SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 62
GERENCIAMENTO DE RISCO
CAMILA MARES GUIA BRANDI
residecoadm.hu@ufjf.edu.br
Risco
Probabilidade de ocorrência de um evento e as suas
consequências
Risco
- O termo risco é proveniente do latim e significa ousar. Entende-se
“risco” como possibilidade de “algo não dar certo”, mas seu conceito
atual envolve a quantificação e qualificação da incerteza, tanto no que
diz respeito às “perdas” como aos “ganhos”, com relação ao rumo dos
acontecimentos planejados;
“Quando investidores compram ações, cirurgiões realizam
operações, engenheiros projetam pontes, empresários abrem
seus negócios e políticos concorrem a cargos eletivos, o risco é
um parceiro inevitável. Contudo, suas ações revelam que o risco
não precisa ser hoje tão temido: administrá-lo tornou-se
sinônimo de desafio e oportunidade”. (BERNSTEIN, 1996, p. VII)
• As corporações estão sujeitas a riscos corporativos ao alcance de seu
controle.
•Vários especialistas analisam esses riscos para a corporação, mas
separadamente, não em conjunto.
• O gerente de riscos financeiros trata dos riscos de: investimentos, crédito,
taxa de câmbio, taxa de juros etc. Advogados cuidam dos riscos regulatórios e
políticos. Especialistas em segurança física, ocupacional, ambiental, trabalham
individualmente no gerenciamento de riscos. Cada um olha para um segmento
específico, não o todo.
• Os riscos não se dispõem em caixas separadas, causando sim um efeito
dominó uns sobre os outros.
• Um erro operacional resulta em danos físicos, à propriedade, processos de
responsabilidade, multas de reguladores e inspetores, possível redução na
liquidez e no crédito. Todos os riscos estão interconectados.
VISÃO INTEGRADA DO
GERENCIAMENTO DE RISCOS
VISÃO INTEGRADA DO
GERENCIAMENTO DE RISCOS
• O processo de análise e resposta necessita de uma visão simples e
global. Além disso, devem ser comunicados de forma simples e objetiva
para a diretoria: o perfil de riscos, riscos que podem ser desprezados,
riscos que devem ser transferidos / financiados, planos de emergência e
de recuperação de negócios.
• Todos os investimentos em gerenciamento de riscos devem ser
hierarquizados conforme a taxa mínima de retorno estabelecida pela
corporação.
• As corporações estão sujeitas, também, a riscos globais (pandemias,
aquecimento global, proliferação nuclear, fundamentalismo religioso,
envelhecimento populacional, fragmentação política, etc), cujo
tratamento é mais difícil, não podendo, no entanto, ser ignorados.
MODELO DE GESTÃO
INTEGRADA
ESTÁGIOS DE EXCELÊNCIA NA
GESTÃO DO RISCO
Risco – Visão Genérica
“Oportunidade e risco são duas faces mesma moeda.”
• Não há oportunidade sem risco.
• Quanto maior é a oportunidade maior é o risco.
• O valor da organização depende da realização dos objetivos.
• A gestão de risco dos objetivos potencia a criação de valor e a
competitividade das organizações.
Risco e Fator de Risco
• É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo,
óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura,
recuperação ou melhora), em uma população ou grupo,
durante um período determinado.
• É estimado sob a forma de uma proporção (razão entre
duas grandezas, na qual o numerador se encontra
necessariamente contido no denominador).
O conceito de risco possui dois elementos:
1. A probabilidade de um evento perigoso; são condições
de uma variável com potencial necessário para causar danos.
Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas,
danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente,
perda de material em processo, ou redução da capacidade de
produção;
2. Severidade da consequência do evento perigoso;
expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um
período de tempo ou número de ciclos operacionais. Pode
indicar ainda incerteza quanto à ocorrência de um determinado
evento.
Noção de Risco
O conhecimento probabilístico permite:
1) Identificação de potenciais fontes de agravos e a adoção de
medidas preventivas e de segurança;
2) Gera uma atmosfera de incertezas e ansiedade (ampliação
da ambiguidade em distinguir-se saúde/doença).
(JACOBI, P.R.Educação na Sociedade de Risco)
Vigilância em Saúde
Gestão do Risco
= conformação e formalização
forma de identificar, interpretar e validar,
as diferentes dimensões do processo saúde-doença
Vigilância Epidemiológica (vigilâncias)
Gerenciamento do Risco
= programação e intervenção
“CUIDAR DA SAÚDE”
Subsistema de informações para as ações de controle:
VIGILÂNCIA x PROGRAMAS
 Agiliza o processo de identificação e controle de eventos
adversos à saúde.
 Elabora as normas utilizadas nos diversos níveis dos
serviços de saúde.
 As intervenções devem estar perfeitamente articuladas
com a de planejamento, execução e avaliação dos
programas.
Subsistema de inteligência operativa:
INTELIGÊNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 É especializado e tem por objetivo formalizar o risco.
 Elabora as bases técnico - cientifico dos programas para
intervenção e controle de eventos específicos adversos à
saúde.
Vigilância em Saúde - Gestão do Risco
Vigilância Epidemiológica - Gerenciamento do Risco
 Incorpora a Epidemiologia enquanto método buscando
a operacionalização das práticas das vigilâncias através
do uso de técnicas de planejamento destinadas ao
enfrentamento dos eventos e fenômenos.
 Identifica e prioriza os problemas de acordo com as
necessidades locais.
 Visa a articulação integrada de promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação.
Vigilância em Saúde
Gestão do Risco
 Fortalece o processo de autonomia político-gerencial dos
sistemas e da capacidade técnico-operacional para o
desenvolvimento das ações de enfrentamento aos problemas
de saúde de acordo com o perfil epidemiológico local.
 Deve ser entendida como pré-requisito para a elaboração de
planos, programas e projetos de saúde e instrumentos para
avaliação dos impactos.
 Permite o monitoramento e a avaliação com a finalidade de
medir impactos e resultados das ações de saúde e/ou
identificar fatores de risco.
 Possibilita a escolha de alternativas para a tomada de
decisão.
Vigilância em Saúde
Gestão do Risco
OBJETIVOS:
 Identificar tendências e fatores de risco envolvendo a
ocorrência de doenças e agravos.
 Recomendar com bases objetivas e cientificas as
medidas necessárias para prevenir ou controlar a
ocorrência de agravos à saúde.
 Avaliar o impacto de medidas de intervenção por meio
de informações epidemiológicas.
Vigilância Epidemiológica
Gerenciamento do Risco
FUNÇÕES:
• Coleta de dados;
• Processamento de dados coletados;
• Análise e interpretação dos dados processados;
• Recomendação das medidas de controle apropriadas;
• Promoção das ações de controle indicadas;
• Avaliação da eficácia e efetividade das medidas
adotadas;
• Divulgação de informações pertinentes.
Vigilância Epidemiológica
Gerenciamento do Risco
Foco da Acreditação
• As necessidades dos clientes estão mudando ao longo
do tempo devido educação, economia, tecnologia e
cultura.
• Estas mudanças requerem melhorias continuas da
qualidade.
• Métodos Administrativos
• Protocolos Assistenciais
Gerenciamento de Risco
Conceitos Clássicos de Gerenciamentos de
Risco
• Os conceitos de gerenciamento de risco apareceram nos
EUA, nos anos 70, como resposta a uma explosão de ações
nos tribunais contra médicos “malpractice crissis”.
• Nova Iorque – teve um aumento de 564 novos casos/ano de
1970 para 1200 casos novos/ano em 1974.
• Do objetivo clássico de se evitar o risco financeiro das
queixas em tribunal, passa-se para o objetivo de tornar o
sistema de saúde mais seguro.
Mudança do conceito de Gerenciamentos de Risco
O conceito de segurança do paciente deixa de ser algo
ligado apenas ao controle do número de queixas em
tribunais, cujo desempenho se apurava através do maior ou
menor número
Promover a Segurança dos Pacientes
Exigindo desta forma novas formas de medição da eficácia
da assistência.
Gestão do Risco
• Processo através do qual as organizações lidam com o risco
associado à sua atividade.
• Medidas de prevenção ou controle que devem ser adotadas,
para eliminar, prevenir ou minimizar um ou vários pontos
críticos ou de risco.
Gerenciamento de Risco
As investigações da Gerência de Risco devem efetivamente
relacionar …
EVENTO a sua CAUSA REAL
Objetivo da Gestão do Risco
Acrescentar valor a todas as atividades da organização
Probabilidade de fracasso
Probabilidade de sucesso
Gerenciamento de Risco
Redução da probabilidade da ocorrência de Eventos
Adversos
Riscos Ambientais
Probabilidade de ocorrer um evento bem definido,
que pode causar algum dano relacionado a(s):
• saúde,
• unidades operacionais,
• econômico
• social
A ocorrência de lesões causadas por dispositivos
médicos pode estar relacionada ao equipamento, ao
operador, ao paciente, ou estar relacionada a outros
fatores, como por exemplo, o transporte externo e
interno, armazenamento ou instalação do produto.
Riscos Ambientais
Químico
Acidentes
Ergonômico
Biológico
Riscos Ambientais
Físico
As lesões causadas por produtos mecânicos, elétricos ou
eletromecânicos podem ser resultantes de produtos que:
(ANVISA, 2003).
-Não estejam em conformidade com as
especificações.
Por exemplo:
•Manuseio errado (ex: danos causados durante o
transporte);
•Falha no cumprimento das Boas Práticas de
Fabricação (BPF);
• Não atendimento às exigências legais (Leis,
Regulamentações);
Riscos Ambientais
• Não contêm sinalizações ou avisos adequados;
•Não foram projetados adequadamente para o uso
pretendido;
• São divulgados como passível de esterilização, mas não
o são;
• Falha ou deterioração por qualquer razão.
Riscos Ambientais
O gerenciamento do ambiente hospitalar pode ser
definido como um conjunto de processos utilizados
para planejar, construir, equipar e manter a
confiabilidade de espaços e tecnologias.
Gerenciamento do Ambiente Hospitalar
Gerenciamento do Risco no Ambiente Hospitalar
A identificação de riscos
Para o Gerenciamento do ambiente hospitalar, vamos
necessitar além das informações do campo da
manutenção, as informações relativas aos riscos
existentes. Com relação aos riscos no prédio e infra-
estrutura, o mapa de riscos dos diversos espaços tem
seu conceito ampliado.
O Mapa de Risco foi criado através da portaria nº 05 de
18/08/1992 do DNSST (Departamento Nacional de
Segurança e Saúde do Trabalhador) do Ministério do
Trabalho, e as informações sobre sua construção foram
transferidas para a NR-5 que trata da CIPA.
O mapa de Risco é uma representação gráfica dos fatores de
riscos existentes nos diversos locais de trabalho.
(TEIXEIRA, P; p. 111,1996).
Mapa de Risco
Mapa de Risco
• Tem como objetivos reunir as informações necessárias
para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança
e saúde no trabalho na empresa. Possibilita, durante sua
elaboração a troca e divulgação de informações entre
trabalhadores, bem como estimular sua participação nas
atividades de prevenção.
• Tais fatores têm origem nos diversos elementos do
processo de trabalho.
Identificação do Risco no Ambiente
Hospitalar
Quando se fala em riscos em ambientes hospitalares,
pensamos imediatamente em infecção hospitalar.
A preocupação em se definir os riscos existentes no
ambiente hospitalar e inventariá-los de forma objetiva e
racional são fundamentais para definição de parâmetros
e procedimentos de biossegurança.
Objetivo
• O princípio é de que os riscos podem ser controlados
através de uma gama de opções que podem ser
combinadas de diversos modos.
• Consiste na seleção e implementação das estratégias
mais apropriadas, envolvendo a regulamentação, a
disponibilidade de tecnologias de controle, a análise de
custos e benefícios, a aceitabilidade de riscos, a análise de
seus impactos nas políticas públicas e diversos outros
fatores sociais e políticos.
Natureza dos Riscos
1) Riscos Estratégicos:
Os riscos estratégicos estão associados à tomada de
decisão da alta administração e podem gerar perda
substancial no valor econômico da organização. Os riscos
decorrentes da má gestão empresarial muitas vezes
resultam em fraudes relevantes nas demonstrações
financeiras.
Exemplos: diminuição de demanda do mercado por
produtos e serviços da empresa causada por
obsolescência em função de desenvolvimento de novas
tecnologias/produtos pelos concorrentes.
2) Riscos Operacionais
- Os riscos operacionais estão associados à possibilidade
de ocorrência de perdas (de produção, clientes, receitas)
resultantes de falhas, deficiências ou inadequação de
processos internos, pessoas e sistemas, assim como de
eventos externos. Os riscos operacionais geralmente
acarretam redução, degradação ou interrupção das
atividades, com impacto negativo na reputação da
sociedade.
3) Riscos Financeiros (mercado, crédito e liquidez)
- Associados à exposição das operações financeiras da
organização. É o risco de que os fluxos de caixa não sejam
administrados efetivamente para maximizar a geração de
caixa operacional, gerenciar os riscos e retornos específicos
das transações financeiras e captar e aplicar recursos
financeiros de acordo com as políticas estabelecidas.
Metas Internacionais para a Segurança do
Paciente (redução dos riscos)
• Identificar os pacientes corretamente;
• Melhorar a comunicação efetiva (prescrições e resultados
de exames diagnósticos);
• Melhorar a segurança para medicamentos de risco;
• Eliminar cirurgias em membros ou pacientes errados;
reduzir o risco de adquirir infecções;e
• Reduzir o risco de lesões decorrentes de quedas.
Estas metas vêm sendo implementadas em todos os
hospitais em processo de acreditação nacional americano e
acreditação internacional.
Segurança do paciente: iniciativas no Brasil
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
Agência governamental brasileira que atua fortemente na
área da segurança.
Objetivo:
Promover a proteção da saúde da população, por
intermédio do controle sanitário da produção e da
comercialização de produtos e serviços submetidos à
vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos,
dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem
como o controle de portos, aeroportos e fronteiras.
Atuação da ANVISA:
Projeto Hospitais Sentinela criado em 2001, para ampliar e
sistematizar a vigilância de produtos utilizados em serviços de
saúde e, assim, garantir melhores produtos no mercado e mais
segurança e qualidade para pacientes e profissionais de saúde.
• Rede nacional constituída por hospitais terciários, de grande
porte e alta complexidade, mobilizados para a notificação de
eventos adversos relacionados a produtos de saúde.
Aborda três áreas distintas:
• Farmacovigilância
• Hemovigilância
• Tecnovigilância
Segurança do paciente: iniciativas no Brasil
43
Cinco Pilares
1. Farmacovigilância
2. Tecnovigilância
3. Hemovigilância
4. Gestão de Resíduos
5. Controle de Infecção Hospitalar
44
 Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção
dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a
medicamentos (OMS,2002).
 Objetivos:
1) Detecção de reações adversas ou interações medicamentosas
desconhecidas;
2) Detecção do aumento da freqüência de aparição de reações
adversas conhecidas;
3) Identificação dos fatores de risco e mecanismos subjacentes nas
reações adversas;
4) Avaliação dos aspectos quantitativos de risco;
5) Análise e disseminação das informações obtidas, necessárias à
prescrição e regulação dos medicamentos;
45
 Visa a segurança sanitária de produtos para saúde pós-
comercialização (equipamentos, materiais, artigo médico-
hospitalares, implantes e produtos para diagnóstico).
46
 Sistema de avaliação e alerta, organizado com o objetivo de
recolher e avaliar informações sobre os efeitos indesejáveis e/ou
inesperados da utilização de hemocomponentes a fim de prevenir
seu aparecimento ou recorrência.
 Controle mais rigoroso da Qualidade do Sangue
Exames Laboratoriais do doador
Exames Laboratoriais do receptor (pré e pós-transfusão)
 Controle sistemático da Reações Transfusionais (RTs) Agudas e
Tardias
 Garantia da Rastreabilidade do Sangue e Hemocomponentes
 Busca ativa das Notificações
 Auxílio às investigações das reações tardias
47
 Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS)- Conjunto
de procedimentos de gestão, planejados e implantados a partir de
bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de
minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos
gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a
proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos
recursos naturais e do meio ambiente.
48
 Conjunto de ações desenvolvidas e deliberadas sistematicamente,
com vistas a redução máxima possível da incidência e da
gravidade das infecções hospitalares.
49
- INDICADORES:
1. Não conformidade relacionada à administração de
medicamento pela enfermagem
2. Reação adversa e queixa técnica em relação à medicamentos
3. Índice de perda de sonda nasoenteral para aporte nutricional
4. Índice de extubação acidental
5. Índice de úlcera por pressão
6. Índice de queda de paciente internado
7. Infecção hospitalar
8. Evento adverso devido à equipamentos e/ou materiais
9. Reação transfusional por contaminação bacteriana no
hemocomponente
10. Transfusão em paciente errado
11. Índice de acidente de trabalho
12. Evento sentinela
50
- Impulsiona mudança de cultura institucional e profissional
- Incentiva atitudes não punitivas
- Possibilita correção dos pontos vulneráveis do sistema
- Permite prevenção das falhas
- Garante maior segurança a pacientes e prestadores de serviços
Investigação de ocorrências como Ferramenta da Qualidade dos
Serviços de Saúde
GERENCIAMENTO DE RISCO
1. Desafio Global: Infecção “Cuidado Limpo é Cuidado
Seguro.”;
2. Envolvimento de pacientes e consumidores;
3. Desenvolvimento de conceitos e padrões;
4. Pesquisas;
5. Soluções para redução de riscos e garantia da segurança;e
6. Relatar e aprender.
Programa 2005 “Aliança Mundial
para a Segurança do Paciente”:
Construção do Modelo
“ Em serviços de Saúde qualidade e risco são indissociáveis”
Qualidade
Risco
• Informações de segurança de processos;
• Política de revisão dos riscos;
• Gerenciamento de modificações;
• Manutenção e garantia da qualidade de sistemas críticos;
• Normas e procedimentos operacionais;
• Política de capacitação de recursos humanos;
• Investigação de incidentes;
• Plano de emergência;
• Auditorias.
Programa de Gerenciamento de
Riscos
Gerenciamento de Riscos
Fatores Humanos/ organizacionais
55
 Utilização de checklists/ protocolos
 Melhorar a qualidade dos registros em prontuário
 Padronizar procedimentos
 Participar de iniciativas de processos de melhoria
 Incluir o paciente e seus familiares na confirmação de dados
 Estabelecer políticas para desenvolver uma cultura de segurança
Desafio da Gestão do Risco
• Mudança de Cultura. De uma cultura de relato para uma
de aprendizagem;
• Análise dos Micro-sistemas;
• Análise dos Processos;
• Análise da estrutura;
• Educação e treinamento, Colaboração, Relatórios
Pesquisa e Projetos especiais.
57
DIFICULDADES RELACIONADAS À
NOTIFICAÇÃO
• Falta de Conscientização dos profissionais
• Falta de tradição dos profissionais em notificar
ocorrências
• Ruptura de rotinas previamente estabelecidas
• Sigilo da informação
• Tempo decorrente entre a notificação e o
“fechamento do caso”
• Baixa confiabilidade acerca dos resultados
O conceito de risco na atualidade
Os componentes básicos são:
- potencial de perdas e danos;
- incerteza de perdas e danos;
- relevância das perdas e danos.
Se expressa como:
Risco = Probab. de Danos x Magnitude
das Conseqüências
Tempo
Fatores que contribuiram para o surgimento
1) mudança na própria natureza do risco (principais causas
de óbito foram deixando de ser atribuídas às doenças
infecciosas para privilegiar as crônicas degenerativas;
mudança nas características dos acidentes).
2) aumento na média de expectativa de vida.
3) desenvolvimento de testes de laboratório, métodos
epidemiológicos, modelagens ambientais, simulações em
computadores e avaliação de riscos na engenharia.
4. a ampliação do papel do governo federal na
avaliação e no gerenciamento de riscos para a saúde,
a segurança e meio ambiente;
5. crescimento de grupos de interesses que
procuravam participar cada vez mais no
gerenciamento social do risco, o que tornou cada vez
mais politizadas as atividades de análise e
gerenciamento de riscos
Resultado Categoria
Baixo
Moderado
Alto
Inaceitável
Ação
Elaborar planos de ação e definir responsáveis
Conscientizar toda a equipe. Prosseguir com ações corretivas visando diminuir o risco
iminente.
Conscientizar toda a equipe e providenciar soluções imediatas dando alta prioridade
às ações. Acompanhamento rigoroso até a eliminação do risco.
Fazer acompanhamento regular através de pequenas ações preventivas
Classificação
Expectativas

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a AULA-6-RISCOS.ppt

Gerenciamento de riscos
Gerenciamento de riscos Gerenciamento de riscos
Gerenciamento de riscos Mari Lima
 
gestao_de_riscos_nas_organizacoes.ppt
gestao_de_riscos_nas_organizacoes.pptgestao_de_riscos_nas_organizacoes.ppt
gestao_de_riscos_nas_organizacoes.pptOtacioCandido1
 
ANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdf
ANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdfANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdf
ANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdfmegaacaipb
 
A risk-management-standard-portuguese-version
A risk-management-standard-portuguese-versionA risk-management-standard-portuguese-version
A risk-management-standard-portuguese-versionNuno Silva
 
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscosCadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscosUniversidade Federal Fluminense
 
Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.
Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.
Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.Midyan Impex
 
Elo Group VisãO Geral De Riscos Positivo
Elo Group   VisãO Geral De Riscos PositivoElo Group   VisãO Geral De Riscos Positivo
Elo Group VisãO Geral De Riscos PositivoEloGroup
 
Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...
Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...
Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...Jefferson Oliveira
 
Aula sobre notificação e análise de incidentes
Aula sobre notificação e análise de incidentesAula sobre notificação e análise de incidentes
Aula sobre notificação e análise de incidentesProqualis
 
gestao-de-riscos-eficaz.pdf
gestao-de-riscos-eficaz.pdfgestao-de-riscos-eficaz.pdf
gestao-de-riscos-eficaz.pdfBrbaraMonteiro35
 
A necessidade de uma nova abordagem flavio seixas
A necessidade de uma nova abordagem flavio seixasA necessidade de uma nova abordagem flavio seixas
A necessidade de uma nova abordagem flavio seixasflavioseixasf
 
2014 04 04 gestão careconsulting
2014 04 04 gestão careconsulting2014 04 04 gestão careconsulting
2014 04 04 gestão careconsultingWagner Louzada
 
Slides. Avaliação de Risco Profissional.pptx
Slides. Avaliação de Risco Profissional.pptxSlides. Avaliação de Risco Profissional.pptx
Slides. Avaliação de Risco Profissional.pptxAliaCristiano
 
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...A. Rui Teixeira Santos
 
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscosCadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscosUniversidade Federal Fluminense
 
slides-explicativos.pdf
slides-explicativos.pdfslides-explicativos.pdf
slides-explicativos.pdfMarcioJackson1
 

Semelhante a AULA-6-RISCOS.ppt (20)

Gerenciamento de riscos
Gerenciamento de riscos Gerenciamento de riscos
Gerenciamento de riscos
 
gestao_de_riscos_nas_organizacoes.ppt
gestao_de_riscos_nas_organizacoes.pptgestao_de_riscos_nas_organizacoes.ppt
gestao_de_riscos_nas_organizacoes.ppt
 
ANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdf
ANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdfANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdf
ANÁLISE DE RISCOS EM LOGÍSTICA.docx.pdf
 
A risk-management-standard-portuguese-version
A risk-management-standard-portuguese-versionA risk-management-standard-portuguese-version
A risk-management-standard-portuguese-version
 
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscosCadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscos
 
Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.
Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.
Gestão de risco e prevenção de perdas no transporte.
 
Elo Group VisãO Geral De Riscos Positivo
Elo Group   VisãO Geral De Riscos PositivoElo Group   VisãO Geral De Riscos Positivo
Elo Group VisãO Geral De Riscos Positivo
 
Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...
Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...
Gerenciamento de riscos abordando os assuntos tratados no PMBOK®, ISO 31000 e...
 
Aula sobre notificação e análise de incidentes
Aula sobre notificação e análise de incidentesAula sobre notificação e análise de incidentes
Aula sobre notificação e análise de incidentes
 
Gerenciamento Risco Pwc
Gerenciamento Risco PwcGerenciamento Risco Pwc
Gerenciamento Risco Pwc
 
gestao-de-riscos-eficaz.pdf
gestao-de-riscos-eficaz.pdfgestao-de-riscos-eficaz.pdf
gestao-de-riscos-eficaz.pdf
 
A necessidade de uma nova abordagem flavio seixas
A necessidade de uma nova abordagem flavio seixasA necessidade de uma nova abordagem flavio seixas
A necessidade de uma nova abordagem flavio seixas
 
Gestão de Risco
Gestão de RiscoGestão de Risco
Gestão de Risco
 
2014 04 04 gestão careconsulting
2014 04 04 gestão careconsulting2014 04 04 gestão careconsulting
2014 04 04 gestão careconsulting
 
Slides. Avaliação de Risco Profissional.pptx
Slides. Avaliação de Risco Profissional.pptxSlides. Avaliação de Risco Profissional.pptx
Slides. Avaliação de Risco Profissional.pptx
 
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscosCadernos de seguro   a evolução da técnica de gerência de riscos
Cadernos de seguro a evolução da técnica de gerência de riscos
 
slides-explicativos.pdf
slides-explicativos.pdfslides-explicativos.pdf
slides-explicativos.pdf
 
Gestão de riscos 31000
Gestão de riscos 31000Gestão de riscos 31000
Gestão de riscos 31000
 
Higiene do trabalho
Higiene do trabalhoHigiene do trabalho
Higiene do trabalho
 

Último

07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 

Último (6)

07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 

AULA-6-RISCOS.ppt

  • 1. GERENCIAMENTO DE RISCO CAMILA MARES GUIA BRANDI residecoadm.hu@ufjf.edu.br
  • 2. Risco Probabilidade de ocorrência de um evento e as suas consequências
  • 3. Risco - O termo risco é proveniente do latim e significa ousar. Entende-se “risco” como possibilidade de “algo não dar certo”, mas seu conceito atual envolve a quantificação e qualificação da incerteza, tanto no que diz respeito às “perdas” como aos “ganhos”, com relação ao rumo dos acontecimentos planejados; “Quando investidores compram ações, cirurgiões realizam operações, engenheiros projetam pontes, empresários abrem seus negócios e políticos concorrem a cargos eletivos, o risco é um parceiro inevitável. Contudo, suas ações revelam que o risco não precisa ser hoje tão temido: administrá-lo tornou-se sinônimo de desafio e oportunidade”. (BERNSTEIN, 1996, p. VII)
  • 4. • As corporações estão sujeitas a riscos corporativos ao alcance de seu controle. •Vários especialistas analisam esses riscos para a corporação, mas separadamente, não em conjunto. • O gerente de riscos financeiros trata dos riscos de: investimentos, crédito, taxa de câmbio, taxa de juros etc. Advogados cuidam dos riscos regulatórios e políticos. Especialistas em segurança física, ocupacional, ambiental, trabalham individualmente no gerenciamento de riscos. Cada um olha para um segmento específico, não o todo. • Os riscos não se dispõem em caixas separadas, causando sim um efeito dominó uns sobre os outros. • Um erro operacional resulta em danos físicos, à propriedade, processos de responsabilidade, multas de reguladores e inspetores, possível redução na liquidez e no crédito. Todos os riscos estão interconectados. VISÃO INTEGRADA DO GERENCIAMENTO DE RISCOS
  • 5. VISÃO INTEGRADA DO GERENCIAMENTO DE RISCOS • O processo de análise e resposta necessita de uma visão simples e global. Além disso, devem ser comunicados de forma simples e objetiva para a diretoria: o perfil de riscos, riscos que podem ser desprezados, riscos que devem ser transferidos / financiados, planos de emergência e de recuperação de negócios. • Todos os investimentos em gerenciamento de riscos devem ser hierarquizados conforme a taxa mínima de retorno estabelecida pela corporação. • As corporações estão sujeitas, também, a riscos globais (pandemias, aquecimento global, proliferação nuclear, fundamentalismo religioso, envelhecimento populacional, fragmentação política, etc), cujo tratamento é mais difícil, não podendo, no entanto, ser ignorados.
  • 7. ESTÁGIOS DE EXCELÊNCIA NA GESTÃO DO RISCO
  • 8. Risco – Visão Genérica “Oportunidade e risco são duas faces mesma moeda.” • Não há oportunidade sem risco. • Quanto maior é a oportunidade maior é o risco. • O valor da organização depende da realização dos objetivos. • A gestão de risco dos objetivos potencia a criação de valor e a competitividade das organizações.
  • 9. Risco e Fator de Risco • É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período determinado. • É estimado sob a forma de uma proporção (razão entre duas grandezas, na qual o numerador se encontra necessariamente contido no denominador).
  • 10. O conceito de risco possui dois elementos: 1. A probabilidade de um evento perigoso; são condições de uma variável com potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da capacidade de produção; 2. Severidade da consequência do evento perigoso; expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo ou número de ciclos operacionais. Pode indicar ainda incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento.
  • 11. Noção de Risco O conhecimento probabilístico permite: 1) Identificação de potenciais fontes de agravos e a adoção de medidas preventivas e de segurança; 2) Gera uma atmosfera de incertezas e ansiedade (ampliação da ambiguidade em distinguir-se saúde/doença). (JACOBI, P.R.Educação na Sociedade de Risco)
  • 12. Vigilância em Saúde Gestão do Risco = conformação e formalização forma de identificar, interpretar e validar, as diferentes dimensões do processo saúde-doença Vigilância Epidemiológica (vigilâncias) Gerenciamento do Risco = programação e intervenção “CUIDAR DA SAÚDE”
  • 13. Subsistema de informações para as ações de controle: VIGILÂNCIA x PROGRAMAS  Agiliza o processo de identificação e controle de eventos adversos à saúde.  Elabora as normas utilizadas nos diversos níveis dos serviços de saúde.  As intervenções devem estar perfeitamente articuladas com a de planejamento, execução e avaliação dos programas. Subsistema de inteligência operativa: INTELIGÊNCIA EPIDEMIOLÓGICA  É especializado e tem por objetivo formalizar o risco.  Elabora as bases técnico - cientifico dos programas para intervenção e controle de eventos específicos adversos à saúde. Vigilância em Saúde - Gestão do Risco Vigilância Epidemiológica - Gerenciamento do Risco
  • 14.  Incorpora a Epidemiologia enquanto método buscando a operacionalização das práticas das vigilâncias através do uso de técnicas de planejamento destinadas ao enfrentamento dos eventos e fenômenos.  Identifica e prioriza os problemas de acordo com as necessidades locais.  Visa a articulação integrada de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação. Vigilância em Saúde Gestão do Risco
  • 15.  Fortalece o processo de autonomia político-gerencial dos sistemas e da capacidade técnico-operacional para o desenvolvimento das ações de enfrentamento aos problemas de saúde de acordo com o perfil epidemiológico local.  Deve ser entendida como pré-requisito para a elaboração de planos, programas e projetos de saúde e instrumentos para avaliação dos impactos.  Permite o monitoramento e a avaliação com a finalidade de medir impactos e resultados das ações de saúde e/ou identificar fatores de risco.  Possibilita a escolha de alternativas para a tomada de decisão. Vigilância em Saúde Gestão do Risco
  • 16. OBJETIVOS:  Identificar tendências e fatores de risco envolvendo a ocorrência de doenças e agravos.  Recomendar com bases objetivas e cientificas as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência de agravos à saúde.  Avaliar o impacto de medidas de intervenção por meio de informações epidemiológicas. Vigilância Epidemiológica Gerenciamento do Risco
  • 17. FUNÇÕES: • Coleta de dados; • Processamento de dados coletados; • Análise e interpretação dos dados processados; • Recomendação das medidas de controle apropriadas; • Promoção das ações de controle indicadas; • Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; • Divulgação de informações pertinentes. Vigilância Epidemiológica Gerenciamento do Risco
  • 18. Foco da Acreditação • As necessidades dos clientes estão mudando ao longo do tempo devido educação, economia, tecnologia e cultura. • Estas mudanças requerem melhorias continuas da qualidade. • Métodos Administrativos • Protocolos Assistenciais Gerenciamento de Risco
  • 19. Conceitos Clássicos de Gerenciamentos de Risco • Os conceitos de gerenciamento de risco apareceram nos EUA, nos anos 70, como resposta a uma explosão de ações nos tribunais contra médicos “malpractice crissis”. • Nova Iorque – teve um aumento de 564 novos casos/ano de 1970 para 1200 casos novos/ano em 1974. • Do objetivo clássico de se evitar o risco financeiro das queixas em tribunal, passa-se para o objetivo de tornar o sistema de saúde mais seguro.
  • 20. Mudança do conceito de Gerenciamentos de Risco O conceito de segurança do paciente deixa de ser algo ligado apenas ao controle do número de queixas em tribunais, cujo desempenho se apurava através do maior ou menor número Promover a Segurança dos Pacientes Exigindo desta forma novas formas de medição da eficácia da assistência.
  • 21. Gestão do Risco • Processo através do qual as organizações lidam com o risco associado à sua atividade. • Medidas de prevenção ou controle que devem ser adotadas, para eliminar, prevenir ou minimizar um ou vários pontos críticos ou de risco.
  • 22. Gerenciamento de Risco As investigações da Gerência de Risco devem efetivamente relacionar … EVENTO a sua CAUSA REAL
  • 23. Objetivo da Gestão do Risco Acrescentar valor a todas as atividades da organização Probabilidade de fracasso Probabilidade de sucesso
  • 24. Gerenciamento de Risco Redução da probabilidade da ocorrência de Eventos Adversos
  • 25. Riscos Ambientais Probabilidade de ocorrer um evento bem definido, que pode causar algum dano relacionado a(s): • saúde, • unidades operacionais, • econômico • social
  • 26. A ocorrência de lesões causadas por dispositivos médicos pode estar relacionada ao equipamento, ao operador, ao paciente, ou estar relacionada a outros fatores, como por exemplo, o transporte externo e interno, armazenamento ou instalação do produto. Riscos Ambientais
  • 28.
  • 29. As lesões causadas por produtos mecânicos, elétricos ou eletromecânicos podem ser resultantes de produtos que: (ANVISA, 2003). -Não estejam em conformidade com as especificações. Por exemplo: •Manuseio errado (ex: danos causados durante o transporte); •Falha no cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF); • Não atendimento às exigências legais (Leis, Regulamentações); Riscos Ambientais
  • 30. • Não contêm sinalizações ou avisos adequados; •Não foram projetados adequadamente para o uso pretendido; • São divulgados como passível de esterilização, mas não o são; • Falha ou deterioração por qualquer razão. Riscos Ambientais
  • 31. O gerenciamento do ambiente hospitalar pode ser definido como um conjunto de processos utilizados para planejar, construir, equipar e manter a confiabilidade de espaços e tecnologias. Gerenciamento do Ambiente Hospitalar
  • 32. Gerenciamento do Risco no Ambiente Hospitalar
  • 33. A identificação de riscos Para o Gerenciamento do ambiente hospitalar, vamos necessitar além das informações do campo da manutenção, as informações relativas aos riscos existentes. Com relação aos riscos no prédio e infra- estrutura, o mapa de riscos dos diversos espaços tem seu conceito ampliado.
  • 34. O Mapa de Risco foi criado através da portaria nº 05 de 18/08/1992 do DNSST (Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador) do Ministério do Trabalho, e as informações sobre sua construção foram transferidas para a NR-5 que trata da CIPA. O mapa de Risco é uma representação gráfica dos fatores de riscos existentes nos diversos locais de trabalho. (TEIXEIRA, P; p. 111,1996). Mapa de Risco
  • 35. Mapa de Risco • Tem como objetivos reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa. Possibilita, durante sua elaboração a troca e divulgação de informações entre trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. • Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho.
  • 36. Identificação do Risco no Ambiente Hospitalar Quando se fala em riscos em ambientes hospitalares, pensamos imediatamente em infecção hospitalar. A preocupação em se definir os riscos existentes no ambiente hospitalar e inventariá-los de forma objetiva e racional são fundamentais para definição de parâmetros e procedimentos de biossegurança.
  • 37. Objetivo • O princípio é de que os riscos podem ser controlados através de uma gama de opções que podem ser combinadas de diversos modos. • Consiste na seleção e implementação das estratégias mais apropriadas, envolvendo a regulamentação, a disponibilidade de tecnologias de controle, a análise de custos e benefícios, a aceitabilidade de riscos, a análise de seus impactos nas políticas públicas e diversos outros fatores sociais e políticos.
  • 38. Natureza dos Riscos 1) Riscos Estratégicos: Os riscos estratégicos estão associados à tomada de decisão da alta administração e podem gerar perda substancial no valor econômico da organização. Os riscos decorrentes da má gestão empresarial muitas vezes resultam em fraudes relevantes nas demonstrações financeiras. Exemplos: diminuição de demanda do mercado por produtos e serviços da empresa causada por obsolescência em função de desenvolvimento de novas tecnologias/produtos pelos concorrentes.
  • 39. 2) Riscos Operacionais - Os riscos operacionais estão associados à possibilidade de ocorrência de perdas (de produção, clientes, receitas) resultantes de falhas, deficiências ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, assim como de eventos externos. Os riscos operacionais geralmente acarretam redução, degradação ou interrupção das atividades, com impacto negativo na reputação da sociedade. 3) Riscos Financeiros (mercado, crédito e liquidez) - Associados à exposição das operações financeiras da organização. É o risco de que os fluxos de caixa não sejam administrados efetivamente para maximizar a geração de caixa operacional, gerenciar os riscos e retornos específicos das transações financeiras e captar e aplicar recursos financeiros de acordo com as políticas estabelecidas.
  • 40. Metas Internacionais para a Segurança do Paciente (redução dos riscos) • Identificar os pacientes corretamente; • Melhorar a comunicação efetiva (prescrições e resultados de exames diagnósticos); • Melhorar a segurança para medicamentos de risco; • Eliminar cirurgias em membros ou pacientes errados; reduzir o risco de adquirir infecções;e • Reduzir o risco de lesões decorrentes de quedas. Estas metas vêm sendo implementadas em todos os hospitais em processo de acreditação nacional americano e acreditação internacional.
  • 41. Segurança do paciente: iniciativas no Brasil Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Agência governamental brasileira que atua fortemente na área da segurança. Objetivo: Promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras.
  • 42. Atuação da ANVISA: Projeto Hospitais Sentinela criado em 2001, para ampliar e sistematizar a vigilância de produtos utilizados em serviços de saúde e, assim, garantir melhores produtos no mercado e mais segurança e qualidade para pacientes e profissionais de saúde. • Rede nacional constituída por hospitais terciários, de grande porte e alta complexidade, mobilizados para a notificação de eventos adversos relacionados a produtos de saúde. Aborda três áreas distintas: • Farmacovigilância • Hemovigilância • Tecnovigilância Segurança do paciente: iniciativas no Brasil
  • 43. 43 Cinco Pilares 1. Farmacovigilância 2. Tecnovigilância 3. Hemovigilância 4. Gestão de Resíduos 5. Controle de Infecção Hospitalar
  • 44. 44  Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos (OMS,2002).  Objetivos: 1) Detecção de reações adversas ou interações medicamentosas desconhecidas; 2) Detecção do aumento da freqüência de aparição de reações adversas conhecidas; 3) Identificação dos fatores de risco e mecanismos subjacentes nas reações adversas; 4) Avaliação dos aspectos quantitativos de risco; 5) Análise e disseminação das informações obtidas, necessárias à prescrição e regulação dos medicamentos;
  • 45. 45  Visa a segurança sanitária de produtos para saúde pós- comercialização (equipamentos, materiais, artigo médico- hospitalares, implantes e produtos para diagnóstico).
  • 46. 46  Sistema de avaliação e alerta, organizado com o objetivo de recolher e avaliar informações sobre os efeitos indesejáveis e/ou inesperados da utilização de hemocomponentes a fim de prevenir seu aparecimento ou recorrência.  Controle mais rigoroso da Qualidade do Sangue Exames Laboratoriais do doador Exames Laboratoriais do receptor (pré e pós-transfusão)  Controle sistemático da Reações Transfusionais (RTs) Agudas e Tardias  Garantia da Rastreabilidade do Sangue e Hemocomponentes  Busca ativa das Notificações  Auxílio às investigações das reações tardias
  • 47. 47  Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS)- Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implantados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
  • 48. 48  Conjunto de ações desenvolvidas e deliberadas sistematicamente, com vistas a redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.
  • 49. 49 - INDICADORES: 1. Não conformidade relacionada à administração de medicamento pela enfermagem 2. Reação adversa e queixa técnica em relação à medicamentos 3. Índice de perda de sonda nasoenteral para aporte nutricional 4. Índice de extubação acidental 5. Índice de úlcera por pressão 6. Índice de queda de paciente internado 7. Infecção hospitalar 8. Evento adverso devido à equipamentos e/ou materiais 9. Reação transfusional por contaminação bacteriana no hemocomponente 10. Transfusão em paciente errado 11. Índice de acidente de trabalho 12. Evento sentinela
  • 50. 50 - Impulsiona mudança de cultura institucional e profissional - Incentiva atitudes não punitivas - Possibilita correção dos pontos vulneráveis do sistema - Permite prevenção das falhas - Garante maior segurança a pacientes e prestadores de serviços Investigação de ocorrências como Ferramenta da Qualidade dos Serviços de Saúde GERENCIAMENTO DE RISCO
  • 51. 1. Desafio Global: Infecção “Cuidado Limpo é Cuidado Seguro.”; 2. Envolvimento de pacientes e consumidores; 3. Desenvolvimento de conceitos e padrões; 4. Pesquisas; 5. Soluções para redução de riscos e garantia da segurança;e 6. Relatar e aprender. Programa 2005 “Aliança Mundial para a Segurança do Paciente”:
  • 52. Construção do Modelo “ Em serviços de Saúde qualidade e risco são indissociáveis” Qualidade Risco
  • 53. • Informações de segurança de processos; • Política de revisão dos riscos; • Gerenciamento de modificações; • Manutenção e garantia da qualidade de sistemas críticos; • Normas e procedimentos operacionais; • Política de capacitação de recursos humanos; • Investigação de incidentes; • Plano de emergência; • Auditorias. Programa de Gerenciamento de Riscos
  • 54. Gerenciamento de Riscos Fatores Humanos/ organizacionais
  • 55. 55  Utilização de checklists/ protocolos  Melhorar a qualidade dos registros em prontuário  Padronizar procedimentos  Participar de iniciativas de processos de melhoria  Incluir o paciente e seus familiares na confirmação de dados  Estabelecer políticas para desenvolver uma cultura de segurança
  • 56. Desafio da Gestão do Risco • Mudança de Cultura. De uma cultura de relato para uma de aprendizagem; • Análise dos Micro-sistemas; • Análise dos Processos; • Análise da estrutura; • Educação e treinamento, Colaboração, Relatórios Pesquisa e Projetos especiais.
  • 57. 57 DIFICULDADES RELACIONADAS À NOTIFICAÇÃO • Falta de Conscientização dos profissionais • Falta de tradição dos profissionais em notificar ocorrências • Ruptura de rotinas previamente estabelecidas • Sigilo da informação • Tempo decorrente entre a notificação e o “fechamento do caso” • Baixa confiabilidade acerca dos resultados
  • 58. O conceito de risco na atualidade Os componentes básicos são: - potencial de perdas e danos; - incerteza de perdas e danos; - relevância das perdas e danos. Se expressa como: Risco = Probab. de Danos x Magnitude das Conseqüências Tempo
  • 59. Fatores que contribuiram para o surgimento 1) mudança na própria natureza do risco (principais causas de óbito foram deixando de ser atribuídas às doenças infecciosas para privilegiar as crônicas degenerativas; mudança nas características dos acidentes). 2) aumento na média de expectativa de vida. 3) desenvolvimento de testes de laboratório, métodos epidemiológicos, modelagens ambientais, simulações em computadores e avaliação de riscos na engenharia.
  • 60. 4. a ampliação do papel do governo federal na avaliação e no gerenciamento de riscos para a saúde, a segurança e meio ambiente; 5. crescimento de grupos de interesses que procuravam participar cada vez mais no gerenciamento social do risco, o que tornou cada vez mais politizadas as atividades de análise e gerenciamento de riscos
  • 61. Resultado Categoria Baixo Moderado Alto Inaceitável Ação Elaborar planos de ação e definir responsáveis Conscientizar toda a equipe. Prosseguir com ações corretivas visando diminuir o risco iminente. Conscientizar toda a equipe e providenciar soluções imediatas dando alta prioridade às ações. Acompanhamento rigoroso até a eliminação do risco. Fazer acompanhamento regular através de pequenas ações preventivas Classificação