1. Relatório de Leitura:
DUBY. Georges. “O medo da miséria” in Ano 1000, ano 2000. Na pista de nossos
medos. Editora Unesp. P. 24-47
Págs. 24-25 Grande miséria no ano 1000 atingindo grande parte da população,
entretanto, os elos de solidariedade crescem fazendo com que todos se
ajudem e não haja solidão. Mostra que a verdadeira miséria surge no
século XII na qual grande quantidade de pessoas sai dos campos visando
aproveitar o crescimento das cidades, mas ficam marginalizados.
Pág. 26 Descobertas arqueológicas às margens de um lago em Dauphiné provam
que a grande maioria das pessoas, guerreiros e agricultores, viviam
precariamente em razão dos objetos encontrados. Havia grande
exploração, no entanto, não pode-se falar em miséria verdadeira em razão
das relações de solidariedade entre esses iguais e a pouca riqueza que
possuíam era distribuída igualitariamente.
Pág.: 28 Mostra que as sociedades medievais como as sociedades africanas eram
solidárias e que os homens eram inseridos em grupos e o senhor feudal era
como um protetor que ajudava em épocas de fome. “Era gente muito
pobre, mas unida.” Eram homens que viviam em bandos.
Pág.: 29-30 Crise de fome em 1033 em Borgonha – colheita péssima em virtude de
grande chuva durante três anos consecutivos. Grande miséria fazendo com
que as pessoas passassem a se alimentar de terra e posteriormente, até
mesmo de restos humanos. Sacralização do Pão em virtude do medo
constante d a fome.
Pág.: 31-32 Não houve revolta provocada pela fome nos campos. A frança do ano 100
e de 1200 estava passando por um período de grande prosperidade devido
à urbanização. Nas proximidades das cidades que no século XI a miséria
surgiu de forma repentina como conseqüência da migração dos
camponeses para as cidades e com isso a solidariedade primitiva tivera seu
fim tendo em vista que esses homens estavam fora de seu grupo.
Pág.: 33-36 Aparecimento no final do século XII de Francisco de Assis realizando uma
reforma radical no Cristianismo que passou de ser meramente um conjunto
de ritos passando a ser uma adoção nova de concepção de vida baseada no
evangelho. Surgimento de instituições de caridade e albergues, além das
associações de socorro mútuo reconstruindo a malha de solidariedade.
Pág.: 37-38 Por volta de 1230 aparecem os primeiros franciscanos na França, sendo
confundidos com hereges devida sua forma de viver na pobreza.
2. Pág.: 40 Desenvolvimento de uma estrutura familiar sólida e segura por volta do ano
1000 em razão da imposição da igreja a monogamia e a exogamia. Mostra
a sociedade medieval muito machista com a mulher submissa ao homem.
Pág.: 43 Homens e mulheres entre 15 e 20 anos tinham como destino servir de
contingente de mãe de obra no desmatamento de terras ou para migrações
em locais distantes. Além disso, a cidade era o outro destino onde serviam
de mão de obra para artesanato, mas não tinha trabalho para todos.
Pág.: 44 Exclusão das comunidades judaicas que no início do século XIII foram
obrigados a usar um sinal distintivo. Da mesma forma, foram excluídos os
leprosos que eram isolados na periferia da cidade sendo difernciados por
suas vestimentas e por agitar uma matraca.
Pág.: 46 A rejeição do miserável e do migrante já era evidente, porém mais tarde, no
século XIV a guerra dos Cem anos levou para as cidades as populações
camponesas causando medo nos ricos, aumentando ainda mais a rejeição.