O documento discute políticas de inclusão digital nas escolas e aborda conceitos como cultura digital, práticas escolares e sociais. Apresenta os autores Maria Helena Bonilla e Nelson Pretto, que analisam a articulação entre esses elementos. Também resume dados sobre acesso à internet no Brasil e reflexões sobre como superar desafios para melhor articular políticas educativas, inclusão digital e cultura digital.
Políticas de inclusão digital nas escolas - Bonilla e Pretto
1. UC – Inclusão digital e inclusão social:
questões para a educação básica (IDIS)
Aula 7
Tema: Políticas de inclusão digital nas escolas
Prof.ª Dr.ª Lucila Pesce
Orientanda no PPGE: Flávia Regina Santos
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2. Roteiro da Aula
Introdução
• Apresentação dos textos de estudo;
• Apresentação dos autores;
• Apresentação dos eixos apresentados e analisados pelos autores.
Desenvolvimento
•Reflexão conceitual sobre Cultura e Inclusão Digital;
•Panorama Histórico das Políticas Públicas constantes nos textos;
•Retomada dos números de acesso à internet e a dispositivos com TICs no Brasil, e atualização dos dados.
Conclusão
• Exposição da problemática levantada pelos autores
• Exposição e reflexão da proposta de superação discorrida pelos autores
• Reflexão para a prática docente a partir de um excerto dos textos de estudo
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3. Textos de estudo
BONILLA, Maria Helena. Políticas públicas para inclusão digital
nas escolas. Motrivivência, ano XXII, n. 34, p. 40-60, jun.
2010.Disponível em:
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/v
iew/17135
_______.; PRETTO, Nelson. Política educativa e cultura digital:
entre práticas escolares e práticas sociais. PERSPECTIVA,
Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 499 -521, maio/ago. 2015. Disponível
em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/3
6433/31292
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4. Sobre os autores
Maria Helena Bonilla
Possui graduação em Ciências, Licenciatura de Primeiro Grau, pela
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
(1985), graduação em Ciências, Licenciatura Plena, Habilitação em
Matemática, pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul (1988), mestrado em Educação nas Ciências pela
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
(1997), doutorado em Educação pela Universidade Federal da Bahia
(2002), com estágio de pós-doutorado em Educação pela
Universidade Federal de Santa Catarina (2011).
Atualmente é professora associada da Faculdade de Educação da
Universidade Federal da Bahia, coordenadora do Programa de Pós-
Graduação em Educação da UFBA, líder do Grupo de Pesquisa
Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC). Tem experiência na
área de Educação, com ênfase em Educação e Tecnologias da
Informação e Comunicação, atuando principalmente nos seguintes
temas: formação de professores, inclusão digital, software livre e
políticas públicas. http://lattes.cnpq.br/2730520955520609
Nelson Pretto
Licenciado em Física (UFBA, 1977), Mestre em Educação (UFBA,
1984) e Doutor em Comunicação (USP, 1994). Professor Titular da
Faculdade de Educação da UFBA, bolsista do CNPq, conselheiro da
SBPC (2015/2019) ex-secretário regional na Bahia da SBPC
(2011/2015). Membro da Academia de Ciências da Bahia. Tem
experiência na área de Educação, com ênfase em Educação e
Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas:
internet, educação e cibercultura, informática educativa, tecnologia
educacional, software livre, acesso aberto e educação a distância. É
o responsável pela concepção do projeto de inclusão sociodigital
denominado "Tabuleiros Digitais"
[http://www.tabuleirosdigitais.org] desenvolvido pela Faculdade de
Educação da UFBA.
Líder do Grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias e
integra os grupos de pesquisa " Laboratório Interdisciplinar
sobre informação e Conhecimento" (UFRJ) e
"Ábaco" (UnB).
http://lattes.cnpq.br/1504621070252946
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6. Articular é...
BONILLA, 2010
BONILLA; PRETTO, 2015
A ideia/termo aparece
43 vezes
nos textos de estudo
s.t. Unir, juntar, ligar uma
coisa a outra. Lat.
articulare. Derivs.:
articulado – adj. Lat.
articulatus; articular – adj.
lat. articularis, relativo à
articulação. (BUENO,
1974), p.364)
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8. Cultura Digital
[...] “alunos da geração Net não
estão só criando novas formas de
arte, eles estão ajudando a gerar
uma nova abertura criativa e
filosófica
A capacidade de remixar mídias,
hackear produtos ou qualquer outra
forma de interferir com a cultura do
consumo é da sua natureza e
eles não vão deixar as leis de
propriedade intelectual se colocarem
em seu caminho. (TAPSCOT;
WILLIAMS, 2008, p. 52, tradução
nossa)².
(BONILLA; PRETTO, 2015, p.502)
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9. Vídeo “We all want to be young”
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10. Cultura Digital
Inteligência Coletiva
“(...) um de seus principais efeitos (da inteligência coletiva) é o de acelerar
cada vez mais o ritmo da alteração tecnossocial, o que torna ainda mais
necessária a participação ativa na cibercultura, se não quisermos ficar para
trás, e tende a excluir de maneira mais radical ainda aqueles que não entram
no ciclo positivo da alteração, de sua compreensão e apropriação.”(LÉVY,
2010, p.30)
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11. Escola como locus primeiro e natural
dos processos de Inclusão Digital
(...)“para proporcionar o acesso
significativo às novas tecnologias, o
conteúdo, a língua, o letramento, a
educação e as estruturas
comunitárias e institucionais devem
todos ser levados em consideração”.
(WARSCHAUER, 2006,p.21)
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Experiência de ensino híbrido no 9º ano da Escola Municipal
Emílio Carlos, em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro
(RJ), ano de 2015.
12. Inclusão Digital na Escola
Linha do Tempo – Ministério da Educação (MEC)
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13. Inclusão Digital na Escola
Linha do Tempo – Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) Ministério das
Comunicações (MC)
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16. Cetic.br – TIC Domicílios 2015
Acesso à internet - Classe Social
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17. Cetic.br – TIC Domicílios 2015
Acesso à internet - Região
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18. Cetic.br – TIC Domicílios 2015
Acesso à internet - Área
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19. Retomando o início da conversa...
Política
educativa
Inclusão
social
Práticas
escolares
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Práticas
sociais
Cultura
Digital
20. /Articulação/
algumas incidências do termo nos textos de estudo
Alfabetização digital para que os
sujeitos se articulem nas dinâmicas
sociais. (BONILLA,2010, p.42)
A articulação entre projetos de
inclusão digital e educação resume-se
à realização de atividades escolares
(pesquisas!). (BONILLA,2010, p.42)
Desarticulação entre secretarias e
ministérios específicos na promoção
e responsabilização pelas políticas
educacionais e de inclusão.
(BONILLA,2010 p.43)
Desarticulação entre escola e
sociedade – em referência à cultura
digital. (p. 43)
Professor “excluído” digitalmente não
articula e argumenta no mundo
virtual. (BONILLA,2010, p.44)
Limitada concepção que articula a
tecnologia e educação.
(BONILLA,2010, p. 44)
A convergência de linguagens e
mídias, articulada com a
conectividade em tempo integral
possibilita a alunos e professores
criar, inovar, inventar, entre si e com
outros, em espaços e tempos
diversos, (BONILLA,2015, p. 502)
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21. Inclusão Digital e Cultura Digital
Para articular é preciso superar...
A perspectiva do
consumo de
informações,
característica de web
1.0. (BONILLA, 2010,
p.43)
A perspectiva
instrumental. (BONILLA,
2010, p.41)
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22. Práticas Escolares e Cultura Digital
Para articular é preciso superar...
A ideia de treinamento
meramente para a certificação
docente. (BONILLA; PRETTO,
2015, p.508)
A ideia de capacitação dos
indivíduos para o mercado de
trabalho.(BONILLA; PRETTO,
2015, p.502)
O uso das tecnologias como
meras ferramentas didáticas
para o ensino dos mesmos
conteúdos. (BONILLA; PRETTO,
2015, p.502)
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23. Políticas Educativas e Inclusão Social
Para articular é preciso...
Rever planejamentos
em que a conexão das
escolas fique sob
implementação das
operadoras privadas.
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24. Políticas Educativas e Cultura Digital
Para articular é preciso...
Superar o modelo
laboratório de
informática.
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25. Políticas Educativas e Inclusão Digital
Para articular é preciso...
Haver planos integrados para a
educação, cultura, ciência e
tecnologia.
“É difícil organizar dentro do
ministério esta percepção para que
se crie um consenso interministerial
em torno deste tema. Ou até
federativo, porque nós convivemos
com estados e municípios, a gestão é
totalmente
descentralizada.”(HADDAD, 2009. p.
28)
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26. Reflexão para a prática
(...) “Enquanto isso acontece nos espaços de acesso público, os filhos das famílias
com melhor poder aquisitivo estão explorando ampla e livremente os ambientes
digitais, a interatividade, a produção colaborativa, a partir de seus computadores
pessoais, em casa, ou seja, estão vivenciando a cultura digital.”
(BONILLA, 2010, p.43 e BONILLA; PRETTO, 2015, p.502)
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27. Referências
BONILLA, Maria Helena. Políticas públicas para inclusão digital nas escolas. Motrivivência, ano XXII, n. 34, p. 40-60, jun.
2010.Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/17135
_______.; PRETTO, Nelson. Política educativa e cultura digital: entre práticas escolares e práticas sociais. PERSPECTIVA,
Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 499 -521, maio/ago. 2015. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/36433/31292
BUENO, Francisco da Silveira. Grande Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa. BRASÍLIA, Santos, 1974,
p.364.
HADDAD, Fernando. In. Cultura digital.br. Rio de Janeiro, Beco do Azougue, 2009, p. 25-33. Disponível em:
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2009/09/cultura-digital-br.pdf
LÉVY, Pierre. Cibercultura. (Trad. Carlos Irineu da Costa). São Paulo: Editora 34, 2010.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete SocInfo (Programa Sociedade da Informação).
Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em:
http://www.educabrasil.com.br/socinfo-programa-sociedade-da-informacao/
WARSCHAUER, Mark. Tecnologia e inclusão social: a exclusão digital em debate. In.: BONILLA, Maria Helena. Políticas
públicas para inclusão digital nas escolas. Motrivivência, ano XXII, n. 34, p.44, jun. 2010.
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Mecanismos que não deixem a cargo das operadoras privadas a conexão das escolas
Superação do modelo laboratório de informática
Políticas integradas para educação, cultura, ciência e tecnologia.