1. AULA 7
Cap. 7
ESCOLA BÍBLICA
DISCIPULADORA
FACILITADOR:
FRANCISCO
TUDELA
PIBPENHA –SP - 2019
2. O PREGADOR ADMITE QUE EXISTEM CERTOS MODOS DE
VIDA QUE SÃO "MELHORES" QUE OUTROS.
1. A HONRA É MELHOR DO QUE O LUXO.
7.1. “Um bom nome é melhor do que um
perfume finíssimo, e o dia da morte é
melhor do que o dia do nascimento.”
Um bom nome é quando aprovam sua
existência (Pv 22.1”A boa reputação vale
mais que grandes riquezas”) e é melhor do que ter o luxo.
Todos querem viver mais, mas será que os outros também
querem que vivamos mais?
O dia da sua morte mostrará o quanto você fará falta.
Para os estoicos, a vida que vale a pena ser vivida é
aquela de retidão moral.
Sêneca, um estoico, foi contemporâneo de Jesus e teria
trocado correspondências com Paulo.
3. 2. O VALOR DO VELÓRIO.
7.2,4 “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma
casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os
vivos devem levar isso a sério! A tristeza é melhor do que
o riso, porque o rosto triste melhora o coração. O
coração do sábio está na casa onde há luto, mas o dos
tolos, na casa da alegria.”
Luto não é a memória da morte,
mas o agradecer a vida que existiu.
Refletir nos momentos de tristeza
pela morte nos leva a avaliar o quão
frágeis e finitos somos: O TEMPO É POUCO.
“O rosto triste melhora o coração” se refere à mente
(coração) preocupada em viver uma vida que faça
diferença nos outros e por isso valha a pena ser vivida.
4. 3. OPRESSÃO, CORRUPÇÃO, OBJETIVO DE VIDA E
PACIÊNCIA
7.7 “A opressão transforma o sábio em tolo, e o suborno
corrompe o coração.”
A opressão (limitar, não dar condições...)
derrota o sábio e a corrupção mina o
objetivo de uma sociedade melhor.
7.8 “O fim das coisas é melhor do que o
seu início, e o paciente é melhor que o orgulhoso.”
O objetivo das escolhas está nas suas consequências,
isto é, o fim das coisas é ter uma sociedade melhor.
A pessoa paciente tem domínio próprio, já o orgulhoso
se desestrutura ao ver que não alcançará seu objetivo.
*Brumadinho – maximizar o lucro
5. 4. A IRA NOS DOMINA E A NOSTALGIA NOS PARALISA
7.9 “Não permita que a ira domine depressa
o seu espírito, pois a ira se aloja no
íntimo dos tolos.”
Controle o seu gênio
A ira não espera que amadureçamos
para superar o que julgamos ser uma competição.
A ira aceita a própria destruição, desde que precedida
da destruição da pessoa odiada.
7.10 “Não diga: "Por que os dias do passado foram
melhores que os de hoje? " Pois não é sábio fazer tais
perguntas”
Quem vive no passado, morre
no presente e desfaz o futuro.
6. 5. A SABEDORIA COM RIQUEZA É MELHOR DO QUE A
SABEDORIA SOZINHA.
7.11,12 “A sabedoria, como uma herança, é coisa boa e
beneficia aqueles que veem o sol. A sabedoria oferece
proteção, como o faz o dinheiro, mas a vantagem do
conhecimento é esta: a sabedoria
preserva a vida de quem a possui.”
Sabedoria em hebraico “hokhmâh” é a arte de viver
bem, e conhecimento é “binâh”, discernimento moral.
sabedoria não se conquista, é dada por Deus, e serve
para beneficiar a sociedade, aqueles que veem o sol.
(note que está no plural: aqueles que vivem).
Sabedoria e dinheiro dão proteção, desde que a pessoa
seja sábia, isto é, use o conhecimento (informação) para
administrar o dinheiro de modo a preservar a vida.
7. 6. A RESIGNAÇÃO É MELHOR DO QUE A INDIGNAÇÃO.
7.13,14 “Considere o que Deus fez: Quem pode
endireitar o que Ele fez torto?”
Deus nos fez com um tempo limitado de vida.
O preletor mostra seu desagrado em como Deus o fez.
Pergunta: Quem pode endireitar/corrigir este erro/torto?
Resposta: Ninguém
7,14 ”Quando os dias forem bons, aproveite-os bem;
mas, quando forem ruins, considere: Deus fez
tanto um quanto o outro, para evitar que o homem
descubra qualquer coisa sobre o seu futuro.”
Este é um resumo da filosofia de vida do autor: a vida
tem etapas, considere que tanto o dia bom como o
ruim foram determinados por Deus E DEVEM SER
VIVIDOS objetivando o melhor para si e para os outros.
8. 7. A MODERAÇÃO É MELHOR DO QUE A INTEMPERANÇA.
7.15-17 “Nesta vida sem sentido eu já vi de tudo: um
justo que morreu apesar da sua justiça, e um ímpio que
teve vida longa apesar da sua impiedade. Não seja
excessivamente justo nem demasiadamente sábio; por
que destruir-se a si mesmo? Não seja demasiadamente
ímpio e não seja tolo; por que morrer antes do tempo?”
Talvez o autor esteja justificando seus próprios atos ao
admitir que podemos ser “um pouco ímpios”, porém
nada tolos.
Não ser legalista (muito justo)
nem muito sábio, pois isto é
destruir-se a si mesmo.
9. 7.20-24 “Todavia, não há um só justo na terra, ninguém
que pratique o bem e nunca peque. Não dê atenção a
todas as palavras que o povo diz, caso contrário, poderá
ouvir o seu próprio servo falando mal de você; pois em
seu coração você sabe que muitas vezes você mesmo
também falou mal de outros. Tudo isso eu examinei
mediante a sabedoria e disse: Estou decidido a ser
sábio; mas isso estava fora do meu alcance.
A realidade está bem distante e é muito
profunda; quem pode descobri-la?”
Não aceite provocações.
É difícil fazer autocrítica; atribuímos o erro aos outros
Todos competem pelo seu lugar na sociedade e nesse
anseio a prática do bem fica em segundo plano.
Como é que alguém pode descobrir o sentido das
coisas que acontecem?
10. 7.25,26 “Por isso dediquei-me a aprender, a investigar, a
buscar a sabedoria e a razão de ser das coisas, para
compreender a insensatez da impiedade e a loucura da
insensatez. Descobri que muito mais amarga do que a morte
é a mulher que serve de laço, cujo coração é uma armadilha
e cujas mãos são correntes. O homem que agrada a Deus
escapará dela, mas ao pecador ela apanhará.”
Ser justo é aprender (ter informação), investigar (conhecer
a situação), buscar a sabedoria (se a informação é real) e
usar a razão de ser das coisas (se a informação melhorará
a situação)
O insensato age sem ter as melhoras como objetivo.
Como exemplo de insensatez faz uma alegoria com a
mulher má que atrai os homens ao pecado.
Talvez porque elas o levaram a cultuar outros deuses.
11. AVALIAR OS RESULTADOS
7.27,28 “"Veja", diz o Mestre, "foi isto que descobri: Ao
comparar uma coisa com outra para descobrir a sua
razão de ser, sim, durante essa minha busca que ainda
não terminou, entre mil homens, descobri apenas um que
julgo digno, mas entre as mulheres não achei uma
sequer.”
A metodologia científica usa o método
comparativo, que investiga coisas ou fatos e os
explica segundo suas semelhanças e suas diferenças.
A razão de ser das coisas é progredir pessoalmente e
fazer uma sociedade melhor, e esta avaliação deve ser
feita a vida toda.
O autor não teve um relacionamento conjugal
satisfatório, talvez pelos casamentos por interesse.
12. 7.29 “Assim, cheguei a esta conclusão: Deus fez os
homens justos, mas eles foram em busca de muitas
intrigas*. “
Deus fez os homens justos, porém
com o pecado de Adão, o homem
passou a usar o livre arbítrio para
determinar o que é o bem e o mal
segundo sua ótica.
*Intrigar: excitar fortemente a curiosidade - Futriqueiro:
aquele que causa intriga; a pessoa que fuxica (fofoca)
13. AS VEZES É MELHOR OBEDECER DO QUE TER A RAZÃO.
8.3 a “Não se apresse em deixar a presença do rei”
Se receber uma tarefa desagradável, não a faça de má
vontade para demonstrar sua discordância.
8.3b “nem se levante em favor de uma causa errada,
pois o rei faz o que bem entende.”
Quem pode mais manda, quem pode menos obedece,
só argumente se a causa valer a pena.
8.4,5 “Pois a palavra do rei é soberana, e ninguém lhe
pode perguntar: “O que estás fazendo?” Quem obedece
às suas ordens não sofrerá mal algum, pois o coração
sábio saberá a hora e a maneira certa de agir.”
O governo objetiva a boa convivência e o progresso
do povo e o faz segundo sua perspectiva, que
podemos não concordar, mas devemos acatar.
14. 8.6,7 “Pois há uma hora certa e também uma maneira
certa de agir para cada situação. O sofrimento de um
homem, no entanto, pesa muito sobre ele, visto que
ninguém conhece o futuro. Quem lhe poderá dizer o que
vai acontecer?”
Numa sociedade democrática há uma “maneira certa
de agir”, e isto está na sua constituição.
Na adversidade talvez façamos coisas
que venhamos nos arrepender depois,
ninguém conhece o futuro.
15. 8.11 “Quando os crimes não são castigados logo, o
coração do homem se enche de planos para fazer o
mal.”
16. SOBRE A INCOERÊNCIA DA VIDA.
8.12-14 “O ímpio pode cometer uma centena de crimes e até
ter vida longa, mas sei muito bem que as coisas serão melhores
para os que temem a Deus, para os que mostram respeito diante
dele. Para os ímpios, no entanto, nada irá bem, porque não
temem a Deus, e os seus dias, como sombras, serão poucos.
Há mais uma coisa sem sentido na terra: justos que recebem o
que os ímpios merecem, e ímpios que recebem o que os justos
merecem. Isto também, penso eu, não faz sentido.”
Em geral o justo tem uma vida feliz, mas fazer
escolhas éticas não será garantia de uma vida boa.
NEM SEMPRE A SOCIEDADE RECONHECE O MÉRITO.
Mt 5.45b “Porque Ele faz raiar o seu sol sobre maus e
bons e derrama chuva sobre justos e injustos.”
Todos estão sujeitos a dor, tristeza, infelicidade e a morte que
são resultado, não da crueldade ou indiferença por parte de
Deus, mas da introdução do pecado no mundo.
17. OS PROPÓSITOS FINAIS DE DEUS SÃO
DESCONHECIDOS.
8.15 “Por isso recomendo que se desfrute a vida, porque
debaixo do sol não há nada melhor para o homem do
que comer, beber e alegrar-se. Sejam esses os seus
companheiros no seu duro trabalho durante todos os
dias da vida que Deus lhe der debaixo do sol!
Diante da impossibilidade de uma
sociedade ideal a atitude certa é não perder
a alegria de desfrutar da convivência na que existe.
Ao perseguir o prazer como um fim em si mesmo
perdemos de vista aquele que nos deu coisas boas,
como o desejo sexual, as células sensitivas do paladar
e a capacidade de apreciar a beleza.
18. 8.16,17 “Quando voltei a mente para conhecer a
sabedoria e observar as atividades do homem sobre a
terra, daquele cujos olhos não veem sono nem de dia
nem de noite, então percebi tudo o que Deus tem feito.
Ninguém é capaz de entender o que se faz debaixo do
sol. Por mais que se esforce para descobrir o sentido
das coisas, o homem não o encontrará. O sábio pode
até afirmar que entende, mas, na realidade não o
consegue encontrar.”
Fomos feitos para conviver em sociedade, e nisso há
uma parte intelectual (sabedoria) e uma física (atividades
do homem) que são ininterruptas.
O PREGADOR ESTÁ DESANIMADO,
POIS NÃO ENCONTRA SENTIDO NA VIDA.
20. 9.1 “Refleti nisso tudo e cheguei à conclusão de que os
justos e os sábios, e aquilo que eles fazem, estão nas
mãos de Deus. O que os espera, se amor ou ódio,
ninguém sabe.”
O sábio e o justo não têm controle no resultado das
suas obras, está nas mãos de Deus.
O amor e o ódio são sentimentos presentes nas
nossas relações.
21. 9.2-3 “Todos partilham um destino comum: o justo e o
ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro, o que oferece
sacrifícios e o que não oferece. O que acontece com o
homem bom, acontece com o pecador; o que acontece
com quem faz juramentos, acontece com quem teme
fazê-los. Este é o mal que há em tudo o que acontece
debaixo do sol: O destino de todos é o mesmo. O
coração dos homens, além do mais, está cheio de
maldade e de loucura durante toda a vida; e por fim eles
se juntarão aos mortos.”
22. O justo se aproxima dos outros, já o ímpio se afasta.
O bom faz o bem e evita pecar, já o mau não o faz.
O puro que não faz o mal, já o impuro que o faz.
O que sacrifica (reduzindo seus pecados).
O que jura (quem se compromete) e o que teme jurar
(não quer se comprometer).
E todos morrerão do mesmo jeito, não há atitude que
impeça a morte.
23. 9.10 “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o
façam com toda a sua força, pois na sepultura, para
onde você vai, não há atividade nem planejamento, não
há conhecimento nem sabedoria.”
Os hebreus achavam que o Sheol era uma cova sob a
terra onde moravam os mortos (Dt 32.22).
É descrito como o lugar onde os justos e os injustos
vão após a morte.
Não há castigos ou recompensas (Ecl 3.19, 20; 6.6).
Era a "terra do esquecimento" (Sl 88.12) e das trevas
(Jó 38.17), onde os homens
são iguais (Is 14.8-10).
O pregador destaca o vazio
do Sheol.
24. 9.11 “Percebi ainda outra coisa debaixo do sol: Os
velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem
sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm
comida; os prudentes nem sempre são ricos; os
instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o
acaso* afetam a todos.”
Nem sempre o resultado é o lógico, o esperado.
*Acaso é algo que acontece sem finalidade ou sem
objetivo, ou algo que acontece sem ser consequência de
algo passado.
SERENDIPIDADE: Ato de descobrir coisas boas por
mero acaso, sem previsão.
25. 9.16,17 “Por isso pensei: Embora a sabedoria seja
melhor do que a força, a sabedoria do pobre é
desprezada, e logo já não se dá atenção às suas
palavras. As palavras dos sábios devem ser ouvidas com
mais atenção do que os gritos de quem domina sobre
tolos.”
Jesus nos fala: Mt 11.19 “Mas a sabedoria é
comprovada pelas obras que a acompanham".
Se a sua sabedoria é tão boa assim, então as suas
conquistas falarão por si próprias.
Não importa o quão certas ou sábias as suas palavras,
se você é pobre, ninguém lhe dará ouvidos.
Muitas vezes atendemos prontamente àqueles que
“gritam” e somos “mais lentos” em atender àqueles
que ponderam sobre o que vão nos pedir.
26. PARTILHA
Escolha três versículos do estudo de hoje e a sua meta para eles:
1. _________
2. _________
3. _________
METAS
a. Refletir sobre como o texto bíblico se aplica em mim.
b. Mudar de atitude segundo esta palavra de Deus.
28. 1. Bíblia Sagrada NVI; São Paulo; Ed. Vida; 2001
2. Bíblia em ordem cronológica (Editora Vida)
3. Bíblia De Estudo NVI, Barker; São Paulo; Ed. Vida; 2003
4. Bíblia de Estudo Arqueológica NVI – Kunz André Claiton e outros – Editora Vida – 2013
5. Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed. Sociedade Bíblica do Brasil; 2008
6. Comentário Bíblico Moody - Eclesiastes
7. Reflexões extraídas da World Wide Web
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