4. Não posso, nem devo
querer fazer isto não.
Meu coração deve ficar aberto
para receber carinhos e afeição.
5.
6. Meu coração não é só meu
e está compartilhado com alguém.
Ele sempre pertencerá
àqueles que me quiserem bem.
7.
8. Só não devo deixá-lo aberto
para as amarguras e as tristezas.
Se puder, deixo-as de lado
para acolher só as belezas.
9.
10. Vou abri-lo para todos,
pois para mim ele é tudo.
Dentro dele guardo o meu ser
e esta é a razão do meu viver.
Serra Negra –SP
Brasil
José Ernesto Ferraresso
11.
12. A gruta não grita...
Apenas ouve!
Ouve o silêncio nativo,
Vezes do vento o silvo
Ou o farfalhar de asas noturnas,
Em revoadas curtas e soturnas
13.
14. A gruta não grita...
Apenas ouve!
Ouve o cantar do riacho,
Que, com postura de macho,
Vence todas as barreiras
Dos remansos e corredeiras.
15.
16. A gruta não grita...
Apenas ouve!
Diferente do meu peito,
Onde, à luz do bem feito,
Pulsa e grita, atento ao cenário de dor,
Um coração voltado ao resgate do Amor.
17.
18. A gruta não grita...
Apenas ouve!
O meu coração ouve e grita,
Pois não sucumbe à desdita
De nascer e viver só para morrer,
Deixando ao compasso da sorte
A busca e a razão do novo amanhecer.
Alceu Sebastião Costa
21. Formatação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Poetas: José Ernesto Ferraresso e
Alceu Sebastião Costa
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Richard Clayderman e James Last - La Force de l'amour - Piano
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtxQskjl4zkow
Data : 18 de Janeiro de 2017