O documento discute a importância da participação política dos cidadãos nas eleições municipais para que sejam eleitos governantes comprometidos com políticas públicas que promovam o bem-estar da população. Apresenta a história da participação popular na definição das políticas de governo e destaca que decisões importantes sobre saúde, educação e assistência social são tomadas no nível municipal, tornando fundamental o voto consciente.
Cartilha 2 cm2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas Cartilha de Pr...
Informativo CEBs . Diocese de São José dos Campos - SP
1. CEBs - Informação e Formação para animadores 1
Lá vem o Trem das CEBs...
FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES
Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VIII - Março de 2012 - Nº 76
Quaresma
Foto: Bernadete Mota
oração | penitência | caridade
Fé e Politica: Manhã de
2 Palavra
do Assessor
LEIA + NA PÁGINA 2
3 Uma Missão
Impossível
LEIA + NA PÁGINA 3
4 Quaresma
LEIA + NA PÁGINA 4
6 Reflexão das
CEBs
LEIA + NA PÁGINA 6
7 Aconteceu
LEIA + NA PÁGINA 7
8 Irá
Acontecer
LEIA + NA PÁGINA 8
2. 2 CEBs - Informação e Formação para animadores
PALAVRA DO ASSESSOR Foto: Bernadete Mota
Quaresma: um tempo para beber da misericórdia de Deus.
Olá, meus amigos, quero partilhar tempo de cinco semanas (são exatos 40 entre vida prática e batismo, nascendo catecumenato para a preparação ime-
com vocês sentimentos gerados pelo dias) nos prepara para melhor celebrar assim as prescrições sobre um período diata ao batismo, celebrado na noite de
momento que estamos vivendo na Igre- a Páscoa. de preparação à Páscoa. Páscoa.
ja, que são frutos deste tempo tão pre- Vamos entender melhor como o Até o início do século IV a única se- O Tempo da Quaresma é um tempo
cioso e rico em graça e misericórdia divi- Tempo da Quaresma começou. mana de jejum era aquela que precedia favorável para que bebamos da Miseri-
na, o Tempo da Quaresma. Nos três primei- a Páscoa. Na metade córdia de Deus, através do Sacramento
A Quaresma é um tempo que tem ros séculos da Igreja do século IV já ve- da Confissão, e favorável para praticar a
seu início na Quarta-feira de Cinzas e não havia um período mos acrescentadas a Reconciliação com Deus e com os irmãos
seu término na véspera da Quinta-feira de preparação para a esta semana outras e irmãs, e assim vivermos como família
da Semana Santa, que se inicia com a Páscoa. Limitava-se a três. Este tempo de reunida e reconciliada no amor e no per-
missa da Ceia do Senhor. É um tempo um jejum realizado quatro semanas era dão.
cuja Espiritualidade está debruçada na nos dois dias anterio- o tempo em que se Desejo a todos os irmãos e irmãs em
Penitência e Conversão, e o ensinamen- res à Páscoa. preparava os catecú- Cristo, uma intensa e frutuosa quares-
to é a Misericórdia de Deus. Na época do Im- menos para a recep- ma, que seja um tempo favorável para a
A cor dos paramentos usados neste perador Constantino ção do batismo, na reconciliação e a misericórdia de Deus, e
tempo é a cor Roxa, que significa recolhi- (séc IV d.c.) o Cris- Vigília Pascal. assim possamos nos preparar para cele-
mento e penitência, não se canta o Ale- tianismo tornou-se Devido a esta brar a Páscoa do Senhor com muita ale-
luia, preserva-se o Silêncio como condi- a religião oficial do necessidade de pre- gria, paz e amor no coração e na família.
ção para a Oração. império, foi quando paração o tempo da
É um tempo forte que nos convida às a tensão diminuiu Quaresma foi se for- Pe. Fabiano Kleber Cavalcante Amaral
práticas penitenciais. Por isso, a Igreja no empenho da vida mando progressiva- Assessor diocesano das CEBs
orienta os exercícios do Jejum, da Es- cristã e começou-se a mente. Assim, a sua
mola (Caridade) e da Oração, como um perceber a necessidade de um período origem está fundada na prática do jejum Fontes: Bergamini, Augusto.
“Cristo, festa da Igreja”.
itinerário para o amadurecimento cris- de preparação para melhor orientar os em preparação à celebração da Páscoa e
Aldazábal, José. “A Eucaristia”.
tão e para a educação da liberdade. Este fiéis e houvesse uma maior coerência às exigências sempre mais crescentes do
Vidas pela Vida, Vidas pelo Reino
DOM OSCAR ROMERO - O Bispo dos Pobres
No dia 24 de Março completará 32 à Conferência Geral dos Bispos Latino- pobres marcaram o verdadeiro caminho pela paz do povo”.
anos do martírio de Dom Oscar Rome- -americanos em Puebla, identificou-se da Igreja. Uma Igreja que não se une aos Um grupo de bispos latino-ameri-
ro, Bispo de San Salvador, grande líder plenamente com o apelo dos bispos à pobres para denunciar, a partir deles, as canos, no dia 29 de março de 1980, às
dos cristãos, e mártir pelos Direitos Hu- “conversão de toda a Igreja para uma injustiças que se cometem contra eles, vésperas dos funerais de dom Romero,
manos, comprometido com a causa dos opção preferencial pelos pobres, no in- não é a verdadeira Igreja de Jesus Cristo” assinou um documento que dizia: “Três
mais pobres e com a construção de um tuito de sua integral (Homilia, 23 de setembro coisas admiramos e agradecemos no
mundo mais justo, solidário e igualitário. libertação” (Puebla de 1979). episcopado de dom Oscar A. Romero: pri-
Dom Oscar Romero, como exemplo 1134). O arcebispo foi mor- meiro ele foi anunciador da fé e mestre
de luta, nos dá força e esperança para se- “Romero é um to enquanto celebrava da verdade; segundo foi incansável de-
guirmos atuantes. Por isso, reproduzimos mártir da libertação a Missa. Indefeso, por- fensor da justiça; terceiro ele foi amigo,
aqui um artigo de Dom Samuel Ruiz Gar- que o Evangelho exi- que sempre recusara as irmão, defensor dos pobres e oprimidos,
cia, Bispo Emérito de San Cristóbal de las ge, um exemplo vivo ofertas de proteção do dos camponeses, dos operários, dos que
Casas, Chiapas – México. do pastor que Puebla governo. “Quero correr vivem nos bairros marginalizados”.
Dom Romero, bispo dos pobres em queria”. os mesmos perigos que Dom Oscar Romero foi martirizado
um continente que carrega tão cruel- A opção prefe- o meu povo corre”, cos- no dia 24 de março de 1980, por um ati-
mente a marca da pobreza das grandes rencial pelos pobres tumava repetir. Poucos rador de elite do exército salvadorenho,
maiorias, defendeu sua causa e sofreu é um convite para minutos antes do seu enquanto celebrava a missa na capela do
a mesma sorte deles: a perseguição e o a Igreja como um martírio, antes de ser Hospital da Divina Providência.
martírio. Foi fiel a Jesus e se inseriu de todo e para cada se- assassinado, ele disse na
verdade na dor de nossos povos. Fez guidor de Cristo. “O homilia: “Neste cálice o Fonte: PIME, Revista Mundo e Mis-
parte do testemunho de uma Igreja que, cristão, se não viver vinho se torna sangue, são – Testemunhos da Vida Missionária
tanto em Medellín, como em Puebla, op- este compromisso de que foi o preço da salva- D. Samuel Ruiz Garcia – 01/04/02005
tou, a partir do Evangelho, pelos pobres solidariedade com ção. Possa este sacrifício Adaptação: Maria Siqueira Silva –
e oprimidos. o pobre, não é digno de chamar-se cris- de Cristo nos dar a coragem de oferecer Irmandade dos Mártires da Caminhada
Dom Romero, que assistiu em 1979 tão”, ele dizia. E continuava: “Por isso, os nosso corpo e nosso sangue pela justiça e Latino Americana
3. CEBs - Informação e Formação para animadores 3
FORMAÇÃO PARA ANIMADORES DE COMUNIDADES
Fé e Política: uma Missão Possível
Parte 1 usado. Naquela época nem se pensava Muitas pessoas dizem: “Que diferen- de existência dos cidadãos. Elas podem
A participação de pessoas bem infor- em participação democrática, do povo ça faz meu voto, se o centro das decisões afetar os mais diversos setores da vida
madas contribuirá para que as eleições todo. Somente os nobres tinham assento está tão longe de nós, no Congresso e no coletiva: política educacional, política de
municipais deste ano sejam um passo no Conselho do Reino. Mas ali foi lançada Palácio do Planalto? Os políticos não es- saúde, política habitacional, política am-
importante na construção de uma socie- a semente do Estado Constitucional mo- tão nem aí para nossas opiniões e reivin- biental, política de assistência social, po-
dade mais justa, mais participativa, onde derno. dicações!” lítica de segurança pública, política cultu-
os recursos são colocados a serviço do Muita gente, até hoje, não entende De fato, a grande imprensa privilegia ral, política energética e outras.
bem-comum. que quem paga imposto tem direito a as notícias nacionais e a situação da eco- Algumas políticas públicas só podem
Muita gente diz: “Votar pra quê? A decidir sobre sua utilização. Os barões in- nomia nacional, dando a impressão que ser definidas pelo governo federal (p. ex.
gente vota, muda prefeito, muda verea- gleses entenderam isso muito bem, mas as decisões políticas são tomadas apenas defesa nacional) ou estadual (p.ex. segu-
dor, mas parece que pouca coisa muda... rança pública). Outras são decididas pelas
Veja só: no meu bairro a Prefeitura cons- três esferas de poder. As mais próximas
truiu um Centro de Saúde todo bonito, do dia-a-dia da população são definidas
mas até hoje praticamente não tem mé- pelos poderes municipais. São as políti-
dico atendendo. Só funciona pra vacina- cas sociais que tratam do ensino funda-
ção e olhe lá... Eu voto porque é obriga- mental, da saúde, do lazer, do transporte
tório...” urbano, do saneamento e abastecimento
Essas pessoas desanimam da política de água, da assistência social etc...
quando vêem essas coisas acontecerem. Daí a importância das eleições deste
Mas nós, não desanimamos! Ao contrá- ano: nelas escolheremos quem vai definir
rio: “o que estiver ruim, pode ser conser- os rumos das políticas públicas no muni-
tado; o que estiver bom, pode ficar ainda cípio onde vivemos.
melhor!”
Esta Cartilha foi escrita por pessoas Importância da participação
que pensam a política como uma “forma Por tudo isso, é na política do muni-
sublime de praticar o amor ao próximo” cípio que começa a participação do ci-
e que estudam a fundo a realidade bra- dadão, voltando, se interessando pela
sileira, buscando caminhos para melho- administração pública, participando da
rar nossa sociedade. Estamos convenci- campanha eleitoral ou de comitê contra
dos de que a participação consciente do a corrupção eleitoral.
maior número possível de cidadãos é o Começando participar na política lo-
caminho mais eficaz para construir em cal, influenciaremos também na política
nosso País uma verdadeira Democracia nacional. Por isso se diz, com toda razão
política, econômica, social, cultural, étni- que devemos “agir localmente e pensar
ca e religiosa também. globalmente”.
reservaram esse direito para si. Só com em Brasília. Mas aí está o engano. Tam- Não se trata de indicar partido, nem
Ver e analisar a realidade muito tempo e muita luta política esse bém no município são tomadas decisões este ou aquele candidato. Trata-se de
Vamos começar falando da participa- direito foi-se estendendo até o povo. importantes. PARTICIPAR na construção de um muni-
ção da sociedade na definição das políti- Este é um dos desafios do Estado de- Políticas Públicas cípio melhor, mais justo, que cuida das
cas públicas. Essa história começa há uns mocrático: criar instrumentos que per- A Constituição Federal, no artigo 29, pessoas e da natureza. Essa é uma parte
800 anos atrás. Isto mesmo! mitam a todo contribuinte decidir sobre prevê que cada município seja regido importante da missão dos discípulos mis-
Em 1215, os nobres da Inglaterra se o destino de seus impostos. Uma impor- pela Lei Orgânica. Pouca gente sabe dis- sionários de Jesus: colocar-se a serviço da
revoltaram contra os altos impostos co- tante conquista da democracia diz que so. Ela é pouco divulgada. Por que será? construção do Reino de Deus.
brados pelo rei. Para conter a revolta, o quem exerce o poder público (rei, pre- É no município que a gente mora, tra- • Diz o ditado: ”quando os bons se
rei assinou a Magna Carta que, entre ou- sidente, ministro, prefeito) não é dono balha, estuda, educa os filhos, faz com- omitem os maus se aproveitam”. Como
tras concessões de ordem jurídica (como dos recursos arrecadados, mas sim uma pras, se diverte, busca atendimento de acontece a participação dos cidadãos no
o habeas corpus) e concessões de ordem espécie de gerente. saúde e deve ter todos os serviços neces- nosso município?
política (submissão do rei às normas da Aqui chegamos ao ponto-chave: todos sários à vida cotidiana. Quando saímos • Por que será que para a maioria do
lei), instituiu o controle dos impostos pagamos impostos, queiramos ou não, de casa e chegamos à rua, sabemos que povo não relaciona o dever de pagar im-
por um Conselho de Barões. Até então, o porque os impostos sobre o consumo, por estamos no Brasil, mas o que realmente posto e o direito de votar?
poder do rei era absoluto: obrigava seus exemplo, incidem sobre qualquer coisa vemos é a cidade ou a comunidade onde
súditos a pagarem impostos e usava o di- que se compre. Mas pouca gente, decide moramos. A Palavra de Deus ilumina a vida
nheiro arrecadado como bem quisesse. em quê os impostos devem ser gastos. Em Ler e partilhar a leitura de Juízes 9, 7-15
A partir daí, o rei só poderia cobrar outras palavras, elegemos governantes e Políticas Públicas são as medidas e ou de Marcos 12,13-17.
imposto com autorização do Conselho, legisladores para usarem os impostos ar- disposições governamentais que atingem
que dizia em quê o dinheiro deveria ser recadados em políticas públicas. a sociedade, influenciando as condições Fonte: Escola de Fé e Politica - CEFEP
4. 4 CEBs - Informação e Formação para animadores
Eleições
Caminhemos para as Eleições Municipais 2012
Com a proposta de orientar as comu- Programa de Pós-graduação em Ciências Você, animador e animadora das
nidades Eclesiais de Base de nossa dio- da Religião – PUC Minas. CEBs, e todo o povo de Deus fará bem
cese e todo o povo de Deus, em utilizar deste material,
durante alguns meses iremos se possível nas reuniões das
publicar no informativo das CEBs e deste modo contri-
CEBs as orientações da car- buir com as eleições de outu-
tilha: Construindo o Poder bro para que o ato de votar
Local - Cartilha para grupos seja um ato consciente para Baixe os hinos e cânti-
de base. melhorar o município e não cos dos encontros, no
Originalmente este ma- apenas uma obrigação. Blog das CEBs:
terial da cartilha foi produ-
http://tremdascebs.blogspot.com/
zido, em 2008, pelo Núcleo Maria Bernadete de
de Estudos Sociopolíticos, Paula Mota Oliveira
da Arquidiocese de Belo Ho- Coordenadora diocesana
rizonte, em parceria com o da comunicação das CEBs
Siga nos no Twitter:
https://twitter.com/tremdascebs
quaresma Fotos: Bernadete Mota
Tempo da Quaresma: Tristeza ou Esperança?
Assista aos videos dos principais acontecimen-
Estamos em tempo de quaresma. nos privarmos apenas de algo que gosta- compaixão basta olharmos a compaixão tos das CEBs, dos encontros de comunidades
Dentro do ano litúrgico, este tempo é de mos, mas a penitência é atitude. Penitên- a partir da oração. Se a oração é uma pro- nas paróquias, das Regiões Pastorais...
vital importância para a nossa Igreja, para cia é “decisão”, é a entrega de nós mes- funda experiência de Deus e em Deus, a
http://www.youtube.com/user/bernadetecebs
nós cristãos. É o tempo da nossa prepa- mos na certeza de que somos capazes de compaixão é uma profunda experiência
ração para a Páscoa. A Páscoa tem que fazermos mudanças necessárias em nos- da nossa relação amorosa com o outro
ser o norte de todos os cristãos; tem que sa vida, nossa vida pessoal e comunitária. e com o mundo, onde todos vivemos
ser a direção para onde caminhamos. Por A começar de pequenas mudanças. juntos. A compaixão, prá ser cristã, ela
isto a quaresma é uma oportunidade de tem que ser amorosa, transformadora, e
reflexão profunda sobre a nossa fé no libertadora. Uma compaixão Pascal. http://www.facebook.com/profile.
Cristo ressuscitado. Vivemos sempre de exemplos e teste- php?id=100001269450280
O Papa Bento XVI, na sua mensagem munhos. Falar de compaixão libertadora,
sobre a quaresma 2012, nos lembra que compaixão Pascal, temos que tornar pre-
na nossa caminhada de fé existem duas sente quem vive em plena esperança pas-
dimensões: a caminhada pessoal e a ca- cal: D. Pedro Casaldáliga. Ele tem sempre
minhada comunitária. E que o tempo da presente, em tudo que faz, em tudo que Albuns de fotos:
quaresma é um tempo favorável para re- escreve, em tudo que fala, a Esperança
novação deste caminho. Na nossa cami- Pascal. Ele afirma que esta Esperança http://picasaweb.google.com/
nhada comunitária ele afirma que somos Pascal tem que estar em nossa mente CEBsMaria
responsáveis uns pelos outros, (cf. Hb 10, e em nosso coração, desde quando nos
24). Portanto o tempo da quaresma nos levantamos pela manhã até o momento
proporciona um convite para olharmos que, cumprindo nossas tarefas diárias,
para nós mesmos e para o outro. nos recolhemos para nosso repouso. Ele
Este olhar prá dentro e prá fora de nós nos exorta a vivermos todos os dias da
mesmos é facilitado através da penitên- nossa vida cristã com a esperança e a cer-
cia, da oração e da compaixão. Este é o teza da Páscoa.
chamado forte que nos é feito durante o Desta forma, a quaresma para nós,
tempo da quaresma; mas que deve ser A oração é um exercício de ligação depende de uma decisão pessoal: Viver-
uma experiência de toda a nossa vida de com o Mistério Divino. Um exercício tam- mos a quaresma na tristeza da paixão, ou
cristão. bém pessoal e comunitário. Eu posso vivermos a quaresma na alegria da Espe-
Para podermos entender a penitência experimentar Deus no seu Mistério, mas rança Pascal?
é preciso que exercitemos muito a sere- devo também experimentar este mesmo
nidade para com a gente mesmo e desta Deus presente no outro, no nosso cami- Paulo José de Oliveira (Paulinho)
forma sejamos capazes de compreender nho de Emaús, (cf. Lc 24, 13-35). Membro da Equipe Diocesana de
que a penitência não é a tortura vazia de Para entendermos e exercitarmos a Comunicação das CEBs
5. CEBs - Informação e Formação para animadores 5
Campanha da Fraternidade 2012 Fotos: Bernadete Mota
Que a saúde se difunda pela terra inteira
Pastoral da Saúde existência, e iluminá-lo com a luz de Cris-
to, sugerir formas criativas para bem vi-
231. Pela dimensão co-
munitária, a Pastoral da
225. A Pastoral da Saúde representa
a atividade desempenhada pela Igreja no ver, e ainda conviver com um dos maiores Saúde desenvolve ações de
setor da saúde, é expressão de sua mis- temores da humanidade: a enfermidade. caráter educativo e preven-
são e manifesta a ternura de Deus para 227. No Brasil, esta Pastoral conta tivo para toda a comunidade
com a humanidade que sofre. A Igreja, ao com cerca de 80 mil agentes voluntários, em relação às enfermidades
meditar a parábola do bom samaritano grandes motivadores deste trabalho de comuns. É uma educação
(cf. Lc 10,25-37), entende que não é lícito evangelização. Ela se constitui em enti- para a saúde, que valoriza
delegar o alívio do sofrimento apenas à dade de ação social, vinculada à CNBB, a sabedoria e a religiosida-
medicina, mas é necessário ampliar o sig- como sociedade cívico-religiosa, sem de popular, promovendo
nificado desta atividade humana. fins lucrativos, reconhecida oficialmente, encontros educativos sobre
226. A Pastoral da Saúde foi com- desde 09 (nove) de maio de 1986, como- temas e assuntos referentes
preendida em Aparecida como sendo, Pastoral Social, organizada por tempo in- a hábitos e estilos de vida
“a resposta às grandes interrogações da determinado, conforme seus Estatuto e saudáveis.
vida, como o sofrimento e a morte, à Regimento Interno. 232. A dimensão políti-
luz da morte e ressurreição do Senhor. 228. Seu objetivo geral é promover, co-institucional visa cons-
E, empenha-se em evangelizar com re- educar, prevenir, cuidar, recuperar, de- cientizar o cidadão brasileiro e sobretudo o perigo de se descuidar do
novado ardor missionário no mundo da fender e celebrar a vida ou promover de seus direitos e deveres no Sistema de devido calor humano àquele que sofre.
ações em prol da vida saudável e Saúde, através da participação efetiva dos 234. Na Carta Apostólica Salvifici do-
plena de todo o povo de Deus, tor- agentes nos Conselhos de Saúde, em âm- loris vemos uma bela interpretação da
nando presente, no mundo de hoje, bito local, municipal, estadual e nacional. atuação paradigmática de Cristo junto
a ação libertadora de Cristo na área Entre as ações desta dimensão também aos doentes: “Cristo ensinou ao homem,
da saúde. Sua atuação é em âmbito consta a aproximação com instituições ao mesmo tempo, a fazer o bem com o
nacional e de referência internacio- de ensino e de saúde, para mostrar-lhes sofrimento e a fazer o bem a quem so-
nal. a importância da formação dos futuros fre”.
229. Esse trabalho evangelizador profissionais com autênticos valores hu- 235. Fazer o bem, dentre as ações a
atua em três dimensões, sempre em manos e hábitos saudáveis de vida. serem desenvolvidas pela Pastoral da
consonância com as Diretrizes de 233. Dentre os grandes desafios da Saúde, inclui também fomentar a partici-
Ação da CNBB. São elas: solidária, Pastoral da Saúde, nos dias de hoje, pação da comunidade no controle social
comunitária, político-institucional. destaca-se o de ampliar a concepção de das políticas públicas. Esta ação significa
230. Pela construção de uma cuidados devidos aos doentes. O avanço a cooperação estreita da sociedade civil
saúde, e contribuir para a construção de sociedade solidária - o enfermo, em das técnicas médicas propiciou grande e organizada na condução das políticas
uma sociedade justa e solidária, a servi- seu leito de dor e angústia, necessita do evolução no tratamento das doenças. públicas, pelas vias já asseguradas pela
ço da vida. Esta pastoral ainda procura apoio solidário. Os agentes, inspirando- No entanto, há o perigo de se submeter Constituição, nos Conselhos de Saúde ou
oferecer oportunidade ao assistido, para -se nas ações de Jesus, fazem chegar a es- a vida à técnica, trazendo alguns proble- nas Conferências de Saúde.
refletir acerca da base valorativa de sua tes irmãos o consolo do próprio Senhor, o mas como a fertilização assistida, o abor-
Bom Samaritano. to eugênico, a distanásia e a eutanásia, Fonte: Texto Base da CF 2012
notas de falecimentos Pastor Milton Schwantes, um Profeta que esteve
conosco, e Deus o chamou!!!
Registramos com pesar o falecimento da Irmã Penha.
Com profundos sentimentos lembra- simplicidade e da sua luta por uma Igreja
Irmã Maria da Penha Aguiar e Silva, tocar pelo sofrimento humano; acolher, mo-nos do Pastor Milton Schwantes pela simples, pois assim foi sua vida e também
da Congregação das Irmãs Cordimaria- perdoar e assumir o compromisso de li- sua morte. O título da Tese de Doutora- suas obras! Ele foi um profeta entre nós!
nas, nos deixou no início de fevereiro. Ela bertação do oprimido”. E nas CEBs foi um do do Pastor Milton, “O direito dos po- Que “Senhor da Vida” o acolha no seu
viveu plenamente sua missão: “deixar-se dos lugares onde ela também escolheu bres no Antigo Testamento”, nos lembra Coração Eterno!
para partilhar sua vida e caminhar da nossa caminhada das CEBs na busca
junto com o povo na costrução do e na construção de uma Igreja de Jesus
Reino de Deus! Tendo escolhido o Cristo acontecendo no meio dos pobres,
Coração de Maria como modelo para nas casas de cada um e cada uma de nós.
viver aqui entre nós, agora ela voltou O Pastor Milton esteve em várias opor-
para o Coração eterno de Deus! Nos- tunidades entre nós, em nossa Diocese.
sa eterna gratidão a Irmã Penha. Queremos lembrar com carinho da sua
Equipe Diocesana de Comunicação das CEBs
Foto: Madalena Mota Foto: Maria Matsutacke
6. 6 CEBs - Informação e Formação para animadores
Fotos: Bernadete Mota
MANHÃ DE REFLEXÃO DAS CEBs
Paróquia Coração de Jesus – Diocese de São José dos Campos- SP
Na manhã de domingo, do dia 04/03
estivemos reunidos na Casa de Retiro –
Coração de Jesus no Torrão de Ouro para
refletirmos o tema: “A Espiritualidade
das CEBs e sua prática na comunidade”.
Iniciamos com o Ato Penitencial condu-
zindo a Cruz e pedindo perdão ao longo
do caminho. Foi importante para os ani-
madores e animadoras este contato com
a cruz para nos lembrar de nos manter-
mos unidos e solidários e uma oportuni-
dade muito rica que este período qua-
resmal nos proporciona para estarmos
bem preparados espiritualmente para a
grande festa da Ressurreição do Senhor.
A leitura e reflexão do evangelho da
Transfiguração (Mc 9,2-10) foi conduzido
pelo nosso seminarista Jairo Augusto Dos
Santos (Guto), solicitando que os partici-
pantes relatassem o que aconteceu na re- Foi citado também Dom Helder Câ-
flexão da Palavra nas reuniões dos grupos mara e a sua vida de santidade seguindo
na comunidade, 4ª feira passada (29 de os passos do Mestre Jesus na simplicida-
fevereiro) quando do 4º encontro com o de e na ternura e também um de seus
tema: “ Este é o meu Filho amado. Escu- pensamentos “É graça divina começar
tai-o” –Subsídio –Palavra de Deus na Vida bem. Graça maior persistir na caminhada
do Povo. Foi uma partilha enriquecedora. certa. Mas a Graça das Graças é não de-
O tema foi desenvolvido pelos Diáco- sistir nunca”.
nos Roque e Vanderci explicando o que Este nosso momento de reflexão ter-
é Espiritualidade até para desmistificar minou com a Adoração ao Santíssimo
quando dizem que: “as CEBs não tem Es- Sacramento e a Bênção conduzida pelo
piritualidade” e todos puderam perce- Diácono Vanderci Sales.
ber o quanto é importante o nosso jeito Tivemos também a participação do
de ser Igreja viva na comunidade apoia- Diácono Lucrecio Zanella e a visita do Pe.
da nestes quatros pilares: A Oração, a Fabiano assessor diocesano das CEBs o
Palavra, a Eucaristia e a Partilha. Nossa que nos deixou muito contentes.
prática - construir comunidade, transfor- Esta reflexão vai ajudar e nos motivar
mar o local onde vivemos indo ao en- para a vida em comunidade nesta nossa
contro do outro, abrindo as nossas casas, querida Paróquia do Coração de Jesus.
celebrando e confraternizando juntos, Foi uma grande Graça para todos nós.
apoiando-nos uns nos outros e estar ao Obrigado a todos e a todas.
lado dos excluídos e reintegrá-los na so-
Luiz Mário Marinho pela Equipe
ciedade.
Paroquial das CEBs.
7. CEBs - Informação e Formação para animadores 7
ACONTECEU
Reunião da Equipe de Coordenação das CEBs Reunião da Equipe Diocesana de
No dia 28 de fevereiro aconteceu suntos entre eles a Romaria das CEBs Comunicação das CEBs
a reunião da Equipe de Coordenação no dia 20 de maio de 2012 e o Paulis-
diocesana das CEBs e os coordenado- tão das CEBs em 30 de junho de 2012. No dia três de março, nós, Equipe to e disponível para as paróquias todo
res das Região Pastorais na sala 4 da Silvia Macedo e Maria Matsutacke Diocesana de Comunicação das CEBs, início de cada mês. Portanto este será
Mitra Diocesana, foi a primeira reunião que são as representantes na Colegia- estivemos reunidos, sendo nossa pri- um dos compromissos da Equipe de
da das CEBs no Estado de meira reunião com o novo Assessor Comunicação para este ano. Foram
São Paulo, também par- Diocesano, Pe. Fabiano Kleber C. do partilhadas as experiências do ano de
tilharam sobre a reunião Amaral. Participaram desta reunião o 2012, e apresentadas propostas de me-
da Colegiada das CEBs Sul Pe. Fabiano, Mª Bernadete P. Mota Oli- lhorias. Uma delas será o empenho de
1 que aconteceu em Bi- veira, Luiz Antonio de Oliveira, Maria todos e principalmente dos Coordena-
rigui – SP nos dias 25 e Helena Moreira , Maria Lairde Ravazzi, dores Paroquiais e de Regiões Pasto-
26 de fevereiro de 2012. Ângela Ferreira e Paulo José de Oliveira rais para que haja, com regularidade,
Neste dia também fo- (Paulinho). Pe. Fabiano ressaltou a im- informações sobre as atividades das
ram apresentados os novos portância da comunicação para a for- CEBs nas paróquias, de forma abran-
coordenadores das Regiões mação e informação das comunidades gente, em todas os regiões pastorais.
Pastorais: Maria Alves e Ma- e registrou a qualidade de conteúdo do
ria Alice de Faria Moreira( Informativo “Lá vem o trem das CEBs”. Equipe Diocesana de
do ano de 2012 e a primeira com o Paróquia Santa Luzia) da RP IV. Rodolfo Pediu que este informativo esteja pron- Comunicação das CEBs
novo assessor diocesano das CEBs Pe. Cabral e Vanda Maria Cabral (Paróquia
Fabiano. Foram abordados vários as- Nossa Senhora de Fatima) da RP I e II.
Expressamos também nossos
sinceros agradecimentos a Marisa
Foto: Maria Helena Moreira
Fotos: Bernadete Mota
Aparecida R. Fonseca pela sua con-
tribuição no serviço como coorde-
nadora da RP I e II, ela está saindo,
mas apresentou o Rodolfo e a Vanda
para servir em seu lugar. Marisa, que
Deus abençoe você e sua família.
Tecendo redes de
comunicação nas CEBs Aconteceu na Paróquia
Coração Eucarístico de Jesus
Olá amigas e amigos animadores e Enviem para nós notícias de suas co-
animadoras das Comunidades Eclesiais munidades, dos encontros nas casas, das No dia 31 de janeiro na Comunida- foi muito animado; e bem refletido por
de Base da nossa querida formações paroquiais das de São Paulo Apóstolo, reunimos ani- todos.
Diocese de São José dos CEBs. Também precisamos madores de várias comunidades, para • A seguir, o seminarista Everton fa-
Campos. saber o dia em que as darmos inicio às nossas atividades no lou o quanto somos importantes para a
O jeito das CEBs é tra- CEBs serão responsáveis ano de 2012 evangelização em nossa rua, bairro, co-
balhar juntos, é construir e na Novena do Padroeiro. • Fizemos o 1º Encontro: “Jesus, munidade; e como o nosso testemunho
transformar. Nós da equi- O tamanho do texto deve cheio de compaixão, os tocou”, o qual é importante pois fala por si mesmo.
pe diocesana de comuni- ter em torno de 5 a 10 li- Assim injetou-nos mais ânimo e todos
saímos mais fortalecidos e satisfeitos.
cação estamos precisando nhas, e se possível enviem
Conclusão: Às vezes precisamos ser
muito de sua ajuda para o fotos principalmente do
chamados à realidade de como somos
informativo das CEBs “Lá povo reunido. preciosos aos olhos de Deus e devido a
Vem o trem das CEBs”. Envie para o e-mail: nossa pequenez muitas vezes não con-
Queremos formar uma grande rede de seguimos enxergar.
comunicação, mas vindo da base. Quere-
tremdascebs@diocesesjc.org.br
Fraternalmente,
mos mostrar e divulgar o belíssimo traba- Fátima Pereira - Vice Coordenadora
lho que vocês fazem aí onde Deus te colo- Equipe diocesana de das CEBs - Paróquia Coração
cou para a sua Missão na rua de sua casa. comunicação das CEBs Eucarístico de Jesus
Foto: Silvia Macedo
8. 8 CEBs - Informação e Formação para animadores
irá acontecer
Novo Livreto de Páscoa! FORMAÇÃO DIOCESANA DAS CEBs
Diocese de São José dos Campos – SP
Coordenadores
paroquiais, os subsídios
18 de março de 2012
das CEBs já estão sendo Formação Bíblica: Evangelho de Marcos
preparados, por favor, Início: 7h Missa no Santuário São Judas Tadeu. A seguir, caminhando, iremos para
entrem em contato o local do encontro: Sociedade São Vicente de Paulo – Jardim Paulista
com Carla, Rua Ana Gonçalves da Cunha nº 351 - São José dos Campos - SP
Encerramento: 16h - CONTRIBUIÇÃO – R$ 5,00
na Mitra diocesana,
Solicitado levar: Bíblia, caneta, papel para anotações e
para fazerem o pedido.
kit refeição: caneca, prato e talheres.
Que Deus os abençoe! Levar bolo/rosca ou pão doce para partilhar.
Equipe de subsídio
Vem aí a XII Romaria
Estadual das CEBs Sul 1
à Aparecida do Norte
MARÇO Dia: 20/05/2012
08 - Dia Internacional da Mulher
5h30 - Concentração: na praça Nossa Senhora Apare-
21 - Dia Mundial da Infância cida , 313 – Basílica Velha
21 - Dia Nacional da Síndrome de Down 6h30 – Inicio da caminhada rumo a Basílica Nacional
22 - Dia Mundial da Água 8h - Celebração da Santa Missa, com transmissão ao vivo pela TV Cultura e TV Aparecida.
24 - Dia Mundial da Tuberculose Lembrete: Ir de camiseta, bonés das CEBs, levar cartazes de nosso gritos nas comunidades,
31 - Dia Nacional da Saúde e Nutrição principalmente com relação à Saúde Pública, ao SUS, ligando o tema da XII Romaria.
Observação: A Caminhada é da Basílica Velha para a Basílica Nova.
Vamos pensar um pouco? Foto: Maria Helena Moreira
Animadores, animadoras e partici- durante um cafezinho e outro
pantes das CEBs. A questão ecológica e para tomar água?
tem sido trabalhada e discutida pela Se a sua paróquia ou comu-
equipe paroquial das CEBs em sua paró- nidade não adotou o uso da
quia? De que forma? Nos encontros pa- caneca, o que você pode fazer
Uma proposta roquias tem sido usado as canequinhas é adotar um copo descartável
das CEBs! ou somente nos encontros diocesanos do início ao final do encontro,
das CEBs? Você já pensou quantos copos assim você estará contribuindo
descartáveis são usados num encontro com o Planeta
Publicação Mensal das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos – Diretor: Dom Moacir Silva – Diretor Técnico: Pe. Fabiano Kleber
Cavalcante Amaral - Jornalista Responsável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28496 – Equipe de Comunicação das CEBs: Coordenadora: Maria Bernadete P. Mota de
Oliveira - Vice Coordenador: Luiz Antonio de Oliveira - Integrantes: Paulo José de Oliveira, Maria Helena Moreira e Ângela Ferreira - Colaboradores: Madalena das
Graças Mota e Celso Correia Diagramação: Maria Bernadete de Paula Mota Oliveira - Correção: Maria Lairde Lopes de Siqueira Ravazzi - Revisão: Pe. Fabiano Kleber
Cavalcante Amaral - Arte Final e Impressão: Katú Editora Gráfica - Tiragem: 6.200 Exemplares
Sugestões, críticas, artigos, envie para Bernadete.
Fale com a Redação... Av. Ouro Fino, 1.840 - Bosque dos Eucalíptos CEP 12.233-401 - S. J. Campos - SP
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