O documento discute a história e importância dos Convention & Visitors Bureaus (CVBs) no Brasil e no mundo. Apresenta como os CVBs promovem destinos turísticos, captam eventos e geram benefícios econômicos através do turismo de negócios. Também explica como os CVBs são financiados principalmente por taxas hoteleiras e quais setores da economia são impactados pelo turismo.
5. Convention & Visitors Bureau?
The Detroit Journal, 06/02/1896
Milton Carmichael
Jornalista e pioneiro dos CVBx
6. O puxão de orelhas de Carmichael nos empresários de Detroit...
“... Construímos fama de cidade de convenções. Visitantes vêm de longe para participar de eventos e fazer negócios. Lotam nossa hotelaria com reuniões, mas tudo isso sem que haja um esforço de nossa parte. Não fazemos nenhuma ação que vise convencê-los a vir para cá, ou dar-lhes apoio durante sua permanência! Vêm para Detroit porque querem ou porque precisam! Será que, se todos nos unirmos, não conseguiremos trazer mais algumas dezenas de eventos no próximo ano? Isso significaria a vinda de milhares de pessoas de todo o país, e elas gastariam milhares de dólares no comércio local, beneficiando os negócios de todo o mundo. É preciso que os empresários trabalhem pela cidade, divulguem a cidade, e não apenas os seus próprios negócios isoladamente. É preciso entender
que concorrente não é inimigo, pode ser parceiro!
É preciso não olhar apenas para o umbigo, mas olhar o horizonte, olhar o conjunto, olhar o futuro!”
É preciso ter uma causa, lutar por um ideal!
7. Os C&VBx no Brasil
A primeiras conversas surgiram no Rio de Janeiro quando na época a EMBRATUR tinha sede na
capital fluminense, e pelo empenho da Varig, principal interessada no aumento do fluxo de visitantes
estrangeiros por conta de sua quase exclusividade na exploração das rotas internacionais.
Em 1983 é fundado o São Paulo CVB, seguido pelo Rio de Janeiro CVB em 1984, criado para explorar
melhor o enorme potencial daquele destino mundialmente consagrado. Seguiram-se Florianópolis -
1989, Blumenau - 1991, Brasília - 1996, Petrópolis - 1996, Fortaleza - 1996, Joinville e Belo Horizonte –
1997 , Cabo Frio – 1999, Buzios – 2000, NovaFriburgo – 2004, Teresopolis – 2005, Paraty – 2006,
Macae - 2008, Angra – 2009, Rio das Ostras e Araruama em 2010..
Em 1997, cento e um anos após a criação do primeiro C&VB do mundo, e quatorze anos passados da
fundação do primeiro do Brasil, existiam apenas 8 C&VBx no Brasil! Nos anos seguintes esse número
foi multiplicado várias vezes, e em 2010 já existem 123 entidades em todo o território nacional.
2002 2003 2004 2005 2008
10 C&VBx
26 C&VBx
37 C&VBx
44 C&VBx
110 C&VBx
Rede brasileira de C&VBx
8.
9. Convention
Visitors
•Trata da organização da oferta de produtos e serviços para o turismo de negócios, eventos e lazer, a fim de melhor atender os turistas, organizadores de eventos, empresários, moradores e investidores interessados em visitar o local e no desenvolvimento do mesmo.
Refere-se à captação de eventos e a participação em congressos, feiras e eventos de turismo para promover e divulgar algum destino turístico.
Bureau
•Palavra de origem francesa que significa escritório, refere-se ao formato de uma agência que irá organizar e administrar a infra- estrutura necessária para executar as ações de Convention e Visitors.
10. O que é um Convention & Visitors Bureau?
Durante o processo de planejamento de um evento são necessárias muitas informações sobre a localidade. São detalhes como a infra-estrutura do local, espaços disponíveis, disponibilidade de pessoal e equipamentos, que garantem o sucesso do evento. Além disso, os participantes do evento também necessitam de informações sobre o lugar, como clima, onde se hospedar, onde comer e até mesmo lugares interessantes para se visitar. A entidade que poderá informar sobre essas e outras necessidades é o Convention & Visitors Bureau.
11. •Os CVBx desempenham um papel essencial para o turismo, pois são os principais parceiros para a captação de eventos e visitantes para uma cidade e região. E a realização de eventos, qualifica a circulação de capital, amplia a inclusão social e reduz a sazonalidade da rede hoteleira.
12. •A força dos conventios & visitors bureau acabaram impactando o trade natural do turismo, como meios de hospedagem, centros de eventos e convenções, locadoras de carros, agencias de viagens, entre outros, mas também, de forma direta ou indireta, começou a atingir uma série de atividades que não estão, necessariamente, ligadas ao turismo.
•São empresas que prestam serviços auxiliares em eventos, como segurança, limpeza, gráficas, recepcionistas, tradução simultânea, transporte, floriculturas, shows, buffets, restaurantes, casas noturnas, shoppings, táxis, enfim, um universo calculado em mais de cinqüenta atividades que, somadas, ajudam a compor a base da economia do turismo que, calcula-se, seja responsável entre 3% e 4% do PIB do Brasil.
13. Como captar recursos financeiros para os CVBx?
•Mantenedores
•ROOM TAX
•TABLE TAX
•LOCA TAX
•EVEN TAX
•Apoiadores
14. Mantenedores
Os mantenedores são pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado, que venham a fazer contribuições periódicas para a manutenção dos serviços e para a execução das atividades do CVB. Os mantenedores irão desfrutar dos resultados do trabalho do CVB, tomando conhecimento prévio do calendário de eventos, planejando a sua participação e envolvendo-se nas diversas ações promocionais e comerciais.
15. Apoiadores
•São as pessoas jurídicas de direitos público ou privado que possam apoiar técnica ou financeiramente a Entidade, mediante a celebração de convênios, projetos específicos de captação, geração e promoção de eventos, formulados e propostos pelo CVB.
16. Room Tax
A Taxa de Turismo é uma contribuição simbólica, arrecadada pelo setor hoteleiro, inclusa na fatura paga pelo hóspede. Ela é reconhecida e utilizada por cidades no mundo todo, sendo uma importante fonte de recursos para o contínuo trabalho dos Convention & Visitors Bureau na captação de eventos e na promoção da localidade como destino turístico.
17. Como funciona o Room Tax?
A Taxa de Turismo é cobrada no check-out, junto à fatura, e calculada de acordo com o número de diárias, sendo seu pagamento opcional.
Ao fazer o check-in o hóspede receberá um informativo sobre a Taxa de Turismo e a relação de todos os mantenedores do CVB do destino.
18. Qual a importância do Room Tax?
•O recurso arrecadado nos hotéis será repassado ao CVB que irá investir em projetos turísticos para melhorar a infra-estrutura turística (mapas, guias, folders, treinamentos, pesquisas, promoções, etc), além de investir na divulgação do município e na captação de eventos a fim de aumentar a demanda de turistas e trazer desenvolvimento para o turismo regional.
19. Há 70 anos, em 1936o I Congresso da ABIH determinava que era preciso criar uma taxa que subsidiasse a promoção turística.
A roomtaxfoi criada em Abril de 1971no Canadáe era obrigatória
Correspondia a 5% do valor da diáriae foi aumentada para 8% a partir de 1987.
A justificativa do primeiro ministro Canadense da época para essa cobrança foi a seguinte:
“foi levado em consideração que nossos turistas deveriam fazer uma pequena contribuição para nossas despesas feitas em seu favor”.
Como foi criada a Room Tax?
20. AsTax(contribuições) permitem que os CVBxinvistam na promoção do destino. Isso se transforma em desenvolvimento econômico, que gera emprego e distribui renda!
25. A proposta do projeto contemplou a pesquisa de boas práticas em todos os continentes e a identificação de aspectos similares e diferenciados dos Convention & Visitors Bureaux (CVBx), neles localizados, em relação aos brasileiros. O projeto tinha como objetivo conhecer o cenário mundial dos CVBx, apoios com os quais contam, orçamentos, estratégias e materiais promocionais desenvolvidos, tudo isso, com o propósito de verificar o grau de competitividade dos CVBx brasileiros, principalmente no quesito captação de eventos internacionais. Na primeira fase, a equipe realizou missões para Espanha e França, para buscar informações nos órgãos governamentais, Convention Bureaux e trade turístico em geral. Assim como o Brasil, esses países também fazem parte do top 10 do ranking ICCA, em número de eventos internacionais realizados. Já na segunda etapa do projeto, o foco principal foram os Estados Unidos, país líder mundial na realização de eventos internacionais. A cidade de Vancouver, no Canadá, também esteve na lista de destinos da missão, por ser o primeiro destino da América do Norte em eventos internacionais e a segunda das Américas, atrás apenas de São Paulo. De posse deste material, foi elaborado um manual de boas práticas, assim como um código de conduta com objetivo de alinhar os comportamentos adequados e ideais a serem seguidos pelos Convention & Visitors Bureaux.
28. PROMOCIONAL
show case book de captaçãoguia local / revista
mapa turísticoshell folderbrindes
Informativoscartaz site
VALOR AGREGADO
banco de dados para captação de eventos
mailing
banco de imagenspara divulgação e apoio a comercialização
Vídeo institucional do destinoPERFIL DE EQUIPE TÉCNICA
turismólogos
comunicadores / jornalistas
técnicos em captação de eventos
Administradores
Logística, Infra-estrutura, ferramentas
31. O que a cidade ganha com os CVBx?
Excelente reputação para a cidade, devido à imagem positiva que a realização de um evento normalmente proporciona; Geração de empregos diretos e indiretos, renda e impostos; Reduz a sazonalidade do turismo, abastecendo a infra-estrutura técnico-turística de oferta durante os períodos de baixa; O gasto médio do turista de eventos e o tempo de permanência no destino são bem maiores do que o de turista de lazer; Transforma a cidade-sede em pólo de debates técnicos/científicos ou sociais, geralmente com foco na mídia; Favorece os habitantes da cidade-sede com melhores condições para reciclagem profissional.
32. O turismo mudou ? era assim: “Viagem ou excursão feita por prazer a locaisque despertam interesse”
Hoje o turismo tem um novo posicionamento, um novo conceito!
Turismo é mais que entretenimento e lazer, Turismo é economia, é geração de emprego e renda, é melhoria de qualidade de vida!
33. 4,0 bilhões de reais em impostos/ano2,9 milhões de empregos diretos/indiretos327.000 eventos por ano40 bilhões de reais de faturamento/ano80 milhões de participantesO turismo de negócios movimenta mais de 50 setores da economia, alguns, nem acham que fazem parte da economia do turismo, que já representa quase 8% do PIB brasileiro (Ind. Têxtil = 30 milhões de peças/ano com a hotelaria) TelefoniaInd. AutomobilísticaSistema financeiroConstrução civil
Oturismo de negócios e eventos impacta nossa economia!
34. O turismo movimenta a cadeia econômica? Lotam hotéis, bares e restaurantesAndam de táxi ou alugam carrosVisitam os atrativos turísticos e movimentam a vida noturnaCompram nos shoppingse no comércio localLocação de equipamentos audiovisuaisAgências locadoras de mão de obra (recepcionistas) Empresas de segurançaBuffetse empresas de decoraçãoGráficas e empresas de comunicação visualShowbusiness, (músicos e artistas diversos) Tradução simultâneaPalestrantes e ConferencistasOrganizadores de eventosMontadores de estandes e arquitetos
35. Gastos diretos dos turistas estrangeiros em eventos:
Hospedagem47%
Gastronomia15%
Comércio10%
Gasto médio diário: US$ 312,27
Permanência Média: 6 dias
Permanência adicional p/lazer: 51%
Tipo de hospedagem: Hotel = 97%
Intenção de retorno à cidade sede: 83%
Mudança positiva da imagem da cidade: 85%
Fonte: Pesquisa de impacto econômico de eventos internacionais 2007/2008 (Embratur)
36.
37. Entenda e pratique! “Precisamos explorar o turismo e não o turista!”
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Marco NavegaVice Presidente FC&VB-RJ22-7835-0983presidente@macaecvb.com.br