O documento discute as ideias de progresso, desenvolvimento e evolução ao longo da história. Apresenta as visões de filósofos gregos, romanos e cristãos sobre o progresso humano. Também aborda as cinco etapas do desenvolvimento econômico propostas por Rostow e visões sobre o progresso nos séculos XVIII, XIX e início do XX. Por fim, discute perspectivas atuais e alternativas ao desenvolvimento.
3. Sociedade
Tradicional
A era do
consumo em
massa
A marcha para a
Maturidade
O arranco
As precondições
para o arranco
CINCO ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
Tempo
Nível
de
Desenvolvimento
1750 1940-1960
4. Cinco etapas do Desenvolvimento
1. Sociedades Tradicionais
• Pouco recursos financeiros;
• Ciência e tecnologias modernas não estavam disponíveis ou não eram
regularmente e sistematicamente aplicadas;
• Predominantemente agricultura de subsistência;
• Incapacidade de produção de excedentes e acumulação;
5. Cinco etapas do Desenvolvimento
2. Pré condições para o arranco
• Sociedade em pleno processo de transição;
• Desenvolveu-se pela primeira vez na Europa Ocidental (final do século XVII e
inicio do século XVIII);
• Grã Bretanha (favorecida pela geografia, recursos naturais, comércio e política)
foi a primeira a desenvolver as condições.
• Modernização tecnológica;
• Aumento da produtividade;
• Excedentes vem da agricultura;
• Expansão do comércio.
6. Cinco etapas do Desenvolvimento
3. Arranco
• Incentivo tecnológico, principalmente;
• Novas técnicas agrícolas e industriais;
• Expansão de indústrias;
• Aumento na renda;
• Migração da mão de obra rural para o setor industrial.
4. Marcha para a maturidade
• Progresso continuado;
• Aperfeiçoamento das técnicas;
• Surgem novas indústrias;
• Especialização da mão de obra urbana;
• Diversificação de produtos.
7. Cinco etapas do Desenvolvimento
5. Era do consumo em massa
• Estado de Bem Estar; (consumo de bens para além das necessidades básicas)
• Uso de maiores recursos para a assistência social;
• Difusão de serviços em massa e produção de artigos duráveis;
• Máquina de costura bicicleta, utensílios domésticos elétricos foram disseminados;
• Aumento de renda per capita;
• Melhor distribuição de renda;
• Expansão do mercado interno de consumo.
8. Rostow, W. W. (1961) Nisbet, R. (1986) Lopez, F. N. et al. (2017)
A IDEIA DE DESENVOLVIMENTO
9. LA IDEA DE PROGRESO EN LA
ANTIGÜEDAD
• Antiguamente, o progresso era considerado como um conjunto de ideias em
torno do perfeccionismo moral, espiritual e material, na qual buscava a
virtude e salvação.
10. A antiguidade clássica e a ideia de progresso
• Hesíodo (cerca de 700 A.C) foi quem apresentou a primeira ideia de
progresso; partindo de uma idade de ouro que se deteriorou até atingir a
idade do ferro (que foi em seu tempo), mantendo as esperanças de retornar à
idade de ouro primordial onde não havia conhecimento, mas por sua vez
nada contaminava a virtude moral e a felicidade.
11. • Protágoras, Zanos e Epicuro, a ideia de progresso como a luta pela
libertação da ignorância, do medo, da esterilidade e da ignorância; alcançar a
ascensão ao conhecimento melhoria da qualidade de vida.
• Aristóteles descreve que a razão e a sabedoria são primordiais para o
progresso do conhecimento.
A antiguidade clássica e a ideia de progresso
12. OPINIONES DE LOS FILÓSOFOS
ROMANOS SOBRE EL PROGRESO
• Lucrecio, progresso humano se dá atraves do conhecimento sistemático e o
desenvolvimento de todas as ciencias.
• Séneca, se interessava pelos processos que tinham os homens para alcançar
o conhecimento que permanece oculto, mas mais tarde deixaria de ser
ignorado “a inventividade do homem, não sua sabedoria”.
13. EL CRISTIANISMO Y LA IDEA DE
PROGRESO
• San Agustín, desenvolve a ideia de progresso como um avanço, inicialmente
predeterminado por Deus para alcançar a perfeição.
• Joaquín de Fiore (sec. XII) a história humana deve ser considerada atráves de
tres etapas da concepção da Trindade (Primeiro, o Pai ou da Lei; segundo, a
Idade do Filho ou do Evangelho; e por último, uma Era de mil anos que virão,
a Era do Espírito Santo, na qual os seres humanos se libertariam de seus
desejos físicos animais e conheceriam uma serenidade espiritual impossível de
descrever..
14. LA BATALLA DE LOS LIBROS EN EL SIGLO
XVII: Los antiguos contra los modernos.
O moderno não poderia ser
comparado aos grandes
pensadores clássicos.
Santo Agostinho acreditava
que a humanidade havia
acabado em declínio do
ponto de vista divino, que
talvez seu fim fosse a morte
Sempre haveria um avanço
nas ciências, nas artes, no
próprio conhecimento,
porque cada época tinha a
capacidade de desenvolver
o que os antigos já haviam
feito.
Fontenelle do ponto de
vista científico diz que os
homens nunca irão
degenerar.
Los
antigos
Los
modernos
15. PUNTOS DE VISTA DEL SIGLO XVIII
SOBRE EL PROGRESO
Alemanha
Emmanuel Kant- por natureza, as habilidades que o
homem mantinha estariam, em algum momento,
totalmente desenvolvidas.
Inglaterra e Escócia
Adam Smith- progresso se baseava em uma estabilidade
em relação ao sistema econômico que funcionava com a
mecânica de “uma mão invisível”.
William Godwin- o avanço científico, em que
chegaríamos inevitavelmente a um ponto onde nem
mesmo a morte nos atingiria.
16. EL PUNTO DE VISTA DEL PROGRESO
EN EL SIGLO XIX
França
Augusto Comte- a essência do progresso
está no intelectual e em sua evolução. Três
fases- Teológico, metafísico e positivo ou
científico.
Alemanha
Hegel- a evolução da espécie humana é
parecida com a de outras espécies, no entanto, a
única consciente porque podemos alcançar a
perfectibilidade por meio de nossas faculdades
mentais. A liberdade é a o parâmetro para o
progresso.
Marx- Resultados inevitáveis
17. EL PUNTO DE VISTA DEL PROGRESO
EN EL SIGLO XIX
Inglaterra
Spencer- progresso é uma necessidade. A
civilização não é artificial: faz parte da natureza,
assim como a formação de embrião, ou o
desenvolvimento de uma flor.
Estados Unidos da
América
Emerson o progresso avança por meio da exploração de
recursos, de novas tecnologias e mecânicas,
independentemente da devastação ecológica que cause.
18. ESCÉPTICOS DEL PROGRESO EN EL
SIGLO XIX
Jacob
Burckhardt
Oswald
Spengler e
Austin
Freeman
Friedrich
Nietzsche
Arthur
Schopenhau
er
19. EL LADO OSCURO DEL PROGRESO
Poder
Racismo
Nacionalismo
Final do século XIX e início do XX o poder estava
concentrado no Estado, porque podia intervir nos
domínios sociais, económicos, culturais, entre
outros.
Hegel "A marcha de Deus na mundo, esse é o estado ”.
Havia também a ideia de que as raças superiores
(Nórdica, anglo saxão e/ou teutônica) com todas
as suas habilidades, do intelectual ao econômico,
tinham um progresso definido, e que mesmo eles
poderiam dominar o mundo.
20. LA FE EN EL PROGRESO EN LOS
ALBORES DEL SIGLO XX
• A fé em progresso estava praticamente morta, pelo menos no Ocidente,
devido a Primeira Guerra Mundial, pela Grande Depressão, pela Segunda
Guerra Mundial;
• Os comunistas tinham a fé intacta em um futuro dourado, como podia ser
visto nos russos e nos chineses.
21. ESCEPTICISMO ACTUAL EN TORNO A
LA IDEA DE PROGRESO
Avanço
industrial com o
econômico, o
tecnológico e o
material
Recursos naturais
estão esgotados
Desenvolvimento
ilimitado
Tédio
25. • O termo progresso, do latim progressus, indica avanço para frente,
crescimento. Avançar é deixar coisas para trás, pisar em território novo (Rey,
1993, p. 1643).
PROGRESSO
26. DESENVOLVIMENTO
- Verbo volvere (rolar, fazer girar);
-‘Desenrolar’
Sentido mais comum desde o século XIV;
No século XVIII adquiriu novos valores semânticos: “Ação de desenvolver,
de crescer” , “ação de evoluir” (Bonnet, 2006, p. 143).
27. EVOLUÇÃO
- Do latim evolutia, derivado de e- (‘fora de’) e volutus (‘enrolado’);
- Relacionado ao desenrolar de livros (pergaminhos);
- No final do século XVII, adquire sua acepção atual: “processos ordenados
de mudança, observados em estágios”.
- “Evolução da Humanidade” - direções científica, técnica e política (Giddens,
2009).
28. INFÂNCIA
- Vem do latim infans, formado de in (prefixo negativo) e fari (falar): aquele que não fala;
- A criança europeia dos séculos XIV e XV: condição de invisibilidade e indiferença na
relação com adultos;
- Crianças do século XIX: centro das atenções (Ariès, 2012),
Crianças: frágeis criaturas de Deus a serem
preservadas, vigiadas e disciplinadas.
29. Instituição Escolar
• O colégio torna-se condição imprescindível para a “boa educação” burguesa.
• Preocupação com a formação moral e intelectual da criança, e a necessidade de
“adestrá-la”;
30. • A instituição escolar é importante meio de reprodução de modos, costumes,
ideologias e práticas da elite dominante, contribuindo para disciplinar e
‘civilizar’ corpos ou lugares (Foucault, 1998).
• Ex.: Jesuítas
31. • Conceitos de progresso, desenvolvimento e evolução conhecem longa
trajetória no campo das ciências humanas.
• Concepções racistas e visões totalitárias, nas quais povos mais avançados
economicamente foram chamados a dirigir os destinos de outros, supostamente
atrasados, os que não “evoluíram”, e, assim, impuseram as vias pelas quais
aqueles deveriam encaminhar seu futuro para se aproximar das “metas
universais” da civilização.
32. • Desvencilhar-se das noções de progresso,
evolução e desenvolvimento, contidas no
mantra capitalista;
• Reúne individualismo, eficiência e
competitividade como elementos capazes de
vencer escassez e insegurança.
• Avançar em outros desenvolvimentos ou
ciclos possíveis, que acolham coletividades e
diferenças humanas, com criatividade,
pensamento crítico, artístico e ecológico,
em redes de compartilhamento humano;
33. Desenvolvimento Sustentável:
• Declaração de Cocoyoc, em 1974 (pobreza e desigualdade seriam as causas
maiores da crise ambiental);
• Relatório WhatNow, de 1975 (enfatiza os abusos do poder como fator
determinante da crise planetária).
• Pensar limites para crescimento desordenado, consumo e produção, assim como
soluções para as desigualdades e para urgentes questões ambientais.
Diferentes Desenvolvimentos
34. Diferentes Desenvolvimentos
Desenvolvimento Humano:
• Não sacrificar o bem-viver dos outros em nome de seu próprio crescimento,
progresso ou evolução.
• Ideais de justiça e fraternidade, solidariedade e compaixão e em práticas de
cooperação e cuidado.