1. Conhecimento científico
O conhecimento científico está diretamente
associado com o método científico, que diz respeito
às formas como o conhecimento verdadeiro pode ser
obtido e que é uma das partes centrais da filosofia da
ciência. Por ser diretamente preocupado com a
verificação da verdade, quer dizer, com a
comprovação de que uma hipótese ou crença a
respeito de alguma coisa é verdadeira, o
conhecimento científico se desenvolve a partir de
uma série de perguntas, como as que se seguem: 1)
como são formuladas as hipóteses científicas e como
é possível alcançar uma verdade científica? 2) Como
um conhecimento pode ser aceito como sendo
conhecimento científico? 3) Como se dá o
desenvolvimento da ciência? Todas essas perguntas
dizem respeito a diferentes campos do pensamento
científico. A primeira diz respeito à natureza do modo
de raciocinar das ciências, a segunda, diz respeito à
possibilidade de verificação de uma verdade
científica. A terceira, por fim, diz respeito a qual é o
melhor método para que a ciência possa alcançar a
verdade. Tanto essas perguntas quanto a discussão
a respeito delas têm como objetivo principal o
conhecimento verdadeiro do mundo, o que inclui
tanto a natureza como um todo como o do ser
humano em tudo o que lhe diz respeito. Os métodos
científicos são propostos para que se alcance tal
conhecimento de maneira racional, objetiva, analítica
e explicativa, dentre outras.
Conhecimento popular
O mesmo não acontece com o conhecimento
popular. As informações que são transmitidas não
tem embasamento teórico. Mas existe algo de
semelhante entre os dois tipos de conhecimentos, a
forma em que é narrado o fenômeno, muitas vezes é
o mesmo. O fenômeno do céu nublado, por exemplo,
o cientista tem todo um estudo comprovado que após
ficar nublado provavelmente choverá. No
conhecimento popular não se tem comprovação de
que choverá, mas geralmente chove após o céu ficar
nublado, então isto se torna uma verdade popular,
que será passado para outras gerações. É bastante
comum encontrar o conhecimento popular sendo
referido de maneira pejorativa, dizendo-se que é
fundamentado em crendices e que, portanto, possui
pouco valor. Isto acontece, em grande medida,
devido à forma como o conhecimento científico é
valorizado na cultura ocidental em geral e porque a
filosofia racionalista frequentemente crítica e rejeita
o senso comum. Contudo, alguns filósofos da
tradição filosófica escocesa, associados ao que ficou
conhecido como Escola escocesa do senso comum,
afirmam que as crenças existentes no senso comum
oferecem suficientes justificativas para que se rejeite
o ceticismo ou as doutrinas chamadas revisionistas.
Etapas do método científico
O método científico é um procedimento sistemático
de investigação, formado por normas e técnicas que
atuam como ferramentas para a validação de um
estudo científico. Funcionando como um “guia” que
orienta como o estudo científico deve ser conduzido,
o método científico indica as perguntas que devem
ser feitas ao longo da pesquisa e encaminha de
forma lógica as possíveis descobertas e
interpretações científicas. A aplicação do método
científico em uma pesquisa garante que seus dados,
resultados e interpretações serão livres da
subjetividade do pesquisador."
As etapas do método científico são: observação,
questionamento, formulação de hipótese, realização
de experimentos, aceitação/rejeição das hipóteses e
conclusão.
Observação: envolve a coleta de informações
qualitativas ou quantitativas sobre o fenômeno. O
pesquisador deve olhar para o que precisa ser
respondido e buscar mais informações sobre a
situação.
Questionamento: são construídas perguntas que
podem ajudar a explicar o fenômeno, resolver a
questão em estudo ou encontrar possíveis razões
que ocasionaram a situação-problema. Alguns
exemplos de questionamento são: “Por que esse
fenômeno ocorre?”, “Quais os fatores que podem
influenciá-lo?”, “Como é possível descrevê-lo?”.
Formulação de hipótese: são elaboradas possíveis
respostas ou soluções aos questionamentos
propostos na etapa anterior. As hipóteses são
consideradas válidas até que algum teste ou indício
seja suficiente para invalidá-la.
Experimentação: o sistema em estudo é avaliado
sob diferentes condições. Também são verificadas
as condições para que um determinado experimento
possa ser reproduzido. Nessa fase, as hipóteses
formuladas são testadas.
Análise das hipóteses: envolve o julgamento das
hipóteses, podendo estas serem rejeitadas,
mantidas ou modificadas. Para a hipótese ser aceita
como verdadeira, os resultados obtidos devem
coincidir com o resultado esperado, de acordo com a
hipótese proposta.
Conclusão: todos os dados obtidos e hipóteses
testadas são agrupados para que se construa uma
explicação, um princípio, uma teoria ou uma lei que
APOSTILA DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
Série: 1ª Turma: Bimestre:1º DE 2024
Professor (a): ROSANIA ROSA
Aluno: N°
TEMA DA APOSTILA: Impactos das teorias científicas:
conhecimento científico vs popular; Evolução e
origem do universo (big-bang)
2. seja útil para contribuir como conhecimento
científico."
Evolução e origem do universo (Big Bang)
A teoria do Big Bang descreve a origem do Universo
a partir da expansão violenta de uma partícula muito
densa e extremamente quente que teve início há
13,8 bilhões de anos, aproximadamente. Essa
expansão não cessou, o que pode ser observado por
meio do afastamento das galáxias.
Essa é a teoria mais aceita pela comunidade
científica para o surgimento do Universo, tendo sido
elaborada na década de 1920 e aperfeiçoada à
medida que os estudos sobre o cosmos foram se
tornando mais complexos. Existem elementos que
atestam a teoria do Big Bang, mas os trabalhos que
buscam por novos indícios da sua ocorrência
continuam."
O que diz a teoria do Big Bang?
A teoria do Big Bang é a explicação mais aceita para
a origem do nosso Universo. De acordo com essa
hipótese, todos os elementos conhecidos e
desconhecidos que estão presentes no espaço
vieram de um único ponto de altíssima temperatura
e densidade infinita que era chamado então de
“átomo primordial”. Há aproximadamente 13,8
bilhões de anos, esse único ponto começou a se
inflar, o que decorreu por uma pequena fração de
tempo, e “explodiu” logo na sequência, isto é,
começou o seu processo de expansão, que continua
até o presente.
Segundos após o início da expansão, o Universo era
composto essencialmente por um conjunto de
partículas chamado de plasma de quark-glúons, que
foi apelidado de “sopa primordial”. Sua temperatura
era de 5,5 bilhões de graus Celsius, o equivalente a
10 bilhões de graus Fahrenheit.
Esse plasma foi gradualmente resfriando, e a
interação das partículas que o constituíam deu
origem a elementos como a luz, que começou a
aparecer cerca de 380 mil anos após o início da
grande expansão. Melhor descrita como brilho, ela é
resultante dos processos que originaram a radiação
cósmica de fundo em micro-ondas (RCFM), presente
em todas as regiões do nosso Universo.
O contínuo resfriamento dos materiais presentes no
espaço deu origem aos gases, poeiras e outras
matérias que constituem as estrelas, galáxias,
planetas, asteroides, cometas e todos os demais
componentes do Universo.
História da teoria do Big Bang
A teoria do Big Bang foi sugerida pelo físico belga
George Lemaître (1894-1966) em um artigo,
publicado no ano de 1927, que discorre a respeito de
como o Universo pode ter se originado a partir da
expansão de um único átomo (o chamado átomo
primordial). As ideias de Lemaître receberam suporte
por meio dos estudos realizados por Edwin Hubble
(1889-1953) a respeito do comportamento das
galáxias e como elas se movimentam no espaço,
afastando-se umas das outras a uma velocidade
acelerada.
A teoria da relatividade geral de Albert Einstein
(1879-1955) foi também fundamental para a
compreensão de como a força gravitacional age no
espaço-tempo, servindo como base teórica para as
observações de Hubble e para a noção de como
funcionam objetos como os buracos negros, que
possuem no seu núcleo um ponto de densidade
infinita.
O termo Big Bang (“grande explosão”) teria sido
cunhado no final da década de 1940, em uma análise
crítica à teoria feita pelo astrônomo britânico Fred
Hoyle (1915-2001).
No ano de 1965, a radiação cósmica de fundo em
micro-ondas, cuja existência havia sido prevista
durante os anos de 1940, acabou sendo de fato
encontrada por pesquisadores dos Laboratórios Bell,
pertencentes à empresa fundada por Graham Bell,
nos Estados Unidos. Atualmente, diversas pesquisas
e missões são desenvolvidas por laboratórios
internacionais e agências espaciais, como a Nasa,
voltadas a atestar a veracidade da teoria do Big
Bang, que continua sendo a mais aceita entre os
pesquisadores para explicar a origem do Universo.
Há evidências que atestem o Big Bang?
Como vimos acima, existem, de fato, algumas
evidências que são capazes de atestar a teoria do
Big Bang. A principal delas diz respeito à
comprovação da radiação emitida pela interação das
partículas que formavam o Universo pouco tempo
após o início da expansão, que continua até os dias
de hoje sendo transmitida pelo espaço. O
afastamento das galáxias com relação ao planeta
Terra, que é explicado pela lei de Hubble, formulada
por Edwin Hubble, é utilizado como meio de
comprovar a contínua expansão do Universo,
corroborando a teoria do Big Bang.
A composição material de galáxias muito antigas,
datadas de poucos milhares de anos após o início da
expansão, da mesma forma como a composição de
algumas estrelas vermelhas, tem auxiliado
pesquisadores a encontrar registros de que o Big
Bang não fica somente no campo teórico. Acredita-
se ainda que alguns buracos negros supermassivos,
chamados de primordiais, contenham vestígios da
expansão, uma vez que eles se formaram logo após
o seu início.
Muitas dessas evidências têm sido estudadas por
missões lançadas pela Nasa, algumas das quais
datam da década de 1990, além de projetos como o
do acelerador de partículas LHC, sigla que vem do
inglês e corresponde a Grande Colisor de Hádrons,
instalado no Centro Europeu de Reações Nucleares
(Cern) na Suíça, que procura recriar a sopa
primordial formada logo após o Big Bang."
Atividade proposta:
1. Pesquise em livros, revistas ou na internet e
descreva, com suas palavras a definição de:
Ciência:___________________________________
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Biologia:__________________________________
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