SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
O norte-americano mestre e doutor em física Thomas Kuhn (1922-1996), formado na
Universidade de Harvard, após a publicação de um livro, em 1954 (A Revolução Copernicana) optou
por mudar seu foco de estudo, passando assim a pesquisar e estudar questões acerca da filosofia e das
ciências humanas. Em 1962 publicou sua obra Estruturas da Revolução Científica, o qual o acabou
alavancando a carreira de Kuhn, a partir de teorias qua vinham por desconstruir o paradigma
objetivista da ciência.
Ao estudarmos a nova concepção de ciência advinda dos estudos de Kuhn, é comum acharmos
um esquema, que representa de maneira muito clara, tanto o trajeto do físico em suas descobertas,
com o surgimento de novos conceitos - dentre eles o de paradigma, o qual ficou mais conhecido -
como também no modo como ocorre o avanço da própria ciência: (pré-ciência ciência
normal  crise  ciência extraordinária)
Inicialmente, quando tratamos da fase conhecida como pré-ciência, ou também pré-
paradigmáttica, referimos-nos a um trecho da história, anterior a própria ciência. Segundo a
concepção kuhniana, este período era demarcado por um enorme desacordo entre os pesquisadores,
entorno de focos, fenômenos e maneiras de pesquisas levando em conta regras, métodos, valores e
possíveis utilizações de instrumentos para a realização das mesmas. Em tal estado caótico onde as
pesquisas e disciplinas se encontravam, estas não podiam adquirir um caráter científico.
Para que toda esta bagunça tida até então possa vir a ser de fato ciência, faz- se necessário que
estas se atenham a um único paradigma.´´ Um paradigma é composto de suposições teóricas gerias
e de leis e técnicas para a sua aplicação adotadas por uma comunidade científica
específica´´(Chalmers, 1993, p.123). Deste modo, passamos a uma fase de ciência normal, a fase
paradigmática. Esse processo de formação de um paradigma envolve um aprovação por parte dos
pesquisadores a partir de uma definição clara daqueles pontos que anteriormente, na fase pré-
paradigmática eram motivo de desacordo entre os etudiosos.
Contudo, Kuhn salientava o quão difícil era explicar e delimitar quais elementos necessários
para a formação de um novo paradigma, sustentando a ideia de que esta não passaria de uma tentativa
incompleta de explicação. Um ponto de justificativa para isso se dá devido ao foto de que o paradigma
é adquirido pela exposição direta ao modo de fazer ciência determinado pelo paradigma, ou seja, pela
própria aplicação prática da teoria é que podemos chegar o mais perto possível de conhecer um
paradigma.
Com o sucessivo trabalho de um cientista em cima de um paradigma, fundamentado com
ideias bem definidas e este apresenta problemas com os métodos que podem vir a solucioná- lo
estaremos diatente de uma crise para o paradigma. Contudo não é apenas uma resposta não resolvida
que ocosionará esta crise, pode ainda ser acarretada pelo surgimento de anomalias.
Neste cenário acaba se instalando um período de discussões e divergências sobre os
fundamentos da ciência que lembra um pouco o que ocorreu na fase pré-paradigmática. A diferença
básica é que mesmo durante a crise o paradigma até então adotado não é abandonado, enquanto não
surgir um outro que se revele superior a ele em praticamente todos os aspectos.
Quando um paradigma se torna incoerente a ponto dos cientistas desistriem dele por perda de
confiança chega o tempo da revolução chamada ciência extraordinária, ou seja, após o enfrentamento
de uma crise os membros mais ousados e criativos propõe alternativas para possíveis novos
paradigmas.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
A Teoria dos Paradigmas de Thomas KuhnA Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
A Teoria dos Paradigmas de Thomas KuhnKauan Paulino
 
Mapa conceitual - Filosofia da ciência
Mapa conceitual - Filosofia da ciênciaMapa conceitual - Filosofia da ciência
Mapa conceitual - Filosofia da ciênciaGilberto Cotrim
 
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificasResumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificasCarlos Alberto Monteiro da Silva
 
Thomas kuhn e a noção de paradigma
Thomas kuhn e a noção de paradigmaThomas kuhn e a noção de paradigma
Thomas kuhn e a noção de paradigmaguestbdb4ab6
 
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...Jailson Alves
 
Khun-exemplo etapa2 do TP
Khun-exemplo etapa2 do TPKhun-exemplo etapa2 do TP
Khun-exemplo etapa2 do TPguest9578d1
 
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas KuhnObjetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas KuhnCarlos Alberto Monteiro
 
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciência
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciênciaA perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciência
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciênciaSara Raposo
 
Conhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnConhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnJorge Barbosa
 

Mais procurados (19)

A Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
A Teoria dos Paradigmas de Thomas KuhnA Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
A Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
 
Mapa conceitual - Filosofia da ciência
Mapa conceitual - Filosofia da ciênciaMapa conceitual - Filosofia da ciência
Mapa conceitual - Filosofia da ciência
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 
D34 es kuhn
D34 es kuhnD34 es kuhn
D34 es kuhn
 
As teses centrais de teoria de kuhn
As teses centrais de teoria de kuhnAs teses centrais de teoria de kuhn
As teses centrais de teoria de kuhn
 
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificasResumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas
 
Kuhn-11º N (2009)
Kuhn-11º N (2009)Kuhn-11º N (2009)
Kuhn-11º N (2009)
 
Thomas kuhn e a noção de paradigma
Thomas kuhn e a noção de paradigmaThomas kuhn e a noção de paradigma
Thomas kuhn e a noção de paradigma
 
As críticas a kuhn
As críticas a kuhnAs críticas a kuhn
As críticas a kuhn
 
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
 
Khun-exemplo etapa2 do TP
Khun-exemplo etapa2 do TPKhun-exemplo etapa2 do TP
Khun-exemplo etapa2 do TP
 
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas KuhnObjetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
 
Popper e kuhn
Popper e kuhnPopper e kuhn
Popper e kuhn
 
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciência
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciênciaA perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciência
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciência
 
Conhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnConhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - Kuhn
 
Kuhn (11ºH2009)
Kuhn (11ºH2009)Kuhn (11ºH2009)
Kuhn (11ºH2009)
 
As teses centrais de teoria de kuhn
As teses centrais de teoria de kuhnAs teses centrais de teoria de kuhn
As teses centrais de teoria de kuhn
 
Kuhn-11º C (2009)
Kuhn-11º C (2009)Kuhn-11º C (2009)
Kuhn-11º C (2009)
 
A incomensurabilidade dos paradigmas
A incomensurabilidade dos paradigmasA incomensurabilidade dos paradigmas
A incomensurabilidade dos paradigmas
 

Destaque

Curso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do NeurodesenvolvimentoCurso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do NeurodesenvolvimentoFelipe de Souza
 
The structure of scientific revolutions (anuj)
The structure of scientific revolutions (anuj)The structure of scientific revolutions (anuj)
The structure of scientific revolutions (anuj)Anuj Bhatia
 
Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)
Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)
Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)Kris Haamer
 
THE STRUCTURE OF SCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn
THE STRUCTURE OFSCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn THE STRUCTURE OFSCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn
THE STRUCTURE OF SCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn Nouran Adel
 
Kuhn: Paradigms and Normal Science
Kuhn: Paradigms and Normal ScienceKuhn: Paradigms and Normal Science
Kuhn: Paradigms and Normal ScienceJanet Stemwedel
 
Slideshare.Com Powerpoint
Slideshare.Com PowerpointSlideshare.Com Powerpoint
Slideshare.Com Powerpointguested929b
 

Destaque (7)

A2 Thomas Kuhn & Scientific Paradigms
A2 Thomas Kuhn & Scientific ParadigmsA2 Thomas Kuhn & Scientific Paradigms
A2 Thomas Kuhn & Scientific Paradigms
 
Curso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do NeurodesenvolvimentoCurso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
Curso Dsm-5 –Transtornos do Neurodesenvolvimento
 
The structure of scientific revolutions (anuj)
The structure of scientific revolutions (anuj)The structure of scientific revolutions (anuj)
The structure of scientific revolutions (anuj)
 
Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)
Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)
Thomas Kuhn & Paradigms (By Kris Haamer)
 
THE STRUCTURE OF SCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn
THE STRUCTURE OFSCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn THE STRUCTURE OFSCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn
THE STRUCTURE OF SCIENTIFIC REVOLUTION -Thomas Kuhn
 
Kuhn: Paradigms and Normal Science
Kuhn: Paradigms and Normal ScienceKuhn: Paradigms and Normal Science
Kuhn: Paradigms and Normal Science
 
Slideshare.Com Powerpoint
Slideshare.Com PowerpointSlideshare.Com Powerpoint
Slideshare.Com Powerpoint
 

Semelhante a A evolução da ciência segundo Kuhn

Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptxCópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptxmgn7bt9hhy
 
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .filipepereira406050
 
A estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasA estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasCarlos Jonathan Santos
 
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfevolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfCarolinaMendesOlivei
 
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciênciaReflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciênciaCilmara Cristina Dos Santos
 
16 o método científico
16 o método científico16 o método científico
16 o método científicoJoao Balbi
 
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformuladoM cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformuladoThiago Almeida
 
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformuladoM cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformuladoThiago Almeida
 
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionais
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionaisA crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionais
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionaisAndréa Kochhann
 
APOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docx
APOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docxAPOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docx
APOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docxAcrianinhoOAcreExist
 
Ciência natural: os pressupostos filosóficos
Ciência natural: os pressupostos filosóficosCiência natural: os pressupostos filosóficos
Ciência natural: os pressupostos filosóficosLeonardo Kaplan
 
Um discurso sobre a Ciência
Um discurso sobre a Ciência Um discurso sobre a Ciência
Um discurso sobre a Ciência Roberta Enir
 
Bel lucia resumo
Bel   lucia resumoBel   lucia resumo
Bel lucia resumoLúcia Maia
 
Métodologia Científica
Métodologia Científica Métodologia Científica
Métodologia Científica Pedro Felipe
 
Revoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - KuhnRevoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - KuhnJorge Barbosa
 

Semelhante a A evolução da ciência segundo Kuhn (20)

Khun, pop..
Khun, pop..Khun, pop..
Khun, pop..
 
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptxCópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
 
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .
 
A estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasA estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicas
 
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfevolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
 
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciênciaReflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
 
Kuhn História da Quiímica
Kuhn História da QuiímicaKuhn História da Quiímica
Kuhn História da Quiímica
 
16 o método científico
16 o método científico16 o método científico
16 o método científico
 
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformuladoM cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
 
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformuladoM cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
M cristina novo constitucionalismo democratico latino reformulado
 
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionais
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionaisA crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionais
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionais
 
Jornalismo e ciência
Jornalismo e ciênciaJornalismo e ciência
Jornalismo e ciência
 
A ciência normal e a extraordinária
A ciência normal e a extraordináriaA ciência normal e a extraordinária
A ciência normal e a extraordinária
 
APOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docx
APOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docxAPOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docx
APOSTILA DAS DISCIPLINA DE BIOLOGIA.docx
 
Ciência natural: os pressupostos filosóficos
Ciência natural: os pressupostos filosóficosCiência natural: os pressupostos filosóficos
Ciência natural: os pressupostos filosóficos
 
Um discurso sobre a Ciência
Um discurso sobre a Ciência Um discurso sobre a Ciência
Um discurso sobre a Ciência
 
Bel lucia resumo
Bel   lucia resumoBel   lucia resumo
Bel lucia resumo
 
Métodologia Científica
Métodologia Científica Métodologia Científica
Métodologia Científica
 
De popper à nova heterodoxia
De popper à nova heterodoxiaDe popper à nova heterodoxia
De popper à nova heterodoxia
 
Revoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - KuhnRevoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - Kuhn
 

Último

Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 

Último (20)

Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 

A evolução da ciência segundo Kuhn

  • 1. O norte-americano mestre e doutor em física Thomas Kuhn (1922-1996), formado na Universidade de Harvard, após a publicação de um livro, em 1954 (A Revolução Copernicana) optou por mudar seu foco de estudo, passando assim a pesquisar e estudar questões acerca da filosofia e das ciências humanas. Em 1962 publicou sua obra Estruturas da Revolução Científica, o qual o acabou alavancando a carreira de Kuhn, a partir de teorias qua vinham por desconstruir o paradigma objetivista da ciência. Ao estudarmos a nova concepção de ciência advinda dos estudos de Kuhn, é comum acharmos um esquema, que representa de maneira muito clara, tanto o trajeto do físico em suas descobertas, com o surgimento de novos conceitos - dentre eles o de paradigma, o qual ficou mais conhecido - como também no modo como ocorre o avanço da própria ciência: (pré-ciência ciência normal  crise  ciência extraordinária) Inicialmente, quando tratamos da fase conhecida como pré-ciência, ou também pré- paradigmáttica, referimos-nos a um trecho da história, anterior a própria ciência. Segundo a concepção kuhniana, este período era demarcado por um enorme desacordo entre os pesquisadores, entorno de focos, fenômenos e maneiras de pesquisas levando em conta regras, métodos, valores e possíveis utilizações de instrumentos para a realização das mesmas. Em tal estado caótico onde as pesquisas e disciplinas se encontravam, estas não podiam adquirir um caráter científico. Para que toda esta bagunça tida até então possa vir a ser de fato ciência, faz- se necessário que estas se atenham a um único paradigma.´´ Um paradigma é composto de suposições teóricas gerias e de leis e técnicas para a sua aplicação adotadas por uma comunidade científica específica´´(Chalmers, 1993, p.123). Deste modo, passamos a uma fase de ciência normal, a fase paradigmática. Esse processo de formação de um paradigma envolve um aprovação por parte dos pesquisadores a partir de uma definição clara daqueles pontos que anteriormente, na fase pré- paradigmática eram motivo de desacordo entre os etudiosos. Contudo, Kuhn salientava o quão difícil era explicar e delimitar quais elementos necessários para a formação de um novo paradigma, sustentando a ideia de que esta não passaria de uma tentativa incompleta de explicação. Um ponto de justificativa para isso se dá devido ao foto de que o paradigma é adquirido pela exposição direta ao modo de fazer ciência determinado pelo paradigma, ou seja, pela própria aplicação prática da teoria é que podemos chegar o mais perto possível de conhecer um paradigma. Com o sucessivo trabalho de um cientista em cima de um paradigma, fundamentado com ideias bem definidas e este apresenta problemas com os métodos que podem vir a solucioná- lo estaremos diatente de uma crise para o paradigma. Contudo não é apenas uma resposta não resolvida que ocosionará esta crise, pode ainda ser acarretada pelo surgimento de anomalias.
  • 2. Neste cenário acaba se instalando um período de discussões e divergências sobre os fundamentos da ciência que lembra um pouco o que ocorreu na fase pré-paradigmática. A diferença básica é que mesmo durante a crise o paradigma até então adotado não é abandonado, enquanto não surgir um outro que se revele superior a ele em praticamente todos os aspectos. Quando um paradigma se torna incoerente a ponto dos cientistas desistriem dele por perda de confiança chega o tempo da revolução chamada ciência extraordinária, ou seja, após o enfrentamento de uma crise os membros mais ousados e criativos propõe alternativas para possíveis novos paradigmas.