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Texto e ilustrações de Helme Heine
Toda manhã o galo Juvenal tinha
de acordar os animais do sítio.
É claro que o rato Frederico e o
gordo Valdemar lhe davam uma
mãozinha. Pois amigos de verdade
sempre ajudam um ao outro.
Depois, eles pegavam a
bicicleta atrás do celeiro e
saíam pedalando pela
manhã afora.
Nenhum caminho pedregoso
era obstáculo para eles.
Nenhuma curva fechada atrapalhava seu passeio,
nenhuma poça d’água era funda a ponto de assustá-los.
Eles paravam para descansar na
beira da lagoa. Gostavam de pegar
as pedras lisinhas e chatas do chão
e apostar para ver quem acertava
mais longe dentro do lago. Depois,
brincavam de esconde-esconde até
não poderem mais...
Um dia o rato Frederico
descobriu um velho barco
entre os juncos.
Então, decidiram, os três, tornar-se
piratas. Pois amigos de verdade
sempre fazem as coisas juntos.
O rato Frederico ficou no leme. O galo Juvenal se fez de vela...
E o gordo Valdemar funcionava como rolha: ele tapava os
buracos do velho barco com seu corpo enorme.
Então lançaram-se à aventura.
Em apenas um dia já tinham
dominado toda a lagoa.
Mas a fome chegou e trouxe os
piratas de volta a terra.
Para comer o quê? Primeiro,
eles tentaram pescar. Mas as
iscas estavam um pouco
nervosas e resmungavam tanto
que espantavam os peixes.
Então eles foram
colher cerejas. E
dividiram as cerejas
assim: uma cereja
para o galo Juvenal,
uma para o rato
Frederico...
...e duas para o gordo Valdemar,
que era o pirata mais faminto. O
rato Frederico achou que assim
estava direito, mas o galo Juvenal
protestou. Por isso acabou
ganhando também os caroços.
Quando acabaram de comer, o
gordo Valdemar precisou ir ao
matinho, e os outros dois também.
Logo as sombras começaram a
ficar cada vez mais compridas...
... e eles voltaram para casa.
Atrás do galinheiro, perto do
tonel onde se guardava a
água da chuva, juraram
amizade eterna e decidiram
nunca mais se separar.
Naquela noite
decidiram dormir juntos
na casa do rato
Fraderico. Mas, o galo
Juvenal ficou entalado
no buraco do rato.
Por causa disso, eles resolveram
pernoitar no chiqueiro onde
morava o gordo Valdemar. O
problema é que o rato Frederico
tinha um nariz muito sensível...
Então os três resolveram ir para o galinheiro.
Só que o peso do gordo Valdemar provocou um pequeno acidente.
Por isso não tiveram remédio senão se dizerem boa-noite e ir cada
um para sua própria cama.
Mas, nos sonhos, lá estavam eles juntos
novamente... Pois amigos de verdade ninguém
pode separar!
Como é bom ter amigos por perto, todo o dia, o dia inteiro. O galo Juvenal, o
rato Frederico e o gordo Valdemar sabem bem disso. Desde o raiar do sol até
o cintilar das estrelas, eles estão sempre juntos. Afinal, amigos de verdade
são para isso: conversar, brincar, ajudar um ao outro, viver aventuras
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Amigos

  • 1. Texto e ilustrações de Helme Heine
  • 2. Toda manhã o galo Juvenal tinha de acordar os animais do sítio. É claro que o rato Frederico e o gordo Valdemar lhe davam uma mãozinha. Pois amigos de verdade sempre ajudam um ao outro. Depois, eles pegavam a bicicleta atrás do celeiro e saíam pedalando pela manhã afora.
  • 3. Nenhum caminho pedregoso era obstáculo para eles.
  • 4. Nenhuma curva fechada atrapalhava seu passeio, nenhuma poça d’água era funda a ponto de assustá-los.
  • 5. Eles paravam para descansar na beira da lagoa. Gostavam de pegar as pedras lisinhas e chatas do chão e apostar para ver quem acertava mais longe dentro do lago. Depois, brincavam de esconde-esconde até não poderem mais...
  • 6. Um dia o rato Frederico descobriu um velho barco entre os juncos.
  • 7. Então, decidiram, os três, tornar-se piratas. Pois amigos de verdade sempre fazem as coisas juntos.
  • 8. O rato Frederico ficou no leme. O galo Juvenal se fez de vela... E o gordo Valdemar funcionava como rolha: ele tapava os buracos do velho barco com seu corpo enorme.
  • 9. Então lançaram-se à aventura. Em apenas um dia já tinham dominado toda a lagoa.
  • 10. Mas a fome chegou e trouxe os piratas de volta a terra.
  • 11. Para comer o quê? Primeiro, eles tentaram pescar. Mas as iscas estavam um pouco nervosas e resmungavam tanto que espantavam os peixes.
  • 12. Então eles foram colher cerejas. E dividiram as cerejas assim: uma cereja para o galo Juvenal, uma para o rato Frederico...
  • 13. ...e duas para o gordo Valdemar, que era o pirata mais faminto. O rato Frederico achou que assim estava direito, mas o galo Juvenal protestou. Por isso acabou ganhando também os caroços.
  • 14. Quando acabaram de comer, o gordo Valdemar precisou ir ao matinho, e os outros dois também.
  • 15. Logo as sombras começaram a ficar cada vez mais compridas...
  • 16. ... e eles voltaram para casa.
  • 17. Atrás do galinheiro, perto do tonel onde se guardava a água da chuva, juraram amizade eterna e decidiram nunca mais se separar.
  • 18. Naquela noite decidiram dormir juntos na casa do rato Fraderico. Mas, o galo Juvenal ficou entalado no buraco do rato.
  • 19. Por causa disso, eles resolveram pernoitar no chiqueiro onde morava o gordo Valdemar. O problema é que o rato Frederico tinha um nariz muito sensível...
  • 20. Então os três resolveram ir para o galinheiro.
  • 21. Só que o peso do gordo Valdemar provocou um pequeno acidente. Por isso não tiveram remédio senão se dizerem boa-noite e ir cada um para sua própria cama.
  • 22. Mas, nos sonhos, lá estavam eles juntos novamente... Pois amigos de verdade ninguém pode separar!
  • 23. Como é bom ter amigos por perto, todo o dia, o dia inteiro. O galo Juvenal, o rato Frederico e o gordo Valdemar sabem bem disso. Desde o raiar do sol até o cintilar das estrelas, eles estão sempre juntos. Afinal, amigos de verdade são para isso: conversar, brincar, ajudar um ao outro, viver aventuras inesquecíveis...