O documento descreve a trajetória acadêmica do físico Thomas Kuhn e sua teoria sobre o desenvolvimento da ciência. Segundo Kuhn, a ciência passa por quatro fases: pré-ciência, ciência normal, crise e ciência extraordinária. Ele também introduziu o conceito de paradigma, que define o conjunto de teorias e métodos aceitos por uma comunidade científica em determinado momento.
1. O norte-americano mestre e doutor em física Thomas Kuhn (1922-1996), formado na
Universidade de Harvard, após a publicação de um livro, em 1954 (A Revolução Copernicana) optou
por mudar seu foco de estudo, passando assim a pesquisar e estudar questões acerca da filosofia e das
ciências humanas. Em 1962 publicou sua obra Estruturas da Revolução Científica, o qual o acabou
alavancando a carreira de Kuhn, a partir de teorias qua vinham por desconstruir o paradigma
objetivista da ciência.
Ao estudarmos a nova concepção de ciência advinda dos estudos de Kuhn, é comum acharmos
um esquema, que representa de maneira muito clara, tanto o trajeto do físico em suas descobertas,
com o surgimento de novos conceitos - dentre eles o de paradigma, o qual ficou mais conhecido -
como também no modo como ocorre o avanço da própria ciência: (pré-ciência ciência
normal crise ciência extraordinária)
Inicialmente, quando tratamos da fase conhecida como pré-ciência, ou também pré-
paradigmáttica, referimos-nos a um trecho da história, anterior a própria ciência. Segundo a
concepção kuhniana, este período era demarcado por um enorme desacordo entre os pesquisadores,
entorno de focos, fenômenos e maneiras de pesquisas levando em conta regras, métodos, valores e
possíveis utilizações de instrumentos para a realização das mesmas. Em tal estado caótico onde as
pesquisas e disciplinas se encontravam, estas não podiam adquirir um caráter científico.
Para que toda esta bagunça tida até então possa vir a ser de fato ciência, faz- se necessário que
estas se atenham a um único paradigma.´´ Um paradigma é composto de suposições teóricas gerias
e de leis e técnicas para a sua aplicação adotadas por uma comunidade científica
específica´´(Chalmers, 1993, p.123). Deste modo, passamos a uma fase de ciência normal, a fase
paradigmática. Esse processo de formação de um paradigma envolve um aprovação por parte dos
pesquisadores a partir de uma definição clara daqueles pontos que anteriormente, na fase pré-
paradigmática eram motivo de desacordo entre os etudiosos.
Contudo, Kuhn salientava o quão difícil era explicar e delimitar quais elementos necessários
para a formação de um novo paradigma, sustentando a ideia de que esta não passaria de uma tentativa
incompleta de explicação. Um ponto de justificativa para isso se dá devido ao foto de que o paradigma
é adquirido pela exposição direta ao modo de fazer ciência determinado pelo paradigma, ou seja, pela
própria aplicação prática da teoria é que podemos chegar o mais perto possível de conhecer um
paradigma.
Com o sucessivo trabalho de um cientista em cima de um paradigma, fundamentado com
ideias bem definidas e este apresenta problemas com os métodos que podem vir a solucioná- lo
estaremos diatente de uma crise para o paradigma. Contudo não é apenas uma resposta não resolvida
que ocosionará esta crise, pode ainda ser acarretada pelo surgimento de anomalias.
2. Neste cenário acaba se instalando um período de discussões e divergências sobre os
fundamentos da ciência que lembra um pouco o que ocorreu na fase pré-paradigmática. A diferença
básica é que mesmo durante a crise o paradigma até então adotado não é abandonado, enquanto não
surgir um outro que se revele superior a ele em praticamente todos os aspectos.
Quando um paradigma se torna incoerente a ponto dos cientistas desistriem dele por perda de
confiança chega o tempo da revolução chamada ciência extraordinária, ou seja, após o enfrentamento
de uma crise os membros mais ousados e criativos propõe alternativas para possíveis novos
paradigmas.