O documento discute a trova como um gênero poético popular brasileiro, definindo-a como bela, sintética e versátil. Ele também menciona que a palavra "trova" origina-se do francês "trouver", que significa "achar", indicando que o trovador deve "achar" o motivo de suas canções e poesias. O restante do documento contém vários poemas de amor do poeta Luiz Otávio.

1. Luzia
16-02-2016

2. Sobre A Trova:
Bela, sintética, versátil, assim é a trova! Podemos definir a
trova como gênero exclusivamente poético e popular, que se
coaduna com as manifestações folclóricas do povo brasileiro
e age como elemento representativo de suas aspirações,
paixões e emoções. O termo "trova" origina-se do francês
"trouver" que quer dizer "achar" talvez indicando que o
trovador tenha de "achar" o motivo de sua poesia e de suas
canções. Homilton Wilson

4. Eu... você... as confidências...
o amor que intenso cresceu
e o resto são reticências,
que a própria vida escreveu...

5. Nessas angústias que oprimem,
que trazem a dor e o pranto,
há gritos que nada exprimem,
silêncios, que dizem tanto!

6. Por milagre ou transcendência,
ao compor minha Poesia,
tracei, com antecedência,
minha própria biografia...

8. De longe, quem teve o ensejo
de ver nossa despedida,
se viu um rápido beijo,
não viu o pranto, querida...

9. Distante, sem que te esqueça,
eu rolo na cama, insone,
desejando que amanheça
para ouvir-te ao telefone...

10. Ao romper dique possante,
este nosso amor fremente,
é água a correr cantante,
e, avassaladoramente...

12. Nosso Destino, querida,
que nos roubou horas belas,
na minha e na tua vida,
traçou duas paralelas...

13. Imóvel, preso na rede
que o Destino tece, agora,
eu vou morrendo de sede,
ouvindo a fonte que chora...

14. Tua expressão de ventura,
sentindo o amor, deslumbrada,
trazia o medo e a ternura,
de uma gazela assustada...

16. Em meio à vicissitude
de minha vida tão dura,
minha alma lembra um açude
cheio de amor e ternura...

17. Aos pés do “Pobre de Assis”,
nossas mãos, entrelaçadas,
lembravam um par feliz
de rolinhas assustadas...

18. Cai a tarde... e a brisa calma
traz uma suave fragrância,
como se fosse a sua alma
vinda de lá da distância...

20. Nossas bocas, quase unidas...
iguais os desejos e ânsias!
...E separadas as vidas,
por invencíveis distâncias...

21. Dói-me ver, repletas de ânsia,
Estas vidas sem calor,
vivendo sempre à distância,
morrendo, aos poucos de amor....

22. De longe... quem teve o ensejo
De ver nossa despedida,
se viu um rápido beijo,
não viu o pranto, querida...

23. Grupo
Nossos Poetas de
Ontem, de Hoje,
de Sempre...

24. “Todo trovador é poeta, mas nem todo poeta é
trovador, pois nem todos Poetas sabem metrificar,
fazer o verso medido.”

25. Formatação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Poeta: Luiz Otávio
Trovas enviadas por: Carolina Ramos
Imagens: Arquivo Pessoal e Internet
Musica: Franck Pourcel Only You-instrumental
Data: 16 de Fevereiro de 2016
Colaboração: Zélia Bauer
Colaboração: Gileno Bezerra
Colaboração: Cléo Menegatt