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Agrupamento de Escolas Nº1
de Montemor-o-Novo
Ano Letivo 2013/2014
TRABALHO DE GRUPO
“O Futuro da Agricultura”
Trabalho elaborado por:
Gonçalo Santos N.º 9
Luís Vacas N.º 13
Manuel Nunes N.º 14
Maria Carolina N.º 15
Pedro Regouga N.º 20
Disciplina de Geografia
9º Ano Turma D
Montemor-o-Novo
2
Índice
Introdução....................................................................................................pág.3
Agricultura:……………..………………………………………………………..………….pág.4
- Agricultura no Mundo………….................................................pág.4
- Agricultor em Portugal......................................................…....pág.5
- Agricultura em Portugal...........................................................pág.7
- Impactos da Agricultura……….................................................pág.10
- Agricultura no Futuro..............................................................pág.13
Conclusão…………………………………………….................................................pág.19
Web grafia/Bibliografia...................................................................................pág.20
Avaliação da Professora…………………………………………………………………….pág.21
3
Introdução
Este trabalho foi-nos proposto no âmbito da disciplina de Geografia, pela
professora Célia Amaral, subordinado à matéria “A Agricultura”.
A nossa Sociedade dá como adquirida uma alimentação de qualidade,
abundante, segura, a preços acessíveis e estáveis. Assim como a proteção do
ambiente, da biodiversidade e da paisagem.
Está previsto que para 2050 habitem na Terra cerca de 9 mil milhões de pessoas.
Um número impressionante que coloca uma questão: como vai evoluir a
agricultura para alimentar tanta gente?
Os nossos objetivos para a realização deste trabalho passam pelo cumprimento
de todos os objetivos impostos pela professora, pela compreensão de como terá de
evoluir a agricultura do futuro e, naturalmente, pelo enriquecimento dos nossos
conhecimentos. Servirá também como consolidação para o tema já dado em aula.
4
Agricultura
A agricultura é uma das atividades humanas mais antigas e uma das mais
importantes para a vida das populações.
A alimentação é importante para a sobrevivência dos seres humanos.
Agricultura no Mundo
A produção agrícola mundial é bastante diversificada, não só em termos de
produtos agrícolas, mas também em relação à forma de produção. Nos países
desenvolvidos, as técnicas usadas são altamente modernas, utilizando pouca mão-de-
obra. Pela sua importância e influência nas sociedades, não pode ser observada
isoladamente, mas sim como um fenómeno relacionado com três fatores
fundamentais: a alimentação e questões humanitárias; a gestão responsável dos
recursos do planeta e controlo das consequências ambientais; e, por fim, a economia,
na medida em que a agricultura é uma atividade lucrativa que pode ajudar ao
desenvolvimento das populações.
Ao nível humanitário a agricultura é essencial. Segundo dados da FAO, 870
milhões de pessoas no mundo sofrem de subnutrição e em 2050, quando os 7 mil
milhões de pessoas que habitarem a Terra aumentarem para 9 mil milhões (previsão),
será preciso duplicar a produção alimentar. A erradicação da fome e da pobreza são
um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio estabelecidos para 2015, para o
qual a produção agrícola pode ser útil, não só como resposta alimentar, mas como
atividade profissional e fonte de rendimento. Conforme estatísticas do Banco
Mundial, 23% da população mundial vive com menos de 1,25 dólares por dia, o que
equivale a 1,2 mil milhões de pessoas, mas muitos mais são afetados pela pobreza
extrema (cerca de 2,6 mil milhões vivem com menos de 2 dólares por dia). Em África,
onde se localiza mais de metade da terra fértil por utilizar no mundo, esta situação
pode ser reversível, segundo um estudo recente do Banco Mundial.
5
Agricultor em Portugal
A mudança necessária na agricultura passa, fundamentalmente, pela formação
profissional dos agricultores. Grande parte dos agricultores tem já idade avançada e
pouca ou nenhuma formação profissional. É nas faixas mais jovens que encontramos
agricultores com mais formação, espírito de iniciativa e conhecimento dos mercados.
Muitas regiões do país apresentam
explorações agrícolas de pequena dimensão
(Fig.1) ou muito divididas pelo espaço
(parcelamento). As políticas de
emparcelamento têm como objetivo criar
unidades de produção mais racionais e que
permitam o uso de métodos mecânicos e
científicos em grande escala.
As técnicas geralmente usadas são
ancestrais, sobretudo na policultura de
subsistência. Métodos de produção modernos
e sustentáveis, incluindo de agricultura
biológica, estão a ser progressivamente
introduzidos no mundo rural português
(Fig.2).
Fig.1 Paisagem de minifúndio e de policultura intensiva. Vieira
do Minho
Fig.2 Agricultura intensiva de regadio no vale do Tejo
6
Reportagem (excerto): A AGRICULTURA EM PORTUGAL
Ser agricultor é uma escolha livre. O setor da agricultura está na moda, mas
fala-se de forma pouco aprofundada sobre ele. E, numa altura em que o
desemprego teima em quebrar recordes, voltar a olhar para a agricultura com
outros olhos pode ser uma boa saída.
Portugal é o país europeu com agricultores mais velhos e com menor
número de jovens a trabalhar nos campos: apenas 2,5% têm menos de 35 anos.
O último recenseamento agrícola do Instituto Nacional de Estatística (INE), dá
conta do envelhecimento acelerado: quase metade dos agricultores portugueses
(48%) tinha, em 2009, mais de 65 anos.
Em 2009, a população agrícola familiar, onde se inclui o produtor agrícola
e a sua família, totalizava 793 mil pessoas, ou seja, 7% de portugueses. Mas entre
1999 e 2009, a população rural "envelheceu consideravelmente", segundo o INE.
A média de idades passou de 46 para 52 anos e as faixas etárias mais jovens
perderam importância: atualmente apenas um terço da população rural tem
menos de 45 anos, o que representa um decréscimo de 11%.
O Algarve é a região com população mais envelhecida, com uma média de
idades de 58 anos, enquanto os Açores se situam no extremo oposto, com uma
média de 42 anos.
A nível dos produtores agrícolas, a média de idades ronda os 63 anos, mais
11 anos do que a da população agrícola em geral.
Apenas quatro em dez pessoas da população agrícola familiar frequentaram
o primeiro ciclo e 22% não possuem qualquer nível de instrução. Apesar de tudo,
o INE destaca "melhorias significativas, pois a taxa de analfabetismo baixou 7%
face a 1999 e a frequência do ensino secundário e superior aumentou 3%.
Cada elemento da população agrícola familiar trabalha em média 15 horas
por semana, mas o tempo de trabalho do produtor agrícola é superior chegando
às 22 horas por semana.
O agregado familiar, em geral, é constituído por menos de três indivíduos
e o rendimento provém maioritariamente de pensões e reformas. O
envelhecimento reflete-se também no desinteresse pela atividade. Em dez anos,
Portugal perdeu um quarto das suas explorações agrícolas. Em 2009 existiam
305 mil explorações agrícolas, menos 111 mil do que em 1999.
As grandes superfícies são responsáveis por 85% daquilo que se
comercializa, os agricultores ficam assim muito restritos às grandes superfícies.
O que gera grandes dificuldades aos agricultores pois é extremamente difícil
entrar no negócio das grandes superfícies.
Há produtos comercializados nas grandes superfícies em que o agricultor
apenas recebe entre 15% a 20%, devido ao abuso de poder relativamente às
práticas de relacionamento com os produtores e com quem fornece os produtos.
7
Agricultura em Portugal
Falar de agricultura em Portugal é deitar um olhar, simultaneamente, sobre o
passado e o futuro. De facto, este setor encontra-se em transformação. A inclusão
de Portugal na UE e a globalização do comércio mundial vieram revelar estruturas
de produção pouco competitivas. A mudança, essa, faz-se ao ritmo da renovação de
gerações: são os mais novos, sobretudo, quem encabeça a necessária mudança para
formas de organização e produção modernas.
 Agricultura: o meio natural
Com exceção dos Açores, o clima de Portugal é de caraterísticas mediterrânicas,
apresentando um Verão quente e seco que, consoante as regiões, é mais ou menos
longo. Este facto condiciona a agricultura, pois obriga a recorrer ao regadio.
Contudo, a área irrigada em Portugal é de apenas 6500 km2
. Sistemas de rega como
o Baixo Mondego e do Alqueva são fundamentais para diversificar e aumentar a
produção agrícola.
Embora uma grande percentagem dos solos portugueses seja agricultada, há
apenas 17% de bons solos agrícolas. Naturalmente, as produções não poderão ser
elevadas em solos inadequados à agricultura, pelo que é necessário afetá-los à
pecuária e produção florestal (silvicultura).
 Principais produções agrícolas
Uma vasta área de Portugal continental continua dedicada à agricultura, embora
as exportações de produtos agrícolas já não representem uma parte tão significativa
da economia como no passado. O país continua a exportar excelentes vinhos, azeite
e frutos (em especial as laranjas do Algarve, as cerejas e as peras), mas o sector
comercial tem ganho uma maior importância nos últimos anos.
Mais de um terço da área do país está ocupada por florestas, e é graças a elas
que Portugal assegura cerca de metade da produção mundial de cortiça. O país é
8
também sede de grandes empresas industriais, incluindo uma fábrica de papel de
renome internacional e o maior produtor mundial de aglomerados de madeira.
Contudo, importa cerca de:
 40% dos alhos;
 40% das batatas;
 40% das cebolas;
 30% a 40% dos tomates, dos pepinos e dos pimentos.
Os principais produtos importados provêm de Espanha, França e Itália.
Importamos 372 milhões de euros e exportamos 15 milhões de euros, números
impressionantes e assustadores porque cada vez mais é a dependência para com os
outros países.
 Importância na agricultura na economia portuguesa
A importância da agricultura na economia portuguesa tem diminuído
ao longo dos anos, tal como se verifica em todos os países industrializados,
mas continua a ser grande em comparação com os valores médios
registados na UE.
A percentagem do sector no PIB nacional desceu mais de 3% entre
1988 e 2001, tendo sido de 2,8% em 1999-2001.
Tal como noutros Estados-Membros da UE, a agricultura e o
emprego primário baseado nos recursos naturais perderam importância.
A relação entre o emprego agrícola e o PIB total tem sido negativa,
pois o decréscimo do PIB tem sido acompanhado por uma desaceleração
da taxa de decréscimo da mão-de-obra agrícola.
No que se refere à contribuição da agricultura para a formação de
capital, representa menos de 1% da formação bruta de capital fixo total,
seguindo uma tendência decrescente de longo prazo.
9
O comércio agrícola tem vindo a crescer, mas menos rapidamente do
que o comércio global. Em 1988-1990, a quota do comércio agrícola no
comércio total foi de 7,8%, mas em 2000-2002 essa percentagem desceu
para cerca de 6%.
A indústria alimentar foi responsável em 2001 por 5% do PIB
português e deu emprego a 2,3% da população ativa. Estas percentagens
são ligeiramente mais baixas do que as de 1996, que eram de 5,8% e 2,5%,
respetivamente.
As diferenças de importância
da agricultura nas diferentes regiões
são muito acentuadas. Em termos
de emprego, a agricultura é
especialmente importante na região
Centro, ao passo que, em termos de
valor acrescentado, a percentagem
mais elevada cabe ao Alentejo,
onde esse valor é superior a 10%. A região onde a importância da
agricultura na economia é menor é a de Lisboa e Vale do Tejo, que é
também aquela onde se concentram os pomares e as vinhas mais
produtivas de Portugal.
Quadro 1 Importância da agricultura na economia portuguesa (1988/90 - 1999/2001)
Quadro 2 Importância da agricultura a nível regional, em %
10
Impactos da agricultura
 Impactos ambientais
Inevitavelmente, a agricultura tem impactos sobre o ambiente. De entre eles,
podemos destacar os seguintes:
 Poluição química e orgânica – a agricultura moderna, no seu esforço de
aumentar as produções, recorre a muitos produtos químicos, seja para
fertilização ou para tratamento das culturas. Agravando este facto, muitos
agricultores, por ignorância, usam esses produtos em doses excessivas.
Consequentemente, as águas das chuvas acabam por arrastar esses produtos
para os aquíferos subterrâneos, os rios e os mares, contaminando-os. Além
disso, os excrementos dos animais das explorações pecuárias são muito
poluentes. Através da infiltração no solo ou, frequentemente, por descargas
ilegais para os cursos de água, acabam por poluir as águas, colocando em
perigo a saúde humana.
 Salinização dos solos – a agricultura é a maior consumidora de água. Quando
a rega é intensa, o que acontece em grande parte dos solos agrícolas mundiais,
sais minerais acumulam-se em excesso no solo, diminuindo a sua
produtividade e, em casos extremos, impossibilitando o seu cultivo.
 Erosão – a erosão dos solos ocorre, sobretudo, quando se usam sistemas
monoculturais que deixam o solo desprotegido durante parte do ano. A
utilização de solos pouco profundos ou pouco férteis acentua o fenómeno da
erosão, sobretudo quando abandonados.
 Desflorestação – muitas regiões da floresta têm sido desbastadas para dar
lugar a campos de cultivo ou pastos para o gado. Contudo, grande parte dessas
áreas não tem bons solos agrícolas, sendo posteriormente abandonados e
sujeitos à erosão – perde-se riqueza florestal sem uma boa contrapartida
alimentar. Esta situação ocorre com frequência nas regiões da floresta tropical.
11
 Perda de biodiversidade – o uso de sementes e espécies selecionadas em
regimes de monocultura tem levado a uma perda da biodiversidade, sujeitando
as culturas a mais ataques de pragas e doenças. A necessidade de combater
estas últimas faz encarecer a produção e sobrecarrega o ambiente e os
alimentos com produtos nocivos.
 Impactos económicos
O setor agrícola tem importantes impactos económicos. Uma agricultura
produtiva permite gerar capitais para investimento noutros setores produtivos e
sociais.
Muitos países têm uma agricultura que contribui significativamente para a
riqueza produzida no país. Outros apresentam valores muito baixos, com pesadas
consequências sociais e sociais, como a fome e a pobreza.
Na imagem abaixo pode-se constatar a diferença da eficiência agrícola que
existe entre os países do mundo. A uma maior eficiência e riqueza agrícolas dos países
desenvolvidos, em particular na América do Norte Europa Ocidental, Áustria e Nova
Zelândia, opõem-se os países em desenvolvimento, sobretudo os de África e da Ásia
do Sul e Sudeste.
Fig.3 Produção agrícola (PIB) por pessoa ativa na agricultura.
12
 Impactos sociais
A agricultura tem grande impacto sobre a sociedade. De um setor agrícola
eficiente pode depender a estabilidade de todo um país.
Para além de promover alimentação em quantidade e qualidade, contribui para
a coesão e desenvolvimento social, pois disponibiliza recursos para investimento em
escolas e hospitais, por exemplo, dá
capacidade de compra aos agricultores
(para adquirirem outros bens e serviços) e
predispõe as populações, principalmente
os jovens, a frequentar a escola e centros
de formação (o que traz benefícios diretos
às populações e torna a economia mais
competitiva).
O desenvolvimento científico aplicado à agricultura levou ao aparecimento de
novas culturas com maior resistência às pragas, às tempestades e, consequentemente,
com maiores rendimentos.
Em alguns casos, as experiências laboratoriais levaram ao aparecimento de
produtos geneticamente modificados, ou seja, produtos transgénicos (alimentos
geneticamente transformados, isto é, produtos que recebem genes de outra espécie
diferente da sua).
Ultimamente, tem-se discutido muito sobre as implicações que os produtos
transgénicos têm para a saúde e para a preservação da biodiversidade.
Fig.4 Um setor agrícola desenvolvido pode combater com
eficácia a fome e a pobreza, que afetam milhões de pessoas.
13
A Agricultura no Futuro
As projeções mundiais da população sugerem que
haverá sucessivamente um aumento da população,
sendo mais as pessoas para alimentar. Um facto que
coloca a seguinte questão: “Como irá evoluir a
agricultura para alimentar tanta gente?”
Documento n.º1
OS PRODUTOS TRANSGÉNICOS
Após anos de investigação, os cientistas conseguiram isolar os genes de
diferentes seres vivos e transpô-los para outros. Os produtos transgénicos
são alimentos geneticamente transformados, isto é, produtos que
receberam genes de outra espécie diferente da sua, como por exemplo
tomates com genes de porco ou morangos com genes de peixe Ártico.
Com esta técnica, obtêm-se produtos mais resistentes ao frio, ao calor ou
a outras agressões externas.
Ao consumirmos produtos transgénicos, podem correr riscos para a
nossa saúde, já que esses alimentos contêm genes que podem ser
prejudiciais ao nosso organismo.
A maior parte das culturas transgénicas estão em solo norte-americano.
Na Europa, a legislação sobre a produção de culturas geneticamente
modificadas é ainda muita restrita.
Observação
DESPERDÍCIO DE RECURSOS
A globalização da economia
mundial também inclui a
agricultura. Estima-se que, nos
EUA, 95% da produção agrícola
é exportada, enquanto 95% dos
alimentos consumidos provêm
do estrangeiro! Estes
movimentos comerciais geram
um gasto enorme de recursos e
têm um impacto nefasto no
ambiente.
A agricultura do futuro terá de
ter em conta estes factos e
diminuir a distância da produção
às áreas de consumo.
14
 O momento presente
A produção agrícola tem aumentado muito nos últimos anos. Contudo, é sabido
que o tipo de agricultura que mais produz, a agricultura moderna de mercado, é uma
grande consumidora de recursos. Além disso,
tem um impacto negativo muito elevado no
ambiente. Por outras palavras, não é uma
agricultura sustentável. Aumentar a produção
alimentar nestas bases porá em risco o
ecossistema global da Terra.
 As respostas da Biotecnologia
Uma resposta a estas questões está a ser dada pela Biotecnologia.
A Biotecnologia aplicada à agricultura procura obter variedades vegetais que
não só produzem mais, mas que acrescentem algo de novo aos alimentos. Esse algo
tanto pode ser um teor mais elevado de um determinado nutriente, como uma maior
resistência a doenças e pragas, uma vacina comestível ou, ainda, um alimento-
medicamento.
Naturalmente, a Biotecnologia, só por si, não poderá dar resposta às
necessidades crescentes de alimentos. Também terão de ser feitas reformas nos
sistemas produtivos na maioria dos países do mundo.
Assim, algumas das vantagens da Biotecnologia são:
 Redução do consumo de produtos químicos, significando menos poluição dos
aquíferos, rios e mares;
 Maior rendimento agrícola, dando resposta à escassez de terras agrícolas e
deixando mais espaço para os habitats naturais;
Fig.5 Produção agrícola mundial entre 1990 e 2005.
15
 Diminuição do consumo de água, através de espécies mais resistentes à
crescente secura do clima de muitas regiões;
 Menor intervenção nos solos, o que diminui o consumo de combustíveis e a
ação erosiva sobre os solos.
Contudo, os alimentos provenientes da Biotecnologia levantam
reservas em muitos setores da sociedade e em governos. Embora não se
tenham detetado impactos negativos
significativos no seu consumo pelas
pessoas, as alterações genéticas nos
alimentos levantam receios de
consequências negativas a longo
prazo, tanto para o ambiente como
para as pessoas.
 Agricultura biológica: uma alternativa
No início do século XX surgiram ideias que
defendiam uma agricultura mais equilibrada quer com o
ambiente quer com a saúde da população. À medida que
os excessos da sociedade industrial se manifestavam, o
movimento da agricultura biológica ganhou força,
sendo hoje uma forma reconhecida, pelos governos e a
ONU, de produzir alimentos de forma sustentável.
Fig.6 Girassol melhorado geneticamente para produção de
biodiesel. Brasil.
Fig.7 Símbolos da agricultura biológica
16
A agricultura biológica é uma
agricultura que exclui a utilização de
fertilizantes químicos e de pesticidas e em
que as espécies cultivadas são as mais
adequadas ao solo e ao clima. A agricultura
biológica é:
 Ecológica:
 Considera o solo, as plantas, os animais e os seres humanos com
uma cadeia indissociável, recorrendo a práticas – como rotações de
culturas, adubos orgânicos, luta biológica contra as pargas e doenças
– que fomentam o seu equilíbrio e a biodiversidade;
 Sustentável:
 Procura manter e melhorar a fertilidade do solo a longo prazo
através de métodos naturais, preservando os recursos naturais e
minimizando a poluição que possa resultar das práticas agrícolas;
 Promove a reciclagem de restos de origem vegetal ou animal de
forma a devolver nutrientes à terra, minimizando deste modo o uso
de recursos não renováveis;
 Estimula o uso de recursos renováveis em sistemas agrícolas
organizados a nível local, excluindo o recurso a produtos químicos
de síntese e aditivos alimentares para animais.
Fig.8 Culturas biológicas na Califórnia. Nota-se a cerca
de vegetação natural (ao fundo), que preserva a flora e
fauna silvestres,
17
 Socialmente responsável e promotora do desenvolvimento
rural:
 Produz alimentos e fibras de forma a não sobrexplorar os
recursos naturais, deixando-os como herança para o uso
sustentável das gerações vindouras;
 Permite aos agricultores valorizar mais as suas produções e uma
maior dignificação da sua profissão;
 Estimula a coesão social ao possibilitar a permanência dos
agricultores nas suas comunidades, pois cria emprego noutras
atividades paralelas (artesanato, produtos regionais, turismo, etc.),
aumentando os seus rendimentos.
Tanto na Europa como nos EUA, o número de agricultores
biológicos aumenta constantemente, com muitos deles a juntarem
esforços contra o consumismo e tendo em vista de consciência ambiental.
Em Portugal o negócio da agricultura biológica vale 20 milhões. O
valor mundial do mercado deve ultrapassar os 50 mil milhões de euros.
Fig.9 A agricultura biológica na Europa, em 2002
Fig.10 Evolução do número de explorações e da área ocupada com agricultura
biológica
18
Documento n.º2
AGRICULTURA BIOLÓGICA: O RESPEITO PELO EQUILÍBRO NATURAL
A agricultura biológica torna-se mais fácil quando é praticada numa
exploração que inclua pastagens para o gado, culturas de cereais e de
fertilização.
Com a criação de gado é possível dispor de estrume, que é usado para
fertilizar os solos. A agricultura biológica exige também a rotação de
culturas, desempenhando as leguminosas (como, por exemplo, o trevo, o
tremoço e o feijão branco) um papel muito importante na fixação de azoto
no solo.
O lucro da agricultura biológica é menor do que o da agricultura
convencional o que torna o preço dos produtos biológicos um pouco mais
caros do que os produzidos pela agricultura convencional.
19
Conclusão
A realização deste trabalho, relativo ao “Futuro da Agricultura”, foi
essencial para tirar conclusões como:
 A agricultura é uma das atividades humanas mais antigas e uma das
mais importantes para a vida das populações;
 Compreensão da necessidade de uma formação dos agricultores;
 Consequências provocadas pela agricultura a níveis económicos,
ambientais e sociais;
 Que como possíveis soluções para a agricultura do futuro temos a
agricultura biológica e a Biotecnologia.
Cumprimos todos os objetivos propostos, embora em certos tópicos
tenha havido uma maior dificuldade quer na obtenção da informação quer
no seu tratamento. Permitiu-nos também compreender melhor e
aprofundar os temas já abordados em aula.
20
Web grafia/Bibliografia
Para a realização deste trabalho, utilizámos as seguintes fontes:
 Internet
 http://ec.europa.eu/agriculture/publi/reports/portugal/workdoc_pt.pdf
 https://pt.alltech.com/future-of-farming
 http://exameinformatica.sapo.pt/lifestyle/eco/2013-10-05-a-agricultura-do-
futuro-usa-tecnologia-portuguesa
 http://www.gsma.com/mobilefordevelopment/mobile-technology-and-the-
future-of-agriculture
 http://www.brasilescola.com/geografia/agricultura-futuro.htm
 http://www.foodwewant.org/por/MEDIA2/CONCURSO-DE-
COMUNICACAO/Opcao-1-Crise-Alimentar-Global/A-importancia-da-
Agricultura
 http://ummundoglobal.blogspot.pt/2011/11/agricultura-biologica.html
 http://camperasdesuenos.blogspot.pt/2008/04/importncia-da-agricultura-
na-economia.html
 http://geografia8anobasico.blogspot.pt/
 Livro
Título de Obra: GEO Diversidade
Autores: Elisa Amado, José António Baptista e Julieta Casimiro Baptista
Editora: Didáctica Editora
21
Avaliação da Professora
Comentário:
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Classificação:
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Data: _____/_____/_____
Rubrica: __________________________

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Futuro Agricultura Portugal

  • 1. Agrupamento de Escolas Nº1 de Montemor-o-Novo Ano Letivo 2013/2014 TRABALHO DE GRUPO “O Futuro da Agricultura” Trabalho elaborado por: Gonçalo Santos N.º 9 Luís Vacas N.º 13 Manuel Nunes N.º 14 Maria Carolina N.º 15 Pedro Regouga N.º 20 Disciplina de Geografia 9º Ano Turma D Montemor-o-Novo
  • 2. 2 Índice Introdução....................................................................................................pág.3 Agricultura:……………..………………………………………………………..………….pág.4 - Agricultura no Mundo………….................................................pág.4 - Agricultor em Portugal......................................................…....pág.5 - Agricultura em Portugal...........................................................pág.7 - Impactos da Agricultura……….................................................pág.10 - Agricultura no Futuro..............................................................pág.13 Conclusão…………………………………………….................................................pág.19 Web grafia/Bibliografia...................................................................................pág.20 Avaliação da Professora…………………………………………………………………….pág.21
  • 3. 3 Introdução Este trabalho foi-nos proposto no âmbito da disciplina de Geografia, pela professora Célia Amaral, subordinado à matéria “A Agricultura”. A nossa Sociedade dá como adquirida uma alimentação de qualidade, abundante, segura, a preços acessíveis e estáveis. Assim como a proteção do ambiente, da biodiversidade e da paisagem. Está previsto que para 2050 habitem na Terra cerca de 9 mil milhões de pessoas. Um número impressionante que coloca uma questão: como vai evoluir a agricultura para alimentar tanta gente? Os nossos objetivos para a realização deste trabalho passam pelo cumprimento de todos os objetivos impostos pela professora, pela compreensão de como terá de evoluir a agricultura do futuro e, naturalmente, pelo enriquecimento dos nossos conhecimentos. Servirá também como consolidação para o tema já dado em aula.
  • 4. 4 Agricultura A agricultura é uma das atividades humanas mais antigas e uma das mais importantes para a vida das populações. A alimentação é importante para a sobrevivência dos seres humanos. Agricultura no Mundo A produção agrícola mundial é bastante diversificada, não só em termos de produtos agrícolas, mas também em relação à forma de produção. Nos países desenvolvidos, as técnicas usadas são altamente modernas, utilizando pouca mão-de- obra. Pela sua importância e influência nas sociedades, não pode ser observada isoladamente, mas sim como um fenómeno relacionado com três fatores fundamentais: a alimentação e questões humanitárias; a gestão responsável dos recursos do planeta e controlo das consequências ambientais; e, por fim, a economia, na medida em que a agricultura é uma atividade lucrativa que pode ajudar ao desenvolvimento das populações. Ao nível humanitário a agricultura é essencial. Segundo dados da FAO, 870 milhões de pessoas no mundo sofrem de subnutrição e em 2050, quando os 7 mil milhões de pessoas que habitarem a Terra aumentarem para 9 mil milhões (previsão), será preciso duplicar a produção alimentar. A erradicação da fome e da pobreza são um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio estabelecidos para 2015, para o qual a produção agrícola pode ser útil, não só como resposta alimentar, mas como atividade profissional e fonte de rendimento. Conforme estatísticas do Banco Mundial, 23% da população mundial vive com menos de 1,25 dólares por dia, o que equivale a 1,2 mil milhões de pessoas, mas muitos mais são afetados pela pobreza extrema (cerca de 2,6 mil milhões vivem com menos de 2 dólares por dia). Em África, onde se localiza mais de metade da terra fértil por utilizar no mundo, esta situação pode ser reversível, segundo um estudo recente do Banco Mundial.
  • 5. 5 Agricultor em Portugal A mudança necessária na agricultura passa, fundamentalmente, pela formação profissional dos agricultores. Grande parte dos agricultores tem já idade avançada e pouca ou nenhuma formação profissional. É nas faixas mais jovens que encontramos agricultores com mais formação, espírito de iniciativa e conhecimento dos mercados. Muitas regiões do país apresentam explorações agrícolas de pequena dimensão (Fig.1) ou muito divididas pelo espaço (parcelamento). As políticas de emparcelamento têm como objetivo criar unidades de produção mais racionais e que permitam o uso de métodos mecânicos e científicos em grande escala. As técnicas geralmente usadas são ancestrais, sobretudo na policultura de subsistência. Métodos de produção modernos e sustentáveis, incluindo de agricultura biológica, estão a ser progressivamente introduzidos no mundo rural português (Fig.2). Fig.1 Paisagem de minifúndio e de policultura intensiva. Vieira do Minho Fig.2 Agricultura intensiva de regadio no vale do Tejo
  • 6. 6 Reportagem (excerto): A AGRICULTURA EM PORTUGAL Ser agricultor é uma escolha livre. O setor da agricultura está na moda, mas fala-se de forma pouco aprofundada sobre ele. E, numa altura em que o desemprego teima em quebrar recordes, voltar a olhar para a agricultura com outros olhos pode ser uma boa saída. Portugal é o país europeu com agricultores mais velhos e com menor número de jovens a trabalhar nos campos: apenas 2,5% têm menos de 35 anos. O último recenseamento agrícola do Instituto Nacional de Estatística (INE), dá conta do envelhecimento acelerado: quase metade dos agricultores portugueses (48%) tinha, em 2009, mais de 65 anos. Em 2009, a população agrícola familiar, onde se inclui o produtor agrícola e a sua família, totalizava 793 mil pessoas, ou seja, 7% de portugueses. Mas entre 1999 e 2009, a população rural "envelheceu consideravelmente", segundo o INE. A média de idades passou de 46 para 52 anos e as faixas etárias mais jovens perderam importância: atualmente apenas um terço da população rural tem menos de 45 anos, o que representa um decréscimo de 11%. O Algarve é a região com população mais envelhecida, com uma média de idades de 58 anos, enquanto os Açores se situam no extremo oposto, com uma média de 42 anos. A nível dos produtores agrícolas, a média de idades ronda os 63 anos, mais 11 anos do que a da população agrícola em geral. Apenas quatro em dez pessoas da população agrícola familiar frequentaram o primeiro ciclo e 22% não possuem qualquer nível de instrução. Apesar de tudo, o INE destaca "melhorias significativas, pois a taxa de analfabetismo baixou 7% face a 1999 e a frequência do ensino secundário e superior aumentou 3%. Cada elemento da população agrícola familiar trabalha em média 15 horas por semana, mas o tempo de trabalho do produtor agrícola é superior chegando às 22 horas por semana. O agregado familiar, em geral, é constituído por menos de três indivíduos e o rendimento provém maioritariamente de pensões e reformas. O envelhecimento reflete-se também no desinteresse pela atividade. Em dez anos, Portugal perdeu um quarto das suas explorações agrícolas. Em 2009 existiam 305 mil explorações agrícolas, menos 111 mil do que em 1999. As grandes superfícies são responsáveis por 85% daquilo que se comercializa, os agricultores ficam assim muito restritos às grandes superfícies. O que gera grandes dificuldades aos agricultores pois é extremamente difícil entrar no negócio das grandes superfícies. Há produtos comercializados nas grandes superfícies em que o agricultor apenas recebe entre 15% a 20%, devido ao abuso de poder relativamente às práticas de relacionamento com os produtores e com quem fornece os produtos.
  • 7. 7 Agricultura em Portugal Falar de agricultura em Portugal é deitar um olhar, simultaneamente, sobre o passado e o futuro. De facto, este setor encontra-se em transformação. A inclusão de Portugal na UE e a globalização do comércio mundial vieram revelar estruturas de produção pouco competitivas. A mudança, essa, faz-se ao ritmo da renovação de gerações: são os mais novos, sobretudo, quem encabeça a necessária mudança para formas de organização e produção modernas.  Agricultura: o meio natural Com exceção dos Açores, o clima de Portugal é de caraterísticas mediterrânicas, apresentando um Verão quente e seco que, consoante as regiões, é mais ou menos longo. Este facto condiciona a agricultura, pois obriga a recorrer ao regadio. Contudo, a área irrigada em Portugal é de apenas 6500 km2 . Sistemas de rega como o Baixo Mondego e do Alqueva são fundamentais para diversificar e aumentar a produção agrícola. Embora uma grande percentagem dos solos portugueses seja agricultada, há apenas 17% de bons solos agrícolas. Naturalmente, as produções não poderão ser elevadas em solos inadequados à agricultura, pelo que é necessário afetá-los à pecuária e produção florestal (silvicultura).  Principais produções agrícolas Uma vasta área de Portugal continental continua dedicada à agricultura, embora as exportações de produtos agrícolas já não representem uma parte tão significativa da economia como no passado. O país continua a exportar excelentes vinhos, azeite e frutos (em especial as laranjas do Algarve, as cerejas e as peras), mas o sector comercial tem ganho uma maior importância nos últimos anos. Mais de um terço da área do país está ocupada por florestas, e é graças a elas que Portugal assegura cerca de metade da produção mundial de cortiça. O país é
  • 8. 8 também sede de grandes empresas industriais, incluindo uma fábrica de papel de renome internacional e o maior produtor mundial de aglomerados de madeira. Contudo, importa cerca de:  40% dos alhos;  40% das batatas;  40% das cebolas;  30% a 40% dos tomates, dos pepinos e dos pimentos. Os principais produtos importados provêm de Espanha, França e Itália. Importamos 372 milhões de euros e exportamos 15 milhões de euros, números impressionantes e assustadores porque cada vez mais é a dependência para com os outros países.  Importância na agricultura na economia portuguesa A importância da agricultura na economia portuguesa tem diminuído ao longo dos anos, tal como se verifica em todos os países industrializados, mas continua a ser grande em comparação com os valores médios registados na UE. A percentagem do sector no PIB nacional desceu mais de 3% entre 1988 e 2001, tendo sido de 2,8% em 1999-2001. Tal como noutros Estados-Membros da UE, a agricultura e o emprego primário baseado nos recursos naturais perderam importância. A relação entre o emprego agrícola e o PIB total tem sido negativa, pois o decréscimo do PIB tem sido acompanhado por uma desaceleração da taxa de decréscimo da mão-de-obra agrícola. No que se refere à contribuição da agricultura para a formação de capital, representa menos de 1% da formação bruta de capital fixo total, seguindo uma tendência decrescente de longo prazo.
  • 9. 9 O comércio agrícola tem vindo a crescer, mas menos rapidamente do que o comércio global. Em 1988-1990, a quota do comércio agrícola no comércio total foi de 7,8%, mas em 2000-2002 essa percentagem desceu para cerca de 6%. A indústria alimentar foi responsável em 2001 por 5% do PIB português e deu emprego a 2,3% da população ativa. Estas percentagens são ligeiramente mais baixas do que as de 1996, que eram de 5,8% e 2,5%, respetivamente. As diferenças de importância da agricultura nas diferentes regiões são muito acentuadas. Em termos de emprego, a agricultura é especialmente importante na região Centro, ao passo que, em termos de valor acrescentado, a percentagem mais elevada cabe ao Alentejo, onde esse valor é superior a 10%. A região onde a importância da agricultura na economia é menor é a de Lisboa e Vale do Tejo, que é também aquela onde se concentram os pomares e as vinhas mais produtivas de Portugal. Quadro 1 Importância da agricultura na economia portuguesa (1988/90 - 1999/2001) Quadro 2 Importância da agricultura a nível regional, em %
  • 10. 10 Impactos da agricultura  Impactos ambientais Inevitavelmente, a agricultura tem impactos sobre o ambiente. De entre eles, podemos destacar os seguintes:  Poluição química e orgânica – a agricultura moderna, no seu esforço de aumentar as produções, recorre a muitos produtos químicos, seja para fertilização ou para tratamento das culturas. Agravando este facto, muitos agricultores, por ignorância, usam esses produtos em doses excessivas. Consequentemente, as águas das chuvas acabam por arrastar esses produtos para os aquíferos subterrâneos, os rios e os mares, contaminando-os. Além disso, os excrementos dos animais das explorações pecuárias são muito poluentes. Através da infiltração no solo ou, frequentemente, por descargas ilegais para os cursos de água, acabam por poluir as águas, colocando em perigo a saúde humana.  Salinização dos solos – a agricultura é a maior consumidora de água. Quando a rega é intensa, o que acontece em grande parte dos solos agrícolas mundiais, sais minerais acumulam-se em excesso no solo, diminuindo a sua produtividade e, em casos extremos, impossibilitando o seu cultivo.  Erosão – a erosão dos solos ocorre, sobretudo, quando se usam sistemas monoculturais que deixam o solo desprotegido durante parte do ano. A utilização de solos pouco profundos ou pouco férteis acentua o fenómeno da erosão, sobretudo quando abandonados.  Desflorestação – muitas regiões da floresta têm sido desbastadas para dar lugar a campos de cultivo ou pastos para o gado. Contudo, grande parte dessas áreas não tem bons solos agrícolas, sendo posteriormente abandonados e sujeitos à erosão – perde-se riqueza florestal sem uma boa contrapartida alimentar. Esta situação ocorre com frequência nas regiões da floresta tropical.
  • 11. 11  Perda de biodiversidade – o uso de sementes e espécies selecionadas em regimes de monocultura tem levado a uma perda da biodiversidade, sujeitando as culturas a mais ataques de pragas e doenças. A necessidade de combater estas últimas faz encarecer a produção e sobrecarrega o ambiente e os alimentos com produtos nocivos.  Impactos económicos O setor agrícola tem importantes impactos económicos. Uma agricultura produtiva permite gerar capitais para investimento noutros setores produtivos e sociais. Muitos países têm uma agricultura que contribui significativamente para a riqueza produzida no país. Outros apresentam valores muito baixos, com pesadas consequências sociais e sociais, como a fome e a pobreza. Na imagem abaixo pode-se constatar a diferença da eficiência agrícola que existe entre os países do mundo. A uma maior eficiência e riqueza agrícolas dos países desenvolvidos, em particular na América do Norte Europa Ocidental, Áustria e Nova Zelândia, opõem-se os países em desenvolvimento, sobretudo os de África e da Ásia do Sul e Sudeste. Fig.3 Produção agrícola (PIB) por pessoa ativa na agricultura.
  • 12. 12  Impactos sociais A agricultura tem grande impacto sobre a sociedade. De um setor agrícola eficiente pode depender a estabilidade de todo um país. Para além de promover alimentação em quantidade e qualidade, contribui para a coesão e desenvolvimento social, pois disponibiliza recursos para investimento em escolas e hospitais, por exemplo, dá capacidade de compra aos agricultores (para adquirirem outros bens e serviços) e predispõe as populações, principalmente os jovens, a frequentar a escola e centros de formação (o que traz benefícios diretos às populações e torna a economia mais competitiva). O desenvolvimento científico aplicado à agricultura levou ao aparecimento de novas culturas com maior resistência às pragas, às tempestades e, consequentemente, com maiores rendimentos. Em alguns casos, as experiências laboratoriais levaram ao aparecimento de produtos geneticamente modificados, ou seja, produtos transgénicos (alimentos geneticamente transformados, isto é, produtos que recebem genes de outra espécie diferente da sua). Ultimamente, tem-se discutido muito sobre as implicações que os produtos transgénicos têm para a saúde e para a preservação da biodiversidade. Fig.4 Um setor agrícola desenvolvido pode combater com eficácia a fome e a pobreza, que afetam milhões de pessoas.
  • 13. 13 A Agricultura no Futuro As projeções mundiais da população sugerem que haverá sucessivamente um aumento da população, sendo mais as pessoas para alimentar. Um facto que coloca a seguinte questão: “Como irá evoluir a agricultura para alimentar tanta gente?” Documento n.º1 OS PRODUTOS TRANSGÉNICOS Após anos de investigação, os cientistas conseguiram isolar os genes de diferentes seres vivos e transpô-los para outros. Os produtos transgénicos são alimentos geneticamente transformados, isto é, produtos que receberam genes de outra espécie diferente da sua, como por exemplo tomates com genes de porco ou morangos com genes de peixe Ártico. Com esta técnica, obtêm-se produtos mais resistentes ao frio, ao calor ou a outras agressões externas. Ao consumirmos produtos transgénicos, podem correr riscos para a nossa saúde, já que esses alimentos contêm genes que podem ser prejudiciais ao nosso organismo. A maior parte das culturas transgénicas estão em solo norte-americano. Na Europa, a legislação sobre a produção de culturas geneticamente modificadas é ainda muita restrita. Observação DESPERDÍCIO DE RECURSOS A globalização da economia mundial também inclui a agricultura. Estima-se que, nos EUA, 95% da produção agrícola é exportada, enquanto 95% dos alimentos consumidos provêm do estrangeiro! Estes movimentos comerciais geram um gasto enorme de recursos e têm um impacto nefasto no ambiente. A agricultura do futuro terá de ter em conta estes factos e diminuir a distância da produção às áreas de consumo.
  • 14. 14  O momento presente A produção agrícola tem aumentado muito nos últimos anos. Contudo, é sabido que o tipo de agricultura que mais produz, a agricultura moderna de mercado, é uma grande consumidora de recursos. Além disso, tem um impacto negativo muito elevado no ambiente. Por outras palavras, não é uma agricultura sustentável. Aumentar a produção alimentar nestas bases porá em risco o ecossistema global da Terra.  As respostas da Biotecnologia Uma resposta a estas questões está a ser dada pela Biotecnologia. A Biotecnologia aplicada à agricultura procura obter variedades vegetais que não só produzem mais, mas que acrescentem algo de novo aos alimentos. Esse algo tanto pode ser um teor mais elevado de um determinado nutriente, como uma maior resistência a doenças e pragas, uma vacina comestível ou, ainda, um alimento- medicamento. Naturalmente, a Biotecnologia, só por si, não poderá dar resposta às necessidades crescentes de alimentos. Também terão de ser feitas reformas nos sistemas produtivos na maioria dos países do mundo. Assim, algumas das vantagens da Biotecnologia são:  Redução do consumo de produtos químicos, significando menos poluição dos aquíferos, rios e mares;  Maior rendimento agrícola, dando resposta à escassez de terras agrícolas e deixando mais espaço para os habitats naturais; Fig.5 Produção agrícola mundial entre 1990 e 2005.
  • 15. 15  Diminuição do consumo de água, através de espécies mais resistentes à crescente secura do clima de muitas regiões;  Menor intervenção nos solos, o que diminui o consumo de combustíveis e a ação erosiva sobre os solos. Contudo, os alimentos provenientes da Biotecnologia levantam reservas em muitos setores da sociedade e em governos. Embora não se tenham detetado impactos negativos significativos no seu consumo pelas pessoas, as alterações genéticas nos alimentos levantam receios de consequências negativas a longo prazo, tanto para o ambiente como para as pessoas.  Agricultura biológica: uma alternativa No início do século XX surgiram ideias que defendiam uma agricultura mais equilibrada quer com o ambiente quer com a saúde da população. À medida que os excessos da sociedade industrial se manifestavam, o movimento da agricultura biológica ganhou força, sendo hoje uma forma reconhecida, pelos governos e a ONU, de produzir alimentos de forma sustentável. Fig.6 Girassol melhorado geneticamente para produção de biodiesel. Brasil. Fig.7 Símbolos da agricultura biológica
  • 16. 16 A agricultura biológica é uma agricultura que exclui a utilização de fertilizantes químicos e de pesticidas e em que as espécies cultivadas são as mais adequadas ao solo e ao clima. A agricultura biológica é:  Ecológica:  Considera o solo, as plantas, os animais e os seres humanos com uma cadeia indissociável, recorrendo a práticas – como rotações de culturas, adubos orgânicos, luta biológica contra as pargas e doenças – que fomentam o seu equilíbrio e a biodiversidade;  Sustentável:  Procura manter e melhorar a fertilidade do solo a longo prazo através de métodos naturais, preservando os recursos naturais e minimizando a poluição que possa resultar das práticas agrícolas;  Promove a reciclagem de restos de origem vegetal ou animal de forma a devolver nutrientes à terra, minimizando deste modo o uso de recursos não renováveis;  Estimula o uso de recursos renováveis em sistemas agrícolas organizados a nível local, excluindo o recurso a produtos químicos de síntese e aditivos alimentares para animais. Fig.8 Culturas biológicas na Califórnia. Nota-se a cerca de vegetação natural (ao fundo), que preserva a flora e fauna silvestres,
  • 17. 17  Socialmente responsável e promotora do desenvolvimento rural:  Produz alimentos e fibras de forma a não sobrexplorar os recursos naturais, deixando-os como herança para o uso sustentável das gerações vindouras;  Permite aos agricultores valorizar mais as suas produções e uma maior dignificação da sua profissão;  Estimula a coesão social ao possibilitar a permanência dos agricultores nas suas comunidades, pois cria emprego noutras atividades paralelas (artesanato, produtos regionais, turismo, etc.), aumentando os seus rendimentos. Tanto na Europa como nos EUA, o número de agricultores biológicos aumenta constantemente, com muitos deles a juntarem esforços contra o consumismo e tendo em vista de consciência ambiental. Em Portugal o negócio da agricultura biológica vale 20 milhões. O valor mundial do mercado deve ultrapassar os 50 mil milhões de euros. Fig.9 A agricultura biológica na Europa, em 2002 Fig.10 Evolução do número de explorações e da área ocupada com agricultura biológica
  • 18. 18 Documento n.º2 AGRICULTURA BIOLÓGICA: O RESPEITO PELO EQUILÍBRO NATURAL A agricultura biológica torna-se mais fácil quando é praticada numa exploração que inclua pastagens para o gado, culturas de cereais e de fertilização. Com a criação de gado é possível dispor de estrume, que é usado para fertilizar os solos. A agricultura biológica exige também a rotação de culturas, desempenhando as leguminosas (como, por exemplo, o trevo, o tremoço e o feijão branco) um papel muito importante na fixação de azoto no solo. O lucro da agricultura biológica é menor do que o da agricultura convencional o que torna o preço dos produtos biológicos um pouco mais caros do que os produzidos pela agricultura convencional.
  • 19. 19 Conclusão A realização deste trabalho, relativo ao “Futuro da Agricultura”, foi essencial para tirar conclusões como:  A agricultura é uma das atividades humanas mais antigas e uma das mais importantes para a vida das populações;  Compreensão da necessidade de uma formação dos agricultores;  Consequências provocadas pela agricultura a níveis económicos, ambientais e sociais;  Que como possíveis soluções para a agricultura do futuro temos a agricultura biológica e a Biotecnologia. Cumprimos todos os objetivos propostos, embora em certos tópicos tenha havido uma maior dificuldade quer na obtenção da informação quer no seu tratamento. Permitiu-nos também compreender melhor e aprofundar os temas já abordados em aula.
  • 20. 20 Web grafia/Bibliografia Para a realização deste trabalho, utilizámos as seguintes fontes:  Internet  http://ec.europa.eu/agriculture/publi/reports/portugal/workdoc_pt.pdf  https://pt.alltech.com/future-of-farming  http://exameinformatica.sapo.pt/lifestyle/eco/2013-10-05-a-agricultura-do- futuro-usa-tecnologia-portuguesa  http://www.gsma.com/mobilefordevelopment/mobile-technology-and-the- future-of-agriculture  http://www.brasilescola.com/geografia/agricultura-futuro.htm  http://www.foodwewant.org/por/MEDIA2/CONCURSO-DE- COMUNICACAO/Opcao-1-Crise-Alimentar-Global/A-importancia-da- Agricultura  http://ummundoglobal.blogspot.pt/2011/11/agricultura-biologica.html  http://camperasdesuenos.blogspot.pt/2008/04/importncia-da-agricultura- na-economia.html  http://geografia8anobasico.blogspot.pt/  Livro Título de Obra: GEO Diversidade Autores: Elisa Amado, José António Baptista e Julieta Casimiro Baptista Editora: Didáctica Editora
  • 21. 21 Avaliação da Professora Comentário: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Classificação: __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ Data: _____/_____/_____ Rubrica: __________________________