2. GALERIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO
DE TOMAR CENTRO DE ARTE E IMAGEM
MISSÃO E OBJECTIVOS
A Galeria do Instituto Politécnico de Tomar - Cen-
tro de Arte e Imagem, tem como objecti-
vo a divulgação e a contextualização do estu-
do da arte moderna e contemporânea, com es-
pecial foco na arte portuguesa recen-
te, através da apresentação de exposições e pro-
jectos temporários relativos às práticas criati-
vas da actualidade.
A direcção programática da Galeria do Insti-
tuto Politécnico de Tomar ambiciona simulta-
neamente, desenvolver um trabalho de fun-
do relacionado com a actividade pedagógi-
ca do curso de Artes Plásticas, Pintura e Inter-
media e do curso de Fotografia e captar e fi-
delizar públicos locais e nacionais desenvolven-
do o seu interesse pla arte moderna e con-
temporânea, através de actividades pedagógi-
cas nas áreas da educação, divulgação e publica-
ção.
Neste espaço facilita-se uma aproximação en-
tre a produção cultural profissional e o tra-
balho de investigação académica e criativa de-
senvolvida pelos lunos dos respectivos cur-
sos, no qual se desenvolvem projectos expositi-
vos que se afirmam como plataforma de entendi-
mento das suas práticas escolares com a unda-
mental ligação à experiência profissional das in-
dústrias culturais e criativas.
A Galeria do I.P.T. – Centro de Arte e Ima-
gem é um organismo pertencente dos depar-
tamentos de Artes Plásticas, Pintura e Intermé-
dia e Fotografia.
A programação da Galeria do I.P.T. – Cen-
tro de Arte e Imagem é chefiada pelos órgãos di-
rigentes dos dois departamentos (direcção ex-
ecutiva) e administrada por uma comissão de do-
centes de ambos os departamentos designa-
dos para o devido efeito curatorial, pedagógi-
co e funcional (direcção artística/produção).
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3. Índice
2 GALERIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR CENTRO DE ARTE E IMAGEM- Missão e Objectivos
4 Exposição José Luís Neto
6 Exposição Colectiva Fotografia
8 Exposição hÁ3
10 Exposição “em branco” de Ângelo de Sousa
12 Exposição Nome
14 Exposição Hemppa 1- Vuotta
15 Sintese de dados estatisticos
16 Actividades Paralelas/ Parceiros
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5. PMC/ P.M.I. Passport
Diferença e repetição são dois dos conceitos que
passam por PMC/ P.M.I. Passport, um dos mais
recentes projectos de José Luís Neto e a primei-
ra exposição individual desde High Speed Press
Plate (2006). Com o presente trabalho, baseado
em imagens encontradas ao acaso pelo chão,
José Luís Neto aprofunda a sua relação com a
-exploração da natureza e limites do fotográfico,
interrogando-se sobre questões como identidade
e representação, a materialidade da fotografia, a
problemática da apropriação e autoria não des-
curando as práticas que lhe são reconhecidas de
rigor na apresentação das imagens. PMC/ P.M.I.
passport também se dirige ao espectador na fa-
miliaridade das imagens, na banalidade de uma
prática que atravessa, de um modo ou de outro,
a vida de cada um na experiência fugaz de um re-
trato aparentemente sem autor: a photomaton.
Francisco Feio, Outubro 2008
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6. Exposição Colectiva Fotografia
Sofia Silva
Diogo Simões
Pedro Alves
Hugo Narciso
Cláudio Balas
Mário Ambrozio
Vítor Santos
Ana Alves
Adélia Azedo
Rita Garcia
Paulo Tavares
Wilson Caldeira
Ricardo Matos
Jorge Miguel
Magda Magalhães
Sara Cabral
Paulo Sousa
Telmo Mendes
Marisa Rosa
Tânia Rolo
Susana Garrucho
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7. Após o sucesso da exposição dos alunos no Cen-
tro Português de Fotografia,no Porto, o Curso Su-
perior de Fotografia traz a Tomar uma selecção de
alguns desses trabalhos.
Nesta exposição encontramos trabalhos de alunos
do 1º ao 3º ano do curso assim como de alunos em
estágio em empresas da área.
Os trabalhos, essencialmente de cariz autoral,
variam entre a moda, o retrato, o documental, a
paisagem e o conceptual.
Esta é uma mostra eclética que pretende apresen-
tar a diversidade de orientações que cada aluno
decidiu seguir. O curso, que abrange as mais di-
versas áreas da prática fotográfica, preconiza o de-
senvolvimento individual de cada aluno enquan-
to autor, seja na numa perspectiva comercial ou
artística. De facto, só assim um fotógrafo poderá
marcar uma diferença sobressaindo de uma plu-
ralidade de imagens com uma disseminação cada
vez mais galopante.
São estes primeiros passos para alguns ou a con-
solidação de um projecto para outros, que podem-
os ver no Centro de Arte e Imagem em Tomar.
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8. Exposição hÁ3
hÁ3
Alexandra Góis
Gabriela Carraínho
Sónia Lopes
O Presidente do Instituto Politécnico de Tomar têm
o prazer de apresentar a exposição colectiva hÁ3
na galeria do Centro de Artes e Imagem.
Esta mostra apresenta o resultado das pesquisas de
três jovens artistas recentemente licenciadas em
Artes Plásticas, Pintura e Intermedia sob a epígrafe
da colecção e da relação que o mecanismo colec-
tor vaticina na construção e na fundamentação de
processos de invenção da identidade.
Nos trabalhos de Gabriela, Sónia e Alexandra per-
passa um empenho na desmontagem de diver-
sos agrupamentos de objectos provenientes de
colecções e acumulações, sejam elas pessoais,
como no caso de Alexandra Góis, que a partir das
suas próprias colectâneas de objectos irrisórios
mas pejados de significações, constrói um con-
junto vasto de desenhos que transpõem a mera
representação das hierarquias subjacentes as estas
compilações; ou, no caso de Gabriela Carraínho,
uma lapidação e uma chamada de ponderação ao
conteúdo igualado entre referências Históricas par-
ticulares, à cultura europeia dos últimos trinta anos
e a ligação destes materiais gráficos provenientes
do metódico acervo de agendas pessoais escritas e
arquivadas pelo seu avô, à sua vagamente inscrita
vida pessoal.
Sónia Lopes, afasta-se aparentemente deste impul-
so coleccionador mas detecta-se nas suas pesqui-
8
9. sas uma ligação, também ela cumulativa, referente
aos espaços que habita e aos objectos que afectam
a sua vivência desses espaços. A sua produção recai
cirurgicamente e de forma efusiva, sobre os desvios
espectaculares presentes em qualquer alteração
desses mesmos corpos e seus contentores.
Todos os trabalhos apresentados associam-se por-
tanto a um modelo de pesquisa e pensamento
plástico reflexivo e crítico, filiado na necessidade
do refundamento da noção de representação e
do abuso de circulação de imagens e objectos
vulgares. Esta determinação pode ser verificada
na forma depurada na qual o trabalho destas três
jovens artistas incorpora estas preocupações e na
atenção dada ao detalhe enquanto elemento fun-
damental na compreensão dos dissentimentos do
olhar que todas as suas obras enunciam.
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10. Exposição Ângelo de Sousa
Artista
Ângelo de Sousa
em branco
Sempre tenho feito ( muitos) desenhos, desde que
me conheço.
Quando vim para o Porto, para a Escola Superior de
Belas Artes em 1955, continuei a fazer desenhos.
Quer dos modelos em gesso - Próprios do curso
- quer para minha satisfação. Levava para todo o
lado, uma pequena pasta de cartolina, com folhas
de “ papel de máquina” do formato A5 ( metade do
A4) . A princípio, usava uma caneta de tinta per-
manente; depois, um marcador com tinta preta,
de fabrico inglês, marca Flomaster. Era uma ferra-
menta usada, pode dizer-se, exclusivamente, pelos
aspirantes a artistas da Escola do Porto. Acho que
em Lisboa nunca pegou, mas dava gosto utiliza-la.
Como o papel era bastante barato, podia fazer
enormes quantidades de desenhos, sem grandes
preocupações com a despesa.
Tinha o cuidado de deitar fora, sem piedade, a
maior parte do que ia produzindo. Convém não
ficar embevecido com o que se vai pondo neste
mundo.
Ao longo dos anos, fui sempre mantendo uma
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11. certa automomia da actividade desenhística; isto
é, poucos desenhos evoluíram para trabalhos
noutras técnicas ou com maiores dimensões.
Nos anos setenta, para enganar o tédio e a
monotonia de inúmeras, sucessivas iterativas
reuniões, ( antes e depois de Abril de 1974), con-
tinuando, contudo, a funcionar como funcionário
público, voltei à pequena pasta com folhas de pa-
pel A5.Eram desenhos que se faziam sem lhes
prestar grande atenção, enquanto funcionava.
Iam acontecendo. No fi m do dia, escolhia os que
me pareciam mais interessantes, os que julgava,
imediatamente, passíveis de desenvolvimento, em
dimensões maiores,por vezes com recurso a cor.
Até hoje, foram aproveitados dessa maneira, cerca
de uns trezentos.
Estiveram, muitos, pequenos e grandes, visíveis
numa exposição realizada no Centro de Arte
Moderna da Fundação Caloust Gulbenkian, entre
17 de Outubro de 2003 e 18 de Janeiro de 2004,
em Lisboa.
Depois que me reformei, como funcionário públi-
co, desapareceram as condições (ideais) para fazer
os tais desenhos pequenos. Limitei-me como es-
crevo acima, a desenvolver alguns escolhidos.
Demorou algum tempo a tornar a encontrar (
ou a criar) condições para retomar a actividade.
E tenho continuado, até o presente.
Janeiro 2009
Ângelo de Sousa
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12. Exposição Nome
Artistas:
Flávio Joaquim
Gilmar Júnior
Gonçalo Carvalho
Hugo Gomes
João Marques
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13. Papel - s.m. substância formada de matérias veg-
etais ou de trapos reduzidos a uma massa, e dis-
posta em folhas, para se escrever, embrulhar, etc;
documento escrito; dinheiro em notas ou letras de
câmbio; parte de uma peça teatral que cabe a cada
actor; atribuição; função.
NOME é constituído por cinco alunos do Instituto
Politécnico de Tomar, dos cursos de Artes Plásti-
cas - Pintura e Intermédia e de Fotografi a: Flávio
Joaquim, Gilmar Júnior, Gonçalo Carvalho, Hugo
Gomes e João Marques.
A exposição é uma instalação que questiona e re-
interpreta o lugar da obra e o valor do material uti-
lizado.
Recorrendo ao desenho e ao vídeo como docu-
mentos do resultado de uma acção de dois dias que
culminou com um jantar de amigos, procedeu-se a
uma posterior inclusão dos despojos no espaço ex-
positivo, reposicionando o espectador perante os
dois momentos de criação: o da materialização da
obra e a sua montagem no espaço de exposição
para corporalizar o segundo momento - o do con-
fronto com o “outro”.
O espaço expositivo passa a ser palco da dialéc-
tica entre público e privado. Ao duplicar o chão da
galeria, ao espectador é vedada a possibilidade de
estabelecer um contacto não mediado com o es-
paço. Cada passo é pensado e objecto de registo,
convergindo para uma espécie de “cacofonia visu-
al” que documentará a passagem dos transeuntes.
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14. Exposição Hemppa 1- Vuotta
Artistas:
Anni Katajamaki
Tiago Cacheiro
Hemppa 1-Vuotta
Hemppa 1-Vuotta é um projecto plástico com base
num filme caseiro, em formato Super 8, filmado em
Jalasjarvi, na Finlândia, em 1981. O filme retrata
momentos de infância de um dos autores com o
seu irmão e uma amiga.
O visionamento do filme motivou a continuação
do trabalho em relação às questões de identidade
e memória que ambos os autores têm explorado
ao longo do seu percurso criativo escolar.
Assim, temas como identidade, memória, espaço-
tempo, arquivo pessoal/público, são temas do in-
teresse genérico que se assumem dentro dos con-
textos da cultura visual contemporânea, e tendo
sido abordados e aprofundados nos respectivos
percursos académicos, tanto em fotografia como
em artes-plásticas, revelam-se aqui uma parte in-
tegrante de uma metodologia criativa de colabo-
ração, partilha e possibilidade teórica.
Os autores desenvolveram as suas reflexões, anális-
es e construções/desconstruções do filme, usando
o desenho e a fotografia como instrumentos do
pensamento plástico e ideológico.
Este projecto baseia-se, portanto, na própria docu-
mentação do filme e sua projecção, acompanhado
por uma série de materiais inéditos que surgem da
colaboração e das suas versões criativas em torno
desse mote.
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15. Anni Katajamaki: Nasceu em 1977 em Sodankyla,
na Finlândia. Actualmente, vive e estuda em Tomar.
Aluna do curso superior Artes-Plásticas, Pintura e
Intermédia.
Tiago Cacheiro: Nasceu em 1984 em Tomar, onde
actualmente vive, estuda e trabalha. Finalista do
Curso Superior de Fotografia.
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16. Sintese de dados estatísticos:
Exposição José Luís Neto 418 visitas
Exposição Colectiva Fotografia 323 visitas
Exposição hÁ3 251 visitas
Exposição Ângelo de Sousa 357 visitas
Exposição Nome 124 visitas
Exposição Hemppa 1 - Vuotta 165 visitas
total 1628 visitantes
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17. Actividades Paralelas:
18 de Novembro de 2008 palestra realiza por José Luís Neto
30 de abril de 2009 conferência com Ângelo de Sousa e Miguel Wandschneider
Parceiros
Câmara Municipal de Tomar
Hewlett-Packard
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