O documento discute a negligência do ensino da norma ortográfica nas escolas. Argumenta que a leitura sozinha não é suficiente para o domínio ortográfico e que é necessário ensinar explicitamente o sistema e lógica da escrita. Apresenta teorias sobre tipos de erros ortográficos e métodos de ensino que promovam a auto-correção. Conclui que conhecer a estrutura da língua é mais eficaz do que memorizar palavras isoladas.
1. A NEGLIGÊNCIA E INOPERÂNCIA DAS ESCOLAS PARA COM
O ENSINO DA NORMA ORTOGRÁFICA
LEANDRO APARECIDO MENEGHIN GOMES - CLARETIANO
Introdução
Se outrora o ensino da norma ortográfica era rígido, hoje,
os círculos educacionais mais progressistas
estabeleceram uma postura preconceituosa e negligente
para com ela. Dessa maneira, posicionando-se contra as
propostas tradicionais, que não priorizavam a formação
de alunos leitores e escritores, educadores têm
empregado uma atitude instintiva incumbindo a leitura a
ensinar a escrita correta, já que se acredita que somente
o contato com livros trará domínio ortográfico. Logo, vê-
se a questão do baixo domínio da norma ortográfica da
língua portuguesa presente em adultos e jovens
universitários ou até mesmo já graduados.
Metodologia
Reúnem-se algumas teorias e nomenclaturas da tipologia
de erros, para que se esmiúce a proposição e que se
tenha, pois, resoluções mais acuradas, de autores cujas
obras são especializadas no assunto.
Discussão
Morais (2009), em sua obra “Ortografia: ensinar e
aprender”, separa em dois grupos os erros de ortografia:
os regulares e os irregulares. Aqueles podem ainda ser
subdivididos em regulares diretos, regulares contextuais e
regulares morfológico-gramaticais, assim, cada um
solicita estratégia diferente de ensino.
A proposta de Cagliari (2009) é que o aluno apenas
escreva no início. Só depois de certa fluência é que se
deve preocupar com a grafia através de auto-correção
pelo próprio aluno utilizando um dicionário, assim,
também, acostuma-o a esse habito de conferência.
Ambos autores condenam o ditado com pronuncia
artificializada e atividades que não promovam situações
que levam à explicitação dos conhecimento sobre a
ortografia.
Considerações Finais
A leitura por si só não prepara o aluno a ter domínio da
norma ortográfica. A memória imagética apenas
funcionaria para uma pequena porção de palavras,
enquanto que conhecer o sistema e lógica da escrita
funciona para até mesmo palavras nunca antes ouvidas.
Referências
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. 5ª ed. São Paulo: Ática, 2009.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá - bé- bi- bó- bu..São Paulo: Scipione, 2009.