SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
Professor BÓRIS em
DEMOCRACIA
AUTORA
Luciana de Almeida
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Maria Fernanda Moscheta
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Linea Creativa
ILUSTRAÇÃO
Pierre Trabbold
REVISÃO DE TEXTO
Sandra Aymone
CAPA
Pierre Trabbold
Leandro Bucatte
APOIO INSTITUCIONAL
OAB SP Ordem dos Advogados do Brasil,
166ª Sub-secção de Vinhedo
REALIZAÇÃO
EDITORA FUNDAÇÃO EDUCAR DPASCHOAL
www.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8129
Todos os livros da Fundação EDUCAR são distribuídos gratuitamente
em escolas públicas, instituições e bibliotecas.
Esta obra foi impressa em cartão royal 250g/m2
(capa) e papel offset 90 g/m2
(miolo),
no ano de 2004, com tiragem de 75.000 exemplares.
Indicação para faixa etária: 6 a 12 anos.
- “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós, das
lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz”... - assim que o
professor Bóris entrou na sala de aula cantando este trecho
do Hino da República os alunos silenciaram.
- Hoje teremos uma aula diferente, uma aula sobre
democracia. Vou iniciar com o Hino da República, que em seu
refrão clama por liberdade. Mas, qual é a relação de liberdade
com democracia? Isso vocês descobrirão no decorrer da aula
- disse o professor.
- Alguém conhece esta bandeira?
- Eu acho que é uma bandeira da época do Império – arriscou
Lúcia.
- Muito bem! Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro
da Fonseca proclamou a República. Quatro dias depois, em 19
de novembro, esta bandeira foi criada.
- Muito bem! Isso mesmo, Lúcia. Esta é a última bandeira do
Império. Utilizada entre 1822 e 1899. Nela vemos o brasão,
a coroa, um ramo de café à esquerda e um ramo de fumo à
direita, que naquela época simbolizavam as riquezas do país.
Agora, observem a bandeira atual. O que mudou?
- A coroa e os ramos de café e fumo foram retirados
– respondeu Carla.
- Mas o quadrado verde e o amarelo permaneceram –
completou Ricardo.
- E no lugar da coroa temos o círculo azul com uma faixa
branca onde se lê a frase Ordem e Progresso – continuou
Márcio.
- Muito bem! Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro
da Fonseca proclamou a República. Quatro dias depois, em 19
de novembro, esta bandeira foi criada.
4
5
- Mas, professor, qual é a ligação destas bandeiras com a aula
de hoje? - perguntou Ricardo.
- Veja, Ricardo, os republicanos criaram uma nova bandeira
tirando a coroa, o símbolo do Império, ou seja, da forma de
governo anterior, onde quem exercia o poder era o rei. A
nova forma de governo passou a ser a República, sistema no
qual o povo exerce o poder, escolhendo por intermédio do
voto secreto e direto os seus representantes, tais como o
6
presidente da República, os governadores dos estados e os
prefeitos dos municípios. E a democracia é exatamente isto:
liberdade. O povo tem liberdade para escolher por intermédio
do voto os seus governantes.
- Quer dizer que democracia é o governo do povo? – perguntou
João.
- Isso mesmo. A democracia é um regime de governo onde há a
liberdade de votar pelos seus representantes.
7
8
- Então, vamos ver se eu entendi. A democracia é um regime
de governo no qual o povo tem liberdade para escolher seus
governantes e a República é uma forma de governo no qual os
eleitos pelo povo exercem o poder? - perguntou Aninha.
- Você está certa, Aninha. Foi por isso que os republicanos
quiseram mudar a bandeira retirando o símbolo da monarquia,
a coroa – disse Bóris.
- Professor, agora entendi porque a democracia anda junto
com a liberdade. É porque somos livres para votar em quem
escolhermos – concluiu Lúcia.
- Somos livres também para expressar nossos pensamentos
e para discordar e dar opiniões sobre qualquer assunto
– completou Juliana.
- É bom lembrar que ao expressar nossas idéias, valores e
crenças devemos respeitar as pessoas que pensam diferente
de nós. Da mesma forma que temos direito à liberdade, ao
respeito, à dignidade, também temos o dever de manter uma
atitude de respeito para com o próximo – nossos familiares,
professores, amigos, vizinhos - afirmou Bóris.
- E por falar em liberdade e escolha de governantes, nossa
turma é a única que ainda não escolheu o representante de
classe – lembrou Lúcia.
- É mesmo, temos que escolher um colega para falar em nosso
nome.
- Podemos fazer a eleição na sua aula, professor Bóris?
– perguntou Carla.
- Claro que sim. Quem tem interesse em disputar a eleição?
- Eu tenho – respondeu João.
- E eu também – manifestou-se Aninha.
9
- Muito bem, então nesta classe temos dois estudantes
interessados em se candidatar. Por isso, durante a semana,
darei a oportunidade para que apresentem suas propostas
alguns minutos antes de terminar a aula – disse o professor
Bóris.
- Não entendi. O que é isso de apresentar propostas? -
perguntou João.
- Uma proposta com as principais idéias do candidato, o que
você pretende fazer quando for representante da classe.
Entendeu?
- Ah! Agora eu entendi. Deixa comigo, professor, que nessa
eleição eu vou detonar.
- No final da aula, darei oportunidade para que você seja o
primeiro a apresentar o seu plano. Aproveite o intervalo para
verificar quais são as necessidades da escola e também para
ouvir os seus colegas – sugeriu Bóris.
João teve a oportunidade de apresentar suas idéias nos
últimos minutos daquela aula.
- João, João, João. O candidato do povão! Votem em mim, se
for eleito prometo defender nossos interesses. Prometo ouvir
sempre todos os colegas, prometo não chegar mais atrasado,
prometo que sempre vou estudar, prometo que...
- Espera aí, João - interrompeu Juliana - você está falando,
falando e até agora não disse nada. Promete que não vai
chegar atrasado? Isso lá é proposta de nosso interesse?
- Não liga não, Juliana, o João só pensa em ganhar a eleição,
não está preocupado com a gente, só quer aparecer – disse
Márcio.
- Eu voto nele. Ele é tão bonitão. Vote em João, o candidato
bonitão! - gritou Carla.
- Essa não! Votar no cara só porque ele é bonito? Sinto muito,
mas para mim não serve - falou Juliana.
10
11
- Posso continuar? - perguntou João. Se for eleito, prometo
que todos os dias revistarei as carteiras para ver se tem
chicletes grudados embaixo. Isso eu não vou permitir mais,
nem que eu tenha que sair no braço.
- Não vai adiantar brigar e nem obrigar. Manter a carteira
limpa é nosso dever e isso de grudar chicletes não está com
nada. Temos que mudar de atitude - disse Lúcia.
- É isso aí, João, eu acho que você deveria propor uma
campanha para manter a escola limpa, talvez assim sua
candidatura decole – sugeriu Ricardo.
12
- No sei não, gente, acho que depois que o João for eleito
ele só vai querer mandar. Trabalhar que é bom, nada – opinou
Lúcia.
- Chega de discussão por hoje, amanhã continuaremos – disse o
Professor Bóris.
No dia seguinte, no final da aula, o professor iniciou novamente
a apresentação dos candidatos.
- Hoje, ouviremos a Aninha.
13
- Bom, gente, se eu for eleita, antes de tomar qualquer
decisão ouvirei a opinião de vocês. Todos poderão falar e no
final faremos uma votação, vencendo a vontade da maioria.
Prometo que estarei em todas as reuniões sobre assuntos
de nosso interesse. Estive pensando em promovermos uma
campanha para aumentar o número de livros da biblioteca
da escola. Podemos, também, com a ajuda de nossos pais,
organizar algumas festas para arrecadar dinheiro e reformar
os banheiros. Por enquanto, é isso que eu posso prometer. Vote
em Ana, a candidata que não barganha!
14
- Sabe, eu gostei da Aninha. Pelo menos ela prometeu o que
pode cumprir - disse Lúcia.
No final do discurso da Aninha, os alunos começaram a
conversar todos ao mesmo tempo, cada um defendendo o seu
candidato. O professor Bóris teve que intervir:
- Calma, pessoal. Nada de gritaria! Antes de votar, é
importante saber quem é o candidato e o que ele poderá fazer
pela comunidade. Todos podem falar, mas um de cada vez.
Lembrem-se: com o voto escolhemos nossos representantes,
por isso devemos pensar bem.
15
- É assim também nas outras eleições, professor? – quis saber
Carla.
- É assim em todas as eleições. Por intermédio do voto
elegemos o presidente, o governador e o prefeito, os quais
representam o Poder Executivo. Cabe a eles governar, isto é,
administrar os problemas do país, do estado e do município.
Também escolhemos senadores, deputados federais,
deputados estaduais e vereadores, que representam o Poder
Legislativo, ou seja, são responsáveis pela elaboração das leis
que temos que cumprir.
- Puxa! Como o voto é importante, através dele escolhemos as
pessoas que vão falar e decidir por nós - afirmou Juliana.
- Atenção, nossa representante de classe será a Aninha, que
obteve vinte votos. Em segundo lugar ficou o João, com dez
votos.
Os alunos aprenderam uma importante lição: que a cidadania
também é exercida pelo voto, ocasião em que escolhemos os
governantes do nosso país. Antes de votar, é preciso ouvir os
candidatos, conhecer suas propostas e verificar se vão poder
cumprir o que prometeram. Depois das eleições, é necessário
acompanhar a realização do trabalho do candidato eleito,
participar ou organizar um grupo da sociedade para ajudá-lo
e, também, para cobrar suas promessas. Afinal, cidadania é a
participação ativa do cidadão em prol da comunidade.
Todos nós somos livres e a liberdade nos permite fazer
escolhas.
No entanto, devemos refletir antes de tomar uma decisão, pois
somos responsáveis pelos nossos atos.
16
17
Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus.
Este canto rebel, que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus.
Seja um hino de glória que fale
De esperanças de um novo porvir,
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos unidos levar
Nosso augusto estandarte, que puro,
Brilha avante, da Pátria no altar.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Se é mister de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou neste audaz pavilhão.
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder,
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé.
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia pois, brasileiros, avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Letra de: Medeiros de Albuquerque
Música de: Leopoldo Migues
18
Audaz: ousado; corajoso.
Augusto: magnífico; majestoso.
Brado: grito.
Estandarte: Pavilhão e Pendão: bandeira.
Labéu: mancha na reputação; desonra.
Lampejo: clarão ou brilho repentino.
Louçãos: vigorosos; fortes; frescos.
Louros: glórias; triunfos.
Outrora: em outros tempos; em tempos passados.
Ovante: triunfante; jubiloso; vitorioso.
Pálio: manto; capa.
Porvir: tempo que há de vir, o futuro.
Púrpura régia: poder real.
Rebel: rebeldia.
Remir: tirar do cativeiro.
Rubro: vermelho muito vivo, da cor de sangue.
Tirano: governante injusto, cruel ou opressor, que abusa de sua autoridade.
Torpe: desonesto.
Transes supremos: momentos de muitas aflições; ocasiões perigosas.
Triunfo: vitória.
Glossário
A importância do voto na democracia

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a A importância do voto na democracia

Formação de agentes jovens, estudantes modelo de liderança
Formação de agentes jovens, estudantes modelo de liderançaFormação de agentes jovens, estudantes modelo de liderança
Formação de agentes jovens, estudantes modelo de liderançaMaria Cecilia Silva
 
Revista Experimente - 4ª edição
Revista Experimente - 4ª ediçãoRevista Experimente - 4ª edição
Revista Experimente - 4ª ediçãoGabrielle Ramos
 
Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos
Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos
Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos Kivya Damasceno
 
Dinâmica para aula de sociologia e filosofia
Dinâmica para aula de sociologia e filosofiaDinâmica para aula de sociologia e filosofia
Dinâmica para aula de sociologia e filosofiaSeverina Maria Vieira
 
Ok minha escola na câmara de vereadores – eu final
Ok minha escola na câmara de vereadores – eu finalOk minha escola na câmara de vereadores – eu final
Ok minha escola na câmara de vereadores – eu finalErica Frau
 
Programa-de-sala-digital-Visitações-2021-Liberdade
Programa-de-sala-digital-Visitações-2021-LiberdadePrograma-de-sala-digital-Visitações-2021-Liberdade
Programa-de-sala-digital-Visitações-2021-LiberdadeIsabelPereira2010
 
Projeto eleições 2010 neli helena
Projeto eleições 2010 neli helenaProjeto eleições 2010 neli helena
Projeto eleições 2010 neli helenaGisela Martin
 
TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...
TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...
TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...Adriana Gomes
 
Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...
Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...
Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...Nathany Brito Rodrigues
 

Semelhante a A importância do voto na democracia (20)

Liberdade viseu pdf
Liberdade  viseu pdfLiberdade  viseu pdf
Liberdade viseu pdf
 
Eleição bichos
Eleição bichosEleição bichos
Eleição bichos
 
Filipa ribeiro
Filipa ribeiroFilipa ribeiro
Filipa ribeiro
 
Formação de agentes jovens, estudantes modelo de liderança
Formação de agentes jovens, estudantes modelo de liderançaFormação de agentes jovens, estudantes modelo de liderança
Formação de agentes jovens, estudantes modelo de liderança
 
Revista Experimente - 4ª edição
Revista Experimente - 4ª ediçãoRevista Experimente - 4ª edição
Revista Experimente - 4ª edição
 
Freire (2)
Freire (2)Freire (2)
Freire (2)
 
Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos
Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos
Método de Alfabetização Paulo Freire - Angicos
 
Dinâmica para aula de sociologia e filosofia
Dinâmica para aula de sociologia e filosofiaDinâmica para aula de sociologia e filosofia
Dinâmica para aula de sociologia e filosofia
 
Ok minha escola na câmara de vereadores – eu final
Ok minha escola na câmara de vereadores – eu finalOk minha escola na câmara de vereadores – eu final
Ok minha escola na câmara de vereadores – eu final
 
Atividade3
Atividade3Atividade3
Atividade3
 
Programa-de-sala-digital-Visitações-2021-Liberdade
Programa-de-sala-digital-Visitações-2021-LiberdadePrograma-de-sala-digital-Visitações-2021-Liberdade
Programa-de-sala-digital-Visitações-2021-Liberdade
 
Projeto eleições 2010 neli helena
Projeto eleições 2010 neli helenaProjeto eleições 2010 neli helena
Projeto eleições 2010 neli helena
 
Filosofia na neusa conf
Filosofia na neusa confFilosofia na neusa conf
Filosofia na neusa conf
 
Portifólio pronto
Portifólio prontoPortifólio pronto
Portifólio pronto
 
TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...
TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...
TRABALHO TEATRAL: MEDIAÇÃO PARA FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, LUCIN...
 
A literatura enquanto catalisadora da mudança social
A literatura enquanto catalisadora da mudança socialA literatura enquanto catalisadora da mudança social
A literatura enquanto catalisadora da mudança social
 
Slide democracia ldbn 9394
Slide democracia ldbn 9394Slide democracia ldbn 9394
Slide democracia ldbn 9394
 
Jc 73 net
Jc 73  netJc 73  net
Jc 73 net
 
Jc 73 net
Jc 73  netJc 73  net
Jc 73 net
 
Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...
Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...
Práticas abolicionistas em bibliotecas prisionais Ou Sugestões de critérios a...
 

Mais de Marisa Seara

O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADE
O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADEO RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADE
O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADEMarisa Seara
 
A MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTA
A MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTAA MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTA
A MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTAMarisa Seara
 
O casamento do bode com a raposa
O casamento do bode com a raposaO casamento do bode com a raposa
O casamento do bode com a raposaMarisa Seara
 
CONTO OU NÃO CONTO?
CONTO OU NÃO CONTO?CONTO OU NÃO CONTO?
CONTO OU NÃO CONTO?Marisa Seara
 
Um caminhão nas estrelas
Um caminhão nas estrelasUm caminhão nas estrelas
Um caminhão nas estrelasMarisa Seara
 
Turma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICO
Turma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICOTurma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICO
Turma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICOMarisa Seara
 
Turma da Mônica cuidando do mundo
Turma da Mônica cuidando do mundoTurma da Mônica cuidando do mundo
Turma da Mônica cuidando do mundoMarisa Seara
 
QUANDO ME SINTO ZANGADO
QUANDO ME SINTO ZANGADOQUANDO ME SINTO ZANGADO
QUANDO ME SINTO ZANGADOMarisa Seara
 
QUANDO ME SINTO TRISTE
QUANDO ME SINTO TRISTEQUANDO ME SINTO TRISTE
QUANDO ME SINTO TRISTEMarisa Seara
 
QUANDO ME SINTO ASSUSTADO
QUANDO ME SINTO ASSUSTADOQUANDO ME SINTO ASSUSTADO
QUANDO ME SINTO ASSUSTADOMarisa Seara
 
QUANDO ME SINTO FELIZ
QUANDO ME SINTO FELIZQUANDO ME SINTO FELIZ
QUANDO ME SINTO FELIZMarisa Seara
 
O REI DOS CANUDINHOS
O REI DOS CANUDINHOSO REI DOS CANUDINHOS
O REI DOS CANUDINHOSMarisa Seara
 

Mais de Marisa Seara (20)

O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADE
O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADEO RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADE
O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADE
 
A MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTA
A MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTAA MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTA
A MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE FRUTA
 
SACI PERERÊ
SACI PERERÊSACI PERERÊ
SACI PERERÊ
 
CADE MEU DOCE
CADE MEU DOCECADE MEU DOCE
CADE MEU DOCE
 
O casamento do bode com a raposa
O casamento do bode com a raposaO casamento do bode com a raposa
O casamento do bode com a raposa
 
MICO MANECO
MICO MANECOMICO MANECO
MICO MANECO
 
CONTO OU NÃO CONTO?
CONTO OU NÃO CONTO?CONTO OU NÃO CONTO?
CONTO OU NÃO CONTO?
 
VITOR VIRTUAL
VITOR VIRTUALVITOR VIRTUAL
VITOR VIRTUAL
 
TREM DE FERRO
TREM DE FERROTREM DE FERRO
TREM DE FERRO
 
NO CIRCO
NO CIRCONO CIRCO
NO CIRCO
 
Um caminhão nas estrelas
Um caminhão nas estrelasUm caminhão nas estrelas
Um caminhão nas estrelas
 
Turma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICO
Turma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICOTurma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICO
Turma da Mônica e o MINISTÉRIO PÚBLICO
 
Turma da Mônica cuidando do mundo
Turma da Mônica cuidando do mundoTurma da Mônica cuidando do mundo
Turma da Mônica cuidando do mundo
 
Tristeza
TristezaTristeza
Tristeza
 
QUANDO ME SINTO ZANGADO
QUANDO ME SINTO ZANGADOQUANDO ME SINTO ZANGADO
QUANDO ME SINTO ZANGADO
 
QUANDO ME SINTO TRISTE
QUANDO ME SINTO TRISTEQUANDO ME SINTO TRISTE
QUANDO ME SINTO TRISTE
 
QUANDO ME SINTO ASSUSTADO
QUANDO ME SINTO ASSUSTADOQUANDO ME SINTO ASSUSTADO
QUANDO ME SINTO ASSUSTADO
 
QUANDO ME SINTO FELIZ
QUANDO ME SINTO FELIZQUANDO ME SINTO FELIZ
QUANDO ME SINTO FELIZ
 
O REI DOS CANUDINHOS
O REI DOS CANUDINHOSO REI DOS CANUDINHOS
O REI DOS CANUDINHOS
 
O QUE HÁ DE BOM
O QUE HÁ DE BOMO QUE HÁ DE BOM
O QUE HÁ DE BOM
 

Último

Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 

Último (20)

Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 

A importância do voto na democracia

  • 1.
  • 2. Professor BÓRIS em DEMOCRACIA AUTORA Luciana de Almeida COORDENAÇÃO EDITORIAL Maria Fernanda Moscheta PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Linea Creativa ILUSTRAÇÃO Pierre Trabbold REVISÃO DE TEXTO Sandra Aymone CAPA Pierre Trabbold Leandro Bucatte APOIO INSTITUCIONAL OAB SP Ordem dos Advogados do Brasil, 166ª Sub-secção de Vinhedo REALIZAÇÃO EDITORA FUNDAÇÃO EDUCAR DPASCHOAL www.educardpaschoal.org.br F: (19) 3728-8129 Todos os livros da Fundação EDUCAR são distribuídos gratuitamente em escolas públicas, instituições e bibliotecas. Esta obra foi impressa em cartão royal 250g/m2 (capa) e papel offset 90 g/m2 (miolo), no ano de 2004, com tiragem de 75.000 exemplares. Indicação para faixa etária: 6 a 12 anos.
  • 3.
  • 4. - “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós, das lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz”... - assim que o professor Bóris entrou na sala de aula cantando este trecho do Hino da República os alunos silenciaram. - Hoje teremos uma aula diferente, uma aula sobre democracia. Vou iniciar com o Hino da República, que em seu refrão clama por liberdade. Mas, qual é a relação de liberdade com democracia? Isso vocês descobrirão no decorrer da aula - disse o professor. - Alguém conhece esta bandeira? - Eu acho que é uma bandeira da época do Império – arriscou Lúcia. - Muito bem! Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República. Quatro dias depois, em 19 de novembro, esta bandeira foi criada. - Muito bem! Isso mesmo, Lúcia. Esta é a última bandeira do Império. Utilizada entre 1822 e 1899. Nela vemos o brasão, a coroa, um ramo de café à esquerda e um ramo de fumo à direita, que naquela época simbolizavam as riquezas do país. Agora, observem a bandeira atual. O que mudou? - A coroa e os ramos de café e fumo foram retirados – respondeu Carla. - Mas o quadrado verde e o amarelo permaneceram – completou Ricardo. - E no lugar da coroa temos o círculo azul com uma faixa branca onde se lê a frase Ordem e Progresso – continuou Márcio. - Muito bem! Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República. Quatro dias depois, em 19 de novembro, esta bandeira foi criada. 4
  • 5. 5
  • 6. - Mas, professor, qual é a ligação destas bandeiras com a aula de hoje? - perguntou Ricardo. - Veja, Ricardo, os republicanos criaram uma nova bandeira tirando a coroa, o símbolo do Império, ou seja, da forma de governo anterior, onde quem exercia o poder era o rei. A nova forma de governo passou a ser a República, sistema no qual o povo exerce o poder, escolhendo por intermédio do voto secreto e direto os seus representantes, tais como o 6
  • 7. presidente da República, os governadores dos estados e os prefeitos dos municípios. E a democracia é exatamente isto: liberdade. O povo tem liberdade para escolher por intermédio do voto os seus governantes. - Quer dizer que democracia é o governo do povo? – perguntou João. - Isso mesmo. A democracia é um regime de governo onde há a liberdade de votar pelos seus representantes. 7
  • 8. 8
  • 9. - Então, vamos ver se eu entendi. A democracia é um regime de governo no qual o povo tem liberdade para escolher seus governantes e a República é uma forma de governo no qual os eleitos pelo povo exercem o poder? - perguntou Aninha. - Você está certa, Aninha. Foi por isso que os republicanos quiseram mudar a bandeira retirando o símbolo da monarquia, a coroa – disse Bóris. - Professor, agora entendi porque a democracia anda junto com a liberdade. É porque somos livres para votar em quem escolhermos – concluiu Lúcia. - Somos livres também para expressar nossos pensamentos e para discordar e dar opiniões sobre qualquer assunto – completou Juliana. - É bom lembrar que ao expressar nossas idéias, valores e crenças devemos respeitar as pessoas que pensam diferente de nós. Da mesma forma que temos direito à liberdade, ao respeito, à dignidade, também temos o dever de manter uma atitude de respeito para com o próximo – nossos familiares, professores, amigos, vizinhos - afirmou Bóris. - E por falar em liberdade e escolha de governantes, nossa turma é a única que ainda não escolheu o representante de classe – lembrou Lúcia. - É mesmo, temos que escolher um colega para falar em nosso nome. - Podemos fazer a eleição na sua aula, professor Bóris? – perguntou Carla. - Claro que sim. Quem tem interesse em disputar a eleição? - Eu tenho – respondeu João. - E eu também – manifestou-se Aninha. 9
  • 10. - Muito bem, então nesta classe temos dois estudantes interessados em se candidatar. Por isso, durante a semana, darei a oportunidade para que apresentem suas propostas alguns minutos antes de terminar a aula – disse o professor Bóris. - Não entendi. O que é isso de apresentar propostas? - perguntou João. - Uma proposta com as principais idéias do candidato, o que você pretende fazer quando for representante da classe. Entendeu? - Ah! Agora eu entendi. Deixa comigo, professor, que nessa eleição eu vou detonar. - No final da aula, darei oportunidade para que você seja o primeiro a apresentar o seu plano. Aproveite o intervalo para verificar quais são as necessidades da escola e também para ouvir os seus colegas – sugeriu Bóris. João teve a oportunidade de apresentar suas idéias nos últimos minutos daquela aula. - João, João, João. O candidato do povão! Votem em mim, se for eleito prometo defender nossos interesses. Prometo ouvir sempre todos os colegas, prometo não chegar mais atrasado, prometo que sempre vou estudar, prometo que... - Espera aí, João - interrompeu Juliana - você está falando, falando e até agora não disse nada. Promete que não vai chegar atrasado? Isso lá é proposta de nosso interesse? - Não liga não, Juliana, o João só pensa em ganhar a eleição, não está preocupado com a gente, só quer aparecer – disse Márcio. - Eu voto nele. Ele é tão bonitão. Vote em João, o candidato bonitão! - gritou Carla. - Essa não! Votar no cara só porque ele é bonito? Sinto muito, mas para mim não serve - falou Juliana. 10
  • 11. 11
  • 12. - Posso continuar? - perguntou João. Se for eleito, prometo que todos os dias revistarei as carteiras para ver se tem chicletes grudados embaixo. Isso eu não vou permitir mais, nem que eu tenha que sair no braço. - Não vai adiantar brigar e nem obrigar. Manter a carteira limpa é nosso dever e isso de grudar chicletes não está com nada. Temos que mudar de atitude - disse Lúcia. - É isso aí, João, eu acho que você deveria propor uma campanha para manter a escola limpa, talvez assim sua candidatura decole – sugeriu Ricardo. 12
  • 13. - No sei não, gente, acho que depois que o João for eleito ele só vai querer mandar. Trabalhar que é bom, nada – opinou Lúcia. - Chega de discussão por hoje, amanhã continuaremos – disse o Professor Bóris. No dia seguinte, no final da aula, o professor iniciou novamente a apresentação dos candidatos. - Hoje, ouviremos a Aninha. 13
  • 14. - Bom, gente, se eu for eleita, antes de tomar qualquer decisão ouvirei a opinião de vocês. Todos poderão falar e no final faremos uma votação, vencendo a vontade da maioria. Prometo que estarei em todas as reuniões sobre assuntos de nosso interesse. Estive pensando em promovermos uma campanha para aumentar o número de livros da biblioteca da escola. Podemos, também, com a ajuda de nossos pais, organizar algumas festas para arrecadar dinheiro e reformar os banheiros. Por enquanto, é isso que eu posso prometer. Vote em Ana, a candidata que não barganha! 14
  • 15. - Sabe, eu gostei da Aninha. Pelo menos ela prometeu o que pode cumprir - disse Lúcia. No final do discurso da Aninha, os alunos começaram a conversar todos ao mesmo tempo, cada um defendendo o seu candidato. O professor Bóris teve que intervir: - Calma, pessoal. Nada de gritaria! Antes de votar, é importante saber quem é o candidato e o que ele poderá fazer pela comunidade. Todos podem falar, mas um de cada vez. Lembrem-se: com o voto escolhemos nossos representantes, por isso devemos pensar bem. 15
  • 16. - É assim também nas outras eleições, professor? – quis saber Carla. - É assim em todas as eleições. Por intermédio do voto elegemos o presidente, o governador e o prefeito, os quais representam o Poder Executivo. Cabe a eles governar, isto é, administrar os problemas do país, do estado e do município. Também escolhemos senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores, que representam o Poder Legislativo, ou seja, são responsáveis pela elaboração das leis que temos que cumprir. - Puxa! Como o voto é importante, através dele escolhemos as pessoas que vão falar e decidir por nós - afirmou Juliana. - Atenção, nossa representante de classe será a Aninha, que obteve vinte votos. Em segundo lugar ficou o João, com dez votos. Os alunos aprenderam uma importante lição: que a cidadania também é exercida pelo voto, ocasião em que escolhemos os governantes do nosso país. Antes de votar, é preciso ouvir os candidatos, conhecer suas propostas e verificar se vão poder cumprir o que prometeram. Depois das eleições, é necessário acompanhar a realização do trabalho do candidato eleito, participar ou organizar um grupo da sociedade para ajudá-lo e, também, para cobrar suas promessas. Afinal, cidadania é a participação ativa do cidadão em prol da comunidade. Todos nós somos livres e a liberdade nos permite fazer escolhas. No entanto, devemos refletir antes de tomar uma decisão, pois somos responsáveis pelos nossos atos. 16
  • 17. 17
  • 18. Seja um pálio de luz desdobrado, Sob a larga amplidão destes céus. Este canto rebel, que o passado Vem remir dos mais torpes labéus. Seja um hino de glória que fale De esperanças de um novo porvir, Com visões de triunfos embale Quem por ele lutando surgir. Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós, Das lutas, na tempestade Dá que ouçamos tua voz Nós nem cremos que escravos outrora Tenha havido em tão nobre País... Hoje o rubro lampejo da aurora Acha irmãos, não tiranos hostis. Somos todos iguais! Ao futuro Saberemos unidos levar Nosso augusto estandarte, que puro, Brilha avante, da Pátria no altar. Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós, Das lutas, na tempestade Dá que ouçamos tua voz Se é mister de peitos valentes Haja sangue em nosso pendão, Sangue vivo do herói Tiradentes Batizou neste audaz pavilhão. Mensageiro de paz, paz queremos, É de amor nossa força e poder, Mas da guerra nos transes supremos Heis de ver-nos lutar e vencer. Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós, Das lutas, na tempestade Dá que ouçamos tua voz Do Ipiranga é preciso que o brado Seja um grito soberbo de fé. O Brasil já surgiu libertado, Sobre as púrpuras régias de pé. Eia pois, brasileiros, avante! Verdes louros colhamos louçãos! Seja o nosso País triunfante, Livre terra de livres irmãos! Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós, Das lutas, na tempestade Dá que ouçamos tua voz HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA Letra de: Medeiros de Albuquerque Música de: Leopoldo Migues 18
  • 19. Audaz: ousado; corajoso. Augusto: magnífico; majestoso. Brado: grito. Estandarte: Pavilhão e Pendão: bandeira. Labéu: mancha na reputação; desonra. Lampejo: clarão ou brilho repentino. Louçãos: vigorosos; fortes; frescos. Louros: glórias; triunfos. Outrora: em outros tempos; em tempos passados. Ovante: triunfante; jubiloso; vitorioso. Pálio: manto; capa. Porvir: tempo que há de vir, o futuro. Púrpura régia: poder real. Rebel: rebeldia. Remir: tirar do cativeiro. Rubro: vermelho muito vivo, da cor de sangue. Tirano: governante injusto, cruel ou opressor, que abusa de sua autoridade. Torpe: desonesto. Transes supremos: momentos de muitas aflições; ocasiões perigosas. Triunfo: vitória. Glossário