SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
O golfinho doente


   Era uma vez um golfinho que vivia no mar com a sua família.
     Num dia de tempestade, o golfinho andou no mar até tarde e, quando chegou a
casa, decidiu ir logo para a cama porque não se estava a sentir muito bem.
  No dia seguinte, ele acordou doente e a sua família ficou preocupadíssima porque ele
não conseguia manter-se de pé.
    Então, os amigos dele que eram muito queridos e simpáticos, fizeram-lhe uma sopa
de cenoura, a preferida dele. O golfinho deliciou-se com a sopa e rapidamente ficou
curado.
    Para festejar a sua cura, os seus amigos fizeram-lhe uma enorme festa e convidaram
a sua família e até a sua namorada. Não faltaram os peixes-palhaços para fazerem umas
piadas.
   A partir desse dia, o golfinho ganhou uma nova receita para as suas doenças e assim
nunca mais ficou doente.



                                                 Guilherme Lemos

                                                 2.º ano OUT3
James, perdido no mar

    Numa bela manhã de verão do dia 28 de Julho, um menino
chamado James foi à praia do Furadouro.
     James era inteligente e amigo da Natureza pois foi lá, para
ajudar uma baleia branca que tinha ficado presa na areia,
encalhada na praia.
    A baleia gemia porque queria sair dali.
     Recorreu aos salva vidas para que o viessem ajudar, pois a
baleia não aguentava viva por muito mais tempo.
    Esperou alguns minutos e os salva-vidas apareceram com o
equipamento necessário para salvar a baleia.
    Esta, toda feliz, agradeceu batendo as barbatanas.
    James, como estava no Furadouro, aproveitou e foi dar um
passeio de barco pelo mar fora. Mas a viagem correu mal, pois
ficou perdido sem saber como voltar.
    Aflito disse:
    - Calma James, calma!
    Olhou para o fundo do mar e ficou extasiado com o que viu,
pois a beleza que encontrou entontecia-o: golfinhos
brincalhões, baleias enormes, tartarugas lentas mas boas
nadadoras, anémonas bailarinas, corais brancos, amarelos…
Caiu na realidade e começou a pensar
como conseguiria voltar. Com tanta beleza
mas     também      com     muita    tristeza
adormeceu e, quando acordou, estava nos
Açores.
     Quase a anoitecer, dirigiu-se a um
hotel na praia da Vitória, assim se chama
o local onde foi parar, e explicou o que lhe
tinha acontecido. Os donos ficaram
sensibilizados com o que ouviram,
alimentaram-no e deixaram-no dormir lá.
     Gostou muito desse dia, das pessoas
que conheceu, dos lugares que visitou e,
por isso, ficou para sempre a gozar a
beleza dessas ilhas.




                            Escreveu e ilustrou
                            Diogo Miguel Vaz
                                         Out4
O cientista Gervásio



      Era uma noite, muito escura, de tempestade. Os raios pareciam cair no
laboratório, estrambólico, do cientista louco e muito desastrado. Os
relâmpagos estalavam, estrondosamente, eriçando os cabelos, horripilantes,
de Gervásio.
Ele tinha pavor a estas noites. Então, pôs os seus neurónios a funcionar a todo
o gás. Poderia ele inventar uma máquina que controlasse as tempestades?
     De repente, surgiu-lhe uma ideia genial. Então começou a projetar a sua
invenção. Com a ajuda de uma régua e um compasso, desenhou numa folha de
papel próprio, o modelo da sua máquina. Demorou muito tempo a traçar todas
as peças que constituíam a sua engenhoca: parafusos, porcas, fios de várias
cores, botões, alavancas, metal, tubos de aspirador… e uma poção mágica de
cor verde mar. Exausto adormeceu num sono profundo.
    No dia seguinte, despertou sobressaltado. Ao olhar para cima, através da
cobertura transparente do seu laboratório, verificou que o sol brilhava, no
exterior, mas ele estava a tremer de frio gélido e molhado dos pés até à ponta
dos cabelos! Confuso, olhou a seu redor, e detetou, no chão, pequeninas
pegadas que, por certo, seriam as do seu despertador tão esquisito quanto ele!
Ficou muito zangado e enfurecido! É que Gervásio tinha um coração de
manteiga mas, quando lhe pregavam alguma partida, ele ficava
completamente desorientado! O despertador tinha-lhe atirado com um balde
de água fria mas, fugiu a sete pés não fosse o seu dono dar cabo dele!
Convencido que a tempestade voltaria decidiu concretizar o seu projeto e dirigiu-se, no seu
monociclo, à cidade. Entrou em dezenas de lojas de material e comprou tudo o que era
necessário.
   De regresso ao seu laboratório, pacientemente, ordenou e montou os milhares de peças, que
constituíam a sua maquineta, e colocou a poção mágica dentro dos tubos de aspirador. Quando
concluiu o seu trabalho, já fumegava pelas orelhas! Não sabia se aquela engenhoca iria mesmo
funcionar. Teria que aguardar por uma nova tempestade. Embora ficasse aterrorizado com a
ideia de o mau tempo voltar, estava ansioso por pôr à prova a sua “tempestade-inator”.
    Não teve muito que esperar. Nessa mesma noite, quando se preparava para dormir, o
temporal voltou. Gervásio tinha um duplo sentimento: por um lado, sentia muito medo; por
outro, queria, ansiosamente, pôr o seu invento à prova.
    No momento em que um raio se aproximava acionou a sua máquina, que projetou a poção
mágica verde mar, anulando a sua força. Nesse instante, a tempestade estacou! Gervásio ficou
radiante!
    A persistência do cientista possibilitou a realização do seu projeto. A sua audácia permitiu
que ele enfrentasse os seus medos. Ele foi muito corajoso!
   O medo originou a coragem que vence sempre o pessimismo.
Amaral o ponto final
    Pobre Amaral, o grande ponto final, nunca soube interrogar nem exclamar. É
muito preocupado, irá ser delegado? Isso talvez não, porque tem cabeça de
balão. Bom, vamos à história…
    Ocorreu numa sexta-feira quando entrou para a escola e, qual não foi o seu
espanto, quando sujou a camisola. Bem, sinceramente, eu não sei porque não
estava lá.
     O nosso personagem ficou novamente preocupado, quando viu o ponto de
exclamação Irmão e o ponto de interrogação Amigão. Nesse instante lembrou-
se:
    - Se eu puser uma placa nas minhas costas e amarrar um pano à volta dela,
vou conseguir exclamar. Se eu puser uma folha de papel e fizer mais ou menos
a forma de um “S” talvez possa interrogar.
      No dia seguinte, a professora mandou a turma ler um texto com muitas
interrogações e exclamações e, usando a sua nova estratégia, Amaral tirou
muito bom na leitura e ficou orgulhoso por ser o único a consegui-lo uma vez
que os seus colegas cometiam erros a ler.
     A professora deu-lhe um prémio que foi uma Viagem a Paris. Como ainda
não tinha carro, a viagem será só daqui a um ano. E o pior, é que ele está de
castigo durante dois anos por ter dado um pontapé e uma joelhada na cabeça
de um menino com a alegria dos festejos!
   Pediu desculpa mas, mesmo assim, foi castigado:
   - Coitado de mim! – Lamentou o Amaral…
   - Oh, céus!!                                                André Costa
                                                                  OUT6

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (18)

2009/2010_2ª Ficha de avaliação_9ano
2009/2010_2ª Ficha de avaliação_9ano2009/2010_2ª Ficha de avaliação_9ano
2009/2010_2ª Ficha de avaliação_9ano
 
Revista 2
Revista 2Revista 2
Revista 2
 
Oscar camaleão
Oscar camaleãoOscar camaleão
Oscar camaleão
 
Escrita criativa
Escrita criativaEscrita criativa
Escrita criativa
 
Dial5 teste global_1 clube das chaves
Dial5 teste global_1 clube das chavesDial5 teste global_1 clube das chaves
Dial5 teste global_1 clube das chaves
 
D8 (5º ano l.p.)
D8 (5º ano   l.p.)D8 (5º ano   l.p.)
D8 (5º ano l.p.)
 
O peixinho dourado
O peixinho douradoO peixinho dourado
O peixinho dourado
 
Contos africanos
Contos africanosContos africanos
Contos africanos
 
Jacaré
JacaréJacaré
Jacaré
 
Testesumativo2 120320052955-phpapp01
Testesumativo2 120320052955-phpapp01Testesumativo2 120320052955-phpapp01
Testesumativo2 120320052955-phpapp01
 
Fábulas de monteiro lobato
Fábulas de monteiro lobatoFábulas de monteiro lobato
Fábulas de monteiro lobato
 
Crie uma moral da história para cada texto
Crie uma moral da história para cada textoCrie uma moral da história para cada texto
Crie uma moral da história para cada texto
 
O Sabiá "Chama" - Série Recanto Taliesin
O Sabiá "Chama" - Série Recanto TaliesinO Sabiá "Chama" - Série Recanto Taliesin
O Sabiá "Chama" - Série Recanto Taliesin
 
Lp 7ano
Lp 7anoLp 7ano
Lp 7ano
 
Crie uma moral da história para cada texto
Crie uma moral da história para cada textoCrie uma moral da história para cada texto
Crie uma moral da história para cada texto
 
produção de texto
produção de textoprodução de texto
produção de texto
 
Simulado 1 (port. 5º ano blog do prof. Warles)
Simulado 1 (port. 5º ano   blog do prof. Warles)Simulado 1 (port. 5º ano   blog do prof. Warles)
Simulado 1 (port. 5º ano blog do prof. Warles)
 
Saresp port 7º ano 2011
Saresp port 7º ano 2011Saresp port 7º ano 2011
Saresp port 7º ano 2011
 

Destaque

Trabajo de jose gregorio
Trabajo de jose gregorioTrabajo de jose gregorio
Trabajo de jose gregorioLuanse Gómez
 
Un conte d'àngels i dimonis
Un conte d'àngels i dimonisUn conte d'àngels i dimonis
Un conte d'àngels i dimonisAntonian2012
 
Mês internacional das bibliotecas escolares
Mês internacional das bibliotecas escolaresMês internacional das bibliotecas escolares
Mês internacional das bibliotecas escolaresAna Violante
 
Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...
Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...
Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...Wayne Harrison
 
Plantilla proyecto de_vida
Plantilla proyecto de_vidaPlantilla proyecto de_vida
Plantilla proyecto de_vidakatagb14
 
Effectiveness of the minimum legal drinking age
Effectiveness of the minimum legal drinking ageEffectiveness of the minimum legal drinking age
Effectiveness of the minimum legal drinking ageChristopher Christensen
 
La Bibliotecologia En Colombia
La Bibliotecologia En ColombiaLa Bibliotecologia En Colombia
La Bibliotecologia En ColombiaLigia Riaño
 
Maah e Muneer - Muneer Niyazi ka Kalam
Maah e Muneer - Muneer Niyazi ka KalamMaah e Muneer - Muneer Niyazi ka Kalam
Maah e Muneer - Muneer Niyazi ka KalamJamal Mirza
 
Análise financeira 2008
Análise financeira 2008Análise financeira 2008
Análise financeira 2008Petrobras
 
Ceres e tailine abril de 2012 - atividade complementar
Ceres e tailine   abril de 2012 - atividade complementarCeres e tailine   abril de 2012 - atividade complementar
Ceres e tailine abril de 2012 - atividade complementarCátia Silene Morera
 
Estado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundo
Estado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundoEstado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundo
Estado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundoFernando Alcoforado
 
Poland DMC 2 Days Package
Poland DMC 2 Days PackagePoland DMC 2 Days Package
Poland DMC 2 Days PackageWorld of DMCs
 
En Tre To Do S Po De Mo S
En Tre To Do S Po De Mo SEn Tre To Do S Po De Mo S
En Tre To Do S Po De Mo SJavier Muíños
 

Destaque (20)

La dirección una ética de palabra.ppt
La dirección una ética de palabra.pptLa dirección una ética de palabra.ppt
La dirección una ética de palabra.ppt
 
Trabajo de jose gregorio
Trabajo de jose gregorioTrabajo de jose gregorio
Trabajo de jose gregorio
 
Ze
ZeZe
Ze
 
Un conte d'àngels i dimonis
Un conte d'àngels i dimonisUn conte d'àngels i dimonis
Un conte d'àngels i dimonis
 
Mês internacional das bibliotecas escolares
Mês internacional das bibliotecas escolaresMês internacional das bibliotecas escolares
Mês internacional das bibliotecas escolares
 
Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...
Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...
Training and Research Visa (Subclass 402) Occupational Trainee Stream - Get Q...
 
Jump form section 4
Jump form section 4Jump form section 4
Jump form section 4
 
Plantilla proyecto de_vida
Plantilla proyecto de_vidaPlantilla proyecto de_vida
Plantilla proyecto de_vida
 
Effectiveness of the minimum legal drinking age
Effectiveness of the minimum legal drinking ageEffectiveness of the minimum legal drinking age
Effectiveness of the minimum legal drinking age
 
La Bibliotecologia En Colombia
La Bibliotecologia En ColombiaLa Bibliotecologia En Colombia
La Bibliotecologia En Colombia
 
Maah e Muneer - Muneer Niyazi ka Kalam
Maah e Muneer - Muneer Niyazi ka KalamMaah e Muneer - Muneer Niyazi ka Kalam
Maah e Muneer - Muneer Niyazi ka Kalam
 
Computacion
ComputacionComputacion
Computacion
 
Carnaval de Jujuy
Carnaval de JujuyCarnaval de Jujuy
Carnaval de Jujuy
 
Análise financeira 2008
Análise financeira 2008Análise financeira 2008
Análise financeira 2008
 
Ceres e tailine abril de 2012 - atividade complementar
Ceres e tailine   abril de 2012 - atividade complementarCeres e tailine   abril de 2012 - atividade complementar
Ceres e tailine abril de 2012 - atividade complementar
 
Ejercicios 4 y 5
Ejercicios 4 y 5Ejercicios 4 y 5
Ejercicios 4 y 5
 
Estado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundo
Estado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundoEstado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundo
Estado predador e sociedade sitiada no brasil e no mundo
 
Poland DMC 2 Days Package
Poland DMC 2 Days PackagePoland DMC 2 Days Package
Poland DMC 2 Days Package
 
Nivel2 Problema4
Nivel2 Problema4Nivel2 Problema4
Nivel2 Problema4
 
En Tre To Do S Po De Mo S
En Tre To Do S Po De Mo SEn Tre To Do S Po De Mo S
En Tre To Do S Po De Mo S
 

Semelhante a Escrita na ponta de um lápis

Semelhante a Escrita na ponta de um lápis (20)

Contos
ContosContos
Contos
 
O peixinho e o gato
O peixinho e o gatoO peixinho e o gato
O peixinho e o gato
 
Textos a pares
Textos a paresTextos a pares
Textos a pares
 
4B
4B4B
4B
 
2014 09-11 - o menino com guelras
2014 09-11 - o menino com guelras2014 09-11 - o menino com guelras
2014 09-11 - o menino com guelras
 
Pedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
Pedro das Malasartes - EB1 de ArnelasPedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
Pedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
 
O espantalho enamorado.ppt
O espantalho enamorado.pptO espantalho enamorado.ppt
O espantalho enamorado.ppt
 
O espantalho enamorado
O espantalho enamoradoO espantalho enamorado
O espantalho enamorado
 
O espantalho enamorado
O espantalho enamoradoO espantalho enamorado
O espantalho enamorado
 
O espantalho enamorado
O espantalho enamoradoO espantalho enamorado
O espantalho enamorado
 
Simulado spaece 1º ano
Simulado spaece 1º anoSimulado spaece 1º ano
Simulado spaece 1º ano
 
O espantalho enamorado
O espantalho enamoradoO espantalho enamorado
O espantalho enamorado
 
Xico Braga
Xico BragaXico Braga
Xico Braga
 
02. O Patinho Feio Autor Hans Christian Andersen.pdf
02. O Patinho Feio Autor Hans Christian Andersen.pdf02. O Patinho Feio Autor Hans Christian Andersen.pdf
02. O Patinho Feio Autor Hans Christian Andersen.pdf
 
Livro virtual 4_a professora Rosane trabalhando abrilmaio
Livro virtual 4_a professora Rosane trabalhando abrilmaioLivro virtual 4_a professora Rosane trabalhando abrilmaio
Livro virtual 4_a professora Rosane trabalhando abrilmaio
 
A rainha da primavera
A rainha da primaveraA rainha da primavera
A rainha da primavera
 
historias exemplarmente imperfeitas
historias exemplarmente imperfeitashistorias exemplarmente imperfeitas
historias exemplarmente imperfeitas
 
Aula 2 pdf.pdf
Aula 2 pdf.pdfAula 2 pdf.pdf
Aula 2 pdf.pdf
 
AS FÁBULAS 1.ppt
AS FÁBULAS 1.pptAS FÁBULAS 1.ppt
AS FÁBULAS 1.ppt
 
O patinho-feio(01)
O patinho-feio(01)O patinho-feio(01)
O patinho-feio(01)
 

Mais de anabelalmeida

Escrita na ponta de um lápis
Escrita na ponta de um lápisEscrita na ponta de um lápis
Escrita na ponta de um lápisanabelalmeida
 
Escrita na Ponta de um Lápis
Escrita na Ponta de um LápisEscrita na Ponta de um Lápis
Escrita na Ponta de um Lápisanabelalmeida
 
Projeto escrita fevereiro
Projeto escrita   fevereiroProjeto escrita   fevereiro
Projeto escrita fevereiroanabelalmeida
 
Projeto escrita fevereiro
Projeto escrita   fevereiroProjeto escrita   fevereiro
Projeto escrita fevereiroanabelalmeida
 

Mais de anabelalmeida (6)

Escrita na ponta de um lápis
Escrita na ponta de um lápisEscrita na ponta de um lápis
Escrita na ponta de um lápis
 
Escrita na Ponta de um Lápis
Escrita na Ponta de um LápisEscrita na Ponta de um Lápis
Escrita na Ponta de um Lápis
 
Projeto escrita fevereiro
Projeto escrita   fevereiroProjeto escrita   fevereiro
Projeto escrita fevereiro
 
Projeto escrita fevereiro
Projeto escrita   fevereiroProjeto escrita   fevereiro
Projeto escrita fevereiro
 
Eb1 de outeiro1
Eb1 de outeiro1Eb1 de outeiro1
Eb1 de outeiro1
 
Eb1 de outeiro 2
Eb1 de outeiro 2Eb1 de outeiro 2
Eb1 de outeiro 2
 

Escrita na ponta de um lápis

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4. O golfinho doente Era uma vez um golfinho que vivia no mar com a sua família. Num dia de tempestade, o golfinho andou no mar até tarde e, quando chegou a casa, decidiu ir logo para a cama porque não se estava a sentir muito bem. No dia seguinte, ele acordou doente e a sua família ficou preocupadíssima porque ele não conseguia manter-se de pé. Então, os amigos dele que eram muito queridos e simpáticos, fizeram-lhe uma sopa de cenoura, a preferida dele. O golfinho deliciou-se com a sopa e rapidamente ficou curado. Para festejar a sua cura, os seus amigos fizeram-lhe uma enorme festa e convidaram a sua família e até a sua namorada. Não faltaram os peixes-palhaços para fazerem umas piadas. A partir desse dia, o golfinho ganhou uma nova receita para as suas doenças e assim nunca mais ficou doente. Guilherme Lemos 2.º ano OUT3
  • 5. James, perdido no mar Numa bela manhã de verão do dia 28 de Julho, um menino chamado James foi à praia do Furadouro. James era inteligente e amigo da Natureza pois foi lá, para ajudar uma baleia branca que tinha ficado presa na areia, encalhada na praia. A baleia gemia porque queria sair dali. Recorreu aos salva vidas para que o viessem ajudar, pois a baleia não aguentava viva por muito mais tempo. Esperou alguns minutos e os salva-vidas apareceram com o equipamento necessário para salvar a baleia. Esta, toda feliz, agradeceu batendo as barbatanas. James, como estava no Furadouro, aproveitou e foi dar um passeio de barco pelo mar fora. Mas a viagem correu mal, pois ficou perdido sem saber como voltar. Aflito disse: - Calma James, calma! Olhou para o fundo do mar e ficou extasiado com o que viu, pois a beleza que encontrou entontecia-o: golfinhos brincalhões, baleias enormes, tartarugas lentas mas boas nadadoras, anémonas bailarinas, corais brancos, amarelos…
  • 6. Caiu na realidade e começou a pensar como conseguiria voltar. Com tanta beleza mas também com muita tristeza adormeceu e, quando acordou, estava nos Açores. Quase a anoitecer, dirigiu-se a um hotel na praia da Vitória, assim se chama o local onde foi parar, e explicou o que lhe tinha acontecido. Os donos ficaram sensibilizados com o que ouviram, alimentaram-no e deixaram-no dormir lá. Gostou muito desse dia, das pessoas que conheceu, dos lugares que visitou e, por isso, ficou para sempre a gozar a beleza dessas ilhas. Escreveu e ilustrou Diogo Miguel Vaz Out4
  • 7. O cientista Gervásio Era uma noite, muito escura, de tempestade. Os raios pareciam cair no laboratório, estrambólico, do cientista louco e muito desastrado. Os relâmpagos estalavam, estrondosamente, eriçando os cabelos, horripilantes, de Gervásio. Ele tinha pavor a estas noites. Então, pôs os seus neurónios a funcionar a todo o gás. Poderia ele inventar uma máquina que controlasse as tempestades? De repente, surgiu-lhe uma ideia genial. Então começou a projetar a sua invenção. Com a ajuda de uma régua e um compasso, desenhou numa folha de papel próprio, o modelo da sua máquina. Demorou muito tempo a traçar todas as peças que constituíam a sua engenhoca: parafusos, porcas, fios de várias cores, botões, alavancas, metal, tubos de aspirador… e uma poção mágica de cor verde mar. Exausto adormeceu num sono profundo. No dia seguinte, despertou sobressaltado. Ao olhar para cima, através da cobertura transparente do seu laboratório, verificou que o sol brilhava, no exterior, mas ele estava a tremer de frio gélido e molhado dos pés até à ponta dos cabelos! Confuso, olhou a seu redor, e detetou, no chão, pequeninas pegadas que, por certo, seriam as do seu despertador tão esquisito quanto ele! Ficou muito zangado e enfurecido! É que Gervásio tinha um coração de manteiga mas, quando lhe pregavam alguma partida, ele ficava completamente desorientado! O despertador tinha-lhe atirado com um balde de água fria mas, fugiu a sete pés não fosse o seu dono dar cabo dele!
  • 8. Convencido que a tempestade voltaria decidiu concretizar o seu projeto e dirigiu-se, no seu monociclo, à cidade. Entrou em dezenas de lojas de material e comprou tudo o que era necessário. De regresso ao seu laboratório, pacientemente, ordenou e montou os milhares de peças, que constituíam a sua maquineta, e colocou a poção mágica dentro dos tubos de aspirador. Quando concluiu o seu trabalho, já fumegava pelas orelhas! Não sabia se aquela engenhoca iria mesmo funcionar. Teria que aguardar por uma nova tempestade. Embora ficasse aterrorizado com a ideia de o mau tempo voltar, estava ansioso por pôr à prova a sua “tempestade-inator”. Não teve muito que esperar. Nessa mesma noite, quando se preparava para dormir, o temporal voltou. Gervásio tinha um duplo sentimento: por um lado, sentia muito medo; por outro, queria, ansiosamente, pôr o seu invento à prova. No momento em que um raio se aproximava acionou a sua máquina, que projetou a poção mágica verde mar, anulando a sua força. Nesse instante, a tempestade estacou! Gervásio ficou radiante! A persistência do cientista possibilitou a realização do seu projeto. A sua audácia permitiu que ele enfrentasse os seus medos. Ele foi muito corajoso! O medo originou a coragem que vence sempre o pessimismo.
  • 9. Amaral o ponto final Pobre Amaral, o grande ponto final, nunca soube interrogar nem exclamar. É muito preocupado, irá ser delegado? Isso talvez não, porque tem cabeça de balão. Bom, vamos à história… Ocorreu numa sexta-feira quando entrou para a escola e, qual não foi o seu espanto, quando sujou a camisola. Bem, sinceramente, eu não sei porque não estava lá. O nosso personagem ficou novamente preocupado, quando viu o ponto de exclamação Irmão e o ponto de interrogação Amigão. Nesse instante lembrou- se: - Se eu puser uma placa nas minhas costas e amarrar um pano à volta dela, vou conseguir exclamar. Se eu puser uma folha de papel e fizer mais ou menos a forma de um “S” talvez possa interrogar. No dia seguinte, a professora mandou a turma ler um texto com muitas interrogações e exclamações e, usando a sua nova estratégia, Amaral tirou muito bom na leitura e ficou orgulhoso por ser o único a consegui-lo uma vez que os seus colegas cometiam erros a ler. A professora deu-lhe um prémio que foi uma Viagem a Paris. Como ainda não tinha carro, a viagem será só daqui a um ano. E o pior, é que ele está de castigo durante dois anos por ter dado um pontapé e uma joelhada na cabeça de um menino com a alegria dos festejos! Pediu desculpa mas, mesmo assim, foi castigado: - Coitado de mim! – Lamentou o Amaral… - Oh, céus!! André Costa OUT6