Fatores que afetam a decisão do produtor de investir em novos armazéns agrícolas
Precificação de CO2 e impactos na competitividade de soluções logísticas para grãos
1. PRECIFICAÇÃO DAS EMISSÕES DE GÁS
CARBÔNICO DO TRANSPORTE DE GRÃOS:
IMPACTOS NA COMPETITIVIDADE DAS
SOLUÇÕES MULTIMODAIS
FERNANDO VINÍCIUS DA ROCHA, ABNER MATHEUS JOÃO,
EVERTON LIMA COSTA e JOSÉ VICENTE CAIXETA FIILHO
FEA/USP – São Paulo, 07 de novembro de 2018
2. INTRODUÇÃO
◦Emissão GEE vs setor de transporte;
◦Emissão de carbono = custos sociais (STERN REVIEW ON THE
ECONOMICS OF CLIMATE CHANGE, 2006);
◦Preocupação crescente com o impacto das emissões de CO2
na economia;
◦Stern Review on the Economics of Climate Change (2006),
Nicoletti e Lefèvre (2016), Knopf et al. (2018), Boyce (2018)
e Tvinnereim e Mehling (2018) apontam a precificação de
emissões como uma das formas eficazes para se buscar a
redução nas emissões de CO2.
3. INTRODUÇÃO
Emissões de GEE da categoria de transportes:
0
50,000
100,000
150,000
200,000
250,000
300,000 1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
KTCO2
Brasil Japão Suécia
Fonte: Elaborado pelos autores com base em UNFCCC (2017).
4. INTRODUÇÃO
Evolução da precificação do CO2 :
0.0%
5.0%
10.0%
15.0%
20.0%
25.0%
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Emissõesglobaiscobertaspelas
iniciativasdeprecificaçãodas
emissõesdegáscarbônico(%)
Ano
Fonte: Elaborado pelos autores com base em Banco Mundial (2018)
6. INTRODUÇÃO
◦Agronegócio brasileiro = destaque para as cadeias da soja e
do milho (IBGE, 2018 e MDIC, 2016);
◦Elevada dependência do modal rodoviário (CNT, 2016) =
consumo de 92,6% da energia demandada pelo setor de
transporte (MME, 2015);
◦Programas de investimento em infraestrutura de transporte:
◦ Ferrogrão;
◦ Ferrovia Paraense.
7. OBJETIVO DO TRABALHO
Analisar e discutir possíveis
impactos da precificação das
emissões de CO2 nas áreas de
influência das soluções logísticas.
11. METODOLOGIA
Soluções logísticas consideradas:
i. Transporte para o porto de Santos (SP), via utilização exclusiva do modal rodoviário;
ii. Transporte para o porto de Santos (SP), a partir da utilização do transporte rodoviário e
do transporte ferroviário via terminal de transbordo de Rondonópolis (MT);
iii. Transporte para o porto de Barcarena (PA), via utilização exclusiva do modal rodoviário;
iv. Transporte para o porto de Barcarena (PA), a partir da utilização do transporte rodoviário
e do transporte hidroviário via terminal de transbordo de Itaituba (PA);
v. Transporte para o porto de Barcarena (PA), a partir da utilização do transporte rodoviário
e do transporte hidroviário via terminal de transbordo de Porto Velho (RO);
vi. Transporte para o porto de São Luís (MA), via utilização exclusiva do modal rodoviário;
vii.Transporte para o porto de Itacoatiara (AM), via utilização exclusiva do modal rodoviário;
12. METODOLOGIA
Soluções logísticas consideradas:
viii. Transporte para o porto de Itacoatiara (AM), a partir da utilização do transporte rodoviário e do
transporte hidroviário via terminal de transbordo de Porto Velho (RO);
ix. Transporte para o porto de Paranaguá (PR), via utilização exclusiva do modal rodoviário;
x. Transporte para o porto de Paranaguá (PR), a partir da utilização do transporte rodoviário e do transporte
ferroviário via terminal de transbordo de Maringá (PR);
xi. Transporte para o porto de Santarém (PA), via utilização exclusiva do modal rodoviário;
xii. Transporte para o porto de Santarém (PA), a partir da utilização do transporte rodoviário e do transporte
hidroviário via terminal de transbordo de Itaituba (PA);
xiii.Transporte para o porto de Santarém (PA), a partir da utilização do transporte rodoviário e do transporte
hidroviário via terminal de transbordo de Porto Velho (RO);
xiv.Transporte para o porto de Santarém (PA), a partir da utilização do transporte rodoviário e do transporte
ferroviário via terminal de transbordo de Sinop (MT);
xv. Transporte para o porto de Barcarena (PA), a partir da utilização do transporte rodoviário e do transporte
ferroviário via terminal de transbordo de Santana do Araguaia (PA).
13. METODOLOGIA
𝑪𝑻𝒊𝒋 = 𝑻𝒊𝒋 + 𝑬𝒊𝒋
◦ i = conjunto de municípios mato-grossenses;
◦ j = conjunto de soluções logísticas;
◦ CTij = custo logístico total, em reais por tonelada de grão, para a movimentação
de carga do município i pela solução logística j;
◦ Tij = custo de transporte associado à movimentação de carga do município i pela
solução logística j, em reais por tonelada de grão;
◦ Eij = custo atrelado à emissão de CO2 para a movimentação de carga do
município i pela solução logística j, em reais por tonelada de grão.
15. METODOLOGIA
𝑪𝑻𝒊𝒋 = 𝑻𝒊𝒋 + 𝑬𝒊𝒋
l = conjunto de modais de transporte (rodoviário ferroviário e hidroviário);
j = conjunto de soluções logísticas;
P = preço cobrado por tonelada de CO2 emitida no transporte de grãos, em reais por tonelada de
gás carbônico;
ei = coeficiente de emissão de CO2 por modal de transporte l, em quilogramas de CO2 por tonelada
transportada e por quilômetro percorrido;
dlj = distância percorrida, em quilômetros, utilizando o modal de transporte l na solução logística j.
Coeficientes de emissão de CO2 de cada modal de transporte, em quilograma de CO2 por tonelada
de grão transportada e por quilômetro percorrido (KgCO2/ton.km), foram: 0,11917 para o modal
rodoviário; 0,0346 para o ferroviário; e 0,018 para o hidroviário (PMBC, 2013).
𝐸𝑖𝑗 = 𝑃 ∗
𝑙
𝑒𝑙 ∗ 𝑑𝑙𝑗
1000
22. RESULTADOS
◦Precificação das emissões de CO2 = Alterações na
competitividade das soluções logísticas de transporte;
◦Soluções logísticas mais afetadas: Ferrogrão (ivx) e
Rondonópolis-Santos (ii);
◦Definição de políticas públicas para o investimento em
infraestrutura, pensando na construção de uma matriz de
transporte balizada por investimentos com menor potencial
e emissão de CO2.