30. Museu de Arte Contemporânea - RJ - 1996
Oscar Niemeyer
Esta obra, considerada uma das maravilhas do mundo moderno em um ensaio sobre Arquitetura da revista americana “Condé Nast Traveller”, da maior
editora de revistas especializadas dos Estados Unidos, é um cartão-postal de Niterói. As sete maravilhas escolhidas pela revista são as seguintes:
1 - Reichstag de Berlim
2 - Hotel Burj Al Arab de Dubai
3 - Naoshima Cultural Village, Japão
4 - Estação de Metrô Magenta, Paris
5 - Biblioteca Alexandrina, Alexandria
6 - Torre de Controle do Aeroporto de Bilbao, Espanha
7 - Museu de Arte Contemporânea, Niterói
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35. A cobertura possui 50 m de diâmetro e é constituída por uma estrutura de lajes nervuradas com nervuras
se apoiando em vigas radiais ligeiramente abauladas. Toda a cobertura se apóia apenas em seis colunas
redondas. O núcleo não alcança a cobertura e morre no 2º pavimento. As colunas só encontrarão apoio em
vigas protendidas enormes que funcionam como gigantescos consolos com efeito espacial, que transferem
todas as cargas para o núcleo cilíndrico central. Suas bases fazem parte do que se vê por baixo de toda a
construção, dando-lhe a forma artística tão apreciada.
O mezanino está dependurado na borda externa da cobertura por intermédio de uma casca cônica
voltada para cima. Sua borda superior, junto com uma dobra da cobertura, forma uma calha enorme, que
recolhe toda a água que escorre da superfície da cobertura. O mezanino em si é outra laje nervurada que
termina nas seis colunas que recebem a cobertura. Abaixo do mezanino, na fachada, está a janela que existe
em toda a volta da construção, sem qualquer interrupção, não existindo montantes.
Tem-se a impressão de dois discos superpostos que não se tocam.
Os dois pavimentos 1º e 2º são a parte mais importante da obra. Ligados entre sido por paredes
estruturais com a altura dos pavimentos, de disposição radial, são engastadas no tubo central que possui parede
de 80 cm de espessura. Essas vigas parede possuem enormes momentos negativos e são em número de 6
como os pilares. Elas não podem passar de um lado para o outro como seria natural, por causa do buraco do
elevador central. Por este motivo os cabos de protensão se desviam deixando livre o miolo e assumindo uma
disposição em estrela. Essa armação está representada na fig. 5, observando-se que os cabos são protendidos
apenas pelas bordas no perímetro externo. Trata-se de uma disposição muito engenhosa que satisfaz bem às
exigências arquitetônicas e estéticas.
A concepção da estrutura exigiu a participação conjunta do arquiteto e do projetista, que, com auxílio do
computador foi desenvolvendo cálculos aproximados para definir algumas dimensões exeqüíveis, até se chegar
no que seria viável exigir. Definidas as dimensões principais, foi organizado um modelo matemático da
estrutura usando programas de elementos finitos e o programa SAP 90 com o qual se obtém uma análise
completa da estrutura e determinação dos esforços principais e respectivas deformações. Também se
procedeu a uma análise das vibrações, garantindo o desempenho em serviço e o conforto do usuário.
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37. Fig. 5 - Disposição dos cabos no nível do 2º pavimento, como armação negativa dos 6 consolos. As paredes
formam com as vigas dos pavimentos uma enorme viga duplo T.
40. Área coberta; 65 x 50
“A praça coberta é o portal de entrada do pavilhão magnificado pelaproeza técnica do
lençol de betão, que parece quase suspenso no ar,em uma ilusão reforçada pelos rasgos
que permitem a entrada de luz solar ao longo de sua fixação aos pórticos.”
“Têm como objetivo salientar o contributo português para a descoberta e conquista dos Oceanos, das
origens até este final de milénio, numa perspectiva universalista de acesso ao conhecimento, que revela
uma permanente actualidade e se projecta para o futuro. Pretende-se que os visitantes tomem consciência
não só da actualidade da cultura potuguesa, que serve de chave para a própria sobrevivência humana no
futuro, como também da identidade do próprio país, que possui um substrato cultural e um potencial que
poderão voltar a ser uma fonte de descoberta e projecção futura. A exposição desenvolve três idéias-chave:
-dos mitos iniversais ligados aos Oceanos à descoberta de novas realidades;
- a construção do Mundo Moderno pela explosão de rotas oceânicas abre a comunicação das gentes à escala
planetária;
- a comunicação com o meio unificador reconstrói a identidade portuguesa dispersa pelos Oceanos e a
mensagem humanista da cooperação universal como legado português para o mundo contemporâneo.”
“Exposição mundial de Lisboa” Bárbara Villalobos & Luís Moreira. Ed. Blau Ltda. Lisboa Portugal. 1998.
41. A luz passa pela fenda da laje e entre os cabos de protensão de aço inoxidável.