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EDUCAÇÃO EM SAÚDE BASEADO NAS NECESSIDADES VERIFICADAS NA 
CLIENTELA PORTADORA DE HANSENÍASE DO PROGRAMA DE 
ATENDIMENTO DA POLICLÍNICA DR. LUIZ SANTOS FILHO 
RIBEIRO, D. A.¹ , MENDES, J.T.¹ ASSUNÇÃO, S. M.² 
Acadêmicas do curso de Psicologia¹, Docente do curso de Psicologia², 
do Centro Universitário UNIRG 
Gurupi - Tocantins 
Introdução 
O presente 
trabalho foi realizado no 8º semestre do curso 
de Psicologia, durante o ano de 2011. Buscou verificar as 
necessidades e a percepção dos pacientes de hanseníase, da 
Policlínica Dr. Luiz Santos Filho, localizada na cidade de 
Gurupi - TO. Sobre o preconceito e a exclusão que muitos 
pacientes sofreram e ainda sofrem nos dias atuais. 
A hanseníase, apesar de ser uma doença antiga, ainda 
representa um problema de saúde pública. Os suportes 
psicológicos através de intervenções na sala de espera, 
poderam oferecer uma nova e importante rede social ao 
paciente e a seus familiares, além de configurar uma situação 
adequada à possibilidade de refinamento das informações 
sobre a doença com a qual convivem, bem como a respeito do 
tratamento, e favorecer a elaboração das vivências 
relacionadas à enfermidade. 
Área: Saúde Processo: Acolhimento 
Local: Sala de espera da Policlínica Dr. Luiz Santos Filho ala 
dos portadores de hanseníase, localizada na cidade de 
Gurupi - TO. 
População: Todos os pacientes inscritos no programa de 
combate à hanseníase da Policlínica Dr. Luiz Santos Filhos, 
desde os pacientes que já faziam tratamento, até os que iriam 
iniciar o mesmo. 
Objetivos 
O trabalho teve por objetivo identificar as representações 
sociais que os pacientes possuíam em relação à sua doença. 
Verificou - se também a contribuição que o 
acompanhamento psicológico pode oferecer a esses 
pacientes. 
Desenvolvimento 
Os grupos se formavam aleatoriamente na sala de 
espera da Policlínica, foram trabalhados com uma estratégia 
de atuação dentre as práticas grupais em psicologia, 
dinâmicas de grupo e debates. A intervenção era feita junto 
aos pacientes e seus acompanhantes no instante em que 
aguardam por uma consulta ou qualquer outro 
procedimento em saúde, tendo como propósito, verificar as 
necessidades de intervenções que busquem melhor 
tratamento e esclarecimento acerca dos problemas que 
envolvem questões emocionais dos pacientes e que possa 
favorecer o bem estar partindo de uma atuação psicológica 
na sala de espera. 
Discussão e Resultados 
Desde o início do projeto, foram encontradas algumas 
dificuldades, como à formação dos grupos na sala de espera 
da Policlínica, devido à variação do fluxo de pessoas na 
mesma. 
Quando faz uma escuta diferenciada sem o olhar de medo 
ou preconceito, abre um espaço para compartilhar sua 
história, seus sonhos, fantasias e medos, possibilitando uma 
troca de experiência entre os pacientes. Fortalecendo assim 
suas relações interpessoais, adesão ao tratamento e 
confiança na equipe. 
Metodologia 
Realizou - se um estudo exploratório através de entrevista 
semi-estruturada, para entender melhor as mudanças de 
comportamento social dos pacientes de hanseníase, após o 
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A metodologia de história oral permitiu fazer o registro da 
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Contudo a psicologia no âmbito da grupalidade, 
forneceu subsídios para uma intervenção psicológica em 
uma sala de espera, que a mesma pode reduzir o sofrimento 
psíquico dos pacientes bem como ajudar no processo de 
compreensão do diagnóstico, ampliar a qualidade dos 
atendimentos e inserção do psicólogo no contexto da saúde 
pública, privilegiando ações de caráter coletivo adequadas 
às áreas de atuação emergentes. 
Referências Bibliográficas 
ARAÚJO, M. G. Hanseníase no Brasil. Revista Brasileira da Sociedade de Medicina Tropical. V.36, N.3, p. 373-382, 2003 
. 
BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Departamento de vigilância epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitarias: 
guia de bolso/ mistério da saúde, secretaria de vigilância em saúde. - 6 ed. Ver. Brasília DF: ministério da saúde, p.320, 2005. 
BRASIL. Ministério da saúde. Programa de controle da Hanseníase no Brasil. 3 ed. Brasília DF: ministério da saúde, p.350, 2000. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de prevenção de incapacidades. Brasília: Área Técnica de Dermatologia Sanitária, 2001. 
CLARO, L. B. L. Hanseníase: representações sobre a doença. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995. 
FOSS, N. T. Hanseníase: aspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 74, n. 2. p.113 - 
19, 1999. 
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. (2a. ed., M. B. M. L. Nunes, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar Ed. 
1978. 
GOFFMAN, E. Estigma – Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Rio de Janeiro; Guanabara. 4 ed. p. 7-151, 1988.. 
NASCIMENTO, Dilene Raimundo & CARVALHO, Diana Maul, Uma história brasileira das doenças, Brasília: Paralelo 15, p.13 -18 2004. 
Contato: 
Déborah Ribeiro: (63) 8457-1666 deborah_wtk2@hotmail.com 
Jessica Toneloto: (63) 9991-0720 jeolita@hotmail.com

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Educação em Saúde Baseado nas necessidades da clientela atendida pelo Programa de Hanseníase ofertado na Policlínica Dr. Luiz Santos Filho em Gurupi - TO

  • 1. EDUCAÇÃO EM SAÚDE BASEADO NAS NECESSIDADES VERIFICADAS NA CLIENTELA PORTADORA DE HANSENÍASE DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO DA POLICLÍNICA DR. LUIZ SANTOS FILHO RIBEIRO, D. A.¹ , MENDES, J.T.¹ ASSUNÇÃO, S. M.² Acadêmicas do curso de Psicologia¹, Docente do curso de Psicologia², do Centro Universitário UNIRG Gurupi - Tocantins Introdução O presente trabalho foi realizado no 8º semestre do curso de Psicologia, durante o ano de 2011. Buscou verificar as necessidades e a percepção dos pacientes de hanseníase, da Policlínica Dr. Luiz Santos Filho, localizada na cidade de Gurupi - TO. Sobre o preconceito e a exclusão que muitos pacientes sofreram e ainda sofrem nos dias atuais. A hanseníase, apesar de ser uma doença antiga, ainda representa um problema de saúde pública. Os suportes psicológicos através de intervenções na sala de espera, poderam oferecer uma nova e importante rede social ao paciente e a seus familiares, além de configurar uma situação adequada à possibilidade de refinamento das informações sobre a doença com a qual convivem, bem como a respeito do tratamento, e favorecer a elaboração das vivências relacionadas à enfermidade. Área: Saúde Processo: Acolhimento Local: Sala de espera da Policlínica Dr. Luiz Santos Filho ala dos portadores de hanseníase, localizada na cidade de Gurupi - TO. População: Todos os pacientes inscritos no programa de combate à hanseníase da Policlínica Dr. Luiz Santos Filhos, desde os pacientes que já faziam tratamento, até os que iriam iniciar o mesmo. Objetivos O trabalho teve por objetivo identificar as representações sociais que os pacientes possuíam em relação à sua doença. Verificou - se também a contribuição que o acompanhamento psicológico pode oferecer a esses pacientes. Desenvolvimento Os grupos se formavam aleatoriamente na sala de espera da Policlínica, foram trabalhados com uma estratégia de atuação dentre as práticas grupais em psicologia, dinâmicas de grupo e debates. A intervenção era feita junto aos pacientes e seus acompanhantes no instante em que aguardam por uma consulta ou qualquer outro procedimento em saúde, tendo como propósito, verificar as necessidades de intervenções que busquem melhor tratamento e esclarecimento acerca dos problemas que envolvem questões emocionais dos pacientes e que possa favorecer o bem estar partindo de uma atuação psicológica na sala de espera. Discussão e Resultados Desde o início do projeto, foram encontradas algumas dificuldades, como à formação dos grupos na sala de espera da Policlínica, devido à variação do fluxo de pessoas na mesma. Quando faz uma escuta diferenciada sem o olhar de medo ou preconceito, abre um espaço para compartilhar sua história, seus sonhos, fantasias e medos, possibilitando uma troca de experiência entre os pacientes. Fortalecendo assim suas relações interpessoais, adesão ao tratamento e confiança na equipe. Metodologia Realizou - se um estudo exploratório através de entrevista semi-estruturada, para entender melhor as mudanças de comportamento social dos pacientes de hanseníase, após o diagnóstico da doença. A metodologia de história oral permitiu fazer o registro da história de vida dos indivíduos que, ao resgatar suas memórias pessoais, ao mesmo tempo, puderam construir a história do grupo social ao qual pertencem. Foram utilizados os seguintes materiais: Folhas A4, lápis, canetas esferográfica, borracha, cronômetro. Considerações Finais Contudo a psicologia no âmbito da grupalidade, forneceu subsídios para uma intervenção psicológica em uma sala de espera, que a mesma pode reduzir o sofrimento psíquico dos pacientes bem como ajudar no processo de compreensão do diagnóstico, ampliar a qualidade dos atendimentos e inserção do psicólogo no contexto da saúde pública, privilegiando ações de caráter coletivo adequadas às áreas de atuação emergentes. Referências Bibliográficas ARAÚJO, M. G. Hanseníase no Brasil. Revista Brasileira da Sociedade de Medicina Tropical. V.36, N.3, p. 373-382, 2003 . BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Departamento de vigilância epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitarias: guia de bolso/ mistério da saúde, secretaria de vigilância em saúde. - 6 ed. Ver. Brasília DF: ministério da saúde, p.320, 2005. BRASIL. Ministério da saúde. Programa de controle da Hanseníase no Brasil. 3 ed. Brasília DF: ministério da saúde, p.350, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de prevenção de incapacidades. Brasília: Área Técnica de Dermatologia Sanitária, 2001. CLARO, L. B. L. Hanseníase: representações sobre a doença. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995. FOSS, N. T. Hanseníase: aspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 74, n. 2. p.113 - 19, 1999. GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. (2a. ed., M. B. M. L. Nunes, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar Ed. 1978. GOFFMAN, E. Estigma – Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Rio de Janeiro; Guanabara. 4 ed. p. 7-151, 1988.. NASCIMENTO, Dilene Raimundo & CARVALHO, Diana Maul, Uma história brasileira das doenças, Brasília: Paralelo 15, p.13 -18 2004. Contato: Déborah Ribeiro: (63) 8457-1666 deborah_wtk2@hotmail.com Jessica Toneloto: (63) 9991-0720 jeolita@hotmail.com