2. BIOGRAFIA
Nasceu em Licópoles, por volta do ano 205 da nossa era e morreu em
270.
Em 232 junta-se a seu mestre Amônio Sacas;
É tido como um dos maiores filósofos da língua grega no mundo
antigo;
Maior expoente da escola Neoplatônica;
Sua obra mais famosa é uma coleção de escritos denominada de
“Enéadas”;
Sua filosofia baseia-se na ideia do “Uno”, diferenciando-se assim de
Parmênides e Aristóteles, que tem como objeto principal o “Ser”.
3. FILOSOFIA PLOTINIANA
PLOTINO E SUAS INFLUÊNCIAS
O UNO E O MUTIPLIPO;
A TEOLOGIA NEGATIVA;
EMANAÇÃO: A HIERARQUIA DO TRANSCEDENTE OU SISTEMA
DERIVATIVO;
A EXPERIÊNCIA METAFÍSICA;
A MATÉRIA COMO MAL.
4. AS ENÉADAS (Ἐννεάδες)
COLEÇÃO DOS ESCRITOS DE PLOTINO
EDITADA E COMPILADA POR PORFÍRIO, SEU DISCÍPULO, POR
VOLTA DO ANO 270
FORMADA POR 54 TRATADOS DIVIDIDOS EM 6 CAPÍTILOS
(OU GRUPOS), COMPOSTOS DE 9 PARTES CADA UM
5. O UNO
SUPERIOR A TODO SER E PRINCIPIO DE TODAS AS COISAS
DUAS ATIVIDADES:
Subsistir
Gerar
METAFISICA DA UNIDADE
Por que há o Absoluto e por que ele é o que é?
É INEFÁVEL
SE O UNO TRANSCEDE TODO PENSAMENTO, COMO COMPREENDÊ-LO?
TEOLOGIA NEGATIVA
“Como infinito (o Uno), não se aplica a ele nenhuma das determinações do finito
[...] quando refere-se caracterizações positivas ao Uno, Plotino usa linguagem
analógica”. (REALE, p. 358)
6. NOUS (ESPIRÍTO)
"Viver além é viver de verdade; porque a vida presente, a vida sem
Deus, é um rastro de vida" (Enéada VI 9, 9);
Pensamento;
Contemplação do princípio que derivou para subsistir e se preencher;
Voltar a si mesmo e contemplar-se ;
O Noûs, que deriva do Uno, não é algo particular, mas universal e
múltiplo:
• Universal porque abarca todos os seres;
• Múltiplo porque coexistem, em sua natureza, o inteligente (Inteligência)
e o inteligível (ser):
"[...] a Inteligência é os seres e os contém todos dentro de si, não como
em um lugar, mas como quem se contém a si mesmo e é uma só coisa
com eles" (Enéada VI, 9, 6).
7. O Noûs (Inteligência) ou Espírito
A Inteligência é um deus múltiplo que contém todos os seres
e, por isso, é modelo do mundo sensível;
Pode se dizer que a Inteligência, para Plotino, corresponde às
Ideias de Platão;
A adequação parmenidiana entre ser e pensar encontra seu
lugar na segunda hipóstase plotiniana;
A Inteligência é, do ponto de vista da ética, o que "arrasta" o
homem em direção à perfeição. Ele é levado por um desejo
autêntico de querer alcançar a Beleza que está acima das
coisas sensíveis.
8. ALMA
A ALMA DERIVA DO ESPIRITO, QUE DERIVA DO UNO;
“Como a medida que nos afastamos do uno, a força unificante diminui, a
alma como hipóstase perde em parte a forte unidade, que era própria do
espirito e ainda mais do Uno.” (REALE, p. 356)
“Como o Uno para pensar deve tornar-se Espirito, também para criar deve
tornar-se Alma.” (REALE, p. 356)
9. ALMA
A ALMA SE ARTICULA EM 3 PARTES:
1 – ALMA SUPREMA, QUE CONTEMPLA A HIPÓSTASE SUPERIOR;
2 – ALMA DO TODO, QUE É A QUE CRIA O MUNDO;
3 – ALMAS PARTICULARES, QUE DÃO VIDA AOS CORPOS.
A CONDIÇÃO DA ALMA É A LIBERDADE;
“Mas esta se obtém apenas na tensão para o Bem, ou seja, mediante a
separação corpórea e a reunião com Uno. Exatamente está o vértice da ética
plotiniana: na ‘unificação’ – ou, como também diz, no ‘extase’ –, ou seja, na
capacidade de despojar-se de tudo, de toda alteridade e de unir-se ao Uno.”
(REALE, p 357)
10. A INFLUÊNCIA PLOTINIANA
PONTE DO MUNDO ANTIGO PARA O MEDIEVAL;
SILÊNCIO E CONTEMPLAÇÃO;
ANALOGIAS E CONTRAPOSIÇÕES COM O CRISTIANISMO
11. CRÍTICA
"A escola de Plotino, provavelmente, não se assemelhava a
nenhuma das escolas anteriores: Platão fundara a "Academia para,
através da filosofia, poder formar homens que deveriam renovar o
Estado ; Aristóteles fundara o Perípatos para organizar a busca do
saber; Pirro, Epicuro e Zenão fundaram seus movimentos espirituais
para dar aos homens a ataraxia, ou seja, a paz e a tranquilidade da
alma. Já a escola de Plotino queria ensinar aos homens o modo de
libertarem-se da vida daqui de baixo para irem reunir-se ao divino e
poder contemplá-lo, até o ponto culminante de uma transcendente
'união extática'" (REALE & ANTISERI, 1990, p. 339).