O documento discute as três grandes revelações da humanidade - a revelação de Deus como um único ser, a revelação de Jesus Cristo e o Cristianismo, e a revelação da Doutrina Espírita trazida por Allan Kardec. A Doutrina Espírita é apresentada como a terceira revelação que veio cumprir a promessa de Jesus de enviar o Espírito de Verdade.
7. O Cristianismo está centrado na vida e
obra de Jesus Cristo.
Os ensinamentos verbais de Jesus são
anotados pelos apóstolos e passam,
mais tarde, a constituir os Evangelhos.
A palavra Evangelho significa a boa nova,
o alegre anúncio.
Os Evangelhos, porém, representam a
diversidade de interpretação dos
evangelistas: Mateus, Lucas, Marcos e
João.
8. O Evangelho nasceu no meio dos livros
sacros do Antigo Testamento e do jugo
romano que pesava sobre a Palestina.
O cristianismo aparece como a
continuação e o aperfeiçoamento da
revelação dada por Deus ao povo de
Israel.
Jesus e os apóstolos tomaram posição
sobre os ensinamentos judaicos,
aceitando-os ou rejeitando-os.
9. Além da justiça, estabelece
O amor.
Reduz os 10 mandamentos
Em 02
Amar a Deus sobre Todas as Coisas e o
Próximo como a si mesmo.
Lei de amor
11. "Se vós me amais, guardai
meus mandamentos; e eu
pedirei a meu Pai, e ele vos
enviará um outro Consolador,
a fim de que permaneça
eternamente convosco: o
Espírito de Verdade que o
mundo não pode receber,
porque não o vê e não o
reconhece.
12. Mas quanto a vós, vós o
conhecereis porque
permanecerá convosco e
estará em vós. Mas o
Consolador, que é o Santo-
Espírito, que meu Pai enviará
em meu nome, vos ensinará
todas as coisas e vos fará
relembrar de tudo aquilo que
eu vos tenha dito". (São João, cap. XIV, v. 15 a
17 e 26)
13. A doutrina codificada por Allan
Kardec ajusta-se perfeitamente ao
texto do evangelista João sobre o
Consolador Prometido.
Para entendermos o alcance de suas
palavras, reflitamos sobre os
ensinamentos trazidos por Jesus e o
que os homens fizeram deles ao
longo do tempo.
14. Consolar - do lat. consolare -
significa aliviar ou suavizar a aflição,
o sofrimento, o padecimento; dar
lenitivo a, mitigar, confortar.
Prometer - Do lat. promittere, "atirar
longe", obrigar-se verbalmente ou
por escrito a (fazer ou dar alguma
coisa); comprometer-se a;
pressagiar, anunciar, dar esperança.
15. 5 – Venho, como outrora, entre
os filhos desgarrados de Israel,
trazer a verdade e dissipar as
trevas. Escutai-me. O Espiritismo,
como outrora a minha palavra,
deve lembrar os incrédulos que
acima deles reina a verdade
imutável:
16. O Deus bom, o Deus grande,
que faz germinar as plantas e que
levanta as ondas. Eu revelei a
doutrina divina; e, como um
segador, liguei em feixes o bem
esparso pela humanidade, e disse:
“Vinde a mim, todos vós que
sofreis!”
17. Mas os homens ingratos
se desviaram da estrada
larga e reta que conduz ao
Reino de meu Pai,
perdendo-se nas ásperas
veredas da impiedade.
19. Desfiguração do Cristianismo do Cristo.
A fé torna-se dogmática nas mãos de
políticos e religiosos inescrupulosos.
Para ganhar os céus, tínhamos que
confessar as nossas culpas, pagar as
indulgências...
Alguns dogmas: o dogma do pecado
original, o dogma da infalibilidade papal,
o dogma da Santíssima Trindade.
21. Meu Pai não quer aniquilar a raça
humana. Ele quer que, ajudando-vos
uns aos outros, mortos e vivos, ou
seja, mortos segundo a carne, porque
a morte não existe, sejais socorridos,
e que não mais a voz dos profetas e
dos apóstolos, mas a voz dos que se
foram, faça-se ouvir para vos gritar:
22. Crede e orai! Porque a morte é a
ressurreição, e a vida é a prova
escolhida, durante a qual vossas
virtudes cultivadas devem crescer e
desenvolver-se como o cedro.
23. “O Espiritismo vem, na época predita,
cumprir a promessa do Cristo:
preside ao seu advento o Espírito de
Verdade. Ele chama os homens à
observância da lei; ensina todas as
coisas fazendo compreender o que
Jesus só disse por parábolas.”
Allan Kardec
Cap. VI – Item 4
Evangelho Segundo o Espiritismo
24. O Espiritismo vem abrir os olhos e os
ouvidos, porque fala sem figuras e sem
alegorias.
Ele ergue o véu deixado
propositadamente sobre certos
mistérios.
Vem trazer consolação aos deserdados
da Terra e a todos aqueles que sofrem,
dando uma causa justa e um fim útil a
todas as dores.
25. Estou demasiado tocado de
compaixão pelas vossas misérias,
por vossa imensa fraqueza, para
não estender a mão em socorro aos
infelizes extraviados que, vendo o
céu, caem nos abismos do erro.
Crede, amai, meditai todas as
coisas que vos são reveladas; não
misturem o joio ao bom grão, as
utopias com as verdades.
27. Espíritas; amai-vos, eis
o primeiro
ensinamento; instruí-
vos, eis o segundo.
ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1861
28. Todas as verdades se encontram no
Cristianismo; os erros que nele se
enraizaram são de origem humana; e eis
que, de além túmulo, que acreditáveis
vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada
perece. Jesus Cristo é o vencedor do
mal; sede os vencedores da impiedade!
ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1861
29. 6 – Venho ensinar e consolar os pobres
deserdados. Venho dizer-lhes que
elevem sua resignação ao nível de suas
provas; que chorem, porque a dor no
Jardim das Oliveiras, mas que esperem,
porque os anjos consoladores virão
enxugar as suas lágrimas.
30. Jesus é a porta
Kardec a Chave!
EMMANUEL (Opinião Espírita, cap. 2, CEC)
31. Jesus lança as bases do
Cristianismo, entre fenômenos
mediúnicos.
Kardec recebe os princípios da
Doutrina, através da mediunidade.
Jesus afirma que é preciso nascer de
novo.
Kardec explica a reencarnação.
Jesus reporta-se a outras moradas.
Kardec menciona outros mundos.
33. Em verdade vos digo: os que
carregam seus fardos e
assistem os seus irmãos são os
meus bem-amados. Instrui-vos
na preciosa doutrina que dissipa
o erro das revoltas e vos ensina
o objetivo sublime da prova
humana.
34. Como o vento varre a poeira,
que o sopro dos Espíritos dissipe
a vossa inveja dos ricos do
mundo, que são
frequentemente os mais
miseráveis, porque suas provas
são mais perigosas que as
vossas.
35. Estou convosco, e meu apóstolo vos
ensina. Bebei na fonte viva do amor,
e preparai-vos, cativos da vida, para
vos lançardes um dia, livres e
alegres, no seio daquele que vos
criou fracos para vos tornar
perfeitos, e deseja que modeleis vós
mesmos a vossa dócil argila, para
serdes os artífices da vossa
imortalidade.
ESPÍRITO DE VERDADE
36. 7 – Eu sou o grande médico
das almas, e venho trazer-vos o
remédio que vos deve curar. Os
débeis, os sofredores e os
enfermos são os meus filhos
prediletos, e venho salvá-los.
Vinde, pois, a mim, todos vós
que sofreis e que estais
carregados, e sereis aliviados e
consolados.
37. Deus dirige aos vossos corações
um apelo supremo através do
Espiritismo: escutai-o. Que a
impiedade, a mentira, o erro, a
incredulidade, sejam extirpados
de vossas almas doloridas. São
esses os monstros que sugam o
mais puro do vosso sangue, e
vos produzem chagas quase
sempre mortais.
38. Que no futuro, humildes e submissos
ao Criador, pratiqueis sua divina lei.
Amai e orai. Sede dócil aos Espíritos do
Senhor. Invocai-o do fundo do coração.
Então, Ele vos enviará o seu Filho bem-
amado, para vos instruir e vos dizer
estas boas palavras: “Eis-me aqui;
venho a vós, porque me chamastes!
ESPÍRITO DE VERDADE Havre, 1863
39. 8 – Deus consola os humildes e dá
força aos aflitos que a suplicam. Seu
poder cobre a Terra, e por toda parte,
ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo
que consola. O devotamento e a
abnegação são uma prece contínua e
encerram profundo ensinamento: a
sabedoria humana reside nessas duas
palavras.
40. Possam todos os Espíritos sofredores
compreender estas verdades, em vez
de reclamar contra as dores, os
sofrimentos mortais, que são aqui na
Terra o vosso quinhão. Tomai, pois, por
divisa, essas duas palavras:
devotamento e abnegação,
e sereis fortes, porque elas resumem
todos os deveres que a caridade e a
humildade vos impõe.
41. O sentimento do dever cumprido vos
dará a tranquilidade de espírito e a
resignação.
O coração bate melhor, a alma se
acalma, e o corpo já não sente
desfalecimentos, porque o corpo sofre
tanto mais, quanto mais
profundamente abalado estiver o
espírito.
43. Ante as dificuldades do
cotidiano, exerçamos a
paciência, não apenas
em auxílio aos outros,
mas igualmente a favor
de nós mesmos.
44. Lembremo-nos de que as
Leis Divinas, através dos
processos de ação visível
e invisível da natureza, a
todos nos tratam em
bases de equilíbrio,
entregando-nos a elas,
45. entre as necessidades do
aperfeiçoamento e os
desafios do progresso, com a
lógica de quem sabe que
tensão não substitui esforço
construtivo, ante os
problemas naturais do
caminho.
46. E façamos isso, não apenas
por amor aos que nos
cercam, mas também a fim de
proteger-nos contra a hora da
ansiedade que nasce e
cresce de nossa vigilância
para asfixiar-nos a alma ou
arrasar-nos o tempo sem
qualquer razão de ser.
47. • BATTAGLIA, 0. Introdução aos
Evangelhos — Um Estudo Histórico-
crítico. Rio de Janeiro, Vozes, 1984.
• KARDEC, A. O Evangelho Segundo o
Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.
• PIRES, J. H. Revisão do Cristianismo. 2.
ed., São Paulo, Paidéia, 1983.
• Encontro Marcado”,
• Emmanuel por Francisco Cândido Xavier
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ra/consolador-prometido.htm