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Durga
O Inicio da Jornada




                      1
A ARTE

  Em 2009 a arte surge na minha vida como um vulcão em erupção. Com
 uma atividade intensa e sem conseguir conter as lavas da criação as telas
   em branco transformaram-se em espelhos da alma. Não consegui mais
parar. Pintar passou a ser uma necessidade, um exercício de mim aonde eu
comecei a escrever uma história sem fim, a idéia de transformar as pinturas
 e os desenhos em historias escritas me veio com a compreensão e aceitação
de como vejo a vida, e a minha arte, como uma grande aventura! A revista
   Durga é a expressão psicológica do cotidiano, O inicio da jornada é a
    primeira revista da serie de treze revistas que traduzirá a historia de
     mulheres Guerreiras, seus medos e suas vitórias de forma criativa e
                                   divertida.



                                ∞
  Índice:
    • Inicio
    • Ritual
    • A festa


                                                           Erica Save

                                                                          2
Inicio

 Poderia ser chamado de Paraíso, e esse seria o nome correto para o
   mundo de Soruges, pois florestas encantadas e pomares místicos
   faziam dele um lugar tranqüilo. Envolto por um mar da águas
           cristalino e lindo lagos, professava a abundancia!
 Soruges era conhecido entre os mundos como sendo um dos lugares
   mais confortantes para viver, mesmo os que não faziam parte da
 realeza não tinha do que reclamar, famílias amorosas com crianças
saudáveis se relacionavam muito bem. Nem se quer imaginavam que
     uma sombra de destruição se aproximava desse lindo lugar.
   Demoramos a acreditar que esse mal já estava convivendo ali, ele
estava se espalhando e disseminado a dor nos mundos. Não sabíamos
      direito o que era. Apenas que algo de muito terrível estava
acontecendo pelos mundos a fora. Ouvíamos dizer que até as crianças
   eram contaminadas. As pessoas pareciam acorrentadas a uma
                        poderosa energia maligna.




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A contaminação era sutil. E não era percebida de imediato. Ela se
utilizava do amor daqueles que ainda não estavam contaminados. E
  sem escolher idade ou sexo tudo estava aos poucos se alastrando. O
mal estava se espalhando cada vez mais. E o que nos sabíamos sobre
isso? Quase nada! Somente que a alma das pessoas se desprendia do
    corpo e era levada para outro mundo. Um mundo sombrio. A
 contaminação se proliferava principalmente entre as pessoas que se
amavam e essa doença virava em pouco tempo uma grande corrente
em que os elos eram pessoas degradadas. Muitos lugares já estavam
        contaminados, vilarejos e até reinos inteiros já estavam
    completamente habitados por pessoas sem almas, esses mundos
 estavam sendo destruídos pelas próprias pessoas que neles viviam. E
                      essa noticia nos assombrou!




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Alguma coisa precisaria ser feita, o universo corria perigo. Em breve
nada existira a não serem guerras, dor e o sofrimento.
 Soubemos também que alguns deuses estavam convocando pessoas
 de vários mundos, e que fariam parte de um exército. Um exército
                        para salvar o universo.
     Soruges conhecido também como berço de mulheres fortes.
                       Guerreiras por natureza.
   Como eu havia nascido com força latente, forte, espirituosa e de
 inteligências sublimares. Talvez por isso fosse escolhida por um dos
       deuses para a convocação e compor assim o exército deles.
 As brumas densas nos impediam de avistar o horizonte, uma brisa
 suave envolveu o reino inteiro com um odor de rosas e atraídas por
             um som angelical rumamos até a beira mar.
   O nevoeiro se dissipou e eu Fiquei estasiada quando avistei uma
       mulher que descia suavemente do céu, não tinha asas, ela
simplesmente flutuava, sua pele clara era coberta por uma luz verde
  intensa, era do seu corpo que vinha o cheiro das rosas e os cabelos
 longos tocavam uma melodia em som de harpa. Era uma Deusa!


                                                                 Pag.1




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PSI era o nome dessa linda Deusa que escolhera o mundo de
   Soruges para a convocação algumas mulheres com o propósito de
  instruí-las para o resgate de almas perdidas. Combatendo assim o
  grande mal que estava se disseminado no universo. Essas mulheres
eram escolhidas em diversos mundos, foram detectadas pela bravura
                         e honestidade latente.
A Deusa apontou para duas mulheres, e no momento eu não me dei
  conta que uma delas era eu! Eu? Perguntei espantada, não estava
    preparada para tal surpresa! Entretanto compreendo que essas
coisas acontecem e nunca estaremos completamente preparadas para
    os eventos novos! Entretanto temos que estar sempre apta para
  tomar as decisões que a existência nos impõe. Um impulso forte fez
 com que eu aceitasse, mesmo com um frio de duvidas que a natureza
                    da decisão me impunha, eu fui.
                                                                Pag.2




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Lembro-me somente que ao entrar na embarcação vi no céu
criaturas aladas que parecia indicar o rumo a ser tomado. Para onde
     iriam nos levar? Qual seria o meu destino a partir de agora?
Não me lembro da viagem, e nem de como cheguei ao castelo. Já era
 noite quando fui acordada por um som metálico parecia um gongo.
  Eu estava em um quarto e na frente da cama um bilhete preso na
   parede. Esse foi o primeiro contato com a minha nova jornada.
  O bilhete dava instruções que eram escritos em forma de charadas,
 que com o tempo eu fui acostumando. E entendi que era uma forma
 de melhorar o pensamento lógico. Esse bilhete dizia: “ com a mente
    aberta, e sem armadura seguindo o brilho para fechar o ciclo “
minha mente fervia envolta de probabilidades. Seria o Prenúncio de
                            novos desafios?
 Em meio a escuridão uma lua majestosa parecia indicar o caminho.
  Soube logo que essa era a parte “seguindo o brilho” que estava no
                                bilhete.
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Todas atenderam ao chamado e com a exceção da deusa eu as
desconhecia e nem mesmo sabia quem era a mulher que comigo fora
  convocada em Soruges e mesmo ansiosa eu tentava controlar as
minhas expectativas, dez mulheres formaram um circulo e um suave
cheiro de rosas vermelhas destacou-se trazido pela brisa, era a deusa
     Psi que estava chegando e dirigiu-se para o oeste do circulo,
 posicionando-se em cima de uma grande pedra aonde elevando as
mãos falou: - Pelo meu poder e pelo poder dos guardiões dos quatro
   quadrantes deste espaço, nenhum mal sairá e nele nenhum mal
 poderá entrar. E ela continua: - esse cerimonial simboliza o fim de
 um período de vida, e como o Sol que ao morrer no oeste passa por
  doze cavernas, para renascer no leste. Para vocês passarem para
 uma nova etapa de suas vidas deverão ultrapassar os doze desafios.
                                                                 Pag.4




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O Ritual
Não me lembro da viagem, e nem de como cheguei ao castelo. Fui
acordada por um som metálico, um gongo. Não identifiquei direito
quando ouvi pela primeira vez, mas minha intuição me dizia que
estavam nos chamado, ao me levantar, percebi que era noite e fui
informada por um bilhete deixado ao lado da minha cama que a
Deusa Psi havia convocado uma assembléia, e que deveríamos está
descalças e seguir até alem de um regato aonde as arvores faziam um
círculo ao redor de uma clareira, minha mente fervia envolta de
probabilidades.
   Seria um prenúncio de novos desafios? Em meio à escuridão da
       noite uma lua azulada e majestosa iluminava o caminho.
                                                               Pag.5




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Mesmo ansiosa eu tentava controlar as minhas expectativas, dez
     mulheres formaram um circulo e um suave cheiro de rosas
 vermelhas destacou-se trazido pela brisa, era a deusa Psi que estava
            chegando e dirigiu-se para o oeste do circulo,
 Posicionando-se em cima de uma grande pedra aonde elevando as
 mãos falou: - Pelo meu poder e pelo poder dos guardiões dos quatro
   quadrantes deste espaço, nenhum mal sairá e nele nenhum mal
                            poderá entrar.
 E ela continua: - Esse cerimonial simboliza o fim de um período de
 vida, e como o Sol que ao morrer no oeste passa por doze cavernas,
para renascer no leste. Para vocês passarem para uma nova etapa de
           suas vidas deverão ultrapassar os doze desafios.
                                                                 Pag.6




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Fora servido por uma mulher que trajava rosas brancas e estava
  posicionada fora do circulo uma bebida doce uma espécie de hidro
    mel, após todas beberem e aos pés da deusa um fogo se iniciou
 Fomos conduzidas na direção horária a andarmos à sua frente que
 suavemente pegava as chamas com as mãos e nos entregava o fogo
 não queimava apenas esquentava e era uma sensação muito boa já
  que a noite estava fria e quando a ultima retornou ao seu lugar as
          chamas se transformaram em linda rosa vermelha
Percebi o poder mágico daquele ritual, e vi que todas as mulheres ali
  estavam compartilhando os mesmos sentimentos, era um misto de
espanto e respeito. A deusa continuou falando: - cabe a cada uma de
vocês reconhecerem o seu recurso mágico nessa rosa, e disse também,
     o poder da magia tem polaridades exacerbadas cabe a vocês
  decidirem como usar esse poder, não deixem que o seu poder passe
     para mãos estranhas e a melhor forma de se assegurar isso é
                       utilizando-o para o bem.
                                                                 Pag.7




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E ela passou a falar sobre o nosso objetivo e falou: - mas antes
 preciso que saibam o mal já está entre nos e como a raiz das arvores
ele se espalha aparentemente inofensivo e calmo, mas muito ardiloso,
                      ele já esta ganhando força!
    Agora permitirei que vocês tenham a visão do mal por alguns
 instantes e assim ficarão cientes do seu poder, e uma densa fumaça
        pairou acima do circulo sagrado, e imagens apareceram.
   Chuvas de sangue corriam para os rios que levavam pessoas em
    agonia, elas se nos afogavam próprios desejos desacertados que
     corrompiam as suas almas fazendo-os ficarem cegos de tanta
    vontade que ao ser contaminadas pelo mal não tinha medida,
vi imagens de mitos sendo esmagado, monstros serem endeusados. A
fumaça se desfez e uma das mulheres perguntou: - Temos força para
combater esse mal tão forte? E a deusa respondeu: - Não ainda não
       encontramos a dona da força que pode combater esse mal.
                                                                 Pag.8




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- Sabemos que a nossa arma é uma guerreira que ainda
inocente não reconhece sua força, ela precisará passar por todo
      trajeto iniciático para liderar o exercito que salvará a
   humanidade de toda essa dor que se espalha rapidamente.
 . A deusa deixou que o silêncio envolvesse todas ali, e seus olhos
     esquadrinharam as mãos de todas e as mulheres que a
  acompanharam na trajetória tentando identificar qual delas
                   ali seria a poderosa guerreira.
   O primeiro raio dourado do sol refletiu nas vestimentas da
    Deusa nesse momento ela anunciou o termino, o fogo que
flamejava a sua frente se apagou todas saímos em fila, caladas
            pelo lado direito, e nos dirigimos ao castelo.
                                                               Pag.9




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Fazendo o caminho de volta, eu via nas nuvens a minha memória,
       elas faziam flutuar as minhas emoções, imagens vividas e
imaginadas se confundiam compondo um sonho, eu havia deixado o
 tempo presente, um suave brisa da manhã me convidava a começar
   de novo como se um novo ciclo de minha vida se iniciasse ali. Fui
 fisgada de volta pelas mãos de uma das mulheres que ao encostar-se
  ao meu ombro fez com que eu imediatamente voltasse à realidade.
   Com um singelo mau humor olhei para ela, que com um sorriso
   pacificador prendeu a minha atenção, era linda! Sua pele cor de
  bronze brilhava com os raios de sol, os olhos grandes da cor de mel,
  carregava a gentileza de uma alma caridosa, senti-me confortável
 como se tivesse encontrado meu lar, e com a voz suave, falou: Deixe-
  me adivinhar, você veio de Soruges? Eu sorrindo respondi: - sim!
                        Como você adivinhou?
 Ela respondeu com um jeito travesso, Duvido que em algum mundo
que não Soruges haja mulheres com tantas flores na pele, e colocando
a mão na cintura fez com que eu olhasse para ela, percebi logo a flor
     tatuada, no nosso mundo ao nascermos todas as mulheres são
        contempladas com uma flor tatuada na pele. Rimos...
                                                                 Pag.10




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E ela se apresentou: Ádab é como me chamam e como eu devo lhe
chamar? Respondi: Durga! E juntas continuamos a caminhar, um
sentimento de felicidade tomou conta de mim,
 Ela fazia parte do meu mundo e eu poderia dividir com ela todos os
     sentimentos que esses desafios me trariam, nos ajudaríamos a
   entender esse novo mundo e discutiríamos as melhores decisões a
      serem tomadas, nos incentivaríamos e nas horas difíceis nos
fortaleceríamos, teria alguém para compartilhar tudo, eu não estava
             mais sozinha, eu tinha encontrado uma amiga!
                                     ∞
    O meu bilhete explicava algumas condutas como horários das
       refeições, algumas regras iniciais, e também que no poente
              deveríamos nos reunir no lado leste do castelo.
  O dia se passou tranqüilo, e com serenidade cumpri meus os meus
  deveres, e fui descansar, pois já estava acometida de certa lassidão;
  E para o novo evento que aconteceria ao entardecer, eu gostaria de
   estar na minha melhor forma, até mesmo por que o bilhete não
  especificava qual seria o acontecido acabei dormindo mais do que
   deveria e despertando bruscamente com um som de gongo. Ele
     anunciara que chegou a hora em que deveríamos nos reunir.
  Esbaforida sai correndo pelo castelo quando cheguei ao lado leste
                       todas já estavam reunidas.
                                                                   Pag.11




A Festa
                                                                      15
Ádab sorrido me chamou para ficar ao seu lado. . Fora anunciado
 por uma mulher que teríamos uma grande festa em homenagem a
nossa chegada Adab parecia uma criança animada com uma nova
      brincadeira. Alias todas as mulheres ali ficaram eufóricas e
sorridentes todas falavam ao mesmo tempo, começaríamos o festejo
                   com uma grande dança circular.
       Em Soruges praticávamos as danças circulares pois são
                                               circulares,
   consideradas meditação em movimento, com beneficio mentais e
                                             com
 físicos, quanto como relaxamento, diversão e integração de grupos,
pois ao trabalharem o equilíbrio individual e o coletivo estimulam as
            atitudes cooperativas e o respeito às diferenças.
                         E esse era o objetivo!
                                   ∞
   Já estávamos em roda de mão dadas quando avistei uma fila de
  guerreiros chegando, eles se vestiam com pele de animais, alem de
   serem muito altos eram extremamente musculosos, carregavam
armas que deixaram sobre a mesa antes de adentrar se intercalando
  com as mulheres na roda, os passos sincopados entoavam cânticos
    sagrados o misto de suavidade das mulheres e brutalidade dos
 guerreiros deu aquela cerimônia mais beleza, a força do momento
 invadi nossos corações que quanto mais dançávamos e cantávamos
      parecíamos entrar em um traze de sublime satisfação, após
                        dançarmos por horas,
                                                                 Pag.12




                                                                    16
Sentei-me em um tronco para observar os festejos. Ádab, sentou-se
      a meu lado ficamos ali conversando e rindo quando um dos
          guerreiros se aproximou, era um homem enorme de
aproximadamente 2 metros de altura, cabelos e barba longa e ruiva,
  grande olhos azuis e sobre o corpo tinha a pele inteira de um urso,
 sua voz parecia uma explosão, perguntou com um tom sarcástico: -
       as mocinhas estão preparadas para a surra de amanhã?
Eu e Abad nos olhamos como que se nos perguntássemos, “do que ele
    está falando”? Não me contive e pergunte espantada: Surra?
  E antes que eu pudesse concluir Adab já intuindo o que ele estaria
      falando levantou-se, e audaciosamente e com a voz altiva e
empurrando ele com os dedos respondeu: “iremos acabar com vocês!”
   Ao finalizar a nossa batalha você que pensa ser selvagem estará
                        miando feito um gatinho!
   E ele serrando os grandes olhos azuis encarou Ádab, rangiu os
  dentes. Ele queria mastigá-la! E antes que ele pudesse responder o
               som do gongo anunciou o fim do festejo.
                                                                 Pag.13




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Voltamos para o castelo em silencio, Ádab me parecia muito
  aborrecida. Dirigi-me ao quarto, mas antes que conseguisse deitar
Ádab bateu na porta, ela viera me contar que havia descoberto. No
 dia seguinte antes do nascer do sol, seriamos mandadas a florestas e
lá encontraríamos a nossa arma, que era para eu me preparar, pois
     a batalha seria árdua. Falei a Adab que não precisava ficar
   apreensiva, pois em Soruges éramos acostumadas a enfrentar os
  perigos das florestas, Adab então me lembrou que se estávamos ali
    para virar guerreiras encantadas, os perigos não deveriam ser
    naturais! E que o nosso festejo teve intenções que eu ainda não
                        alcançava como verdade.
. Olhei para o rosto de Ádab que no momento me parecia tão frágil,

       diferente de quando enfrentara o guerreiro, percebi a sua
                        preocupação, o seu medo.
                                                                 Pag.14




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-

 O que Temes? Ela então me respondeu: - os medos que eu encubro
  pela pretensão e arrogância. – Eu não consigo equilibrar em meu
   intimo meu potencial e meus limites, e assim me considero uma
   pessoa com as aptidões superestimadas e sempre acredito ter um
poder muito maior do que realmente tenho. – internamente me sinto
      inferior, embora tente demonstrar superioridade, temo ser
 desprezada, me sinto freqüentemente insegura, quase sempre estou
 isolada, sempre solitária! E compartilhando da sua dor abracei-a
carinhosamente e disse: - agora você tem a mim, estamos juntas! – e
 quero que tu saibas que precisamos lutar contra alguns sentimentos
freqüentemente com firmeza e determinação, pois é necessário muito
     domínio de si mesma para vivermos em harmonia com nosso
    interior. Afaguei os seus cabelos, afastando-a. Ela enxugou as
  lagrimas se recompondo com um singelo sorriso disse em um tom
 maroto: com a minha inteligência e a sua sagacidade dominaremos
os mundos! Gargalhamos... Quebrando assim todo clima de tristeza.
                     Fomos dormir revitalizadas.




                                                                 19
Como estava virando um habito eu acordar só com o soar do gongo.
           E o gongo anunciava o inicio de alguma coisa!
  Eu bem sei que o gongo representa a espiritualização da matéria o
   som do gongo é o som da totalidade, e que ele nos tira das nossas
limitações mentais, e nos leva para libertação do ego e o encontro com
                                o divino.
         Mas naquele momento ele anunciava o meu atraso!
Novamente sai afoita, correndo do quarto. No bilhete preso a minha
                porta estava as coordenada do nosso
                       Primeiro desafio!




                                                                    20
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A Jornada das Guerreiras: O Início do Ritual

  • 1. Durga O Inicio da Jornada 1
  • 2. A ARTE Em 2009 a arte surge na minha vida como um vulcão em erupção. Com uma atividade intensa e sem conseguir conter as lavas da criação as telas em branco transformaram-se em espelhos da alma. Não consegui mais parar. Pintar passou a ser uma necessidade, um exercício de mim aonde eu comecei a escrever uma história sem fim, a idéia de transformar as pinturas e os desenhos em historias escritas me veio com a compreensão e aceitação de como vejo a vida, e a minha arte, como uma grande aventura! A revista Durga é a expressão psicológica do cotidiano, O inicio da jornada é a primeira revista da serie de treze revistas que traduzirá a historia de mulheres Guerreiras, seus medos e suas vitórias de forma criativa e divertida. ∞ Índice: • Inicio • Ritual • A festa Erica Save 2
  • 3. Inicio Poderia ser chamado de Paraíso, e esse seria o nome correto para o mundo de Soruges, pois florestas encantadas e pomares místicos faziam dele um lugar tranqüilo. Envolto por um mar da águas cristalino e lindo lagos, professava a abundancia! Soruges era conhecido entre os mundos como sendo um dos lugares mais confortantes para viver, mesmo os que não faziam parte da realeza não tinha do que reclamar, famílias amorosas com crianças saudáveis se relacionavam muito bem. Nem se quer imaginavam que uma sombra de destruição se aproximava desse lindo lugar. Demoramos a acreditar que esse mal já estava convivendo ali, ele estava se espalhando e disseminado a dor nos mundos. Não sabíamos direito o que era. Apenas que algo de muito terrível estava acontecendo pelos mundos a fora. Ouvíamos dizer que até as crianças eram contaminadas. As pessoas pareciam acorrentadas a uma poderosa energia maligna. 3
  • 4. A contaminação era sutil. E não era percebida de imediato. Ela se utilizava do amor daqueles que ainda não estavam contaminados. E sem escolher idade ou sexo tudo estava aos poucos se alastrando. O mal estava se espalhando cada vez mais. E o que nos sabíamos sobre isso? Quase nada! Somente que a alma das pessoas se desprendia do corpo e era levada para outro mundo. Um mundo sombrio. A contaminação se proliferava principalmente entre as pessoas que se amavam e essa doença virava em pouco tempo uma grande corrente em que os elos eram pessoas degradadas. Muitos lugares já estavam contaminados, vilarejos e até reinos inteiros já estavam completamente habitados por pessoas sem almas, esses mundos estavam sendo destruídos pelas próprias pessoas que neles viviam. E essa noticia nos assombrou! 4
  • 5. Alguma coisa precisaria ser feita, o universo corria perigo. Em breve nada existira a não serem guerras, dor e o sofrimento. Soubemos também que alguns deuses estavam convocando pessoas de vários mundos, e que fariam parte de um exército. Um exército para salvar o universo. Soruges conhecido também como berço de mulheres fortes. Guerreiras por natureza. Como eu havia nascido com força latente, forte, espirituosa e de inteligências sublimares. Talvez por isso fosse escolhida por um dos deuses para a convocação e compor assim o exército deles. As brumas densas nos impediam de avistar o horizonte, uma brisa suave envolveu o reino inteiro com um odor de rosas e atraídas por um som angelical rumamos até a beira mar. O nevoeiro se dissipou e eu Fiquei estasiada quando avistei uma mulher que descia suavemente do céu, não tinha asas, ela simplesmente flutuava, sua pele clara era coberta por uma luz verde intensa, era do seu corpo que vinha o cheiro das rosas e os cabelos longos tocavam uma melodia em som de harpa. Era uma Deusa! Pag.1 5
  • 6. PSI era o nome dessa linda Deusa que escolhera o mundo de Soruges para a convocação algumas mulheres com o propósito de instruí-las para o resgate de almas perdidas. Combatendo assim o grande mal que estava se disseminado no universo. Essas mulheres eram escolhidas em diversos mundos, foram detectadas pela bravura e honestidade latente. A Deusa apontou para duas mulheres, e no momento eu não me dei conta que uma delas era eu! Eu? Perguntei espantada, não estava preparada para tal surpresa! Entretanto compreendo que essas coisas acontecem e nunca estaremos completamente preparadas para os eventos novos! Entretanto temos que estar sempre apta para tomar as decisões que a existência nos impõe. Um impulso forte fez com que eu aceitasse, mesmo com um frio de duvidas que a natureza da decisão me impunha, eu fui. Pag.2 6
  • 7. Lembro-me somente que ao entrar na embarcação vi no céu criaturas aladas que parecia indicar o rumo a ser tomado. Para onde iriam nos levar? Qual seria o meu destino a partir de agora? Não me lembro da viagem, e nem de como cheguei ao castelo. Já era noite quando fui acordada por um som metálico parecia um gongo. Eu estava em um quarto e na frente da cama um bilhete preso na parede. Esse foi o primeiro contato com a minha nova jornada. O bilhete dava instruções que eram escritos em forma de charadas, que com o tempo eu fui acostumando. E entendi que era uma forma de melhorar o pensamento lógico. Esse bilhete dizia: “ com a mente aberta, e sem armadura seguindo o brilho para fechar o ciclo “ minha mente fervia envolta de probabilidades. Seria o Prenúncio de novos desafios? Em meio a escuridão uma lua majestosa parecia indicar o caminho. Soube logo que essa era a parte “seguindo o brilho” que estava no bilhete. Pag.3 7
  • 8. Todas atenderam ao chamado e com a exceção da deusa eu as desconhecia e nem mesmo sabia quem era a mulher que comigo fora convocada em Soruges e mesmo ansiosa eu tentava controlar as minhas expectativas, dez mulheres formaram um circulo e um suave cheiro de rosas vermelhas destacou-se trazido pela brisa, era a deusa Psi que estava chegando e dirigiu-se para o oeste do circulo, posicionando-se em cima de uma grande pedra aonde elevando as mãos falou: - Pelo meu poder e pelo poder dos guardiões dos quatro quadrantes deste espaço, nenhum mal sairá e nele nenhum mal poderá entrar. E ela continua: - esse cerimonial simboliza o fim de um período de vida, e como o Sol que ao morrer no oeste passa por doze cavernas, para renascer no leste. Para vocês passarem para uma nova etapa de suas vidas deverão ultrapassar os doze desafios. Pag.4 8
  • 9. O Ritual Não me lembro da viagem, e nem de como cheguei ao castelo. Fui acordada por um som metálico, um gongo. Não identifiquei direito quando ouvi pela primeira vez, mas minha intuição me dizia que estavam nos chamado, ao me levantar, percebi que era noite e fui informada por um bilhete deixado ao lado da minha cama que a Deusa Psi havia convocado uma assembléia, e que deveríamos está descalças e seguir até alem de um regato aonde as arvores faziam um círculo ao redor de uma clareira, minha mente fervia envolta de probabilidades. Seria um prenúncio de novos desafios? Em meio à escuridão da noite uma lua azulada e majestosa iluminava o caminho. Pag.5 9
  • 10. Mesmo ansiosa eu tentava controlar as minhas expectativas, dez mulheres formaram um circulo e um suave cheiro de rosas vermelhas destacou-se trazido pela brisa, era a deusa Psi que estava chegando e dirigiu-se para o oeste do circulo, Posicionando-se em cima de uma grande pedra aonde elevando as mãos falou: - Pelo meu poder e pelo poder dos guardiões dos quatro quadrantes deste espaço, nenhum mal sairá e nele nenhum mal poderá entrar. E ela continua: - Esse cerimonial simboliza o fim de um período de vida, e como o Sol que ao morrer no oeste passa por doze cavernas, para renascer no leste. Para vocês passarem para uma nova etapa de suas vidas deverão ultrapassar os doze desafios. Pag.6 10
  • 11. Fora servido por uma mulher que trajava rosas brancas e estava posicionada fora do circulo uma bebida doce uma espécie de hidro mel, após todas beberem e aos pés da deusa um fogo se iniciou Fomos conduzidas na direção horária a andarmos à sua frente que suavemente pegava as chamas com as mãos e nos entregava o fogo não queimava apenas esquentava e era uma sensação muito boa já que a noite estava fria e quando a ultima retornou ao seu lugar as chamas se transformaram em linda rosa vermelha Percebi o poder mágico daquele ritual, e vi que todas as mulheres ali estavam compartilhando os mesmos sentimentos, era um misto de espanto e respeito. A deusa continuou falando: - cabe a cada uma de vocês reconhecerem o seu recurso mágico nessa rosa, e disse também, o poder da magia tem polaridades exacerbadas cabe a vocês decidirem como usar esse poder, não deixem que o seu poder passe para mãos estranhas e a melhor forma de se assegurar isso é utilizando-o para o bem. Pag.7 11
  • 12. E ela passou a falar sobre o nosso objetivo e falou: - mas antes preciso que saibam o mal já está entre nos e como a raiz das arvores ele se espalha aparentemente inofensivo e calmo, mas muito ardiloso, ele já esta ganhando força! Agora permitirei que vocês tenham a visão do mal por alguns instantes e assim ficarão cientes do seu poder, e uma densa fumaça pairou acima do circulo sagrado, e imagens apareceram. Chuvas de sangue corriam para os rios que levavam pessoas em agonia, elas se nos afogavam próprios desejos desacertados que corrompiam as suas almas fazendo-os ficarem cegos de tanta vontade que ao ser contaminadas pelo mal não tinha medida, vi imagens de mitos sendo esmagado, monstros serem endeusados. A fumaça se desfez e uma das mulheres perguntou: - Temos força para combater esse mal tão forte? E a deusa respondeu: - Não ainda não encontramos a dona da força que pode combater esse mal. Pag.8 12
  • 13. - Sabemos que a nossa arma é uma guerreira que ainda inocente não reconhece sua força, ela precisará passar por todo trajeto iniciático para liderar o exercito que salvará a humanidade de toda essa dor que se espalha rapidamente. . A deusa deixou que o silêncio envolvesse todas ali, e seus olhos esquadrinharam as mãos de todas e as mulheres que a acompanharam na trajetória tentando identificar qual delas ali seria a poderosa guerreira. O primeiro raio dourado do sol refletiu nas vestimentas da Deusa nesse momento ela anunciou o termino, o fogo que flamejava a sua frente se apagou todas saímos em fila, caladas pelo lado direito, e nos dirigimos ao castelo. Pag.9 13
  • 14. Fazendo o caminho de volta, eu via nas nuvens a minha memória, elas faziam flutuar as minhas emoções, imagens vividas e imaginadas se confundiam compondo um sonho, eu havia deixado o tempo presente, um suave brisa da manhã me convidava a começar de novo como se um novo ciclo de minha vida se iniciasse ali. Fui fisgada de volta pelas mãos de uma das mulheres que ao encostar-se ao meu ombro fez com que eu imediatamente voltasse à realidade. Com um singelo mau humor olhei para ela, que com um sorriso pacificador prendeu a minha atenção, era linda! Sua pele cor de bronze brilhava com os raios de sol, os olhos grandes da cor de mel, carregava a gentileza de uma alma caridosa, senti-me confortável como se tivesse encontrado meu lar, e com a voz suave, falou: Deixe- me adivinhar, você veio de Soruges? Eu sorrindo respondi: - sim! Como você adivinhou? Ela respondeu com um jeito travesso, Duvido que em algum mundo que não Soruges haja mulheres com tantas flores na pele, e colocando a mão na cintura fez com que eu olhasse para ela, percebi logo a flor tatuada, no nosso mundo ao nascermos todas as mulheres são contempladas com uma flor tatuada na pele. Rimos... Pag.10 14
  • 15. E ela se apresentou: Ádab é como me chamam e como eu devo lhe chamar? Respondi: Durga! E juntas continuamos a caminhar, um sentimento de felicidade tomou conta de mim, Ela fazia parte do meu mundo e eu poderia dividir com ela todos os sentimentos que esses desafios me trariam, nos ajudaríamos a entender esse novo mundo e discutiríamos as melhores decisões a serem tomadas, nos incentivaríamos e nas horas difíceis nos fortaleceríamos, teria alguém para compartilhar tudo, eu não estava mais sozinha, eu tinha encontrado uma amiga! ∞ O meu bilhete explicava algumas condutas como horários das refeições, algumas regras iniciais, e também que no poente deveríamos nos reunir no lado leste do castelo. O dia se passou tranqüilo, e com serenidade cumpri meus os meus deveres, e fui descansar, pois já estava acometida de certa lassidão; E para o novo evento que aconteceria ao entardecer, eu gostaria de estar na minha melhor forma, até mesmo por que o bilhete não especificava qual seria o acontecido acabei dormindo mais do que deveria e despertando bruscamente com um som de gongo. Ele anunciara que chegou a hora em que deveríamos nos reunir. Esbaforida sai correndo pelo castelo quando cheguei ao lado leste todas já estavam reunidas. Pag.11 A Festa 15
  • 16. Ádab sorrido me chamou para ficar ao seu lado. . Fora anunciado por uma mulher que teríamos uma grande festa em homenagem a nossa chegada Adab parecia uma criança animada com uma nova brincadeira. Alias todas as mulheres ali ficaram eufóricas e sorridentes todas falavam ao mesmo tempo, começaríamos o festejo com uma grande dança circular. Em Soruges praticávamos as danças circulares pois são circulares, consideradas meditação em movimento, com beneficio mentais e com físicos, quanto como relaxamento, diversão e integração de grupos, pois ao trabalharem o equilíbrio individual e o coletivo estimulam as atitudes cooperativas e o respeito às diferenças. E esse era o objetivo! ∞ Já estávamos em roda de mão dadas quando avistei uma fila de guerreiros chegando, eles se vestiam com pele de animais, alem de serem muito altos eram extremamente musculosos, carregavam armas que deixaram sobre a mesa antes de adentrar se intercalando com as mulheres na roda, os passos sincopados entoavam cânticos sagrados o misto de suavidade das mulheres e brutalidade dos guerreiros deu aquela cerimônia mais beleza, a força do momento invadi nossos corações que quanto mais dançávamos e cantávamos parecíamos entrar em um traze de sublime satisfação, após dançarmos por horas, Pag.12 16
  • 17. Sentei-me em um tronco para observar os festejos. Ádab, sentou-se a meu lado ficamos ali conversando e rindo quando um dos guerreiros se aproximou, era um homem enorme de aproximadamente 2 metros de altura, cabelos e barba longa e ruiva, grande olhos azuis e sobre o corpo tinha a pele inteira de um urso, sua voz parecia uma explosão, perguntou com um tom sarcástico: - as mocinhas estão preparadas para a surra de amanhã? Eu e Abad nos olhamos como que se nos perguntássemos, “do que ele está falando”? Não me contive e pergunte espantada: Surra? E antes que eu pudesse concluir Adab já intuindo o que ele estaria falando levantou-se, e audaciosamente e com a voz altiva e empurrando ele com os dedos respondeu: “iremos acabar com vocês!” Ao finalizar a nossa batalha você que pensa ser selvagem estará miando feito um gatinho! E ele serrando os grandes olhos azuis encarou Ádab, rangiu os dentes. Ele queria mastigá-la! E antes que ele pudesse responder o som do gongo anunciou o fim do festejo. Pag.13 17
  • 18. Voltamos para o castelo em silencio, Ádab me parecia muito aborrecida. Dirigi-me ao quarto, mas antes que conseguisse deitar Ádab bateu na porta, ela viera me contar que havia descoberto. No dia seguinte antes do nascer do sol, seriamos mandadas a florestas e lá encontraríamos a nossa arma, que era para eu me preparar, pois a batalha seria árdua. Falei a Adab que não precisava ficar apreensiva, pois em Soruges éramos acostumadas a enfrentar os perigos das florestas, Adab então me lembrou que se estávamos ali para virar guerreiras encantadas, os perigos não deveriam ser naturais! E que o nosso festejo teve intenções que eu ainda não alcançava como verdade. . Olhei para o rosto de Ádab que no momento me parecia tão frágil, diferente de quando enfrentara o guerreiro, percebi a sua preocupação, o seu medo. Pag.14 18
  • 19. - O que Temes? Ela então me respondeu: - os medos que eu encubro pela pretensão e arrogância. – Eu não consigo equilibrar em meu intimo meu potencial e meus limites, e assim me considero uma pessoa com as aptidões superestimadas e sempre acredito ter um poder muito maior do que realmente tenho. – internamente me sinto inferior, embora tente demonstrar superioridade, temo ser desprezada, me sinto freqüentemente insegura, quase sempre estou isolada, sempre solitária! E compartilhando da sua dor abracei-a carinhosamente e disse: - agora você tem a mim, estamos juntas! – e quero que tu saibas que precisamos lutar contra alguns sentimentos freqüentemente com firmeza e determinação, pois é necessário muito domínio de si mesma para vivermos em harmonia com nosso interior. Afaguei os seus cabelos, afastando-a. Ela enxugou as lagrimas se recompondo com um singelo sorriso disse em um tom maroto: com a minha inteligência e a sua sagacidade dominaremos os mundos! Gargalhamos... Quebrando assim todo clima de tristeza. Fomos dormir revitalizadas. 19
  • 20. Como estava virando um habito eu acordar só com o soar do gongo. E o gongo anunciava o inicio de alguma coisa! Eu bem sei que o gongo representa a espiritualização da matéria o som do gongo é o som da totalidade, e que ele nos tira das nossas limitações mentais, e nos leva para libertação do ego e o encontro com o divino. Mas naquele momento ele anunciava o meu atraso! Novamente sai afoita, correndo do quarto. No bilhete preso a minha porta estava as coordenada do nosso Primeiro desafio! 20
  • 21. Próxima edição: O primeiro desafio: As Armas 21
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