1. JOANNA E DIVALDO
No dia 05 de dezembro de 1945, eu a vi por primeira vez.
Numa voz muito meiga disse:
“Eu tenho a tarefa de caminhar contigo na atual existência
corporal e envidarei todos os esforços para que a nossa missão se coroe de
êxito. Não te prometo as regalias e comodidades que, às vezes, entorpecem
os sentidos e aniquilam os ideais. Não espere de mim aquilo que o mundo
pode dar e que tu conseguirás com teu próprio esforço, mas eu te afianço
ser necessário que, na tua fidelidade à palavra do Senhor, contes com a
minha presença de amiga na razão direta em que eu possa contar contigo
nas necessidades do nosso programa.”
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2. JOANNA : A FAMÍLIA ESPIRITUAL
Joanna de Ângelis explicou-me:
- A nossa, será uma marcha muito longa. Caminharemos muito.
Eu irei escrever muito pelas tuas mãos e tempo virá que eu te
requisitarei várias horas para o ministério da escrita. Porque
do passado eu trago comigo um número muito grande de almas que me são
afins e estão espalhadas, às quais desejo mandar a minha mensagem de
amiga.
- A princípio, tu irás convidá-las pela palavra e, quando as forças te
diminuírem e as distâncias se fizerem intransponíveis,
a mensagem escrita chegará até elas. Novamente elas virão e
muitas necessitarão do alimento ao longo do tempo.
Essas almas são a família espiritual de Joanna, e que ela tem a tarefa de
chamar, reunindo, sob a direção de Francisco de Assis, para levá-las de volta
aos braços do Carpinteiro Galileu.
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3. AMÉLIA RODRIGUES E
AS HISTÓRIAS DO EVANGELHO
Quando terminamos de psicografar “Primícias do Reino”, Dona Amélia me
levou, em desdobramento, em corpo espiritual, a um local da “Mansão”,
entre árvores, que nós chamamos de “Recanto de Joanna”. Ali ela plasmou,
por ideoplastia, as personagens que estão no Primícias, menos Jesus. Assim,
voltei a ver aqueles vultos dos tempos evangélicos, tal como sucedia no
instante da psicografia ou das palestras.
Diante deles, numa paisagem do entardecer, de suavíssimas tonalidades que
iam do róseo aos cambiantes de um azul profundo, entre cintilações das
estrelas, Dona Amélia fez uma prece gratulatória.
Foi uma das visões mais lindas e comovedoras da minha atual existência.
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4. A CASA DE JESUS
Um dia, pensei: - Meu Deus! Todo mundo só pensa em fazer obra para
quem vai viver; a maternidade, a escola, o hospital, a creche, etc. – e para
quem vai morrer? Se nós cremos que a vida continua, temos que preparar a
pessoa para a vida que irá enfrentar.
Foi quando sonhei em fazer uma obra que fosse um desafio para minha
juventude. Não pensei em uma obra para os outros trabalharem e, sim, para
eu próprio trabalhar.
Assim, imaginei uma casa para morrer. (...) Fui a região da invasão, em
Salvador e encontrei uma tapera.
Coloquei à porta uma tabuleta com o nome:
CASA DE JESUS.
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5. AGORA, ENQUANTO É HOJE
Em 1952 fui ao cartório registrar o meu primeiro filho.
Ele havia sido abandonado à porta da rua, em nossa “Mansão do
Caminho”.
A sua chegada representava, para toda nossa equipe, uma nova etapa. Tê-lo
em meus braços, significava para mim o passo para a concretização de
compromissos que assumira. Foi, portanto, com a alma em festa que me
dirigi ao cartório a fim de registrá-lo. O meu intento era dar-lhe o meu
nome. Uma dúvida, contudo, me preocupava: que nome declararia como
sendo o da mãe da criança? Foi, nesse momento, que vi aproximar-se um
Espírito que me disse: - Dá-lhe o meu nome, porquanto desencarnei há muito
tempo. Chamo-me Auta de Souza.
Encantado com as vibrações suaves e amoráveis com que ela me envolvia,
prontamente, registrei Jaguarassu como meu filho e de Auta de Souza.
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6. A PREGAÇÃO ESPÍRITA
Sempre temos o cuidado de pregar o Espiritismo consoante está na
Codificação. Para mim, pessoalmente, encontro sempre respaldo no
pensamento kardequiano, que pode ser apresentado como contribuição às
áreas da ciência, da filosofia e da religião, em cujo comportamento religioso
está a ética, a moral inspirada no Cristianismo, por ser até hoje, do meu
ponto de vista, a doutrina que melhor interpreta o pensamento de Jesus.
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7. PÁGINA A DIVALDO
Bendize, filho, as dores que carregas
Para consolo das alheias dores...
Louva os dardos e os golpes remissores
Do caminho de luz a que te entregas!
Espinheiros... Pesares... Amargores
Ambições... Ansiedades...Lutas cegas.
Eis o campo das sombras onde pregas
O Eterno Amor de todos os Amores...
Exaltando a aflição que te ilumina,
Não te afastes da cátedra divina –
A Cruz – que, em nos ferindo, nos socorre!
Quem com o Cristo padece e renuncia
Aprendendo e servindo, cada dia,
Com o Cristo encontra o Amor que nunca morre.
Auta de Souza (Psicografia de Francisco C. Xavier)
O SEMEADOR DE ESTRELAS
8. Sessenta anos transcorreram desde que Divaldo Franco proferiu sua primeira palestra, iniciando
uma jornada que o levaria aos mais distantes rincões do mundo, tornando-se o maior divulgador
da Doutrina Espírita em todos os tempos.
Assim, ultrapassou a marca de mais de 11.000 conferências em mais de 2000 cidades no Brasil e
em 63 países.
Como médium, completou, neste ano de 2007, sessenta anos de prática mediúnica, realizada
com a mesma abnegação e amor.
Sua obra psicográfica alcança a marca de 200 títulos, num total de 7,5 milhões de exemplares, 211
autores espirituais e 80 versões para 16 idiomas. Fundou em 1952, na cidade de Salvador, com
Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, complexo educacional que atende três mil crianças
e jovens de famílias de baixa renda, por dia.
Seu trabalho em prol da paz mundial o tem distinguido no Brasil e no exterior.
A esse incansável trabalhador do Cristo, que revive em sua vida exemplar os tempos apostólicos,
o nosso preito de gratidão e de amor.