1) O documento discute os fatores condicionantes do desenvolvimento econômico e social, incluindo investimentos, produtividade, inovação, polos de crescimento e estabilidade macroeconômica.
2) Aborda a importância do planejamento em tempos de complexidade e incerteza, e o uso de cenários prospectivos no processo de planejamento.
3) Explica a estrutura de um plano de desenvolvimento, com objetivos, estratégias, políticas, programas e projetos.
2. Estrutura da apresentação
1. Os fatores condicionantes do desenvolvimento econômico e
social
2. O planejamento em uma era de caos e complexidade na
economia mundial
3. A economia como sistema dinâmico
4. O processo de planejamento com base em cenários prospectivos
5. A estrutura de um plano de desenvolvimento (objetivos,
estratégias, políticas, programas, projetos)
6. A evolução do planejamento econômico no mundo e seus
resultados
7. A experiência desenvolvimentista e seus resultados (URSS,
Japão, Coreia do Sul, Taiwan, China, Brasil, Bahia)
8. Desafios políticos e do planejamento econômico no mundo: a
invenção do futuro
3. Os fatores condicionantes do
desenvolvimento econômico e social
E c o n o m ia
S o c ie d a d e
T e rr itó rio
D e s e n v o lv im e n to
e c o n ô m ic o
e s o c ia l
Sinergia economia-sociedade-território e o
desenvolvimento
4. Os fatores condicionantes do
desenvolvimento econômico
A c u m u la ç ã o
d e
c a p i t a l
D e s e n v o l v i m e n t o
e c o n ô m ic o
A m b ie n t e
e c o n ô m i c o
f a v o r á v e l
E m p r e e n d e d o r e s
i n t e r n o s e e x t e r n o s
i n t e r e s s a d o s
e m in v e s t i r
P o l í t ic a s
g o v e r n a m e n t a i s
d e s e n v o lv i m e n t is t a s
Fatores condicionantes do desenvolvimento econômico
5. Os fatores condicionantes do
desenvolvimento social
A t e n d im e n t o
d a s d e m a n d a s
s o c ia is p e lo
g o v e r n o e
c la s s e s d o m in a n t e s
D e s e n v o l v i m e n t o
s o c ia l
S o c ie d a d e
C i v il
o r g a n i z a d a
a t u a n t e
S i n d ic a t o s
d e
t r a b a l h a d o r e s
a t iv o s
P a r t i d o s
p o l í t i c o s
p r o g r e s s i s t a s
f o r t e s
Fatores condicionantes do desenvolvimento social
6. Os fatores condicionantes doOs fatores condicionantes do
desenvolvimento econômico e socialdesenvolvimento econômico e social
• Promoção do desenvolvimento econômico:
1. Realizar investimentos na expansão da atividade produtiva
2. Elevar a produtividade e a competitividade da estrutura
produtiva
3. Promover a inovação de produtos e processos
4. Criar e fortalecer polos de crescimento e desenvolvimento
5. Aproveitar o potencial de desenvolvimento endógeno ou local
6. Promover a estabilidade macroeconômica
7. Fazer o Estado eficiente e eficaz
7. Os fatores condicionantes doOs fatores condicionantes do
desenvolvimento econômico e socialdesenvolvimento econômico e social
Recursos necessários à promoção do desenvolvimento:
1. Recursos humanos (pessoas competentes)
2. Recursos naturais abundantes
3. Infraestrutura econômica (energia, transporte e comunicações)
4. Infraestrutura social (educação, saúde, habitação e saneamento
básico)
5. Recursos de conhecimentos (Universidades, institutos de
pesquisa governamentais e privados, órgãos estatísticos, etc. )
6. Capital (alto índice de poupança interna pública e privada e
crédito com baixas taxas de juros e atrativos para o capital
externo)
8. O planejamento em uma era de caos e
complexidade na economia mundial
• Modelo 1 de gestão usa o “feedback” negativo com a
correção dos desvios entre o plano traçado e os
resultados alcançados e tem por objetivo manter o
sistema sem mudanças estruturais.
• Modelo 2 de gestão usa o “feedback” positivo tendo
por objetivo estruturar um novo sistema em
substituição ao velho sistema quando este se
encaminha para o “colapso” em situações caóticas.
• Numa época em que tudo muda rapidamente, os
princípios que regem o Modelo 1 estão ultrapassados
porque é impossível a conquista de um estado estável
ou de equilíbrio nas organizações em um ambiente
externo caracterizado pela instabilidade.
9. A economia como sistema dinâmico
Fonte: Ervin Laszlo. O Ponto do Caos. São Paulo: Editora Cultrix, 200.
10. CONCEITO DE CENÁRIO
• Cenário é a descrição sobre um futuro e de
seu caminho.
• O cenário é um conjunto formado pela
descrição de uma situação futura e do
caminho dos acontecimentos que permitem
passar da situação origem à situação futura.
11. FINALIDADE DOS CENÁRIOS
• Preparar a organização para as crescentes incertezas
do futuro
• Apoiar a tomada de decisão para formulação dos
grandes objetivos e estratégias institucionais
• Identificar oportunidades e riscos originados de
mudanças no ambiente externo
• Referencial para a elaboração de um plano
estratégico
12. CENÁRIOS NÃO ELIMINAM
INCERTEZAS
• O propósito primário de um cenário não é o de
predizer o futuro, e sim, organizar, sistematizar e
delimitar as incertezas explorando
sistematicamente os pontos de mudança ou
manutenção dos rumos de uma dada evolução de
situações
• A prospectiva não pretende eliminar a incerteza
através de uma predição ilusória. Ela visa somente
organizá-la
14. Método dos cenários
(GODET)
Delimita-
ção do
Sistema
e
Pesquisa
de
Variáveis
Chaves
Análise
dos Jogos
dos Atores
RETROS-
PECTIVA
•Mecanis-
mos
•Tendências
•Atores
Motores
•Variáveis
Externas
Motrizes
•Variáveis
Internas
Motrizes
Análise
Estrutural
ESTRA-
TÉGIA
DOS
ATORES
Fenômeno
Estudado
(Variáveis
Internas)
Ambiente
Geral
(Variáveis
Externas)
SITUA-
ÇÃO
ATUAL
•Germes de
Mudanças
•Projetos
dos
Atores
Jogo de
Hipóteses
probabilís-
ticas
sobre as
Variáveis
Chaves
para o
futuro
Método
de
expert
CENÁRIOS
-Caminhos
-Imagens
-Previsões
ESTRA-
TÉGIAS
Métodos
Multicri-
térios
PLANOS
15. O PROCESSO DE AVALIAÇÃOO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
MÉTODO
DE AVALIAÇÃO
Dados
Hipóteses
Premissas
INPUT OUTPUT
Resultado
da
AvaliaçãoBrainstorming
Analogias
Análise morfológica
Análise de gap
Delphi
Árvores de relevância
Extrapolação de tendência
Métodos probabilísticos
Análise de impactos cruzados
Cenários
16. A estrutura de um plano
1. Cenário
2. Objetivos estratégicos pretendidos
3. Estratégias para a consecução de cada
objetivo
4. Políticas relativas a cada estratégia
5. Programas associados a cada estratégia
6. Projetos associados a cada programa
7. Orçamento (projetos, programas, plano)
17. O conceito de objetivos estratégicos
• É a descrição de resultados pretendidos em
um cenário futuro em um horizonte de
planejamento
18. O conceito de estratégiaO conceito de estratégia
Arte do emprego dos meios (recursos
humanos, físicos, financeiros e
organizacionais) postos à disposição para o
alcance dos objetivos pretendidos
Um “approach” ou uma metodologia que
leve à conquista dos objetivos estratégicos
19. O conceito de políticaO conceito de política
Regras estabelecidas para orientar a
execução das estratégias
Procedimentos, normas práticas ou regras
em apoio à execução das estratégias
20. O conceito de políticas públicas
• A política pública é concebida como o conjunto de ações
desencadeadas pelo Estado nas escalas federal, estadual e
municipal com vistas ao atendimento a determinados setores da
sociedade civil.
• Políticas públicas são diretrizes, princípios norteadores de ação do
poder público, regras e procedimentos para as relações entre
poder público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e
do Estado. São, nesse caso, políticas explicitadas, sistematizadas
ou formuladas em documentos (leis, programas, linhas de
financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem
aplicações de recursos públicos para atender demandas sociais.
• As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente
dos setores marginalizados da sociedade, considerados como
vulneráveis. Essas demandas são criadas na sociedade civil através
da pressão e mobilização social.
21. O conceito de políticas públicasO conceito de políticas públicas
Há diferenças entre “Políticas Públicas” e “Políticas Governamentais”. Nem
sempre “políticas governamentais” são públicas. Para serem “públicas”, é
preciso considerar a quem se destinam os resultados ou benefícios, e se o
seu processo de elaboração é submetido ao debate público.
Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas
para a solução de problemas sociais demandada pela sociedade civil.
Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos
(nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da
sociedade e o interesse público.
As políticas públicas tratam de recursos públicos diretamente ou através de
renúncia fiscal (isenções), ou de regular relações que envolvem interesses
públicos. Elas se realizam num campo extremamente contraditório onde se
entrecruzam interesses e visões de mundo conflitantes e onde os limites
entre público e privado são de difícil demarcação. Daí a necessidade do
debate público, da transparência, da sua elaboração em espaços públicos e
não nos gabinetes governamentais. A presença cada vez mais ativa da
sociedade civil nas questões de interesse geral, torna a publicização
fundamental.
22. Modalidade de Políticas Públicas
1. Quanto à natureza ou grau da intervenção:
• a) estrutural – buscam interferir em relações estruturais como renda, emprego,
propriedade etc.
• b) conjuntural ou emergencial – objetivam amainar uma situação temporária,
imediata
2. Quanto à abrangência dos possíveis benefícios:
• a) universais – para todos os cidadãos
• b) segmentais – para um segmento da população, caracterizado por um fator
determinado (idade, condição física, gênero etc.)
• c) fragmentadas – destinadas a grupos sociais dentro de cada segmento
3. Quanto aos impactos que podem causar aos beneficiários, ou ao seu papel nas
relações sociais:
• a) distributivas – visam distribuir benefícios individuais; costumam ser
instrumentalizadas pelo clientelismo
• b) redistributivas – visam redistribuir recursos entre os grupos sociais: buscando
certa equidade, retiram recursos de um grupo para beneficiar outros, o que
provoca conflitos
• c) regulatória – visam definir regras e procedimentos que regulem
comportamento dos atores para atender interesses gerais da sociedade; não
visariam benefícios imediatos para qualquer grupo
• Fonte: O Papel das Políticas Públicas no Desenvolvimento Local e na Transformação da Realidade - Elenaldo Celso Teixeira -
http://www.escoladebicicleta.com.br/politicaspublicas.pdf
23. O conceito de programaO conceito de programa
1. Conjunto de projetos coordenados entre si de forma
articulada e dinâmica que visam a consecução de
objetivos comuns. Essa integração pode ocorrer de 2
formas:
• Desmembramento de um projeto em diversos outros
projetos menores, em função de sua extrema
complexidade
• Agregação de projetos relacionados entre si e
executados de forma paralela
2. Não é empreendimento de longa duração. Ele existe
por um tempo até que o trabalho seja feito, e então a
estrutura do programa e da equipe são dissolvidos.
24. O conceito de projetoO conceito de projeto
• Projeto é um empreendimento composto de atividades inter-
relacionadas e coordenadas com o fim de alcançar objetivos
específicos dentro dos limites de um orçamento e de um
período de tempo dados
• Projeto é o desenvolvimento de um conjunto de atividades a
serem executadas com a especificação dos objetivos, a
metodologia a ser utilizada na sua execução, os meios a serem
utilizados para atingi-los, os recursos necessários e como
serão obtidos e como serão avaliados os resultados
• Projeto é trabalho com prazo predefinido, com início e fim
(temporário)
• Projeto envolve geralmente uma equipe multidisciplinar
• Projeto está submetido às modernas técnicas de
gerenciamento, isto é, aplicação de conhecimentos e
habilidades implementadas no intuito de prover sua execução
de forma eficiente e eficaz
25. Os conceitos de plano e orçamento
• Plano é o orçamento em palavras
• Orçamento é o plano em números
26. A estrutura de um plano de desenvolvimento
(cenários, estratégias, objetivos)
Cenários
(A, B, C,..N)
Objetivos
A
Objetivos
B
Objetivos
N
Estratégias
A
Estratégias
B
Estratégias
N
27. A estrutura de um plano de desenvolvimento
(estratégias, políticas, programas)
Estratégias
A, B,..N
Políticas
B
Políticas
A
Políticas
N
Programas
A
Programas
B
Programas
N
Projetos
A
Projetos
B
Projetos
C
28. A estrutura de um plano de desenvolvimento
(dinâmica de “feedback” e controle)
RECURSOS
UTILIZADOS
ESTRATÉGIAS,
POLÍTICAS E
PROGRAMAS
EM EXECUÇÃO
OBJETIVOS
ALCANÇADOS
DECISÃO
(Retroação)
DECISÃO
(Retroação)
DESVIO?
OBJETIVOS
ESTABELECI-
DOS
Sinal
29. Evolução do planejamento econômico noEvolução do planejamento econômico no
mundo e seus resultadosmundo e seus resultados
URSS inaugurou o planejamento econômico governamental em
1917
Crise mundial do capitalismo em 1929 exigiu intervenção dos
governos: New Deal nos EUA
Países socialistas do leste europeu adotam o planejamento
econômico governamental após a 2ª Guerra Mundial
Revolução Keynesiana após a 2ª Guerra Mundial
Anos gloriosos para o capitalismo: década de 1950
A CEPAL e o planejamento econômico na América Latina nas
décadas de 1950, 1960 e 1970
Experiência desenvolvimentista (URSS, Japão, Coreia do Sul,
Taiwan, China, Brasil, Bahia) *
30. Evolução do planejamento econômico no mundo eEvolução do planejamento econômico no mundo e
seus resultadosseus resultados
Crises do petróleo e do aumento dos juros abalaram o sistema
capitalista na década de 1970
Fim da URSS e do sistema socialista aumenta a área de atuação do
sistema capitalista no final da década de 1980
Contrarrevolução neoliberal a partir da década de 1990 e o fim do
planejamento econômico estatal
31. Experiência desenvolvimentista na União SoviéticaExperiência desenvolvimentista na União Soviética
Estado Leviatã: divórcio Estado/Sociedade Civil (ditadura do
proletariado, ditadura stalinista, ditadura do partido comunista)
Economia de guerra (de 1917 a 1989) com elevado crescimento
econômico seguido de declínio
Esforço bélico na 2ª Guerra mundial e corrida armamentista e
aeroespacial com os Estados Unidos
Complexo militar-industrial agia como um buraco negro na
economia soviética com um orçamento insustentável para defesa
A incapacidade estrutural de fazer a transição para a sociedade
da informação
Sistema político desestimulou a busca pela inovação apesar do
avanço da ciência e da pesquisa e desenvolvimento (P&D)
Desequilíbrios sistêmicos entre setores econômicos e o desajuste
crônico entre oferta e procura na maioria dos produtos e
processos que contribuíram para gerar escassez e criar uma
economia paralela
32. Experiência desenvolvimentista no JapãoExperiência desenvolvimentista no Japão
Projeto nacionalista do Estado desenvolvimentista desde a década de 1950
Modelo de desenvolvimento direcionado para exportações
Aumentos substanciais da produtividade pela qualidade do trabalho
Proteção do mercado interno
Abundância de capital resultante do alto índice de poupança, crédito de curto
prazo e baixas taxas de juros
Desenvolvimento tecnológico com programas para aquisição de tecnologia e
inovação tecnológica
Ênfase na indústria com política industrial mudando dos setores de baixa
tecnologia para os de tecnologia média e, depois, para os de alta tecnologia
Estagnação econômica a partir da década de 1990 devido à queda nas
exportações resultante das crises econômicas que afetaram os Estados Unidos e,
principalmente, a Europa
33. Experiência desenvolvimentista na Coreia do Sul
• Estado assumiu um papel fundamental por meio de empresas e investimentos
públicos nos estágios iniciais de desenvolvimento entre 1948 e 1960
• Estrutura industrial baseada em grandes empresas organizadas como
conglomerados
• Fortes medidas protecionistas com o objetivo de preservar o mercado interno
para as empresas coreanas
• Estratégia totalmente voltada para exportação com base na indústria dado o
limitado poder de compra do mercado interno
• Fusão das empresas coreanas na forma de grandes redes verticais
• Governo elaborou vários planos econômicos quinquenais
• Empresas coreanas direcionadas para os setores considerados estratégicos
para a economia nacional
• Governo procurou investimentos estrangeiros diretos apenas na década de
1970 quando as bases da economia sul-coreana estavam solidamente
estabelecidas
• Governo era muito seletivo ao permitir investimento estrangeiro procurando,
sobretudo, empresas que pudessem facilitar alguma transferência de
tecnologia
• Coreia do Sul é extremamente vulnerável a choques externos devido à sua
forte inserção no comércio e nos sistemas financeiros internacionais
34. Experiência desenvolvimentista em TaiwanExperiência desenvolvimentista em Taiwan
Desenvolvimento realizado com produtividade e competitividade geradas por um
sistema de produção flexível
Flexibilidade diz respeito à adaptabilidade geral da estrutura industrial às condições da
economia mundial em constante mudança sob a direção de um Estado forte.
Modelo de crescimento econômico mudou drasticamente da ênfase na indústria em
substituição à importação dos anos 1950, passando pela industrialização orientada à
exportação na década de 1960 (o período de decolagem) e chegando à fase chamada
de “substituição da importação voltada para a exportação” durante as décadas de 1970
e 1980 (ou seja, a ampliação da base industrial para alimentar exportações de bens
manufaturados)
Atração do investimento estrangeiro como um modo de obter capital e acesso aos
mercados internacionais
Estado taiwanês foi o principal agente na orientação e coordenação do processo de
industrialização, na montagem da infraestrutura, na atração do capital estrangeiro, na
escolha das prioridades para investimentos estratégicos e na imposição de suas
condições
Devido à recessão na economia mundial, Taiwan vem apresentando atualmente uma
enorme queda nas exportações
35. Experiência desenvolvimentista na ChinaExperiência desenvolvimentista na China
Integração da China à economia global iniciada nos anos 1980 com a política das Zonas
Econômicas Especiais que criou quatro Zonas de Processamento de Exportação
oferecendo mão de obra e terra barata, isenção tributária e disciplina social a
investidores estrangeiros, sobretudo empresas multinacionais com o objetivo de
serem utilizadas como plataformas de exportação . Uma vez adotada esta política, o
capital fluiu de todo o globo para a China
Governos provinciais e locais da China investiram em joint ventures com investidores
estrangeiros.
China consolidou seu poder econômico e manteve relativa estabilidade, resistindo ao
assalto destrutivo dos fluxos financeiros e evitando entrar em recessão
Administração pelo governo de seu ritmo de integração no comércio internacional e a
adoção do câmbio fixo atrelado ao dólar como fator de desenvolvimento
Principal fator que explica a capacidade relativa da China para absorver o choque da
crise é sua integração seletiva na economia global, sobretudo em termos de mercados
financeiros
Controle governamental das ligações entre o sistema financeiro chinês e os mercados
globais funcionou como um anteparo, protegendo o sistema para que resistisse aos
movimentos dos fluxos financeiros de todo o mundo
Desaceleração do crescimento da China causada pela crise na Europa e EUA em
particular pela queda nas exportações chinesas para estes mercados
36. Experiência desenvolvimentista no BrasilExperiência desenvolvimentista no Brasil
PLANO ESPECIAL (Plano Especial de Obras Públicas e
Aparelhamento da Defesa Nacional) - 1939 – 1944 (Governo
Vargas)- criação de industrias básicas (CSN), execução de obras
públicas consideradas indispensáveis e o aparelhamento da defesa
nacional
PLANO DE OBRAS E EQUIPAMENTOS - 1944 a 1948 -Missão Taub
(1942) e Missão Cooke (1943) – Governos Vargas e Dutra – apoio
a obras públicas e indústrias básicas
PLANO SALTE - 1950 a 1954 (Governo Dutra) - quatro setores
prioritários para os investimentos governamentais: saúde,
alimentação, transporte e energia. Fracassou pela defasagem entre
os recursos previstos e os aplicados, falta de controle e excessiva
centralização de poderes da presidência
37. Experiência desenvolvimentista no BrasilExperiência desenvolvimentista no Brasil
• Governo Vargas (1951- 1954)
• Durante o governo Vargas, foi realizado um esforço de planejamento muito ambicioso
fazendo um dos mais completos levantamentos da economia brasileira, além de propor
uma série de projetos de infraestrutura com seus programas de execução, abrangendo
projetos de modernização de vias férreas, portos, navegação de cabotagem, geração de
energia elétrica, etc.
• Elaborou uma política desenvolvimentista baseada no fortalecimento da indústria de
base: siderurgia, petroquímica, energia e transportes.
• No primeiro ano de seu governo, Vargas estabeleceu o monopólio estatal sobre o
petróleo, a partir de uma campanha de cunho nacionalista que recebeu forte apoio
popular.
• A campanha foi denominada de "O petróleo é nosso", e conseguiu galvanizar o apoio do
povo ao governo federal. A partir dela, criou-se a empresa estatal Petrobrás, que
monopolizou as atividades de exploração e refino do todas as reservas de petróleo
encontrado em território brasileiro.
• Foram estabelecidas medidas para melhor integrar o Nordeste ao restante da economia
nacional e para alcançar a estabilidade monetária. O governo criou o BNDES, que tinha
por objetivo analisar e financiar diversos projetos de desenvolvimento. Incentivou
também a execução de projetos em setores retardatários da economia e que poderiam,
em curto prazo, transformar-se em pontos de estrangulamento.
38. Experiência desenvolvimentista no BrasilExperiência desenvolvimentista no Brasil
PROGRAMA DE METAS – 1956 a 1960 (Governo
JK) - estabeleceu 30 metas em quatro grandes setores: energia,
transporte, agricultura e alimentação e indústrias de base
PLANO TRIENAL – 1962 a 1964 (Governo J.
Goulart) - procurou, pela primeira vez, soluções para os
problemas estruturais do país dando importância fundamental ao
planejamento no processo de desenvolvimento econômico,
disciplina na política econômica e forte ajuste fiscal
PAEG - PROGRAMA DE AÇÃO ECONÔMICA DO
GOVERNO – 1964 a 1966 (Governo C. Branco) –
procurou acelerar o ritmo do desenvolvimento econômico, conter
o processo inflacionário, atenuar os desníveis econômicos
setoriais e regionais e assegurar oportunidades de emprego, além
de corrigir a tendência a déficits descontrolados do balanço de
pagamentos
39. Experiência desenvolvimentista no BrasilExperiência desenvolvimentista no Brasil
PROGRAMA ESTRATÉGICO DO
DESENVOLVIMENTO - 1968 a 1970 (Governo Costa
e Silva) – buscou a aceleração do desenvolvimento
econômico, a contenção da inflação, o desenvolvimento a
serviço do progresso social e a expansão das
oportunidades de emprego e de mão de obra
METAS E BASES PARA AÇÃO DO GOVERNO -
1970 a 1972 (Governo Médici) – buscou o ingresso do
Brasil no mundo desenvolvido até o final do século por
meio de políticas que levassem ao crescimento expressivo
do PIB, o desenvolvimento autossustentado integrado e o
crescimento dos setores de infra estrutura
40. Experiência desenvolvimentista no BrasilExperiência desenvolvimentista no Brasil
PRIMEIRO PLANO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO -1972 a 1974 (Governo Médici) –
procurou colocar o Brasil, em uma geração, na
categoria das nações desenvolvidas, duplicar, até 1980,
a renda per capita do país e o crescimento anual do PIB
entre 8% e 10%. Durante sua implementação, ocorreu
a expansão da fronteira econômica, a consolidação do
desenvolvimento no Centro- Sul e as primeiras
tentativas de industrialização do Nordeste. Nota-se a
preocupação com a redução das disparidades regionais
e a preocupação com a integração nacional
41. Experiência desenvolvimentista no BrasilExperiência desenvolvimentista no Brasil
• SEGUNDO PLANO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO – 1975 a 1979 (Governo Geisel)
• Instituído na época da primeira crise do petróleo, o que o influenciou
diretamente.
• Seus objetivos eram:
1. manter o crescimento acelerado dos anos anteriores, com taxas de
aumento de oportunidades de emprego de mão de obra superiores às da
década passada;
2. reafirmar a política de combate à inflação pelo método gradualista;
3. manter em relativo equilíbrio o balanço de pagamentos;
4. realizar políticas de melhoria de distribuição de renda, pessoal e
regional, simultaneamente com o crescimento econômico;
5. preservar a estabilidade social e política; e
6. realizar o desenvolvimento sem deterioração de qualidade de vida, sem
devastação de recursos naturais.
Os problemas econômicos do período geraram sérios obstáculos para sua
implementação; durante seu período de vigência, foi alvo de duras críticas
e teve sua credibilidade comprometida ao longo de sua execução. Na
verdade, o 2º PND não foi uma resposta à altura da crise econômica
mundial que então se afigurava.
42. Experiência desenvolvimentista no BrasilExperiência desenvolvimentista no Brasil
TERCEIRO PLANO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO ECONOMICO – 1980 – 1985
(Governo Figueiredo) - O 3º PND não conseguiu
atingir a nenhum de seus objetivos. Se constituiu
em um malogro retumbante face à crescente
crise econômica no país, notadamente a alta das
taxas de inflação e o desequilíbrio na balança de
pagamentos. o 3º PND marca o fim do processo
de planejamento como efetivo instrumento da
política econômico financeira do país
43. Experiência desenvolvimentista na BahiaExperiência desenvolvimentista na Bahia
PLANDEB- Plano de Desenvolvimento do Estado da Bahia foi o maior projeto de
planejamento econômico realizado na Bahia em sua história sob a direção de Rômulo
Almeida
PLANDEB propôs projetos que integrariam de forma sistêmica os setores agrícola,
industrial e comercial, objetivando o desenvolvimento equilibrado do Estado da Bahia,
além de preconizar a industrialização da Bahia mediante sua inserção no projeto
nacional de desenvolvimento posto em prática pelo governo federal
A estratégia do PLANDEB contemplava a atração de grandes empresas produtoras de
bens intermediários que atuariam como polos do desenvolvimento industrial
juntamente com as empresas produtoras de bens finais que se instalariam a jusante nos
centros e distritos industriais criados para abrigá-las, tanto na Região Metropolitana de
Salvador quanto nas cidades do interior
No período entre 1950 e 1970, o Estado da Bahia passou por um processo sistemático
de planejamento enfatizando a prioridade para a especialização das grandes empresas
produtoras de bens intermediários, aproveitando alguns recursos naturais à época
abundantes na região, como o petróleo
A partir de 1970, a indústria se transforma no setor mais dinâmico da economia do
Estado da Bahia graças às diretrizes estabelecidas pelo PLANDEB
45. Desafios do planejamento econômico noDesafios do planejamento econômico no
mundo: a invenção do futuromundo: a invenção do futuro
Crise de humanidade em meados do século XXI: crise final do
sistema capitalista + exaustão dos recursos naturais + mudança
climática catastrófica *
Tendência decrescente nas taxas de crescimento do PIB mundial*
Tendência decrescente das taxas de lucro do sistema capitalista
após a 2ª Guerra Mundial *
Ações neutralizadoras para reverter a tendência decrescente nas
taxas de lucro (reestruturação produtiva e da legislação trabalhista ,
automação, redução dos salários, desemprego, e as crises
sucessivas que afetam o sistema capitalista)
Financeirização da economia mundial em nível extremo *
Capitalismo tende ao fim entre 2048 e 2056 (?) *
Como inventar o futuro?*
49. Tendência decrescente das taxas deTendência decrescente das taxas de
lucro na economia mundiallucro na economia mundial
Fonte: https://www.marxists.org/portugues/harman/2007/mes/taxa.htm
50. Tendência decrescente das taxas de lucro dasTendência decrescente das taxas de lucro das
corporações norte-americanascorporações norte-americanas
•Fonte: KLIMAN, A. The failure of capitalist production: underlying causes of the great recession. London: Pluto, 2012.
51. Lucro das corporações norte-americanas
https://thenextrecession.files.wordpress.com/2015/08/us-corporate-profits-august.png
52. Lucro global das corporações
https://thenextrecession.files.wordpress.com/2015/08/us-corporate-profits-august.png
53. Crescimento do lucro das indústrias da China
https://thenextrecession.files.wordpress.com/2015/08/us-corporate-profits-august.png
54. Financeirização da economia mundialFinanceirização da economia mundial
Fonte: CHESNAIS. François. As dívidas ilegítimas - quando os bancos fazem mão baixa nas políticas públicas. Lisboa: Círculo de Leitores,
55. Exaustão dos recursos naturais do planetaExaustão dos recursos naturais do planeta
(Global Footprint Network(Global Footprint Network))
Hoje, por conta do atual ritmo de consumo, a
demanda por recursos naturais excede em 41% a
capacidade de reposição da Terra.
Atualmente, mais de 80% da população mundial vive
em países que usam mais recursos do que seus
próprios ecossistemas conseguem renovar.
O Japão consome 7,1 vezes mais do que tem e seriam
necessárias quatro Itália para abastecer os italianos.
Em 2030, com uma população planetária estimada
em 10 bilhões de pessoas, serão necessárias duas
Terra para satisfazê-la.
56. Exaustão de recursos naturais do planeta
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/quando-recursos-minerais-se-esgotarao-648952.shtml
RECURSOS MINERAIS USOS DATA DE EXTINÇÃO
Platina Materiais cirúrgicos 2049
Prata Fabricação de espelhos e talheres 2016
Cobre Fios e cabos e dutos de ar condicionado 2027
Antimônio Controles remotos e uso com outros materiais para aumento
da resistência
2020
Lítio Baterias de celulares, laptops e videogames 2053
Fósforo Fertilizantes agrícolas 2149
Urânio Geração de energia elétrica 2026
Índio Telas de touchscreen de smartphones e tablets 2020
Tântalo Lentes de câmeras fotográficas 2027
Níquel Ligas metálicas de revestimento, de eletrônicos, como os
celulares
2064
Estanho Revestimento de ligas metálicas, como as usadas nas latinhas
de refrigerante
2024
Chumbo Baterias de carros e caminhões e em soldas e rolamentos 2015
Ouro Joias e em microships de computadores 2043
Zinco Cobertura de ligas metálicas, impedindo que a ferrugem
destrua objetos como as moedas
2041
Petróleo Combustível e matéria prima industrial 2050
Gás natural Combustível e matéria prima industrial 2070
Carvão Combustível 2260
Shale gas Combustível 2110
57. A insustentabilidade do atual modelo de
desenvolvimento
• De 1900 até o presente momento, a população mundial mais do
que triplicou, o produto bruto mundial cresceu em torno de 20
vezes, o consumo de combustíveis fósseis foi elevado em 30
vezes e a produção industrial se expandiu 50 vezes.
• Cerca de 80% desse crescimento aconteceu a partir de 1950.
• A necessidade de que haja mudanças no paradigma que tem
norteado o processo de desenvolvimento atual se impõe porque
ele é o grande responsável pelo comprometimento do meio
ambiente de todo o planeta
• A insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento da
sociedade repousa no fato de ser ele o grande responsável pela
exaustão das florestas, espécies animais e vegetais e solos que
sustentam a vida e pela degradação em ritmo acelerado das
águas potáveis e dos oceanos.
• A própria camada de ozônio que protege a vida dos raios solares
mais letais está sendo rapidamente consumida e a Terra está
agora ameaçada pela rápida elevação das temperaturas globais e
dos níveis dos mares numa escala superior no século XXI do que
nos 10 mil anos transcorridos desde a última era glacial.
60. Como inventar o futuro?
• Implantar uma sociedade sustentável em escala mundial que é aquela que
satisfaz as necessidades da geração atual sem diminuir as possibilidades das
gerações futuras de satisfazer as delas e, desta forma, contribuir para a
construção da paz mundial, impedir a exaustão dos recursos naturais do
planeta Terra e evitar a mudança climática catastrófica em escala mundial.
• Edificar uma Sociedade Sustentável Global que seja capaz de regular a
economia mundial e as relações internacionais baseadas em um Contrato Social
Planetário visando promover a prosperidade econômica global e a paz mundial
com base no modelo de desenvolvimento sustentável em benefício de todos os
seres humanos.
• Celebrar Contrato Social Planetário que deveria resultar da vontade da
Assembleia geral da ONU que se constituiria no novo Parlamento Mundial que
elegeria um Governo Mundial representativo da vontade de todos os povos do
mundo.
• Edificar novo modelo de sociedade em cada país que deveria resultar do
aperfeiçoamento do que se denomina social democracia nórdica ou
escandinava praticada na Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia os quais
compartilham alguns traços em comum: estado de bem-estar-social
universalista que é voltado para melhorar a autonomia individual, promovendo
a mobilidade social e assegurando a prestação universal de direitos humanos
básicos e a estabilização da economia. Se distinguem, também, por sua ênfase
na participação da força de trabalho nas decisões do governo, promovendo
igualdade de gênero, redução da desigualdade social, extensos níveis de
benefícios à população e grande magnitude de redistribuição da riqueza.
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