2. OS CINCO LIVROS DA LEI
INTRODUÇÃO AO PENTATEUCO
Os cinco primeiros livros da Bíblia são conhecidos como
o “Pentateuco” (livro de “5 volumes”).
Eles também são chamados de Lei ou Torá (Instrução).
Sendo uma coletânea de Livros, eles acabam sendo a
“constituição teológica” para a nação de Israel (o povo
Judeu) e também contém verdades fundamentais reveladas
por Deus sob as quais se alicerça o Cristianismo.
O Pentateuco cobre o período de tempo da criação até a
preparação do povo judeu para entrar na Terra Prometida de
Canaã.
3. Quando o termo “lei” é usado na Bíblia, e especialmente
no Novo Testamento, torna-se necessário determinar-se, a
partir do contexto da passagem, exatamente a que isso se
refere. A “lei”, por exemplo, pode se referir:
• À Torá ou Pentateuco
• À Lei Mosaica (Êxodo 19 – Levítico – Números 10)
• À Lei, como princípio ou regra.
OS CINCO LIVROS DA LEI
INTRODUÇÃO AO PENTATEUCO
4. O Pentateuco é exatamente importante porque nos apresenta:
O próprio Deus
O princípio do mundo e do homem
Conceitos teológicos básicos como:
Pecado
Salvação
Santificação
O que Deus requer para que haja um relacionamento correto com Ele.
O propósito de redenção de Deus na história humana.
A provisão de Deus de uma nação, através da qual Ele pudesse trazer
Cristo ao mundo, como nosso Salvador.
OS CINCO LIVROS DA LEI
INTRODUÇÃO AO PENTATEUCO
5. + 4.000 a.C GÊNESIS Inícios Escolha da Nação Judaica
1.450 a. C ÊXODO
Milagres
Libertação
Redenção da nação judaica
LEVÍTICO
Sacerdócio
Sacrifícios
Adoração/Santificação da nação
judaica
NÚMEROS
Provação
Desobediência
Disciplinando e norteando a Nação
judaica
1.406 a. C DEUTERONÔMIO
Instrução
Promessas
Ensino da Nação judaica.
O PENTATEUCO
O Código da Nação judaica
7. INTRODUÇÃO A GÊNESIS
TÍTULO
A primeira expressão do texto hebraico de 1.1 é bereshit
(“no princípio”), sendo também o título hebraico do livro.
O título português Gênesis é de origem grega e provém
da palavra geneseõs, que consta da tradução grega (a
Septuaginta) de 2.4 e de 5.1.
Dependendo do contexto, a palavra pode significar
“nascimento”, “genealogia” ou “história das origens”.
Assim, tanto na forma hebraica quanto na grega, o
título de Gênesis designa perfeitamente o conteúdo do
livro, pois trata sobretudo de começos.
8. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Os capítulos de 1 a 38 refletem boa parte do que outras fontes
também relatam acerca da vida e da cultura antiga na Mesopotâmia.
Criação, genealogias, venda e compra de terras, costumes e
procedimentos jurídicos, criação de ovinos e bovinos – todos esses
assuntos e muitos outros eram questões de interesse vital para os
povos mesopotâmicos desse período.
Eram também importantes para os indivíduos, famílias e tribos a
respeito dos quais lemos nos 38 primeiros capítulos de Gênesis.
O autor parece situar o Éden, o primeiro lar do homem, na
Mesopotâmia ou adjacências; a torre de Babel foi edificada ali; Abrão
nasceu ali; foi dali que Isaque tomou uma esposa e ali Jacó morou 20
anos. Embora esses patriarcas se estabelecessem na Palestina, sua
pátria de origem era a Mesopotâmia.
9. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Os correspondentes literários antigos mais próximos de Gênesis 1-38
também provêm da Mesopotâmia.
Enuma elish, história de como o deus Marduque ascendeu à posição
suprema no panteão babilônico, é semelhante em alguns aspectos (embora
seja totalmente mitológico e politeísta) ao relato da criação de Gênesis 1.
Características de certas listas de reis em Súmer assemelham-se
marcantemente à genealogia de Genesis 5.
A décima primeira tábua da Epopeia de Gilgamés é bem semelhante, em
seu delineamento histórico, à narrativa do dilúvio registrada em Gênesis de 6
a 8.
Na Epopéia de Atrahasis, fatos semelhantes a vários dos principais
acontecimentos de Gênesis de 1 a 8 são narrados na mesma ordem. Aliás, a
epopeia destaca o mesmo tema básico do relato babilônico: criação – rebelião
– dilúvio.
Tábuas de barro descobertas recentemente no antigo sítio arqueológico
(c. 2500-2300 a. C.) de Ebla (atual Tell Mardikh), no norte da Síria, podem
conter correspondências fascinantes.
10. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Dois outros conjuntos importantes de documentos demonstram os
reflexos da Mesopotâmia nos 38 primeiros capítulos de Gênesis.
Aprendemos nas cartas de Mari, datadas do período patriarcal, que os
nomes dos patriarcas (incluindo-se, esp., Abrão, Jacó e Jó) eram típicos da
época.
As cartas também ilustram claramente a liberdade que havia de viajar
entre as várias partes do mundo amorreu em que os patriarcas viviam.
As tábuas de Nuzi, embora sejam de alguns séculos posteriores,
esclarecem ainda mais os costumes patriarcais, que tendiam a sobreviver
praticamente intactos por muitos séculos.
O direito de herança de um membro adotado na família, mesmo que
escravo (v.15. 1-4), a obrigação que a esposa estéril tinha de dar filhos ao
marido por meio da serva (v. 16.2-4), as proibições contra a expulsão dessa
serva e de seu filho (v. 21. 10, 11), a autoridade das declarações orais no
direito do antigo Oriente Médio, como o último desejo, proferido no leito de
morte (v. 27.1-4, 22,23, 33) – esses e outros costumes, contratos sociais e
estipulações legais são ilustrados de modo claro e vívido nos documentos da
Mesopotâmia.
11. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Se Gênesis de 1 a 38 é mesopotâmico em seu caráter e
antecedentes históricos, os capítulos de 39 a 50 refletem a influência
egípcia – embora não de forma tão direta.
Exemplos dessa influência são: o cultivo de uvas no Egito (40.9-
11), a cena nas margens do rio (cap. 41), o Egito como fornecedor de
pão para Canaã (cap. 42), Canaã como origem de inúmeros produtos
para o Egito (cap. 43), costumes religiosos e sociais do Egito (fim dos
caps. 43 e 46), procedimentos administrativos egípcios (cap. 47),
práticas funerárias egípcias (cap. 50), bem como várias palavras e
nomes egípcios usados no decurso dos capítulos.
O correspondente literário egípcio mais específico e mais próximo
é o Conto dos dois irmãos, que apresenta semelhanças com a história
de José e da esposa de Potifar (cap. 39). Narrativas autobiográficas
egípcias (como o Conto de Sinuhe e o Relato de Wenamum) e certas
lendas históricas são correspondentes literários mais genéricos.
12. AUTOR E DATA DE COMPOSIÇÃO
Ao longo da história, judeus e cristãos igualmente
sustentam que Moisés foi o autor/compilador dos cinco
primeiros livros do AT.
Esses livros, conhecidos também como Pentateuco, eram
mencionados na tradição judaica como os “cinco quintos da
lei (de Moisés)”.
A própria Bíblia faz supor a autoria mosaica de Gênesis,
visto que Atos 15.1 refere-se à circuncisão como “costume
ensinado por Moisés”, alusão a Gênesis 17. No entanto, isso
parece denunciar certa medida de atualização por algum
revisor.
13. AUTOR E DATA DE COMPOSIÇÃO
O período histórico em que Moisés viveu parece ter sido
apurado com bastante exatidão por 1 Reis.
Somos informados de que o “quarto ano do reinado de
Salomão em Israel” era o mesmo ano “quatrocentos e oitenta
[...] depois que os israelitas saíram do Egito” (1 Rs 6.1).
Como a primeira dará mencionada era c. 966 a. C., a
segunda – e, portanto, a data do êxodo – era c. 1446
(tomando por certo que a cifra 480 em 1Rs 6.1 deve ser
entendida literalmente).
O período de 40 anos da peregrinação de Israel pelo
deserto, que durou de 1446 até c. 1406, provavelmente foi a
ocasião em que Moisés escreveu a maior parte do que hoje
chamamos Pentateuco.
14. AUTOR E DATA DE COMPOSIÇÃO
Nesses últimos três séculos, muitos estudiosos vêm
afirmando perceber, subjacentes ao Pentateuco, quatro fontes
documentárias.
Os supostos documentos, presumivelmente com datas entre o
sec. X e V a. C., são chamados J (de Jeová/ Iavé, o nome pessoal
de Deus no AT), E (de Elohim, nome genérico de Deus), D (de
deuteronômico) e P (de sacerdotal – priestly em inglês, de onde
se origina o “P”).
Alega-se que cada um desses documentos tem características
e teologia próprias, muitas vezes contradizendo histórias, poesias
e leis. Essa teoria, no entanto, não se apoia em evidências
irrefutáveis, e intensas pesquisas arqueológicas e literárias tendem
a desfazer muitos dos argumentos usados para atacar a autoria
mosaica.
15. TEMA E MENSAGEM
O livro de Gênesis é fundamental para entendermos o restante da Bíblia. Sua
mensagem é rica e complexa, e, ao alistarmos seus elementos principais, vemos um
esboço sucinto da mensagem bíblica como um todo.
É acima de tudo um livro de relacionamentos, ressaltando a interação de Deus
com a natureza e com os homens e a dos homens entre si.
É totalmente monoteísta, tomando por certo que há um só Deus digno desse
nome, além de se opor à ideia de que existem muitos deuses (politeísmo), à de que
não existe nenhum deus (ateísmo) e à de que tudo é divino (panteísmo).
Ensina com clareza que o Deus único e verdadeiro é soberano sobre tudo o que
existe (i. e., toda a sua criação) e, por eleição divina, muitas vezes exerce a liberdade
ilimitada de derrubar costumes, tradições e planos humanos.
Gênesis apresenta a maneira em que Deus – por iniciativa própria – faz alianças
com seu povo escolhido, comprometendo-se a dar-lhe a mor e fidelidade e
conclamando os seus a também lhe prometer amor e fidelidade.
Estabelece o sacrifício como substituição de uma vida por outra (cap. 22.).
Oferece-nos o primeiro indício de que contém a definição mais antiga e
profunda da fé (15.6). Mais de metade de Hebreus 11 – a galeria dos fiéis no NT –
refere-se a personagens de Gênesis.
16. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
O valor da mensagem de um livro é muitas vezes acentuado por sua
estrutura e suas características literárias.
Gênesis é dividido em dez seções principais, cada uma começando com a
palavra “registro” ou “história” (v. 2.4; 5.1; 6.9; 10.1; 11.10; 11.27; 25.12; 25.
19; 36.1 – repetida em 36.9 para efeito de realce – e 37.2).
As cinco primeiras seções podem perfazer um só conjunto e, ao lado da
introdução geral do livro (1.1 – 2.3), podem ser corretamente denominadas
“história primitiva” (1.1 – 11.26), esboçando o período de Adão a Abraão.
As cinco últimas seções consistem em um relato muito mais longo (mas
igualmente unificado), apresentando a história de como Deus lidava com
Abraão, Isaque, Jacó, José e respectivamente famílias – seção muitas vezes
chamada “história patriarcal (11.27 – 50.26).
Essa seção, por sua vez, é composta de três ciclos de narrativas (Abraão
a Isaque, 11.27 – 25.11; Isaque a Jacó, 25.19 – 35. 29; 37.1; Jacó a José, 37.2
– 50.26), intermediadas pelas genealogias de Ismael (25.12-18) e de Esaú
(cap. 36).
17. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
A narrativa concentra-se muitas vezes na vida de um filho mais
novo em detrimento do primogênito:
Sete em detrimento de Caim, Sem de Jafé, Isaque de Ismael, Jacó
de Esaú, Judá e José de seus irmãos e Efraim de Manassés.
Esse realce dispensado a homens divinamente escolhidos e a suas
famílias é talvez a característica literária e teológica mais evidente do
livro de Gênesis como um todo.
Ressalta de modo notável que o povo de Deus não é produto de
acontecimentos humanos e naturais, mas resulta da intervenção
soberana e misericordiosa de Deus na história da humanidade.
Deus levanta, dentre a espécie humana decaída, nova humanidade
consagrada a ele, chamada e destinada para ser o povo de seu reino e
canal de bênçãos para toda a terra.
18. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Números com significado simbólico figuram com destaque em
Gêneses.
O número dez, além de ser a quantidade de seções em que o livro
se divide, é também a quantidade de nomes constantes nas genealogias
dos capítulos 5 e 11.
O número sete também ocorre muitas vezes.
O texto de 1.1 se constitui de exatamente sete palavras, e o de 1.2
de 14 (duas vezes sete). Há sete dias na criação, sete nomes na
genealogia do cap. 4, várias ocorrências de “sete” na história do
dilúvio, 70 descendentes dos filhos de Noé (cap. 10), uma promessa
sétupla a Abrão (cap. 12. 2, 3), sete anos de abundância seguidos de
sete de fome no Egito (cap. 41) e 70 descendentes de Jacó (cap. 46).
Outros números significativos, como 12 e 40, são usados com
frequência semelhante.
19. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
O livro de Gênesis é basicamente narrativa em prosa, interrompida aqui e
ali por breves poemas (o mais longo é o chamado “Bênção de Jacó”,
registrado em 49.2-27).
Boa parte da prosa tem características líricas e emprega toda gama de
figuras de linguagem e de outros expedientes que caracterizam a melhor
literatura épica da civilização humana.
O paralelismo vertical e horizontal entre os dois pares de três dias no
relato da criação; o fluxo e o refluxo do pecado e o juízo do capítulo 3 (a
serpente, a mulher e o homem pecam sucessivamente; depois Deus os
interroga na ordem inversa; em seguida, os condena na ordem em que
pecaram); a intensa monotonia de “e morreu” no fim dos parágrafos do cap.
5; o efeito de mudança brusca, obtido pela frase “Então Deus lembrou-se de
Noé” (8.1), no ponto central do relato do dilúvio; a estrutura do tipo
ampulheta no relato da torre de Babel, em 11.1-9 (narrativas nos v. 1,2,8,9,
discurso nos v. 3,4,6,7, com o v.5 servindo de transição); o jogo tétrico de
palavras em 40.19 (v. 40.13); a alternância entre relatos breves a respeito de
primogênitos e longos a respeito de filhos mais jovens – esses expedientes
literários e outros tantos despertam o interesse pela narrativa e oferecem
sinais interpretativos que devem ser cuidadosamente observados pelo leitor.
20. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Não é por coincidência que muitos dos assuntos e temas dos três
primeiros capítulos de Gênesis refletem-se nos três últimos capítulos
do Apocalipse.
Só podemos maravilhar-nos com a intervenção do próprio Senhor,
que supervisionou tudo e nos garante que “toda Escritura é inspirada
por Deus” (2Tm 3.16) e que os homens que a escreveram “falaram da
parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21).
22. RECAPTULAÇÃO
I. TÍTULO:
Gênesis (em grego), “no princípio” (em hebraico)
II. ANTECEDENTES HISTÓRICOS:
Os capítulos de 1 a 38 refletem boa parte do que outras fontes
também relatam acerca da vida e da cultura antiga na Mesopotâmia.
Se Gênesis de 1 a 38 é mesopotâmico em seu caráter e
antecedentes históricos, os capítulos de 39 a 50 refletem a influência
egípcia – embora não de forma tão direta.
III. AUTOR E DATA DE COMPSIÇÃO:
Ao longo da história, judeus e cristãos igualmente sustentam que
Moisés foi o autor/compilador dos cinco primeiros livros do AT.
O período de 40 anos da peregrinação de Israel pelo deserto, que
durou de 1446 até c. 1406, provavelmente foi a ocasião em que Moisés
escreveu a maior parte do que hoje chamamos Pentateuco.
23. RECAPTULAÇÃO
IV. TEMA E MENSAGEM:
O livro de Gênesis é fundamental para entendermos o restante da Bíblia.
Sua mensagem é rica e complexa, e, ao alistarmos seus elementos principais,
vemos um esboço sucinto da mensagem bíblica como um todo.
É acima de tudo um livro de relacionamentos, ressaltando a interação de
Deus com a natureza e com os homens e a dos homens entre si.
V. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS:
Gênesis é dividido em dez seções principais, cada uma começando com
a palavra “registro” ou “história” (v. 2.4; 5.1; 6.9; 10.1; 11.10; 11.27; 25.12;
25. 19; 36.1 – repetida em 36.9 para efeito de realce – e 37.2).
As cinco primeiras seções podem perfazer um só conjunto e, ao lado da
introdução geral do livro (1.1 – 2.3), podem ser corretamente denominadas
“história primitiva” (1.1 – 11.26), esboçando o período de Adão a Abraão.
As cinco últimas seções consistem em um relato muito mais longo (mas
igualmente unificado), apresentando a história de como Deus lidava com
Abraão, Isaque, Jacó, José e as respectivas famílias – seção muitas vezes
chamada “história patriarcal (11.27 – 50.26).
24. ESBOÇOS
ESBOÇO LITERÁRIO:
I. Introdução (1.1 – 2.3)
II. Desenvolvimento (2.4 – 50.26)
A. “... história das origens dos céus e da terra” (2.4 – 4.26)
B. “... registro da descendência de Adão” (5.1 – 6.8)
C. “... história da família de Noé” (6.9 – 9.29)
D. “... registro da descendência de Sem, Cam e Jafé” (10.1. – 11.9)
E. “... registro da descendência de Sem” (11.10-26)
F. “... história da família de Terá” (11.27 – 25.11)
G. “... registro da descendência de Ismael, o filho de Abraão” (25.12-18)
H. “... história da família de Isaque, filho de Abraão” (25.19 – 35.29)
I. “... história da família de Esaú” (36.1 – 37.1)
J. “... história da família de Jacó” (37.2 – 50.26)
25. ESBOÇOS
ESBOÇO TEMÁTICO:
1. História primitiva (1.1 – 11.26)
A. A criação (1.1 – 2.3)
1. Introdução (1. 1,2)
2. Desenvolvimento (1.3-31)
3. Conclusão (2.1-3)
B. Adão e Eva no Éden (2.4-25)
C. A queda e suas consequências (cap. 3)
D. O “progresso” rápido do pecado (4.1-16)
E. Duas genealogias (4.17 – 5.32)
1. A genealogia do orgulho (4.17-24)
2. A genealogia da morte (4.25-5.32)
26. ESBOÇOS
ESBOÇO TEMÁTICO:
1. História primitiva (1.1 – 11.26)
F. A extensão do pecado antes do dilúvio (6.1-8)
G. O grande dilúvio (6.9 – 9.29)
1. Preparativos para o dilúvio (6.9 – 7.10)
2. Juízo e redenção (7.11-24)
a. As águas sobem (7.11-24)
b. As águas vão baixando (8.1-19)
3. As sequelas do dilúvio (8.20 – 9.29)
a. Nova promessa (8.20-22)
b. Novas ordenanças (9.1-7)
c. Novo relacionamento (9.8-17)
d. Nova tentação (9.18-23)
e. Palavra final (9.24-29)
H. A dispersão das nações (10.1 – 11.26)
1. A difusão das nações (cap. 10)
2. A confusão das línguas (11.1-9)
3. A primeira genealogia semítica (11.10-26)
27. ESBOÇOS
ESBOÇO TEMÁTICO:
I. História primitiva (1.1 – 11.26)
II. História patriarcal (11.27 – 50.26)
A. A vida de Abraão (11.27 – 25.11)
1. Antecedentes históricos de Abraão (11.27-32)
2. A terra de Abrão (caps. 12 – 14)
3. O povo de Abrão (caps. 15 – 24)
4. Os últimos dias de Abraão (25.1-11)
B. Os descendentes de Ismael (25.12-18)
C. A vida de Jacó (25.19 – 27.46)
1. Jacó em casa (25.19 -27.46)
2. Jacó no estrangeiro (caps. 28 – 30)
3. Jacó em casa de novo (caps. 31 – 35)
D. Os descendentes de Esaú (36.1 – 37.1)
E. A vida de José (37.2 – 50.26)
1. A carreira de José (37.2 – 41.57)
2. A migração de Jacó (caps. 42 – 47)
3. Os últimos dias de Jacó (48.1 – 50.14)
4. Os últimos dias de José (50. 15-26)
28. ESTRUTURA E DIVISÕES PRINCIPAIS
O Livro de Gênesis tem:
Cinquenta Capítulos e, Duas divisões principais.
CAPÍTULOS 1 – 11 CAPÍTULOS 12 - 50
Quatro eventos-chave Quatro Pessoas-chave
Criação
Queda
Dilúvio
Nações
Abraão
Isaque
Jacó
José
Palavras-chave Palavras-chave
Criação
Corrupção
Chamada
Aliança
29. 4 EVENTOS-CHAVE 4 PESSOAS-CHAVE
CRIAÇÃO
1 2
QUEDA
3 5
DILÚVIO
6 9
NAÇÕES
10 11
ABRAÃO
12 24
ISAQUE
25 26
JACÓ
27 36
JOSÉ
37 50
Complementar Corrupção Condenação Confusão Aliança Filho Mudança Cobertura
Luz
Firmamento, Água
Terra, vegetação
Sol, lua, estrelas
Aves, peixes
Animais, homem
“DESCANSO”
Jardim do
Éden
Adão
Eva
Satanás
Pecado
Julgamento
Caim e Abel
Maldade
Noé
AArca
O Dilúvio
Novo começo
Arco-íris
Torre de Babel
Tabela das
Nações
Linguagem
confundida
Nações dispersas
Chamado
Ló
Aliança
Sara
Ismael
Promessa
Circuncisão
Sodoma,
Gomorra
SACRIFÍCIO
Jacó x Esaú
Primogenitura
Bênção Aliança
confirmada
Decepção
Sonho da escada
Lia
Raquel
Luta com Deus
Nome muda
para Israel
Túnica de Várias
cores
Escravidão no
Egito
Favor no Egito
Preservação da
família de Jacó
Princípio da Humanidade Princípio da Nação de Israel
Histórico (4.000 a. C. – 2.100 a. C.) Biográfico (1.897 a. C – 1.804 a. C.)
“No princípio Deus criou” (1.1)
“Então o Senhor disse a Abrão... por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (12.1,3).
“Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça” (15.6).
30. RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS DE 1 – 11: QUATRO EVENTOS-CHAVE
a. CRIAÇÃO (cap. 1, 2)
Em seis dias Deus criou os céus, a terra, o mar, e tudo que neles há. Deus também
criou o homem à Sua própria imagem e Deus...
• O colocou no Jardim do Éden
• Deu-lhe domínio sobre a terra
• Supriu-lhe com trabalho proveitoso e satisfatório
• Deu ao homem grande liberdade, com apenas uma restrição para assegurar que
a obediência do homem era voluntária
• Criou uma auxiliadora idônea para o homem, chamada Eva (mulher)
• Uniu o homem e a mulher em casamento
• Deu início à comunhão com o ser humano
O capítulo 1 fornece um relato da criação, enquanto o capítulo 2 concentra sua
atenção na criação do homem, no sexto dia.
No relato da criação, Deus utiliza seu Nome pessoal de aliança pela primeira vez
(Yahwe ou Jeová, Gn 2.4). O conceito do descanso do sábado foi introduzido como
uma ordenança memorial da criação, quando Deus declarou Sua obra criativa como
tendo “ficado muito boa”.
31. b. QUEDA (cap. 3)
Satanás tentou Adão e Eva a desobediência a palavra de Deus
(mandamento) e se tornarem seu próprio deus.
Eles pecaram, ao violar a Lei de Deus, o que gerou a morte
espiritual imediata (separação de Deus) e a eventual morte física
(separação do espírito e alma do corpo).
Deus proferiu juízo contra o homem e toda a ordem criada, e
expulsou Adão e Eva do Jardim, para viverem num mundo amaldiçoado
pelo pecado.
Mas Deus também “cobriu” o pecado de Adão e Eva graciosamente
e supriu-lhe um meio de terem comunhão com Ele.
RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS DE 1 – 11: QUATRO EVENTOS-CHAVE
32. c. DILÚVIO (caps. 4 – 9)
Caim matou seu irmão Abel (capítulo 4) e os descendentes de Caim eram, em
linhas gerais, ímpios que praticavam o mal. Mas Deus deu continuidade à Sua
linhagem piedosa, através de quem o Messias viria, ao dar a Adão e Eva outro filho
(Sete –capítulo 5). Repare no capítulo que Sete nasceu à “semelhança” de Adão e os
homens começaram a morrer conforme Deus prometera.
No mundo pós-queda, antediluviano, o pecado se multiplicou rapidamente à
medida que a população humana cresceu e procurou sentido e propósito na vida, longe
de Deus. A maldade do homem era tão grande que Deus resolveu julgar o pecado do
homem com o dilúvio. Apenas o “justo” Noé com sua esposa, três filhos e três esposas
foram poupados por Deus na Arca, o que representou a provisão graciosa e
misericordiosa de Deus de salvação da maldição e da penalidade do pecado (morte
espiritual e física).
Após o dilúvio, Deus propiciou ao homem um novo começo através de Noé e
seus filhos. Todos os povos da Terra eram descendentes dos três filhos de Noé. Deus
lhes deus um arco-íris como sinal ou aliança, que jamais voltaria a inundar a Terra
como um dilúvio.
RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS DE 1 – 11: QUATRO EVENTOS-CHAVE
33. d. NAÇÕES (caps. 10, 11)
Entretanto, o pecado não estava morto, e logo o homem criou um
plano para se rebelar contra Deus e exaltar seu próprio orgulho.
Na região babilônica, um homem inspirado por Satanás chamado
Ninrode dirigiu a construção da Torre de Babel.
Aí Deus condenou toda a humanidade por seu orgulho e arrogância,
confundindo a única língua que falavam, transformando-a em muitas
línguas, e assim espalhou os habitantes pela face da terra. Esse é o início
dos “grupos étnicos” (povos/nações) do mundo.
RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS DE 1 – 11: QUATRO EVENTOS-CHAVE
34. RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS 12 – 50: QUATRO PESSOAS-CHAVE
a. ABRÃO (caps. 12 – 24)
Deus chamou um homem por nome Abrão, que atendeu pela fé ao
chamado de Deus. Deus fez uma aliança com Abrão, prometendo que
• Faria dele um grande homem e o abençoaria (promessa
individual a Abrão)
• Criaria uma grande nação a partir dele e daria a ele uma terra
para sempre (promessa nacional a Israel)
• Traria bênçãos a todos os povos através dos descendentes de
Abrão (promessa universal de bênçãos espirituais / salvação)
35. a. ABRÃO (caps. 12 – 24)
A aliança da circuncisão veio como confirmação da Aliança Abraâmica.
Abraão, via de regra, andou pela fé diante de Deus e Deus fez dele um grande
homem. Abraão foi “salvo” quando creu em Deus e isso lhe foi “creditado
como justiça” (veja Gn 15.6, que é citado em Rm 4.3 e Gl 3.6).
Assim sendo, a fé em Deus foi firmada como o meio da salvação tornar-se
aplicável aos indivíduos.
Abraão e Sara, sua mulher, agindo em incredulidade, tiveram um filho
através da serva de Sara, chamada Hagar. Essa criança recebeu o nome de
Ismael e tornou-se o pai dos povos árabes.
Mais tarde, agindo pela fé, Abraão e Sara deram à luz ao filho da
promessa, Isaque, através de quem Deus, no futuro, traria a salvação na pessoa
de Jesus Cristo, a semente de Abraão (veja Gl 3.10-18).
Ao chamar Abraão, Deus escolheu tanto um homem, quanto uma nação
(Hebreus – Judeus) através de quem Ele cumpriria Seu propósito de redenção
em favor de toda humanidade.
RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS 12 – 50: QUATRO PESSOAS-CHAVE
37. b. ISAQUE (caps. 25, 26)
Deus confirmou Isaque, como filho da promessa da aliança (Gn
26.1-6) que Ele fizera com o pai de Isaque, Abraão, ele lhe deu uma
esposa chamada Rebeca.
RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS 12 – 50: QUATRO PESSOAS-CHAVE
38. c. JACÓ (caps. 27 – 36)
Entre os dois filhos de Isaque, Deus escolheu Jacó, e não Esaú, para
ser o filho através de que Deus cumpriria as promessas da Aliança
Abaâmica (Gn 28.10-15; veja Rm 9.1-16).
Jacó aprendeu a caminhar pela fé diante de Deus e Deus mudou o
nome de Jacó para “Israel”, que geralmente significa “ele lutou com
Deus [e venceu]”, mas pode significar “Deus prevaleceu na luta”.
Jacó se tornou o pai dos doze filhos – as doze tribos de Israel.
RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS DE 1 – 11: QUATRO EVENTOS-CHAVE
39. d. JOSÉ (caps. 37 – 50)
José, o décimo primeiro filho de Jacó, recebeu de Deus a
capacidade de interpretar sonhos. Por causa de ciúme, seus irmãos o
venderam como escravo no Egito.
Mas Deus fez José prosperar no Egito e usou José de forma
soberana para libertar a família de Jacó (a nação hebraica) da morte,
como resultado de uma fome mundial. Jacó e seu clã (70 pessoas)
mudaram-se para o Egito com José.
Assim sendo, os hebreus passaram a viver no Egito, onde
permaneceram por 400 anos, acabando como escravos dos egípcios.
RESUMO DO CONTEÚDO
CAPÍTULOS 12 – 50: QUATRO PESSOAS-CHAVE
40. CAPÍTULOS-CHAVE
1 Criação de todas as coisas
2 Criação do Homem, em detalhes
3 Satanás, pecado, queda do homem, castigos de Deus
6 Dilúvio universal
9 Novo começo; pena de morte
10, 11 Torre de Babel, confusão de línguas e a dispersão das nações
12 Chamado de Abraão e declaração da Aliança Abraâmica
15 O estabelecimento da Aliança Abraâmica
17 A confirmação da Aliança Abraâmica
32 O nome de Jacó mudado para “Israel”
46 Jacó e sua família juntam-se a José no Egito
42. PRINCIPAIS ENSINAMENTOS
Deus é o Criador soberano e o forte Sustentador
do universo.
Deus criou o homem à Sua imagem espiritual
para relacionar-se com Ele de forma adequada e
ter com Ele comunhão
O pecado é mortal; o pecado traz consigo
consequências terríveis; o pecado é sempre
punido por Deus. Deus supriu um meio pelo qual
Ele lida com o pecado.
Deus tem um plano rico em propósito para
redenção, o qual está em pleno processo de
realização.
As promessas de Deus a Israel são irrevogáveis e
incondicionais.
Deus é sempre fiel às Suas promessas, a despeito
da infidelidade / incredulidade do homem.
O caráter de Deus nunca muda.
Deus permite que os homens escolham
livremente se O seguirão ou não.
Deus deseja que Seus filhos caminhem pela fé, e
não conforme a carne.
O desejo de Deus é que Seus filhos esperem
pacientemente nEle o cumprimento de Sua
promessa, à Sua maneira e no Seu tempo.
Manipular as circunstâncias ou tentar realizar a
vontade de Deus através de nossa própria força é
uma clara demonstração de que não estamos
andando pela fé.
A bênção espiritual da salvação vem através da
terceira promessa da Aliança Abraâmica.
Deus espera ser adorado por Sua criação.
O princípio da semeadura e colheita é universal
em sua aplicação e inabalável quanto às suas
consequências.
Os caminhos de Deus não são os caminhos do
homem.
Deus, por vezes, usa o mais novo em lugar do
mais velho, e o mais fraco ao invés do mais forte.
As escolhas de Deus são sempre baseadas na Sua
misericórdia e graça, e não nos méritos dos
homens.
Fé é uma qualidade que demonstra quão bem uma
pessoa conhece a Deus.
Deus engenha as circunstâncias ruins de forma
providencial para que operem conjuntamente para
os Seus objetivos e para o nosso bem.
Deus honra aqueles que O honram.
Deus é!
43. PASSAGENS CORRELATAS
Os seguintes textos bíblicos são apenas algumas
referências especiais que foram selecionadas para o ajudar
na compreensão de Gênesis.
• Êx 20.11 Jó 38 – 42.6
• Sl 8 Is 40.12-31
• At 17.22-28 Rm 1.18-23
• Rm 4.1-25 Rm 5.12-21
• Rm 8.18-25 Gl 3.6-25
• Hb 1.1-3 Hb 11.1-22
• 2 Pe 3.1-17
44. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS
Gênesis nos supre com uma singular e significativa compreensão de
“No princípio Deus”
Deus como poderoso criador
Deus como Senhor pessoal
O relato da criação do homem e do
mundo
O homem criado à imagem de Deus
Casamento
O “descanso sabático” para o
homem
A entrada do pecado no mundo
O engano de Satanás e a tentação
A natureza e as consequências do
pecado
Um dilúvio mundial
A aliança do arco-íris
A previsão da derrota de Satanás
A Torre de Babel
A origem dos vários povos e línguas
AAliança Abraâmica
A salvação pela fé
Deus soberanamente engenhando as
circunstâncias para cumprir Seu
propósito
“Vocês planejaram o mal contra mim,
mas Deus o tornou em bem”
Deus é!
As promessas de Deus
A aliança da circuncisão
Abraão como pai da nação judaica
Isaque como filho da promessa
Como Israel acabou se tornando
escravo no Egito