COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Séculos XIV e XV - Perseguições
1. A) Movimentos Milenaristas Medievais
Movimentos Milenaristas
Movimentos Heréticos
B) Transformações Sociais XIV: crise
Doenças: Peste Negra
Guerras: Guerra de cem anos (França e Inglaterra)
Fome
C) Perseguições às mulheres e judeus
2. Nas cidades a maioria das mulheres vivia em condições de pobreza,
fazendo trabalhos mal pagos como servas, vendedoras ambulantes,
comerciantes (com frequência multadas por não terem licença),
fiandeiras, membros de guildas menores e prostitutas.
Também trabalhavam como ferreiras, açougueiras, padeiras,
chapeleiras, cervejeiras, cardadeiras de lã e comerciantes Mulheres
ganharam acesso a muitas ocupações que posteriormente seriam
consideradas trabalhos masculinos.
Na cidade, a subordinação das mulheres a tutela masculina era menor,
pois agora podiam viver sozinhas ou como chefes de família com seus
filhos. p.63-64 e (Shahar, 1983, pp. 189-200; King, 1991, pp. 64-7).
Tacuina sanitatis (XIV century)
OCUPAÇÕES
FEMININAS NO
FINAL DA IDADE
MÉDIA
3. Mulher medieval XIII
imagem ilustrativa
Mulheres na sociedade
No século XIV, as mulheres também estavam tornando-se
professoras, bem como medicas e cirurgias, e começavam a
competir com homens formados em universidades, obtendo em
certas ocasiões uma alta reputação.
As universidades medievais são
corporações dosaber, originárias
do século XIII, eram destinadas
ao studium e a universitas
(estabelecimento de ensino e
corporação).
Exemplo: EscolaSalernista
(influência árabe, aulasde
dissecação, a presença de mulheres
que estudavam e até mesmo
lecionavam).
4. No século XIV e XV
atribuiu-se à
mulher todas as
calamidades
ocorridas
sobre a Terra
(fome, seca,
guerra, doenças),
já que
personificava Eva,
a filha do pecado.
5. Sermões da Igreja Católica,
pregando a ideia do fim do
mundo (peste, guerra e
fome) a seus fiéis,
culpabilizaram diversos
grupos sociais, como os
judeus, os muçulmanos e
as mulheres.
PERSEGUIÇÕES
Representação de Cerimônia religiosa medieval
6. A mulheres foram apontada como a responsável pelo fim do
mundo, justamente pelo fato de ela apresentar, segundo
concepções religiosas, uma sexualidade incontrolável e, por
isso, pecadora, em que seu corpo representava um palco de
manifestações demoníacas.
Execução em Dernburg, 1555
7. É nessa perspectiva que ocorreu uma exaltação à figura
da Virgem Maria, vista como uma mulher pura, cuja
maternidade não foi concebida como as demais e mesmo
após o nascimento de seu filho, Jesus Cristo, ainda
continuou virgem.
Dessa forma, a veneração e a idealização dispensadas à
Maria, diferenciando-a das demais mulheres, tidas como
pecadoras (hereges).
8. A perseguição a mulheres NÃO FOI
exclusiva da Idade Média. Continuou
em épocas muito mais recentes.
Mesmo amplamente considerada como
uma forma de heresia, a bruxaria só
passou a ser considerada crime depois
de 1500. O período mais repressivo foi o
século 17 (MODERNOS ERAM MAIS
CONSERVADORES), perseguidas por
igrejas Protestante e Católica.
As vítimas desses julgamentos - entre 30 e 60 mil pessoas - eram, sobretudo, mulheres. Estima-se
que 20% eram homens.
A última bruxa da Suíça e da Europa, Anna Göldi, executada em 1782.
9. Caça às Bruxas: QUANDO?
Apesar de a bruxaria ser proibida e ter penas escritas em vários códigos de leis no período medieval
(hereges), foi somente no século XV que a caça às bruxas se tornou constante.
Os primeiros julgamentos de bruxas foram (no sul da Franca, na Alemanha, na Suíça e na Itália).
Entre 1435 e 1487, foram escritos vinte e oito tratados sobre bruxaria na Europa.
Ou seja: XV-XVIII mulheres continuaram sendo executadas sob a acusação de serem bruxas.
10. O período MODERNO manteve a perseguição às mulheres na famosa época da CAÇA ÀS BRUXAS
12. Ataque aos Judeus
O ataque sistemático a que os judeus foram submetidos a partir do
século XII, as novas regras de discriminação (por exemplo, o uso de
roupa distintiva) que foram adotadas pelo clero contra eles, assim como
sua expulsão da Inglaterra e da França (p.62).
Degradados pela Igreja, diferenciados pela população cristã e forçados a
confinar seus empréstimos ao nível da aldeia (uma das poucas
ocupações que podiam exercer), os judeus se transformaram em alvo
fácil para os camponeses endividados, que descarregavam neles seu
enfrentamento contra os ricos (p.63)
13. Contos da Baixa Idade Média e da Idade Moderna provenientes da Inglaterra, da
Itália, da França e da Alemanha, narrativas advindas de antologias como o
Pentamerone, de Giambattista Basile, os Contos de Mamãe Gansa, de Charles
Perrault, e os Contos de Grimm, dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm.
COMO O JUDEU APARECE?
PERSEGUIÇÕES AOS JUDEUS
O QUE VOCÊ LEMBRA DO
CONTO “Judeu entre os
espinhos”?
14. Um conto que reflete bem o histórico antissemitismo
15. 1. Como sofredor do litígio de dançar no meio de um
espinheiro no primeiro;
2. O judeu é uma pessoa má que tenta roubar um
simplório trabalhador;
3. Justificativa para seres perseguidos;
16. Ao falar sobre o conto “Um Judeu entre os Espinhos” Estés (2005,
p.16) diz que ele:
[...] O conto é tão carregado de estigmas raciais, religiosos e
criminosos que só deveriam existir em arquivos para estudiosos da
trajetória das histórias da maldade e da triste incapacidade dos seres
humanos de buscarem o coração eterno.
Tais contos profanaram a vida humana, convidaram a ferir outros e,
decididamente, desumanizaram muitas pessoas em sua época.
17. TESE: de uma perpetuação dos contos medievais
na Idade Moderna;
Os pregadores medievais utilizavam elementos da
tradição oral para ilustrar argumentos morais.
Seus sermões transcritos em coleções de “Exempla”
dos séculos XII ao XV referem-se às mesmas
histórias que foram recolhidas, nas cabanas dos
camponeses, pelos folcloristas do século XIX.
Apesar de a bruxaria ser proibida e ter penas escritas em vários códigos de leis no período medieval, foi somente no século XV que a caça às bruxas se tornou veemente, quando a Igreja Católica conseguiu incutir na mentalidade coletiva o seu modelo. Esse sortilégio, a partir daí, adquiriu uma importância muito maior e deixou de ser visto apenas como uma maneira de fazer mal aos outros, passando a ser considerado uma grande perversão sexual, moral e religiosa.