o seu território, a terra de LATAN: o Mar- quês de Alvamaria ficaria com LATAN norte e o Marquês de Marialva com LATAN sul. Desde crianças que se notavam diferenças nos seus temperamentos, especialmente na época do Natal. Tal como o seu pai, o Marquês de Marial-
  • 8. va adorava esta quadra: as ruas enfeitavam-se com cores e luzes e em todas as casas se vivia o espírito de Natal. Ele próprio se dedicava a deco- rar algumas salas do palácio, especialmente a en- trada onde uma grande árvore imperava, cheia de bolas, fitas e luzes mul- ticolores. Debaixo dessa árvore, encontravam-se já imensos embrulhos colo- ridos, deixados pelo Pai Natal, para serem distri- buídos pelo velho mar- quês a todas as crianças que ali se dirigissem. Ao lado da árvore, havia igualmente uma grande mesa repleta de iguarias tradicionais do Natal. Pelo contrário, o Marquês de Alvamaria de- testava o Natal e todas as festividades desta épo- ca. Ia sempre contrariado receber os outros meni- nos, na companhia do seu pai, e assistir à Missa do Galo. Achava tudo uma patetice e um gasto de di- nheiro desnecessário. Para ele, o Pai Natal, essa figura velha, gorda e barbuda, não existia. Se existisse, ele já o teria visto, decerto, e o seu de- sejo secreto já teria sido satisfeito. Contudo, nun- ca se atrevera a criticar abertamente o seu pai, que não compreendia a razão dessa sua aversão. E assim veio a acontecer. Cada um dos ir- mãos tomou posse das suas terras. Cada um gover- nou-as a seu bel-prazer. 4
  • 9. 5 As terras de LATAN norte eram mais ricas do que as do sul, mas nem por isso os seus habi- tantes eram mais felizes, pois não apreciavam o autoritarismo do seu marquês. Por outro lado, as gentes do sul, embora com menos, eram bem mais felizes, dado que o seu senhor se preocupava com eles e gostava que se divertissem. Depressa se soube nas terras do norte que a vida dos habitantes do sul era mais agradável, de- vido à relação amistosa que mantinham com o seu marquês. Desejosos de terem outro viver, as gentes do norte começaram a segredar entre si sobre a hipótese de abandonarem aquelas terras. Para maior desgosto, no início do inverno, o Marquês de Alvamaria decretou a proibição de qualquer feste- jo natalício, no seu território, daí em diante. Esta ordem revoltou ainda mais os habitantes do norte que começaram a emigrar para sul. Da noite para o dia, algumas povoações do norte ficaram quase despovoadas, o que levou o Marquês de Alvamaria
  • 10. a mandar encerrar as fronteiras com o território do irmão. Nunca tal se vira! Com a chegada das gentes do norte ao sul, as primeiras reações do povo não se fizeram espe- rar: “Assim não pode ser!” - exclamavam uns; “Vieram estragar a nossa vida!” - reclamavam ou- tros; “Voltem para as vossas terras!” - gritavam ainda outros. Apercebendo-se destas reações, o Marquês de Marialva mandou reunir o povo na praça em frente ao palácio, que fora a residência de verão dos seus pais. O palácio era de pedra alva e tinha uma arquitetura graciosa. Duas escadarias laterais uni- am-se a meio da torre principal, ladeada por duas torres menores. Da janela central, já aberta, pen- dia uma tapeçaria que ostentava o brasão do Mar- quês de Marialva, em tons de azul, vermelho e branco, com flores-de-lis ricamente bordadas a fios de ouro. 6
  • 11. 7 O marquês assomou à janela: “Caríssimos concidadãos, reconheço que estamos a viver uma nova realidade nas nos- sas terras. Já tentei que o meu irmão voltas- se atrás na sua decisão, mas ele não me quis receber. Por isso, cabe-nos a nós minorar es- ta situação. Sempre fomos um povo hospita- leiro com todos os que vieram por bem. Aco- lher os nossos irmãos do norte, não pode ser diferente. É nossa obrigação abrigá-los nas nossas terras. Eu próprio respeitarei estas palavras e gostaria que seguissem o meu exemplo para bem de todos!” Assim, o marquês acolheu algumas famílias do norte numa ala desabitada do seu palácio e ou- tros lares seguiram o seu exemplo. Claro que esta situação acarretava gastos suplementares, mas uma boa gestão de recursos permitiu que todos vivessem com algum conforto, em paz e harmonia. Com aproximação do Natal, todas as crian- ças de A a Z, que moravam em LATAN sul, foram
  • 12. fazendo desenhos alusivos à época. Estes destina- vam-se aos seus amiguinhos que permaneceram no norte e seriam entregues pelo Pai Natal: quadros natalícios com famílias numerosas e felizes, mesas com iguarias de regalar os olhos e abrir gulosos apetites, cânticos de Natal de paz, esperança, amor e fraternidade, céus cheios de estrelas bri- lhantes e douradas como ouro, brinquedos, pinhei- ros triangulares enfeitados, bonecos de neve bran- cos, gordos e fofos, com nariz de cenoura, de bar- rete e cachecol coloridos, renas… Alguns dias depois, a casa do Pai Natal fi- cou inundada com imensos desenhos, de vários ta- manhos e cores. A todos eles foi aplicado o selo mágico do Pai Natal. Os duendes não tiveram mãos a medir e os enormes sacos vermelhos do Pai Natal começaram a engordar. Eram uma barrigada de desejos bons. Não houve tempo nem espaço para carregar o trenó com presentes. Este Natal seria diferente... 8
  • 13. 9 A partida estava eminente e a voz grave do Pai Natal não se fez esperar: “Ho! Ho! Ho! É chegada a hora! O trenó cheio está. Sem mais demora, Renas, partamos já. Ho! Ho! Ho!” A neve tornava-se cada vez mais espessa à medida que o Natal se aproximava. As terras do norte estavam tristes, devido aos poucos habitan- tes que lá permaneciam e à falta das luzes que aqueciam as ruas frias e invernosas. Na véspera de Natal e de regresso ao seu palácio, mas ainda a três léguas de distância, o Marquês de Alvamaria seguia pela floresta no seu cavalo branco quando, de repente, este se assus- tou, se empinou e atirou com o cavaleiro ao chão, onde ficou por minutos desmaiado. O marquês só acordou quando uma língua áspera e quente lhe lambeu o rosto. Abriu os olhos e deu de caras com um nariz muito vermelho e
  • 14. 10 brilhante que iluminava a neve em seu redor. Era uma rena e ele reconheceu-a das histórias que a sua mãe lhe contava na infância - era a rena Ro- dolfo. As renas estavam atreladas a um enorme trenó, enfeitado com luzes e sinos e, sentado com as mãos a segurar as longas rédeas, encontrava-se um homem, velho, gordo e barbudo, vestido de vermelho e branco. Era o Pai Natal! Ele nem que- ria acreditar! Afinal as histórias que a mãe lhe contava eram verdadeiras. O Pai Natal existia mesmo! Triiiiiiimmm… … vinte minutos tinham passado sem que Lucas se tivesse apercebido de que um computador ficara livre. “Que chatice! O intervalo acabou. Vou ter Geografia na A 7. E sem tempo para requisitar o livro. Tenho de voltar no próximo intervalo!” O Lucas não compreendia o que lhe estava a acontecer: “Eu nem gosto de ler!” Não gostavas! Por ele subia uma vontade incontrolável de retomar a leitura. Estava espantado!
  • 15. 11 Espantado estava o marquês por ser convi- dado a subir para o trenó, sentindo-se já uma pe- na a levantar voo. O Pai Natal levou-o de volta ao seu palácio, ao mesmo tempo que se ouvia DLIM, DLÃO, DLIM, DLÃO… doze vezes repetido nas altas torres das igrejas. Ainda sobrevoavam as povoa- ções, quando algo mágico aconteceu, fazendo pas- mar o marquês. Inesperadamente, começou a cho- ver… mas não era uma precipitação de gotas. Eram os desenhos feitos pelos meninos e pelas meninas de LATAN sul que, lançados nos ares do norte, se misturavam com os alvos flocos de neve. Ao toca- rem no manto branco que cobria o chão, os dese- nhos saíram das folhas de papel e transformaram a noite silenciosa e escura. Por todo o lado come- çaram a aparecer luzes, enfeites, música, árvores de Natal, estrelas, bonecos de neve… e muitas, muitas pessoas. Outros desenhos, entrando pelas chaminés das casas vazias, depressa transforma- ram aqueles espaços desoladores em numerosas
  • 16. 12 famílias reunidas para a Ceia de Natal, num ambi- ente verdadeiramente festivo, digno de comemo- ração. Rapidamente as terras do marquês se repo- voaram perante os seus olhos ainda incrédulos. No meio daquela imensidão de desenhos alados, um deles veio na direção do marquês, irradiando uma luz intensa que o deixou enfeitiçado. Essa luz aca- bou por trespassá-lo até ao seu coração insatisfei- to e endurecido. A transformação no seu interior não se fez esperar graças àquele desenho feito com o coração de uma criança. Ao acordar deste gostoso adorme- cimento, o Marquês de Alvamaria era um homem novo. O seu olhar recuperara a luz há muito apaga- da nos seus tempos de criança e os traços carrega- dos do seu rosto suavizaram-se. Só agora é que o seu desejo de Natal da infância se tinha realizado. Conseguira voar no trenó do Pai Natal na distribui- ção de sonhos e desejos, tal como uma criança. Depressa nasceu nele uma ardente vontade
  • 17. 13 de estar com o irmão e festejar o Natal em família. Disso sabia o Pai Natal e as renas tam- bém! A rota estava traçada até às terras de LA- TAN sul, ao palácio do seu querido irmão, antigo companheiro de travessuras e brincadeiras. Já a sobrevoar o palácio, o Pai Natal lan- çou o último desenho pela chaminé da sala dos convivas, onde decorria a Ceia de Natal. Prestes a tocar no fogo da imponente lareira, o desenho irrompeu na sala em múltiplas estrelinhas que se espalharam pelo salão, em grande velocidade, antes de chegar ao dono do palácio. Criou-se entre os convivas um burburinho de admiração. Todos os olhares estavam agora concentrados na mesa principal, onde se encon- trava o marquês e a sua família. Mas os olhos do marquês estavam fixos na porta e todos o imita- ram, ainda perplexos perante aquele fenómeno tão insólito. Entretanto, lá fora, o Pai Natal e o outro marquês tinham acabado de aterrar em frente à
  • 18. 14 frontaria principal do palácio, encaminhando-se, a passos largos, para a sala de jantar, acompanha- dos por um diligente serviçal. Este, com três pancadas na velha e dura porta de madeira, anunciou a chegada dos inespe- rados hóspedes. Ao ver o irmão a entrar no salão, o Marquês de Marialva compreendeu a mensagem simbólica do desenho: duas mãos, dois poderes, um só povo, uma só terra. Redobrada a sua generosidade, acolheu o irmão e o Pai Natal de braços abertos e coração quente, convidando-os a sentarem-se a seu lado, na mesa principal. E não se esqueceu das renas. Mandou que fossem recolhidas e alimentadas, a fim de recuperarem forças para o regresso. Antes de terminar a Ceia de Natal, chegou, inesperadamente, o pai dos dois marqueses para contentamento de todos. E assim se iniciou uma semana de muita festa e de muita alegria. O Ano Novo trouxe novas decisões e novas vidas para todos os habitantes de LATAN norte e sul. Tinha chegado a hora de os irmãos as comuni- carem aos respetivos povos. A decisão fora simples de tomar: os dois territórios voltariam a ser ape- nas um só e só um irmão iria governar, o Marquês de Marialva. O Marquês de Alvamaria confiara-lhe essa difícil responsabilidade, ficando apenas como seu conselheiro-mor. Agora tinha de ter algum tempo livre para ajudar o Pai Natal na sua árdua tarefa anual. Unidas e em paz, as terras de LATAN foram rebatizadas de Terras de NATAL, em homenagem ao velho Pai Natal.
  • 19. … e no poder mágico do Natal.