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ABNT/CB-037
PROJETO ABNT NBR 16673
OUT 2017
Vidros revestidos para controle solar — Requisitos de processamento e
manuseio
APRESENTAÇÃO
1)	 Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Vidros e suas Aplicações na
Construção Civil (CE-037:000.003) do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-037),
com número de Texto-Base 037:000.003.009, nas reuniões de:
23.05.2012 27.06.2012 15.08.2012
20.09.2012 20.02.2013 20.03.2013
17.04.2013 23.05.2013 27.06.2013
25.07.2013 29.08.2013 26.09.2013
16.10.2013 13.11.2013 20.02.2014
27.03.2014 24.04.2014 26.06.2014
27.11.2014 11.02.2015 11.03.2015
15.04.2015 20.05.2015 22.07.2015
19.08.2015 23.09.2015 23.10.2015
18.11.2015 20.01.2016 24.02.2016
23.03.2016 20.04.2016 25.05.2016
22.06.2016 20.07.2016 31.08.2016
05.10.2016 28.10.2016 03.03.2017
31.03.2017
a)	 não tem valor normativo.
2)	 Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
© ABNT 2017
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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3)	 Tomaram parte na elaboração deste Projeto:
Participante	Representante
ABIVIDRO Luiz Jorge S. Pinheiro
ABRAVIDRO Clelia E. Bassetto
ABRAVIDRO Vera L. Andrade
ABRAVIDRO Silvio B. Carvalho
AGC Lucas P. Oliveira
AGC Melca Claro
AMERICANBOX Fabio R. Pelicioni
AMERICANBOX Luan B. da Silva
AUTONOMO Adnaldo Gonçalves
BLINDEX Jairo G. Martins
BLUE GLASS Andre Luiz Rodrigues
BLUE GLASS Marcos F. Favaro Ramos
BRASEQ Roberto Chida
CEBRACE Rosemara Martins Rocha
CEBRACE Wagner Domingues
CEBRACE Jonas B. Souza Sales
CEBRACE Isis Monteiro Guimarães
CEBRACE Camila Rocha Batista
CEBRACE Rosiana Aguiar
CEBRACE Evandro B. de Castro
CEBRACE Daiana A. S. Guedes
CI & LAB Luiz A. Barbosa
CI & LAB Cintya Mourão
CONSULTOR Paulo Cesar Moura
CONSULTOR Deivison A. Costa
CRESCENCIO Vinicius Petrucci
DIVINAL VIDROS Fernando Passi
DIVINAL VIDROS Mauro Barbosa
DIVINAL VIDROS Leandro G. Pedroso
DIVINAL VIDROS Sidinei A. Guellez
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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OUT 2017
DIVINAL VIDROS Cesar A. L. Pereira
EASTMAN Douglas Assis Alves
EASTMAN Otávio Y. Akinaga
EASTMAN BRASIL Daniel Domingos
FANAVID Fabio de O. Kabata
GARANTE Paulo Rogerio Milani
GARANTE Rafael Souza
GLASSEC VIRACON Rentato Santana
GLASSEC VIRACON Claudia Mitne
GLASSEC VIRACON Daniel T. Scarpato
GLASSEC VIRACON Hugo Scapolan
GLASTON Marcio Y. Sato
GLASTON Reginaldo Moreira
GLASTON Fernando da S. Ferreira
GUARDIAN Antenor Robles
GUARDIAN Fábio Reis
GUARDIAN Flavio A. da Silva
GUARDIAN Mauricio F. de Jesus
GUARDIAN Juan D’Abreu
IZZOGLASS Clebson Calado
LISEC Kenny Liotti
LISEC Giorgio Martorell
LISEC SUDAMERICA Stela Sodré Gonçalves
PENHA VIDROS Raul Abduch
PILKINGTON Sergio C. da Silva
PKO DO BRASIL Luiz Villa
PKO DO BRASIL Tiago P. Costa
PKO DO BRASIL Jefferson A. Martins
PKO DO BRASIL Rebeca P. A. Queiroz
PKO DO BRASIL Charlie Ang
PKO DO BRASIL Ana Claudia I. dos Santos
SETOR VIDREIRO Gabriel R. Batista
SPACEGLASS Rodrigo Cinti
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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PROJETO ABNT NBR 16673
OUT 2017
SUPPORTGLASS Nilton Batista
TERRA STA CRUZ Ricardo M. Cecchetti
UBV Marcelo J. Nassar
UFSC Fernando S. Westphal
VIPEL Marcio Cozza
VIVIX Alexandre T. Nakagawa
VIVIX Viviane Moscoso
VIVIX Lidia R. G. G. Cunha
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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OUT 2017
Vidros revestidos para controle solar — Requisitos de processamento e
manuseio
Coated glass for solar control — Processing and handling requirements
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 16673 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-037), pela
Comissão de Estudo de Vidros e suas Aplicações na Construção Civil (CE-037:000.003). O Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:
Scope
This Standard estabilishes the minimum requirements for the processing and handling of coated glass
for solar control, in order to guarantee the quality of the product.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Vidros revestidos para controle solar — Requisitos de processamento e
manuseio
1	 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para processamento e manuseio de vidros revestidos
para controle solar, de maneira a garantir a qualidade do produto.
2	 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 7199, Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações
ABNT NBR 14697, Vidro laminado
ABNT NBR 14698, Vidro temperado
ABNT NBR 16015, Vidro insulado – Características, requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 16023, Vidros revestidos para controle solar – Requisitos, classificação e métodos de ensaio
ABNT NBR NM 293, Terminologia de vidros planos e dos componentes acessórios a sua aplicação
ABNT NBR NM 294, Vidro float
3	 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR NM 293 e
ABNT NBR 16023, e os seguintes.
3.1	
abrasão
desgaste superficial causado pelo atrito do vidro revestido com outro vidro ou outro material de contato,
incluindo o rolo da esteira de transporte do vidro
3.2	
bolhas
inclusão gasosa de aspecto brilhante ou opaco que pode ocorrer na massa do vidro ou no processo
de laminação
3.3	
chapa de sacrifício
chapa de vidro descartável ou não utilizável, que protege a última face revestida de uma pilha de
vidros de controle solar durante o transporte e acondicionamento
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/23
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3.4	
cluster
aglomerado de pinholes
3.5	
contaminação
pontos de aspecto escuro ou claro, presos entre as camadas dos vidros laminados
3.6	
encolhimento do interlayer
defeito de caráter visual onde o interlayer não preenche o espaço junto às bordas dos laminados
3.7	
inclusão
defeito causado por impurezas ou corpos estranhos aderidos ao vidro durante o processamento do
vidro de controle solar
EXEMPLO	 No processo de têmpera, vestígios de pó de vidro da lapidação que podem aderir à sua massa.
3.8	
manchas
defeito caracterizado pela falta de homogeneidade do revestimento, sempre em forma irregular, alte-
rando o aspecto visual do vidro
3.9	
marca d’água
defeito causado no processo de lapidação, quando a lavagem não ocorre imediamente após a lapi-
dação do vidro
3.10	
marcas de ferramentas
cavidade, aderência de partículas ou inclusão sólida presentes nas superfícies dos vidros, que ocorrem
por tensões localizadas provocadas por dispositivos metálicos ou revestimentos refratários presentes
em matrizes e gabaritos de curvação de vidros com tratamento térmico ou recozidos
NOTA	 As marcas de ferramentas podem apresentar aparência final craquelada ou pontual tanto pelas
bordas (em matrizes periféricas vazadas) quanto por toda a superfície dos vidros (em matrizes totalmente
“cheias”).
3.11	
marcas de manuseio
defeito ocasionado por impressões digitais ou ventosas de silicone, durante o manuseio ou transporte
dos vidros de controle sola
3.12	
marcas de rolo
defeito causado pelo contato do vidro revestido aquecido com os rolos do forno de tempera por um
tempo excessivo
3.13	
overlap
offset
unidade de vidro em que as duas bordas da placa são intencionalmente desalinhadas
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3.14	
pinhole
defeito pontual caracterizado pela ausência parcial ou total de revestimento
NOTA	 Este defeito constrasta normalmente com o revestimento, com aspecto do substrato, visto em
transmissão, e é considerado um defeito do revestimento (ver Figura 2).
3.15	
pontos (spots)
defeitos, normalmente escuros, a serem observados na posição de transmissão do revestimento
(ver Figura 2)
3.16	
riscos
marcas lineares no revestimento que variam de tamanho e concentração
4	 Requisitos de processamento e manuseio
4.1	 Geral
O processador é o responsável por beneficiar os vidros revestidos de controle solar de acordo com
a especificação do produto, conforme a ABNT NBR 16023, visando garantir o desempenho final da
composição.
4.2	 Controle de recebimento e armazenamento
Os vidros devem ser recebidos secos, sem danos, com as etiquetas de identificação do fabricante,
contendo identificação do produto, lote de fabricação e data de produção. Havendo qualquer problema,
o fabricante deve ser contatado.
Todas as etiquetas de identificação dos produtos, inclusive da chapa de sacrifício, devem permanecer
nos pacotes até o seu término. As etiquetas colocadas nas lâminas cortadas devem permitir a rastre-
abilidade das etiquetas originais das embalagens. Não colar a etiqueta na face revestida.
O tempo máximo de armazenamento, o tempo de validade do pacote após aberto e o tempo total de
processamento devem ser informados pelo fabricante na etiqueta do lote, em função do tipo de produto.
O armazenamento dos produtos deve ser feita em local seco, ventilado e protegido de qualquer
umidade (longe de portas externas, lavadoras ou áreas de armazenamento de produtos químicos).
NOTA	 Recomenda-se que a distância mínima da área de armazenamento dos vidros em relação à porta
externa, lavadoras ou de produtos químicos seja de 15 m.
4.3	 Verificação do lado de processamento do produto (em todas as etapas)
A verificação da superfície revestida é um passo crítico no processamento correto dos produtos de
controle solar. O processador deve estar treinado para identificar a superfície revestida.
A verificação da superfície revestida deve ser feita usando um detector de revestimento metalizado
ou um multímetro, antes de cada etapa do processamento do vidro.
NOTA	 Os produtos revestidos pelo sistema catódico (sputter) e revestimento pirolítico têm asperezas
diferentes. Desta forma não são facilmente percebidos. Tocar a superfície com ou sem luvas não é um
método confiável para detectar a superfície revestida. Além disso, a gordura da pele é difícil de remover do
vidro e pode danificar a superfície revestida.
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4.4	 Movimentação e manuseio do produto
O lado da superfície revestida deve ser verificado a cada etapa do processo, conforme 4.3, e a face
revestida deve estar sempre voltada para o lado de cima durante todas as etapas do processamento,
quando o vidro estiver na posição horizontal; e quando estiver na posição vertical, a face revestida
deve estar para fora, garantindo que não entre em contato com materiais abrasivos.
O manuseio deve ser feito por pessoas treinadas, em local limpo e organizado. As peças devem ser
manuseadas individualmente.
Objetos metálicos, como pregos, chaves de fenda, estiletes, palha de aço etc., podem arranhar ou
danificar o revestimento e não podem ser utilizados no produto.
Para manusear os vidros de controle solar em todas as etapas do processo, devem ser utilizadas
luvas limpas e secas. Mesmo com o uso de luvas, é necessário evitar o contato com a face revestida.
O manuseio das peças deve ser realizado por meio das bordas e nunca em contato direto com a face
revestida.
EXEMPLO	 As luvas podem ser: tricotadas de algodão, tricotadas de algodão revestidas de borracha
(nitrílica ou natural), revestidas com helanca etc.
No processo de corte e lapidação podem ser utilizadas luvas de raspa para evitar cortes, desde que
totalmente limpas e livres de resíduos, pois se estiverem sujas ou retendo algum resíduo podem
danificar o revestimento.
Para manuseio e transporte de peças maiores ou mais pesadas, devem ser utilizadas ventosas
fabricadas com materiais de borracha nitrílica ou natural, isentas de solventes e oleosidade,
que possam atacar a camada revestida. Quando for necessário o contato da face revestida com
a ventosa, esta deve ser protegida com touca cirúrgica, para evitar que possíveis contaminações
possam atacar a superficie revestida.
NOTA	 Não utilizar ventosas de silicone sem a proteção da touca, pois estas podem manchar o revesti-
mento do vidro.
4.5	 Corte, condições do equipamento de corte e controle dimensional pós-corte
Todo vidro revestido de controle solar deve ter um corte limpo, sem arestas, lascas ou fissuras.
A superfície da mesa de corte deve ter uma rotina de limpeza, de forma que não tenha acúmulo de
poeira e/ou fragmentos de vidro.
NOTA 1	 Recomenda-se apenas o uso de aspirador de pó para limpeza da mesa. O uso de ar comprimido
e de vassouras não é recomendado.
Durante o corte, a face revestida deve estar voltada para cima e somente o rodízio de corte deve
entrar em contato com o vidro de controle solar. Neste processo, devem ser utilizados fluidos de corte
evaporativos, biodegradáveis, solventes em água e isentos de hidrocarburetos aromáticos. Em caso
de uso de outro fluido de corte, deve haver uma avaliação prévia e aprovação do fabricante do vidro.
O ajuste para o corte dos vidros revestidos é igual ao ajuste para o corte do vidro incolor comum.
O ângulo da roda, pressão e velocidade de corte devem ser ajustados de acordo com a espessura
do vidro e orientação do fabricante do equipamento, de maneira que as peças cortadas tenham corte
limpo e sem formação de fragmentos que possam arranhar o vidro durante o manuseio.
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O vidro deve ser transferido da mesa de corte para o carrinho ou rack, uma lâmina por vez, não podendo
ser empilhado horizontalmente.
Caso o suporte dos vidros utilizado seja em forma de harpa, os seguintes cuidados devem ser
observados:
 a)	 manter limpeza e manutenção constante dos suportes;
 b)	 as cordas da harpa devem ser de náilon ou revestidas de material similar;
 c)	 não deslizar a superfície revestida contra as cordas da harpa;
 d)	 não colocar mais de uma peça por encaixe.
Os vidros cortados durante o processamento ou transporte devem ser acondicionados com separa-
dores, conforme descrito na Tabela 1, sendo mantidos assim até o momento da instalação.
NOTA 2	 Não é recomendado usar como separador qualquer material abrasivo que absorva umidade ou
que cause danos à superfície revestida.
Tabela 1 – Separadores para vidros de controle solar
Recomendados Não recomendados
Espaçador de espuma Jornal
Espaçador de cortiça
(espuma estática de encontro com o revestimento)
Separador prateado
Manta de polietileno ou plástico-bolha Papelão ou papel pardo
Pó separador indicado pelo fabricante Separadores em pó contendo ácido
Barbante de algodão
(durante a movimentação no processamento)
Pó de coco
Papel virgem alcalino Material abrasivo
Separador ou espaçador de EVA Materiais à base de silicone
O controle dimensional pós-corte deve ser feito para evitar variações de medidas causadas por erro
de calibração do equipamento. O critério de tolerância é estabelecido de acordo com a aplicação
do produto acabado e levando-se em conta o restante do processo a ser submetido.
4.6	 Filetagem, lapidação e condições do equipamento
Recomenda-se que todo vidro de controle solar possua acabamento nas bordas, para evitar lascas e
fissuras.
O equipamento de filetagem e lapidação utilizado deve estar limpo e em boas condições de uso.
A água de refrigeração, utizada para o processo de filetagem e lapidação, deve estar limpa, e os
tanques reservatórios devem ser limpos diariamente, para evitar o acúmulo de sedimentos abrasivos
no fundo e manter as boas condições do equipamento. A água de refrigeração deve ter as seguintes
características:
 a)	 pH controlado e mantido entre 6,5 e 7,5;
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/23
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 b)	 condutividade máxima de até 1 300 µS/cm;
 c)	 dureza da água de 700 ppm;
 d)	 temperatura ambiente.
As peças não podem ser processadas com a face revestida em contato com qualquer equipamento.
As peças devem ser lavadas imediatamente após o processo de lapidação, pois as marcas de água
deixadas pela lapidadora podem causar manchas permanentes depois de secas.
NOTA	 No caso do polimento final exigir utilização de óxido de cério, recomenda-se lavar imediatamente
a peça após a utilização do produto.
Na estocagem em carrinhos ou racks, as peças devem ser acondicionadas com separadores.
No caso de filetagem manual, a peça deve ser processada com a face revestida para cima e limpa de
maneira que o pó abrasivo gerado no lixamento não risque o revestimento.
Deve-se consultar o fabricante quanto à manutenção e limpeza das lagartas do equipamento que
tocam a face do vidro revestido.
4.7	 Desbaste perimetral (borda) da camada revestida
4.7.1	 Para vidros revestidos da Classe D
Todos os vidros da classe D devem ter suas bordas desbastadas para que o revestimento seja
protegido do contato com o ar e umidade externa. O fabricante deve ser consultado sobre a largura
da faixa de desbaste a ser retirada.
Independentemente do processo a ser utilizado para o desbaste, devem ser observados os seguintes
pontos:
 a)	 remoção total da camada especificada, permitindo a visualização do substrato. No caso de dúvida
sobre a eliminação total, utilizar o detector de camada revestida, ou um multímetro, para medir a
resistência ôhmica da superfície onde a camada foi removida, que deve ser superior a 10 000 Ω;
 b)	 o processador deve eliminar qualquer tipo de resíduo do revestimento do vidro, lavando o vidro
imediatamente após o desbaste.
4.7.2	 No processo de insulamento
Especificamente no processo de insulamento com vidros de outras classes, o fabricante deve ser
consultado sobre a necessidade do desbaste das bordas, para evitar a incompatibilidade do revesti-
mento do vidro de controle solar com o selante secundário e variações estéticas.
4.8	 Lavagem
4.8.1	 Operação e condições da lavadora
O equipamento deve estar em boas condições de uso e manutenção. Para uma lavagem uniforme da
peça, a tubulação e os bicos de pulverização devem ser periodicamente inspecionados, assegurando
o fluxo constante, e posicionados de forma a lavar o vidro, não as escovas. Os tanques de lavagem e
de enxágue devem ter um dreno para assegurar a remoção de materiais estranhos.
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As cortinas separadoras dentro da lavadora devem ser retiradas para evitar o acúmulo de sujeira que
pode danificar a camada de revestimento do vidro.
A água do tanque de lavagem deve ser mantida limpa durante a operação, e ter as seguintes
características:
 a)	 temperatura mantida em (50 ± 10) °C durante a operação;
 b)	 pH entre 6 e 8;
 c)	 dureza máxima ≤ 200 ppm, no enxágue final.
As escovas e os rolos devem ser ajustados conforme a espessura do vidro que está sendo lavado.
As escovas devem ser flexíveis e macias. Devem ser ajustadas na média em 2 mm abaixo da superfície
superior do vidro para minimizar o contato com a superfície revestida. O vidro não pode permanecer
estacionado sob as escovas da lavadora em movimento, para evitar riscos ao revestimento. Não é
permitida a utilização de escovas rotativas na lavagem da superficie revestida do vidro de controle solar.
Escovas gastas ou impropriamente ajustadas (desniveladas) causam danos ao revestimento ou lim-
peza inadequada, portanto devem substituídas ou ajustadas sempre que necessário.
NOTA 1	 Recomendam-se no mínimo uma drenagem e limpeza dos tanques de água a cada 8 h de trabalho.
Em condições muito severas, recomenda-se a limpeza com maior frequência.
NOTA 2	 Recomenda-se não utilizar detergentes na lavagem, para não alterar o pH da água, o que pode
causar manchas ao vidro.
Os agentes de limpeza usados na manutenção das lavadoras de vidro (por exemplo, ácidos ou solu-
ções alcalinas) devem ser completamente removidos do sistema antes de lavar.
4.8.2	 Enxágue
A água do tanque de enxágue deve ser mantida limpa durante toda a operação e ter as seguintes
características:
 a)	 temperatura mantida em (50 ± 10) °C durante a operação;
 b)	 pH entre 6 e 8;
 c)	 dureza máxima ≤ 50 ppm ou condutividade máxima de 20 µS/cm.
4.8.3	 Secagem
Os ventiladores que insuflam o ar na secadora devem ser equipados com filtros, sendo recomendada
sua manutenção a cada semana.
As facas de ar devem ser isentas de pó, óleo, graxas ou qualquer outra substância contaminante.
Deve-se assegurar a remoção total da água da superfície do vidro, evitando manchas.
4.8.4	 Inspeção pós-processo de lavagem
Para minimizar os riscos de perda de peças, tempo de processamento e desperdício, recomenda-se
a inspeção visual das peças antes do processamento.
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O vidro deve sair limpo do processo de lavagem, sendo recomendada a inspeção para avaliar em
transmissão e reflexão do vidro os defeitos pontuais e/ou manchas.
Para a melhor visualização dos possíveis defeitos, recomenda-se:
 a)	 que a iluminação do ambiente seja no mínimo de 1 500 lux;
 b)	 utilizar lâmpadas fluorescentes do tipo high output (HO) (luz totalmente branca);
 c)	 observar o vidro sobre um fundo cinza, a uma distância mínima de 1 m.
Os critérios de aceitação de defeitos são os estabelecidos nas Tabelas 3 e 4.
4.8.5	 Limpeza pontual de manchas
Quando a limpeza pontual de manchas for necessária, recomenda-se contatar o fabricante do vidro
para obter a indicação de que soluções para a limpeza podem ser utillizadas sem causar danos
aos vidros de controle solar.
4.8.6	 Manutenção da lavadora
A limpeza frequente do conjunto da lavadora é recomendada de acordo com o manual de operações
do fabricante da lavadora ou programa de manutenção preventiva do processador.
4.9	 Tratamento térmico
4.9.1	 Geral
O tratamento térmico, quando aplicado ao vidro, tem como objetivo aumentar sua tensão superficial e,
consequentemente, sua resistência mecânica.
O processo de tratamento térmico deve atender aos requisitos da ABNT NBR 14698.
4.9.2	 Processo de tratamento térmico
Antes do tratamento térmico do vidro, deve-se consultar o fabricante para verificar se o produto pode
ser submetido a este processo.
O vidro deve estar completamente limpo antes do tratamento térmico.
NOTA 1	 Caso não seja lavado corretamente, contaminantes podem causar danos à superfície revestida.
Além do vidro, o forno também deve estar totalmente limpo, principalmente os roletes, para evitar
defeitos como a inclusão.
O lado da superfície revestida deve ser inspecionado antes do vidro entrar no forno. O revestimento
deve estar para o lado de cima, ou seja, a face revestida não pode estar em contato com os roletes.
Para minimizar a distorção e reduzir o risco de quebras térmicas, deve-se diminuir a temperatura do forno.
NOTA 2	 Temperaturas mais baixas e maior tempo de aquecimento ajudam a minimizar a distorção óptica.
Não colocar na mesma fornada vidros de características e composições diferentes. Os ajustes do forno
dependem da massa do vidro, tipo de revestimento, cor e espessura do vidro, não sendo possível
garantir o resultado correto com vidros diferentes.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO8/23
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O gás SO2 (dióxido de enxofre) não pode ser utilizado no tratamento térmico de produtos de controle
solar e deve ser fechado antes do vidro entrar no forno. O tempo prévio de fechamento do gás antes
da entrada do vidro no forno deve ser verificado junto ao fornecedor do vidro.
Equipamentos com convecção ajudam na distribuição uniforme do calor, resultando em uma quali-
dade superior do tratamento térmico dos vidros de controle solar. O ajuste dos fornos depende de
variáveis, como:
 a)	 localização física de onde foi instalado o forno;
 b)	 tecnologia do forno;
 c)	 recursos do forno;
 d)	 configuração do forno.
NOTA 3	 Não é possível fazer recomendações precisas de configurações para todos os tipos de forno
em função dos vários tipos de produtos de controle solar.
O fabricante do vidro deve informar a composição básica do revestimento que compõe o vidro de
controle solar, e/ou a referência de emissividade e transmissão energética dos produtos a serem
tratados termicamente, como refletivo (sem prata), baixo emissivo (uma camada de prata) ou baixo
emissivo de alto desempenho (dupla ou tripla camada de prata).
Em função das propriedades refletivas de calor dos produtos de controle solar e para garantir sua
qualidade óptica, os fabricantes dos vidros e dos fornos devem ser consultados para os ajustes do
forno com relação à temperatura e ao tempo de permanência do vidro no forno.
NOTA 4	 A convecção tem melhor resultado durante os primeiros 50 % do ciclo. Ventiladores de ar quente
ou convecção real podem ser usados durante todo o ciclo.
O tempo e a pressão de resfriamento do vidro dependem de sua espessura e das condições ambientais.
Após a saída do forno, o vidro deve ser inspecionado com relação à distorção óptica, de acordo com
o estabelecido em 4.14.4.
Complementando a inspeção do vidro, deve-se observar a existência ou não de marca d’agua oriunda
da fabricação do vidro de controle solar. Este defeito ocorre na etapa de lavagem do vidro, antes
da deposição do revestimento, pela secagem ineficiente ou irregular do vidro, e é revelado após o
processo de tratamento térmico. Como a marca d’agua se localiza entre o vidro e o revestimento,
é impossível ser eliminada e pode ser vista em toda a chapa. Quando constatado o defeito, a peça
deve ser descartada e o fabricante contatado para a reposição do vidro.
A temperatura do vidro deve estar abaixo de 50 °C, antes do empacotamento.
4.10	Laminação
Independentemente do processo de laminação, o vidro laminado de controle solar deve atender
aos requisitos da ABNT NBR 14697.
A composição do vidro laminado deve ser fornecida pelo processador, de forma clara, para a produção.
A montagem do vidro de controle solar deve respeitar os requisitos técnicos dos componentes
da composição do produto, como compatibilidade entre o interlayer e o revestimento, faces do reves-
timento, vidro serigrafado etc.
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Para o processo de laminação, devem ser seguidas as etapas anteriormente descritas em 4.3 a 4.5,
e se for o caso, deve-se atender também ao descrito em 4.6 a 4.8.
Não utilizar líquidos inflamáveis no processo de corte após a laminação.
O processo de laminação varia em função:
 a)	 do tipo de interlayer;
 b)	 da existência ou não e tipo de calandra e o seu modelo;
 c)	 da existência ou não e tipo de autoclave e o seu modelo;
 d)	 da existência ou não do forno de pré-laminação e seu modelo;
 e)	 da composição e sequência de montagem do vidro laminado;
 f)	 da temperatura do forno de pré-laminação, que deve ser regulada em função do tipo de vidro
revestido utilizado e do tipo da calandra.
Os fabricantes dos insumos e dos equipamentos devem ser consultados para garantir a manutenção
das características dos vidros de controle solar e a qualidade do processo de laminação.
O processo de laminação dos vidros de controle solar, além de atender aos requisitos estabelecidos
na ABNT NBR 14697, também devem atender às seguintes condições:
—— seja qual for o interlayer, ele não pode reagir ao revestimento do vidro;
—— deve ser feita uma inspeção visual do vidro antes de sua montagem;
—— o revestimento do vidro de controle solar não pode ter contato algum com os rolos do sistema de
transporte.
No caso de laminação com polivinil butiral (PVB), devem ser seguidas as orientações abaixo:
 1)	 a umidade relativa do ar e a temperatura ambiente devem ser controladas na montagem dos vidros;
 2)	 na configuração do laminado com revestimento exposto, deve-se limpar a calandra de todo o tipo
de impurezas, para não afetar a qualidade do revestimento. O vidro revestido deve estar em face
protegida (não exposta ao ambiente externo);
 3)	 a temperatura da área de aquecimento deve ser regulada em função do tipo de vidro revestido
utilizado e do tipo de calandra;
 4)	 a temperatura do vidro na saída da calandra pode variar em função do tipo de revestimento ou
camada revestida, da espessura do vidro e da espessura do PVB, sendo necessário seguir as
orientações dos fabricantes para obter o resultado adequado em temos de adesão do PVB ao
vidro, inexistência de bolhas e manchas causadas pela queima do PVB;
 5)	 a regulagem da temperatura e pressão a serem utilizadas na autoclave varia em função da carga
a ser autoclavada, além das variáveis do produto citadas em 4.10, portanto deve-se buscar junto
aos fornecedores dos equipamentos o melhor ajuste da autoclave para o correto processamento.
Após o processo de laminação, o vidro deve ser inspecionado, por amostragem, quanto à distorção
óptica, de acordo com o estabelecido em 4.14.4.
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4.11	Insulamento
O processador deve atender aos requisitos de fabricação do vidro insulado descritos na
ABNT NBR 16015.
4.11.1	 Manuseio do vidro
Ao manusear o vidro, o processador deve atender aos requisitos de processamento de 4.3 a 4.8.
A lavadora da linha de insulamento deve estar de acordo com os requisitos especificados em 4.8.
No caso de filetagem e desbaste de bordas automático, devem ser seguidos os requisitos especifi-
cados em 4.6 a 4.8.
4.11.2	 Inspeção
A inspeção deve ser realizada de acordo com o especificado em 4.14.
4.11.3	 Espaçadores
Os espaçadores devem ser cortados ou dobrados de acordo com as recomendações do fabricante
do equipamento, mantendo seu formato original, sem deformações estruturais que comprometam o
desempenho.
Quinas e junções devem ser contínuas, sem intervalos ou espaços, para garantir a estanqueidade do
sistema de insulamento.
O espaçador deve estar limpo e sem contaminantes.
A utilização do vidro insulado com espaçador orgânico e/ou flexível deve atender aos seguintes
requisitos:
 a)	 ter resistência e rigidez, pois há limitações de uso pelo tamanho ou formato de peça, sendo
impraticável o uso em determinados projetos. O fabricante do espaçador deve ser consultado
sobre as limitações de uso;
 b)	 haver compatibilidade entre os componentes do espaçador e o seu selante específico com a
camada revestida do vidro. Deve-se consultar o fabricante do vidro para verificar a compatibilidade
entre os componentes do espaçador e do vidro.
4.11.4	 Selantes
Deve-se consultar o fabricante do vidro para garantir a compatibilidade do selante com a camada de
metalização do vidro.
Deve-se garantir a total adesão e dureza dos selantes tanto primário como secundário ao vidro,
conforme ensaios descritos na ABNT NBR 16015.
4.11.5	 Dessecante
O método de avaliação do dessecante e os requisitos que devem ser atendidos estão descritos na
ABNT NBR 16015.
4.11.6	 Montagem
Os vidros de controle solar das classes C e D devem ser insulados com o revestimento virado para
dentro da unidade de vidro insulado e hermeticamente fechado. Para outros tipos de montagem
referentes às aplicações de superfície, como vidros autolimpantes ou antirreflexo, deve-se consultar
o fabricante do vidro.
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Na montagem para insulamento de vidros de controle solar, a deflexão pode ser muito prejudicial à
aparência final da composição. A deflexão é causada por uma combinação de forma, tamanho, peso e
espessura do vidro. A relação entre altura e largura é o ponto crítico. Vidros quadrados sempre terão
um maior risco que retangulares, daí a importância na especificação e dimensionamento da unidade
do vidro insulado para composição da fachada.
Recomenda-se, para a redução da deflexão, que a montagem da unidade do vidro insulado seja
realizada sobre uma estrutura que possibilite o apoio total do vidro durante a aplicação e etapa de
cura de selantes.
A deflexão é facilmente medida colocando-se um fio diagonalmente em cantos opostos da unidade
de vidro insulado. A deflexão deve ser medida onde os dois fios se encontram.
A deflexão causada pelas diferenças de temperatura e pressão entre os locais de fabricação e
instalação deve ser corrigida pela equalização do produto, por meio de dispositivo adequado.
Este dispositivo deve ser aplicado no produto pelo processador, durante a montagem.
A equalização deve ser realizada pelo instalador do vidro, de acordo com orientação do processador.
Todas as aplicações de vidro insulado devem ter duplo selamento para garantir a estanqueidade da
câmara e evitar a passagem de umidade, conforme a ABNT NBR 16015, inclusive os que contenham
vidros revestidos de controle solar.
NOTA	 Em caso de vidros para controle solar, a umidade na câmara do vidro insulado não afeta apenas
a aparência do vidro, e sim o seu desempenho.
No caso do vidro insulado ser fabricado com overlap (por exemplo, na quina da fachada; ver Figura 1),
pode haver necessidade de desbaste da borda para remoção da superfície revestida exposta dos
produtos. Para verificação da necessidade de desbaste de bordas, consultar o fabricante do vidro.
Para o processo de desbaste, ver 4.7.2.
Selagem primária
Selagem secundária
Borda
BordaEsta área deve
ser desbastada
Figura 1 – Aplicação de vidro insulado com overlap na construção civil
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4.12	Curvação
Antes do processo de curvação, deve-se consultar o fabricante do vidro para verificar possibilidade
ou não daquele tipo de vidro ser curvado.
NOTA	 Os processos descritos nesta subseção se referem às curvaturas simples cilíndricas (convexa
ou côncava em corte seccionado). Para demais tipos de curvaturas, recomenda-se consultar o fabricante
do vidro.
Em função da diversidade de processos de curvação e suas especificidades, não há possibilidade
de se estabelecer um padrão ou requisitos específicos.
4.12.1	 Processo por gravidade
No processo por gravidade o vidro é colocado sobre uma matriz e introduzido no forno (pode ser
de têmpera ou de curvação) para ser aquecido e moldado. O tempo e a temperatura de processo
dependem do tipo de forno, espessura, dimensões e quantidade de vidros do conjunto e do tipo de vidro.
Deve-se proteger a camada revestida do vidro em contato com os outros vidros, com um separador
que tenha uma composição química de pH neutro, que não ataque a camada revestida e com a menor
granulometria possível e uniforme.
O cuidado inicial neste processo é a fabricação do gabarito de controle das medidas e da matriz para
a curvação, ou seja, devem ser medidas todas as dimensões importantes para a composição da
matriz, como largura, comprimento, ângulo, raio de curvação, flecha, arco e corda. O material para a
fabricação da matriz vai depender do volume de peças a ser produzido, sendo o mais comum o aço
inoxidável, com baixo teor de carbono, para evitar a oxidação e a perda da matriz.
Para se evitar retrabalho e perdas de material, recomenda-se que, a partir da matriz, seja fabricado o
protótipo (produzido no mesmo forno, sob as mesmas condições) para verificação da adequação do
vidro ao local de instalação.
A camada revestida não pode estar em contato com a matriz, salvo quando a curvação for feita com
um vidro monolítico, com camada em face 2 (face do vidro oposta ao contato solar), sendo necessária
a utilização de um vidro de sacrifício, para proteger a camada no processo de curvação.
4.12.2	 Curvação mecânica
A curvação mecânica é um processo realizado por fornos de têmpera que já curvam o vidro, onde
não se utiliza a matriz. O vidro plano é transportado para a célula de aquecimento, até que se atinja
a temperatura desejada. Após esta etapa, o vidro é transportado para a área de resfriamento, onde é
curvado por roletes que tomam a forma previamente programada no sistema do forno.
A camada revestida não pode estar em contato com os roletes.
4.13	Serigrafia
Antes do processo de serigrafia, deve-se consultar o fabricante do vidro para verificar a possibilidade
ou não daquele tipo de vidro ser serigrafado.
No caso de laminação de vidro de controle solar serigrafado, deve-se consultar o fabricante do vidro,
do esmalte cerâmico e do interlayer.
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No processo de serigrafia, a camada revestida não pode estar em contato com os roletes do forno,
para a têmpera, desta forma o esmalte cerâmico deve ser aplicado sobre a camada revestida.
A serigrafia em vidros de controle solar pode ser realizada por quatro processos serigráficos distintos:
 a)	 Processo 1: serigrafia com telas, utilizando esmalte cerâmico com alta viscosidade e aplicação
manual;
 b)	 Processo 2: serigrafia com telas, utilizando esmalte cerâmico com alta viscosidade e aplicação
automática;
 c)	 Processo 3: serigrafia sem tela, utilizando esmalte cerâmico com baixa viscosidade e aplicação
com máquinas de jato de esmalte cerâmico;
 d)	 Processo 4: serigrafia sem tela, utilizando esmalte cerâmico com alta viscosidade e aplicação
com rolo.
A Tabela 2 apresenta procedimentos a serem aplicados para a qualidade dos processos de serigrafia
para os vidros de controle solar.
Tabela 2 – Procedimentos aplicados no processo de serigrafia (continua)
Procedimento Processo 1 Processo 2 Processo 3 Processo 4
As telas lavadas devem estar comple-
tamente secas e isentas de solventes
antes de entrarem em contato com o
revestimento
x x – –
Não pode haver fragmentos de vidros
incrustados na tela
x x – –
Os rodos de aplicação devem estar
afiados e com a dureza recomendada
pelo fabricante do esmalte cerâmico
x x – –
A mesa onde o vidro será serigrafado
deve estar completamente limpa e
isenta de qualquer tipo de sujeira
x x x x
Os dutos de ar-condicionado da sala
de serigrafia devem estar limpos,
bem como os filtros devem ser limpos
frequentemente
x x x x
Os vidros devem ser acondicionados
em carrinhos ou cavaletes com separa-
dores entre eles
x x x x
Os vidros devem ser manuseados com
luvas macias e limpas, fabricadas com
materiais que não manchem o
revestimento
x x x x
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Tabela 2 (conclusão)
Procedimento Processo 1 Processo 2 Processo 3 Processo 4
Uma vez aplicado o esmalte cerâmico,
caso seja necessária a sua remoção
por algum problema identificado,
recomenda-se o máximo de cuidado
para não danificar o revestimento e a
utilização de produtos recomendados
pelo fabricante que sejam à base de
água. Não utilizar solventes e evitar ao
máximo o atrito com o revestimento, ou
mesmo o próprio esmalte cerâmico
x x x x
Não utilizar o próprio esmalte cerâmico
diluído em solvente para limpar as peças
x x x x
Armazenar as peças serigrafadas que
serão levadas para estufa em carrinhos
apropriados, utilizando separadores
para evitar o contato entre as peças
x x x x
Todos os gases da estufa devem ser
volatizados durante o processo de
secagem do esmalte cerâmico
x x x x
Para evitar manchas, deve-se garantir
que não tenha sido utilizado dióxido
de enxofre no mínimo 24 h antes da
utilização do forno de têmpera, para
curar o esmalte cerâmico
x x x x
Não ultrapassar os 700 °C para
temperar o vidro
x x x x
NOTA	 Recomenda-se a execução de ensaios de abrasão nos vidros serigrafados por meio de procedi-
mentos recomendados pelo fabricante do esmalte cerâmico para avaliar a resistência da serigrafia, no caso
de exigência por parte do cliente.
4.14	Controle de qualidade
O controle de qualidade é uma responsabilidade do processador. Recomenda-se que a inspeção
da qualidade seja incluída na rotina diária de qualidade do vidro. Como checagem final, unidades
representativas devem ser avaliadas com relação aos defeitos, de acordo com o procedimento descrito
em 4.14.1 a 4.14.4.2.
4.14.1	 Avaliação de defeitos da matéria-prima
Os defeitos da matéria-prima devem ser avaliados de acordo com as Normas específicas de cada
produto.
EXEMPLO 1	 Para vidro float, ver ABNT NBR NM 294.
EXEMPLO 2	 Para vidro revestido de controle solar, ver ABNT NBR 16023.
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4.14.2	 Metodologia de análise dos defeitos da peça acabada
Os defeitos são detectados de forma visual, observando o vidro de controle solar em transmissão
e em reflexão.
Para análise dos defeitos, deve-se utilizar fonte luminosa artificial, também conhecida como céu
artificial.
4.14.2.1	 Fonte luminosa artificial (céu artificial)
O céu artificial é um plano que emite luz difusa de intensidade uniforme e é obtido com a ajuda de
uma fonte luminosa cuja temperatura de cor correlata está compreendida entre 4 000 K e 6 000 K.
Em frente às fontes luminosas dispostas, coloca-se um painel que difunde a luz, sem seleção espectral.
O nível de iluminação sobre a superfície do vidro deve estar compreendido entre 400 lx e 20 000 lx.
4.14.2.2	 Condições da inspeção
Os vidros revestidos devem ser inspecionados em chapas com dimensões passíveis de armazena-
mento ou com as dimensões finais prontas para instalação. A inspeção deve ser efetuada na fábrica.
O painel de vidro de controle solar deve ser inspecionado em sua face vítrea, a uma distância mínima
de 3 m.
A inspeção do vidro em reflexão e transmissão deve ser realizada pelo observador, conforme
demonstrado na Figura 2.
Fonte luminosa
Mín. 3 m
Face vítrea
30°
30°
Face revestida
Áreadoobservador
a) Reflexão
Fonte luminosa
Mín. 3 m
Face vítrea
30°
30°
Face revestida
Áreadoobservador
b) Transmissão
Figura 2 – Procedimento de inspeção para vidro revestido
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Os vidros de controle solar com dimensões finalizadas e preparadas para instalação devem ser inspe-
cionados em duas zonas: a zona periférica e a zona central (ver Figura 3).
Cada inspeção não pode durar mais de 20 s.
Zona periférica
5 % de H
H
L
5 % de L
Zona central
Legenda
H	 altura
L	 largura
Figura 3 – Zonas a serem inspecionadas
4.14.3	 Critério de aceitação e tolerância para as peças acabadas
4.14.3.1	 Critérios de aceitação de defeitos de processamento e de bordas
As Tabelas 3 e 4 estabelecem os critérios de aceitação dos defeitos de processamento para os vidros
de controle solar por metro quadrado na peça acabada e suas bordas. As Tabelas 3 e 4 devem ser
observadas na avaliação do produto, em detrimento das tabelas de defeito já existentes nas Normas
de produto.
EXEMPLO	 Para vidro laminado, ver ABNT NBR 14697.
Tabela 3 – Critério de aceitação de defeitos de processamento de peças acabadas
Defeitos
Tamanho
do defeito
Zona central Zona periférica
Pontos/pinholes ≤ 3 mm
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Cluster ≤ 3 mm
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Riscos
≤ 75 mm
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
> 75 mm Não permitido
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
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Tabela 3 (conclusão)
Defeitos
Tamanho
do defeito
Zona central Zona periférica
Bolhas ≤ 3 mm
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Abrasão/marca de rolo – Não permitido Não permitido
Marcas de manuseio – Não permitido Não permitido
Marcas de
ferramentas
(processo curvação)
– Não permitido Não permitido
Marca d’água – Não permitido Não permitido
Trinca de
revestimento
– Não permitido Não permitido
Encolhimento de PVB – Não permitido Não permitido
Contaminação ≤ 3 mm
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Permitido, se não ocorrer
mais que um defeito por
metro quadrado
Manchas – Não permitido Não permitido
Tabela 4 – Critério de aceitação de defeitos de bordas
Requisito
Condição de
inspeção
Critério de aceitação Quantidade Observação
Qualidade
das bordas
Lascado em forma
de concha
Utilizar
paquímetro
Profundidade ≤ 1 mm
Comprimento ≤ 6,4 mm,
borda coberta e ≤ 2,4 mm em
bordas expostas
Duas lascas por
metro linear com
distância mínima
de 300 mm
entre elas
Peças até
2,5 m2
Profundidade ≤ 1 mm
Comprimento ≤ 6,4 mm,
borda coberta e ≤ 3,2 mm em
bordas expostas
Peças acima
de 2,5 m2
Lascado em
forma de “V”
Visual Não aceito
Trinca Visual Não aceito
Cantos Visual Não aceito
4.14.3.2	 Critérios de aceitação de tolerâncias dimensionais para peças acabadas
Os valores de referência para as tolerâncias dimensionais são estabelecidos pelas normas especí-
ficas de cada produto.
EXEMPLO	 Para vidro temperado, ver ABNT NBR 14698.
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4.14.4	 Inspeção da distorção óptica
4.14.4.1	 Inspeção visual
Após o processamento do vidro, a distorção óptica deve ser inspecionada visualmente e classifi-
cada de acordo com a Tabela 5, usando como referência o painel zebrado. O Anexo A fornece um
exemplo de painel zebrado comumente utilizado.
Tabela 5 – Níveis de qualidade óptica e classificação
Nível Descrição
Qualidade A (ver Figura A.2) Aprovado
Qualidade B (ver Figura A.3) Aprovado
Qualidade C (ver Figura A.4) Medir a distorção (ver 4.14.4.2)
Qualidade D (ver Figura A.5) Reprovado
Qualidade E (ver Figura A.6) Reprovado
4.14.4.2	 Medição de distorção óptica
A medição da distorção óptica por meio da medição da amplitude da ondulação deve ser realizada
de acordo com o método descrito em A.2. Recomenda-se que a ondulação máxima não ultrapasse
0,13 mm de amplitude da ondulação.
Todos os vidros tratatos termicamente devem ser inspecionados visualmente, conforme descrito em
4.14.4. Os demais produtos podem ser inspecionados por amostragem, de modo que a qualidade
seja assegurada.
4.15	Propriedades fotoenergéticas
As propriedades fotoenergéticas dos vidros processados, quando solicitadas, devem ser informadas
por meio de formulário apresentado no Anexo B. Dados fornecidos pelos fabricantes e seus programas
computacionais específicos podem ser utilizados para o preenchimento do formulário, bem como os
procedimentos descritos na ABNT NBR 16023.
4.16	Embalagem, armazenamento e transporte
Para requisitos e recomendações de embalagem, armazenamento e transporte, a ABNT NBR 7199
deve ser consultada.
As seguintes informações adicionais devem ser consideradas:
 a)	 as peças devem ser armazenadas e transportadas na vertical, com ângulo de 90° em relação à
base, para que o peso das suas lâminas do vidro fique uniformemente distribuído. A embalagem
deve ser inclinada e estabilizada (da frente para trás) para prevenir queda acidental das peças;
NOTA	 Feltro, almofadas de cortiça, papel ou papelão alcalino etc. são comumente usados para
separar as unidades e protegê-las contra arranhões na superfície (ver Tabela 1).
 b)	 as embalagens devem fornecer proteção suficiente contra movimentos no transporte, os quais
podem levar a danos da superfície ou quebra das unidades.
NOTA	 Recomenda-se que o revestimento dos vidros de controle solar monolíticos seja protegido
por uma embalagem protetora dos resíduos da obra, como poeira, umidade e detritos.
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Anexo A
(normativo)
Avaliação do vidro em relação à distorção óptica
A.1	 Avaliação visual
A avaliação visual pode ser realizada por meio de inspeção on-line ou off-line, com a finalidade de
avaliar o vidro quanto à distorção óptica.
Na inspeção on-line (durante o processamento), o painel é instalado no equipamento e utilizado para
inspeção visual do vidro após o processo de tratamento térmico, laminado ou insulado.
Na inspeção off-line (após o processamento), o painel é avaliado em uma mesa plana e independente,
com as mesmas características do processo on-line.
O painel zebrado comumente utilizado mede 1 000 mm de altura por 2 224 mm de largura, com listras
brancas e pretas de ± 40 mm de largura, inclinadas em um ângulo de 45°.
A Figura A.1 mostra um exemplo de mesa para análise.
a
b
d
c
Legenda
a	 comprimento de 2 200 mm
b	 largura de 1 200 mm
c	 altura de 1 200 mm
d	 altura de 900 mm
Figura A.1 – Painel zebrado na mesa plana
Os painéis zebrados fornecem meios que permitem visualizar a distorção óptica. Eles são normal-
mente montados na saída do equipamento, em um plano vertical em relação à direção de deslocamento
do vidro. A inspeção é realizada em um ângulo transversal de 30° a 45°, observando-se o reflexo
formado no vidro sob o painel. Os inspetores devem classificar os níveis de qualidade da distorção
conforme as Figuras A.2 a A.6.
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Figura A.2 – Qualidade A
Figura A.3 – Qualidade B
Figura A.4 – Qualidade C
Figura A.5 – Qualidade D
Figura A.6 – Qualidade E
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A.2	 Medição por equipamento
Outro método de avaliação da distorção óptica é a medição da amplitude da ondulação, provocada
pelo processo de tratamento térmico, que pode ser realizada por meio de escâner posicionado após
o processamento térmico, ou por meio de equipamento para medição de ondulação (Roller Wave
Gauge), de acordo com o descrito a seguir:
 a)	 inicialmente, verificar se o relógio comparador do equipamento de medição encontra-se bem
encaixado ao “berço” da régua;
 b)	 posicionar horizontalmente o vidro a ser ensaiado sobre uma superfície adequadamente plana,
isenta de impurezas e particulados;
 c)	 identificar a região do vidro que se suspeita que seja crítica;
NOTA	 Zonas de aquecimento dos fornos de têmpera podem afetar regiões específicas dos vidros
que envolvem variáveis dos próprios equipamentos e suas receitas.
 d)	 borrifar suavemente álcool isopropílico na superfície da amostra a ser ensaiada, com o intuito de
facilitar o deslocamento do equipamento, além de evitar riscos desnecessários, despejando o
álcool sobre a superficie, sem utilizar pano, esponja ou escova para espalhar;
 e)	 permitir que o eixo apalpador do relógio comparador fique em contato com a superfície do vidro,
fixando sua escala em zero;
 f)	 deslizar o medidor de ondulação no sentido perpendicular à direção dos rolos em relação ao
vidro, de forma lenta, constante e suave, sem exercer pressão, da mesma forma que se observa
a movimentação dos ponteiros do relógio comparador referente aos “picos” e “vales”, indicando
ou não a presença do efeito de ondulação superficial;
 g)	 parar o processo de medição caso o relogio comparador indique que o limite máximo foi
ultrapassado;
 h)	 retroceder lentamente o medidor de ondulação, caso seja necessário a confirmação da medição;
NOTA	 Recomenda-se repetir este ensaio em regiões imediatamente paralelas às inicialmente
escolhidas.
 i)	 repetir o ensaio em outros vidros processados, de preferência em horários distintos da jornada
diária.
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Anexo B
(informativo)
Modelo de formulário para informação das propriedades fotoenergéticas
Propriedades Valor
Transmissão luminosa (TL) (%)
Reflexão luminosa externa (RLe) (%)
Reflexão luminosa interna (RLi) (%)
Aparência externa do vidro
Transmissão de energia (TE) (%)
Absorção energética (Abs) (%)
Reflexão de energia externa (REe) (%)
Reflexão de energia interna (REi) (%)
Transmissão ultravioleta (UV) (%)
Emissividade externa (Ɛe) (adimensional)
Emissividade interna (Ɛi) (adimensional)
Fator solar (FS) (%)
Coeficiente de transmissão térmica (coeficiente U) (W/m2.K)
Processador responsável
Nome:
CNPJ:
Cidade/Estado:
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Requisitos para processamento de vidros revestidos

  • 1. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Vidros revestidos para controle solar — Requisitos de processamento e manuseio APRESENTAÇÃO 1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Vidros e suas Aplicações na Construção Civil (CE-037:000.003) do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-037), com número de Texto-Base 037:000.003.009, nas reuniões de: 23.05.2012 27.06.2012 15.08.2012 20.09.2012 20.02.2013 20.03.2013 17.04.2013 23.05.2013 27.06.2013 25.07.2013 29.08.2013 26.09.2013 16.10.2013 13.11.2013 20.02.2014 27.03.2014 24.04.2014 26.06.2014 27.11.2014 11.02.2015 11.03.2015 15.04.2015 20.05.2015 22.07.2015 19.08.2015 23.09.2015 23.10.2015 18.11.2015 20.01.2016 24.02.2016 23.03.2016 20.04.2016 25.05.2016 22.06.2016 20.07.2016 31.08.2016 05.10.2016 28.10.2016 03.03.2017 31.03.2017 a) não tem valor normativo. 2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória. © ABNT 2017 Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT. NÃO TEM VALOR NORMATIVO ProjetoemConsultaNacional
  • 2. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 3) Tomaram parte na elaboração deste Projeto: Participante Representante ABIVIDRO Luiz Jorge S. Pinheiro ABRAVIDRO Clelia E. Bassetto ABRAVIDRO Vera L. Andrade ABRAVIDRO Silvio B. Carvalho AGC Lucas P. Oliveira AGC Melca Claro AMERICANBOX Fabio R. Pelicioni AMERICANBOX Luan B. da Silva AUTONOMO Adnaldo Gonçalves BLINDEX Jairo G. Martins BLUE GLASS Andre Luiz Rodrigues BLUE GLASS Marcos F. Favaro Ramos BRASEQ Roberto Chida CEBRACE Rosemara Martins Rocha CEBRACE Wagner Domingues CEBRACE Jonas B. Souza Sales CEBRACE Isis Monteiro Guimarães CEBRACE Camila Rocha Batista CEBRACE Rosiana Aguiar CEBRACE Evandro B. de Castro CEBRACE Daiana A. S. Guedes CI & LAB Luiz A. Barbosa CI & LAB Cintya Mourão CONSULTOR Paulo Cesar Moura CONSULTOR Deivison A. Costa CRESCENCIO Vinicius Petrucci DIVINAL VIDROS Fernando Passi DIVINAL VIDROS Mauro Barbosa DIVINAL VIDROS Leandro G. Pedroso DIVINAL VIDROS Sidinei A. Guellez NÃO TEM VALOR NORMATIVO ProjetoemConsultaNacional
  • 3. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 DIVINAL VIDROS Cesar A. L. Pereira EASTMAN Douglas Assis Alves EASTMAN Otávio Y. Akinaga EASTMAN BRASIL Daniel Domingos FANAVID Fabio de O. Kabata GARANTE Paulo Rogerio Milani GARANTE Rafael Souza GLASSEC VIRACON Rentato Santana GLASSEC VIRACON Claudia Mitne GLASSEC VIRACON Daniel T. Scarpato GLASSEC VIRACON Hugo Scapolan GLASTON Marcio Y. Sato GLASTON Reginaldo Moreira GLASTON Fernando da S. Ferreira GUARDIAN Antenor Robles GUARDIAN Fábio Reis GUARDIAN Flavio A. da Silva GUARDIAN Mauricio F. de Jesus GUARDIAN Juan D’Abreu IZZOGLASS Clebson Calado LISEC Kenny Liotti LISEC Giorgio Martorell LISEC SUDAMERICA Stela Sodré Gonçalves PENHA VIDROS Raul Abduch PILKINGTON Sergio C. da Silva PKO DO BRASIL Luiz Villa PKO DO BRASIL Tiago P. Costa PKO DO BRASIL Jefferson A. Martins PKO DO BRASIL Rebeca P. A. Queiroz PKO DO BRASIL Charlie Ang PKO DO BRASIL Ana Claudia I. dos Santos SETOR VIDREIRO Gabriel R. Batista SPACEGLASS Rodrigo Cinti NÃO TEM VALOR NORMATIVO ProjetoemConsultaNacional
  • 4. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 SUPPORTGLASS Nilton Batista TERRA STA CRUZ Ricardo M. Cecchetti UBV Marcelo J. Nassar UFSC Fernando S. Westphal VIPEL Marcio Cozza VIVIX Alexandre T. Nakagawa VIVIX Viviane Moscoso VIVIX Lidia R. G. G. Cunha NÃO TEM VALOR NORMATIVO ProjetoemConsultaNacional
  • 5. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Vidros revestidos para controle solar — Requisitos de processamento e manuseio Coated glass for solar control — Processing and handling requirements Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigência dos requisitos desta Norma. A ABNT NBR 16673 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-037), pela Comissão de Estudo de Vidros e suas Aplicações na Construção Civil (CE-037:000.003). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX. O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte: Scope This Standard estabilishes the minimum requirements for the processing and handling of coated glass for solar control, in order to guarantee the quality of the product. NÃO TEM VALOR NORMATIVO ProjetoemConsultaNacional
  • 6. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Vidros revestidos para controle solar — Requisitos de processamento e manuseio 1 Escopo Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para processamento e manuseio de vidros revestidos para controle solar, de maneira a garantir a qualidade do produto. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 7199, Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações ABNT NBR 14697, Vidro laminado ABNT NBR 14698, Vidro temperado ABNT NBR 16015, Vidro insulado – Características, requisitos e métodos de ensaio ABNT NBR 16023, Vidros revestidos para controle solar – Requisitos, classificação e métodos de ensaio ABNT NBR NM 293, Terminologia de vidros planos e dos componentes acessórios a sua aplicação ABNT NBR NM 294, Vidro float 3 Termos e definições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR NM 293 e ABNT NBR 16023, e os seguintes. 3.1 abrasão desgaste superficial causado pelo atrito do vidro revestido com outro vidro ou outro material de contato, incluindo o rolo da esteira de transporte do vidro 3.2 bolhas inclusão gasosa de aspecto brilhante ou opaco que pode ocorrer na massa do vidro ou no processo de laminação 3.3 chapa de sacrifício chapa de vidro descartável ou não utilizável, que protege a última face revestida de uma pilha de vidros de controle solar durante o transporte e acondicionamento NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 7. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 3.4 cluster aglomerado de pinholes 3.5 contaminação pontos de aspecto escuro ou claro, presos entre as camadas dos vidros laminados 3.6 encolhimento do interlayer defeito de caráter visual onde o interlayer não preenche o espaço junto às bordas dos laminados 3.7 inclusão defeito causado por impurezas ou corpos estranhos aderidos ao vidro durante o processamento do vidro de controle solar EXEMPLO No processo de têmpera, vestígios de pó de vidro da lapidação que podem aderir à sua massa. 3.8 manchas defeito caracterizado pela falta de homogeneidade do revestimento, sempre em forma irregular, alte- rando o aspecto visual do vidro 3.9 marca d’água defeito causado no processo de lapidação, quando a lavagem não ocorre imediamente após a lapi- dação do vidro 3.10 marcas de ferramentas cavidade, aderência de partículas ou inclusão sólida presentes nas superfícies dos vidros, que ocorrem por tensões localizadas provocadas por dispositivos metálicos ou revestimentos refratários presentes em matrizes e gabaritos de curvação de vidros com tratamento térmico ou recozidos NOTA As marcas de ferramentas podem apresentar aparência final craquelada ou pontual tanto pelas bordas (em matrizes periféricas vazadas) quanto por toda a superfície dos vidros (em matrizes totalmente “cheias”). 3.11 marcas de manuseio defeito ocasionado por impressões digitais ou ventosas de silicone, durante o manuseio ou transporte dos vidros de controle sola 3.12 marcas de rolo defeito causado pelo contato do vidro revestido aquecido com os rolos do forno de tempera por um tempo excessivo 3.13 overlap offset unidade de vidro em que as duas bordas da placa são intencionalmente desalinhadas NÃO TEM VALOR NORMATIVO2/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 8. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 3.14 pinhole defeito pontual caracterizado pela ausência parcial ou total de revestimento NOTA Este defeito constrasta normalmente com o revestimento, com aspecto do substrato, visto em transmissão, e é considerado um defeito do revestimento (ver Figura 2). 3.15 pontos (spots) defeitos, normalmente escuros, a serem observados na posição de transmissão do revestimento (ver Figura 2) 3.16 riscos marcas lineares no revestimento que variam de tamanho e concentração 4 Requisitos de processamento e manuseio 4.1 Geral O processador é o responsável por beneficiar os vidros revestidos de controle solar de acordo com a especificação do produto, conforme a ABNT NBR 16023, visando garantir o desempenho final da composição. 4.2 Controle de recebimento e armazenamento Os vidros devem ser recebidos secos, sem danos, com as etiquetas de identificação do fabricante, contendo identificação do produto, lote de fabricação e data de produção. Havendo qualquer problema, o fabricante deve ser contatado. Todas as etiquetas de identificação dos produtos, inclusive da chapa de sacrifício, devem permanecer nos pacotes até o seu término. As etiquetas colocadas nas lâminas cortadas devem permitir a rastre- abilidade das etiquetas originais das embalagens. Não colar a etiqueta na face revestida. O tempo máximo de armazenamento, o tempo de validade do pacote após aberto e o tempo total de processamento devem ser informados pelo fabricante na etiqueta do lote, em função do tipo de produto. O armazenamento dos produtos deve ser feita em local seco, ventilado e protegido de qualquer umidade (longe de portas externas, lavadoras ou áreas de armazenamento de produtos químicos). NOTA Recomenda-se que a distância mínima da área de armazenamento dos vidros em relação à porta externa, lavadoras ou de produtos químicos seja de 15 m. 4.3 Verificação do lado de processamento do produto (em todas as etapas) A verificação da superfície revestida é um passo crítico no processamento correto dos produtos de controle solar. O processador deve estar treinado para identificar a superfície revestida. A verificação da superfície revestida deve ser feita usando um detector de revestimento metalizado ou um multímetro, antes de cada etapa do processamento do vidro. NOTA Os produtos revestidos pelo sistema catódico (sputter) e revestimento pirolítico têm asperezas diferentes. Desta forma não são facilmente percebidos. Tocar a superfície com ou sem luvas não é um método confiável para detectar a superfície revestida. Além disso, a gordura da pele é difícil de remover do vidro e pode danificar a superfície revestida. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 9. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 4.4 Movimentação e manuseio do produto O lado da superfície revestida deve ser verificado a cada etapa do processo, conforme 4.3, e a face revestida deve estar sempre voltada para o lado de cima durante todas as etapas do processamento, quando o vidro estiver na posição horizontal; e quando estiver na posição vertical, a face revestida deve estar para fora, garantindo que não entre em contato com materiais abrasivos. O manuseio deve ser feito por pessoas treinadas, em local limpo e organizado. As peças devem ser manuseadas individualmente. Objetos metálicos, como pregos, chaves de fenda, estiletes, palha de aço etc., podem arranhar ou danificar o revestimento e não podem ser utilizados no produto. Para manusear os vidros de controle solar em todas as etapas do processo, devem ser utilizadas luvas limpas e secas. Mesmo com o uso de luvas, é necessário evitar o contato com a face revestida. O manuseio das peças deve ser realizado por meio das bordas e nunca em contato direto com a face revestida. EXEMPLO As luvas podem ser: tricotadas de algodão, tricotadas de algodão revestidas de borracha (nitrílica ou natural), revestidas com helanca etc. No processo de corte e lapidação podem ser utilizadas luvas de raspa para evitar cortes, desde que totalmente limpas e livres de resíduos, pois se estiverem sujas ou retendo algum resíduo podem danificar o revestimento. Para manuseio e transporte de peças maiores ou mais pesadas, devem ser utilizadas ventosas fabricadas com materiais de borracha nitrílica ou natural, isentas de solventes e oleosidade, que possam atacar a camada revestida. Quando for necessário o contato da face revestida com a ventosa, esta deve ser protegida com touca cirúrgica, para evitar que possíveis contaminações possam atacar a superficie revestida. NOTA Não utilizar ventosas de silicone sem a proteção da touca, pois estas podem manchar o revesti- mento do vidro. 4.5 Corte, condições do equipamento de corte e controle dimensional pós-corte Todo vidro revestido de controle solar deve ter um corte limpo, sem arestas, lascas ou fissuras. A superfície da mesa de corte deve ter uma rotina de limpeza, de forma que não tenha acúmulo de poeira e/ou fragmentos de vidro. NOTA 1 Recomenda-se apenas o uso de aspirador de pó para limpeza da mesa. O uso de ar comprimido e de vassouras não é recomendado. Durante o corte, a face revestida deve estar voltada para cima e somente o rodízio de corte deve entrar em contato com o vidro de controle solar. Neste processo, devem ser utilizados fluidos de corte evaporativos, biodegradáveis, solventes em água e isentos de hidrocarburetos aromáticos. Em caso de uso de outro fluido de corte, deve haver uma avaliação prévia e aprovação do fabricante do vidro. O ajuste para o corte dos vidros revestidos é igual ao ajuste para o corte do vidro incolor comum. O ângulo da roda, pressão e velocidade de corte devem ser ajustados de acordo com a espessura do vidro e orientação do fabricante do equipamento, de maneira que as peças cortadas tenham corte limpo e sem formação de fragmentos que possam arranhar o vidro durante o manuseio. NÃO TEM VALOR NORMATIVO4/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 10. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 O vidro deve ser transferido da mesa de corte para o carrinho ou rack, uma lâmina por vez, não podendo ser empilhado horizontalmente. Caso o suporte dos vidros utilizado seja em forma de harpa, os seguintes cuidados devem ser observados:  a) manter limpeza e manutenção constante dos suportes;  b) as cordas da harpa devem ser de náilon ou revestidas de material similar;  c) não deslizar a superfície revestida contra as cordas da harpa;  d) não colocar mais de uma peça por encaixe. Os vidros cortados durante o processamento ou transporte devem ser acondicionados com separa- dores, conforme descrito na Tabela 1, sendo mantidos assim até o momento da instalação. NOTA 2 Não é recomendado usar como separador qualquer material abrasivo que absorva umidade ou que cause danos à superfície revestida. Tabela 1 – Separadores para vidros de controle solar Recomendados Não recomendados Espaçador de espuma Jornal Espaçador de cortiça (espuma estática de encontro com o revestimento) Separador prateado Manta de polietileno ou plástico-bolha Papelão ou papel pardo Pó separador indicado pelo fabricante Separadores em pó contendo ácido Barbante de algodão (durante a movimentação no processamento) Pó de coco Papel virgem alcalino Material abrasivo Separador ou espaçador de EVA Materiais à base de silicone O controle dimensional pós-corte deve ser feito para evitar variações de medidas causadas por erro de calibração do equipamento. O critério de tolerância é estabelecido de acordo com a aplicação do produto acabado e levando-se em conta o restante do processo a ser submetido. 4.6 Filetagem, lapidação e condições do equipamento Recomenda-se que todo vidro de controle solar possua acabamento nas bordas, para evitar lascas e fissuras. O equipamento de filetagem e lapidação utilizado deve estar limpo e em boas condições de uso. A água de refrigeração, utizada para o processo de filetagem e lapidação, deve estar limpa, e os tanques reservatórios devem ser limpos diariamente, para evitar o acúmulo de sedimentos abrasivos no fundo e manter as boas condições do equipamento. A água de refrigeração deve ter as seguintes características:  a) pH controlado e mantido entre 6,5 e 7,5; NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 11. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017  b) condutividade máxima de até 1 300 µS/cm;  c) dureza da água de 700 ppm;  d) temperatura ambiente. As peças não podem ser processadas com a face revestida em contato com qualquer equipamento. As peças devem ser lavadas imediatamente após o processo de lapidação, pois as marcas de água deixadas pela lapidadora podem causar manchas permanentes depois de secas. NOTA No caso do polimento final exigir utilização de óxido de cério, recomenda-se lavar imediatamente a peça após a utilização do produto. Na estocagem em carrinhos ou racks, as peças devem ser acondicionadas com separadores. No caso de filetagem manual, a peça deve ser processada com a face revestida para cima e limpa de maneira que o pó abrasivo gerado no lixamento não risque o revestimento. Deve-se consultar o fabricante quanto à manutenção e limpeza das lagartas do equipamento que tocam a face do vidro revestido. 4.7 Desbaste perimetral (borda) da camada revestida 4.7.1 Para vidros revestidos da Classe D Todos os vidros da classe D devem ter suas bordas desbastadas para que o revestimento seja protegido do contato com o ar e umidade externa. O fabricante deve ser consultado sobre a largura da faixa de desbaste a ser retirada. Independentemente do processo a ser utilizado para o desbaste, devem ser observados os seguintes pontos:  a) remoção total da camada especificada, permitindo a visualização do substrato. No caso de dúvida sobre a eliminação total, utilizar o detector de camada revestida, ou um multímetro, para medir a resistência ôhmica da superfície onde a camada foi removida, que deve ser superior a 10 000 Ω;  b) o processador deve eliminar qualquer tipo de resíduo do revestimento do vidro, lavando o vidro imediatamente após o desbaste. 4.7.2 No processo de insulamento Especificamente no processo de insulamento com vidros de outras classes, o fabricante deve ser consultado sobre a necessidade do desbaste das bordas, para evitar a incompatibilidade do revesti- mento do vidro de controle solar com o selante secundário e variações estéticas. 4.8 Lavagem 4.8.1 Operação e condições da lavadora O equipamento deve estar em boas condições de uso e manutenção. Para uma lavagem uniforme da peça, a tubulação e os bicos de pulverização devem ser periodicamente inspecionados, assegurando o fluxo constante, e posicionados de forma a lavar o vidro, não as escovas. Os tanques de lavagem e de enxágue devem ter um dreno para assegurar a remoção de materiais estranhos. NÃO TEM VALOR NORMATIVO6/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 12. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 As cortinas separadoras dentro da lavadora devem ser retiradas para evitar o acúmulo de sujeira que pode danificar a camada de revestimento do vidro. A água do tanque de lavagem deve ser mantida limpa durante a operação, e ter as seguintes características:  a) temperatura mantida em (50 ± 10) °C durante a operação;  b) pH entre 6 e 8;  c) dureza máxima ≤ 200 ppm, no enxágue final. As escovas e os rolos devem ser ajustados conforme a espessura do vidro que está sendo lavado. As escovas devem ser flexíveis e macias. Devem ser ajustadas na média em 2 mm abaixo da superfície superior do vidro para minimizar o contato com a superfície revestida. O vidro não pode permanecer estacionado sob as escovas da lavadora em movimento, para evitar riscos ao revestimento. Não é permitida a utilização de escovas rotativas na lavagem da superficie revestida do vidro de controle solar. Escovas gastas ou impropriamente ajustadas (desniveladas) causam danos ao revestimento ou lim- peza inadequada, portanto devem substituídas ou ajustadas sempre que necessário. NOTA 1 Recomendam-se no mínimo uma drenagem e limpeza dos tanques de água a cada 8 h de trabalho. Em condições muito severas, recomenda-se a limpeza com maior frequência. NOTA 2 Recomenda-se não utilizar detergentes na lavagem, para não alterar o pH da água, o que pode causar manchas ao vidro. Os agentes de limpeza usados na manutenção das lavadoras de vidro (por exemplo, ácidos ou solu- ções alcalinas) devem ser completamente removidos do sistema antes de lavar. 4.8.2 Enxágue A água do tanque de enxágue deve ser mantida limpa durante toda a operação e ter as seguintes características:  a) temperatura mantida em (50 ± 10) °C durante a operação;  b) pH entre 6 e 8;  c) dureza máxima ≤ 50 ppm ou condutividade máxima de 20 µS/cm. 4.8.3 Secagem Os ventiladores que insuflam o ar na secadora devem ser equipados com filtros, sendo recomendada sua manutenção a cada semana. As facas de ar devem ser isentas de pó, óleo, graxas ou qualquer outra substância contaminante. Deve-se assegurar a remoção total da água da superfície do vidro, evitando manchas. 4.8.4 Inspeção pós-processo de lavagem Para minimizar os riscos de perda de peças, tempo de processamento e desperdício, recomenda-se a inspeção visual das peças antes do processamento. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 13. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 O vidro deve sair limpo do processo de lavagem, sendo recomendada a inspeção para avaliar em transmissão e reflexão do vidro os defeitos pontuais e/ou manchas. Para a melhor visualização dos possíveis defeitos, recomenda-se:  a) que a iluminação do ambiente seja no mínimo de 1 500 lux;  b) utilizar lâmpadas fluorescentes do tipo high output (HO) (luz totalmente branca);  c) observar o vidro sobre um fundo cinza, a uma distância mínima de 1 m. Os critérios de aceitação de defeitos são os estabelecidos nas Tabelas 3 e 4. 4.8.5 Limpeza pontual de manchas Quando a limpeza pontual de manchas for necessária, recomenda-se contatar o fabricante do vidro para obter a indicação de que soluções para a limpeza podem ser utillizadas sem causar danos aos vidros de controle solar. 4.8.6 Manutenção da lavadora A limpeza frequente do conjunto da lavadora é recomendada de acordo com o manual de operações do fabricante da lavadora ou programa de manutenção preventiva do processador. 4.9 Tratamento térmico 4.9.1 Geral O tratamento térmico, quando aplicado ao vidro, tem como objetivo aumentar sua tensão superficial e, consequentemente, sua resistência mecânica. O processo de tratamento térmico deve atender aos requisitos da ABNT NBR 14698. 4.9.2 Processo de tratamento térmico Antes do tratamento térmico do vidro, deve-se consultar o fabricante para verificar se o produto pode ser submetido a este processo. O vidro deve estar completamente limpo antes do tratamento térmico. NOTA 1 Caso não seja lavado corretamente, contaminantes podem causar danos à superfície revestida. Além do vidro, o forno também deve estar totalmente limpo, principalmente os roletes, para evitar defeitos como a inclusão. O lado da superfície revestida deve ser inspecionado antes do vidro entrar no forno. O revestimento deve estar para o lado de cima, ou seja, a face revestida não pode estar em contato com os roletes. Para minimizar a distorção e reduzir o risco de quebras térmicas, deve-se diminuir a temperatura do forno. NOTA 2 Temperaturas mais baixas e maior tempo de aquecimento ajudam a minimizar a distorção óptica. Não colocar na mesma fornada vidros de características e composições diferentes. Os ajustes do forno dependem da massa do vidro, tipo de revestimento, cor e espessura do vidro, não sendo possível garantir o resultado correto com vidros diferentes. NÃO TEM VALOR NORMATIVO8/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 14. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 O gás SO2 (dióxido de enxofre) não pode ser utilizado no tratamento térmico de produtos de controle solar e deve ser fechado antes do vidro entrar no forno. O tempo prévio de fechamento do gás antes da entrada do vidro no forno deve ser verificado junto ao fornecedor do vidro. Equipamentos com convecção ajudam na distribuição uniforme do calor, resultando em uma quali- dade superior do tratamento térmico dos vidros de controle solar. O ajuste dos fornos depende de variáveis, como:  a) localização física de onde foi instalado o forno;  b) tecnologia do forno;  c) recursos do forno;  d) configuração do forno. NOTA 3 Não é possível fazer recomendações precisas de configurações para todos os tipos de forno em função dos vários tipos de produtos de controle solar. O fabricante do vidro deve informar a composição básica do revestimento que compõe o vidro de controle solar, e/ou a referência de emissividade e transmissão energética dos produtos a serem tratados termicamente, como refletivo (sem prata), baixo emissivo (uma camada de prata) ou baixo emissivo de alto desempenho (dupla ou tripla camada de prata). Em função das propriedades refletivas de calor dos produtos de controle solar e para garantir sua qualidade óptica, os fabricantes dos vidros e dos fornos devem ser consultados para os ajustes do forno com relação à temperatura e ao tempo de permanência do vidro no forno. NOTA 4 A convecção tem melhor resultado durante os primeiros 50 % do ciclo. Ventiladores de ar quente ou convecção real podem ser usados durante todo o ciclo. O tempo e a pressão de resfriamento do vidro dependem de sua espessura e das condições ambientais. Após a saída do forno, o vidro deve ser inspecionado com relação à distorção óptica, de acordo com o estabelecido em 4.14.4. Complementando a inspeção do vidro, deve-se observar a existência ou não de marca d’agua oriunda da fabricação do vidro de controle solar. Este defeito ocorre na etapa de lavagem do vidro, antes da deposição do revestimento, pela secagem ineficiente ou irregular do vidro, e é revelado após o processo de tratamento térmico. Como a marca d’agua se localiza entre o vidro e o revestimento, é impossível ser eliminada e pode ser vista em toda a chapa. Quando constatado o defeito, a peça deve ser descartada e o fabricante contatado para a reposição do vidro. A temperatura do vidro deve estar abaixo de 50 °C, antes do empacotamento. 4.10 Laminação Independentemente do processo de laminação, o vidro laminado de controle solar deve atender aos requisitos da ABNT NBR 14697. A composição do vidro laminado deve ser fornecida pelo processador, de forma clara, para a produção. A montagem do vidro de controle solar deve respeitar os requisitos técnicos dos componentes da composição do produto, como compatibilidade entre o interlayer e o revestimento, faces do reves- timento, vidro serigrafado etc. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 15. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Para o processo de laminação, devem ser seguidas as etapas anteriormente descritas em 4.3 a 4.5, e se for o caso, deve-se atender também ao descrito em 4.6 a 4.8. Não utilizar líquidos inflamáveis no processo de corte após a laminação. O processo de laminação varia em função:  a) do tipo de interlayer;  b) da existência ou não e tipo de calandra e o seu modelo;  c) da existência ou não e tipo de autoclave e o seu modelo;  d) da existência ou não do forno de pré-laminação e seu modelo;  e) da composição e sequência de montagem do vidro laminado;  f) da temperatura do forno de pré-laminação, que deve ser regulada em função do tipo de vidro revestido utilizado e do tipo da calandra. Os fabricantes dos insumos e dos equipamentos devem ser consultados para garantir a manutenção das características dos vidros de controle solar e a qualidade do processo de laminação. O processo de laminação dos vidros de controle solar, além de atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 14697, também devem atender às seguintes condições: —— seja qual for o interlayer, ele não pode reagir ao revestimento do vidro; —— deve ser feita uma inspeção visual do vidro antes de sua montagem; —— o revestimento do vidro de controle solar não pode ter contato algum com os rolos do sistema de transporte. No caso de laminação com polivinil butiral (PVB), devem ser seguidas as orientações abaixo:  1) a umidade relativa do ar e a temperatura ambiente devem ser controladas na montagem dos vidros;  2) na configuração do laminado com revestimento exposto, deve-se limpar a calandra de todo o tipo de impurezas, para não afetar a qualidade do revestimento. O vidro revestido deve estar em face protegida (não exposta ao ambiente externo);  3) a temperatura da área de aquecimento deve ser regulada em função do tipo de vidro revestido utilizado e do tipo de calandra;  4) a temperatura do vidro na saída da calandra pode variar em função do tipo de revestimento ou camada revestida, da espessura do vidro e da espessura do PVB, sendo necessário seguir as orientações dos fabricantes para obter o resultado adequado em temos de adesão do PVB ao vidro, inexistência de bolhas e manchas causadas pela queima do PVB;  5) a regulagem da temperatura e pressão a serem utilizadas na autoclave varia em função da carga a ser autoclavada, além das variáveis do produto citadas em 4.10, portanto deve-se buscar junto aos fornecedores dos equipamentos o melhor ajuste da autoclave para o correto processamento. Após o processo de laminação, o vidro deve ser inspecionado, por amostragem, quanto à distorção óptica, de acordo com o estabelecido em 4.14.4. NÃO TEM VALOR NORMATIVO10/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 16. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 4.11 Insulamento O processador deve atender aos requisitos de fabricação do vidro insulado descritos na ABNT NBR 16015. 4.11.1 Manuseio do vidro Ao manusear o vidro, o processador deve atender aos requisitos de processamento de 4.3 a 4.8. A lavadora da linha de insulamento deve estar de acordo com os requisitos especificados em 4.8. No caso de filetagem e desbaste de bordas automático, devem ser seguidos os requisitos especifi- cados em 4.6 a 4.8. 4.11.2 Inspeção A inspeção deve ser realizada de acordo com o especificado em 4.14. 4.11.3 Espaçadores Os espaçadores devem ser cortados ou dobrados de acordo com as recomendações do fabricante do equipamento, mantendo seu formato original, sem deformações estruturais que comprometam o desempenho. Quinas e junções devem ser contínuas, sem intervalos ou espaços, para garantir a estanqueidade do sistema de insulamento. O espaçador deve estar limpo e sem contaminantes. A utilização do vidro insulado com espaçador orgânico e/ou flexível deve atender aos seguintes requisitos:  a) ter resistência e rigidez, pois há limitações de uso pelo tamanho ou formato de peça, sendo impraticável o uso em determinados projetos. O fabricante do espaçador deve ser consultado sobre as limitações de uso;  b) haver compatibilidade entre os componentes do espaçador e o seu selante específico com a camada revestida do vidro. Deve-se consultar o fabricante do vidro para verificar a compatibilidade entre os componentes do espaçador e do vidro. 4.11.4 Selantes Deve-se consultar o fabricante do vidro para garantir a compatibilidade do selante com a camada de metalização do vidro. Deve-se garantir a total adesão e dureza dos selantes tanto primário como secundário ao vidro, conforme ensaios descritos na ABNT NBR 16015. 4.11.5 Dessecante O método de avaliação do dessecante e os requisitos que devem ser atendidos estão descritos na ABNT NBR 16015. 4.11.6 Montagem Os vidros de controle solar das classes C e D devem ser insulados com o revestimento virado para dentro da unidade de vidro insulado e hermeticamente fechado. Para outros tipos de montagem referentes às aplicações de superfície, como vidros autolimpantes ou antirreflexo, deve-se consultar o fabricante do vidro. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 17. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Na montagem para insulamento de vidros de controle solar, a deflexão pode ser muito prejudicial à aparência final da composição. A deflexão é causada por uma combinação de forma, tamanho, peso e espessura do vidro. A relação entre altura e largura é o ponto crítico. Vidros quadrados sempre terão um maior risco que retangulares, daí a importância na especificação e dimensionamento da unidade do vidro insulado para composição da fachada. Recomenda-se, para a redução da deflexão, que a montagem da unidade do vidro insulado seja realizada sobre uma estrutura que possibilite o apoio total do vidro durante a aplicação e etapa de cura de selantes. A deflexão é facilmente medida colocando-se um fio diagonalmente em cantos opostos da unidade de vidro insulado. A deflexão deve ser medida onde os dois fios se encontram. A deflexão causada pelas diferenças de temperatura e pressão entre os locais de fabricação e instalação deve ser corrigida pela equalização do produto, por meio de dispositivo adequado. Este dispositivo deve ser aplicado no produto pelo processador, durante a montagem. A equalização deve ser realizada pelo instalador do vidro, de acordo com orientação do processador. Todas as aplicações de vidro insulado devem ter duplo selamento para garantir a estanqueidade da câmara e evitar a passagem de umidade, conforme a ABNT NBR 16015, inclusive os que contenham vidros revestidos de controle solar. NOTA Em caso de vidros para controle solar, a umidade na câmara do vidro insulado não afeta apenas a aparência do vidro, e sim o seu desempenho. No caso do vidro insulado ser fabricado com overlap (por exemplo, na quina da fachada; ver Figura 1), pode haver necessidade de desbaste da borda para remoção da superfície revestida exposta dos produtos. Para verificação da necessidade de desbaste de bordas, consultar o fabricante do vidro. Para o processo de desbaste, ver 4.7.2. Selagem primária Selagem secundária Borda BordaEsta área deve ser desbastada Figura 1 – Aplicação de vidro insulado com overlap na construção civil NÃO TEM VALOR NORMATIVO12/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 18. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 4.12 Curvação Antes do processo de curvação, deve-se consultar o fabricante do vidro para verificar possibilidade ou não daquele tipo de vidro ser curvado. NOTA Os processos descritos nesta subseção se referem às curvaturas simples cilíndricas (convexa ou côncava em corte seccionado). Para demais tipos de curvaturas, recomenda-se consultar o fabricante do vidro. Em função da diversidade de processos de curvação e suas especificidades, não há possibilidade de se estabelecer um padrão ou requisitos específicos. 4.12.1 Processo por gravidade No processo por gravidade o vidro é colocado sobre uma matriz e introduzido no forno (pode ser de têmpera ou de curvação) para ser aquecido e moldado. O tempo e a temperatura de processo dependem do tipo de forno, espessura, dimensões e quantidade de vidros do conjunto e do tipo de vidro. Deve-se proteger a camada revestida do vidro em contato com os outros vidros, com um separador que tenha uma composição química de pH neutro, que não ataque a camada revestida e com a menor granulometria possível e uniforme. O cuidado inicial neste processo é a fabricação do gabarito de controle das medidas e da matriz para a curvação, ou seja, devem ser medidas todas as dimensões importantes para a composição da matriz, como largura, comprimento, ângulo, raio de curvação, flecha, arco e corda. O material para a fabricação da matriz vai depender do volume de peças a ser produzido, sendo o mais comum o aço inoxidável, com baixo teor de carbono, para evitar a oxidação e a perda da matriz. Para se evitar retrabalho e perdas de material, recomenda-se que, a partir da matriz, seja fabricado o protótipo (produzido no mesmo forno, sob as mesmas condições) para verificação da adequação do vidro ao local de instalação. A camada revestida não pode estar em contato com a matriz, salvo quando a curvação for feita com um vidro monolítico, com camada em face 2 (face do vidro oposta ao contato solar), sendo necessária a utilização de um vidro de sacrifício, para proteger a camada no processo de curvação. 4.12.2 Curvação mecânica A curvação mecânica é um processo realizado por fornos de têmpera que já curvam o vidro, onde não se utiliza a matriz. O vidro plano é transportado para a célula de aquecimento, até que se atinja a temperatura desejada. Após esta etapa, o vidro é transportado para a área de resfriamento, onde é curvado por roletes que tomam a forma previamente programada no sistema do forno. A camada revestida não pode estar em contato com os roletes. 4.13 Serigrafia Antes do processo de serigrafia, deve-se consultar o fabricante do vidro para verificar a possibilidade ou não daquele tipo de vidro ser serigrafado. No caso de laminação de vidro de controle solar serigrafado, deve-se consultar o fabricante do vidro, do esmalte cerâmico e do interlayer. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 19. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 No processo de serigrafia, a camada revestida não pode estar em contato com os roletes do forno, para a têmpera, desta forma o esmalte cerâmico deve ser aplicado sobre a camada revestida. A serigrafia em vidros de controle solar pode ser realizada por quatro processos serigráficos distintos:  a) Processo 1: serigrafia com telas, utilizando esmalte cerâmico com alta viscosidade e aplicação manual;  b) Processo 2: serigrafia com telas, utilizando esmalte cerâmico com alta viscosidade e aplicação automática;  c) Processo 3: serigrafia sem tela, utilizando esmalte cerâmico com baixa viscosidade e aplicação com máquinas de jato de esmalte cerâmico;  d) Processo 4: serigrafia sem tela, utilizando esmalte cerâmico com alta viscosidade e aplicação com rolo. A Tabela 2 apresenta procedimentos a serem aplicados para a qualidade dos processos de serigrafia para os vidros de controle solar. Tabela 2 – Procedimentos aplicados no processo de serigrafia (continua) Procedimento Processo 1 Processo 2 Processo 3 Processo 4 As telas lavadas devem estar comple- tamente secas e isentas de solventes antes de entrarem em contato com o revestimento x x – – Não pode haver fragmentos de vidros incrustados na tela x x – – Os rodos de aplicação devem estar afiados e com a dureza recomendada pelo fabricante do esmalte cerâmico x x – – A mesa onde o vidro será serigrafado deve estar completamente limpa e isenta de qualquer tipo de sujeira x x x x Os dutos de ar-condicionado da sala de serigrafia devem estar limpos, bem como os filtros devem ser limpos frequentemente x x x x Os vidros devem ser acondicionados em carrinhos ou cavaletes com separa- dores entre eles x x x x Os vidros devem ser manuseados com luvas macias e limpas, fabricadas com materiais que não manchem o revestimento x x x x NÃO TEM VALOR NORMATIVO14/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 20. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Tabela 2 (conclusão) Procedimento Processo 1 Processo 2 Processo 3 Processo 4 Uma vez aplicado o esmalte cerâmico, caso seja necessária a sua remoção por algum problema identificado, recomenda-se o máximo de cuidado para não danificar o revestimento e a utilização de produtos recomendados pelo fabricante que sejam à base de água. Não utilizar solventes e evitar ao máximo o atrito com o revestimento, ou mesmo o próprio esmalte cerâmico x x x x Não utilizar o próprio esmalte cerâmico diluído em solvente para limpar as peças x x x x Armazenar as peças serigrafadas que serão levadas para estufa em carrinhos apropriados, utilizando separadores para evitar o contato entre as peças x x x x Todos os gases da estufa devem ser volatizados durante o processo de secagem do esmalte cerâmico x x x x Para evitar manchas, deve-se garantir que não tenha sido utilizado dióxido de enxofre no mínimo 24 h antes da utilização do forno de têmpera, para curar o esmalte cerâmico x x x x Não ultrapassar os 700 °C para temperar o vidro x x x x NOTA Recomenda-se a execução de ensaios de abrasão nos vidros serigrafados por meio de procedi- mentos recomendados pelo fabricante do esmalte cerâmico para avaliar a resistência da serigrafia, no caso de exigência por parte do cliente. 4.14 Controle de qualidade O controle de qualidade é uma responsabilidade do processador. Recomenda-se que a inspeção da qualidade seja incluída na rotina diária de qualidade do vidro. Como checagem final, unidades representativas devem ser avaliadas com relação aos defeitos, de acordo com o procedimento descrito em 4.14.1 a 4.14.4.2. 4.14.1 Avaliação de defeitos da matéria-prima Os defeitos da matéria-prima devem ser avaliados de acordo com as Normas específicas de cada produto. EXEMPLO 1 Para vidro float, ver ABNT NBR NM 294. EXEMPLO 2 Para vidro revestido de controle solar, ver ABNT NBR 16023. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 15/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 21. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 4.14.2 Metodologia de análise dos defeitos da peça acabada Os defeitos são detectados de forma visual, observando o vidro de controle solar em transmissão e em reflexão. Para análise dos defeitos, deve-se utilizar fonte luminosa artificial, também conhecida como céu artificial. 4.14.2.1 Fonte luminosa artificial (céu artificial) O céu artificial é um plano que emite luz difusa de intensidade uniforme e é obtido com a ajuda de uma fonte luminosa cuja temperatura de cor correlata está compreendida entre 4 000 K e 6 000 K. Em frente às fontes luminosas dispostas, coloca-se um painel que difunde a luz, sem seleção espectral. O nível de iluminação sobre a superfície do vidro deve estar compreendido entre 400 lx e 20 000 lx. 4.14.2.2 Condições da inspeção Os vidros revestidos devem ser inspecionados em chapas com dimensões passíveis de armazena- mento ou com as dimensões finais prontas para instalação. A inspeção deve ser efetuada na fábrica. O painel de vidro de controle solar deve ser inspecionado em sua face vítrea, a uma distância mínima de 3 m. A inspeção do vidro em reflexão e transmissão deve ser realizada pelo observador, conforme demonstrado na Figura 2. Fonte luminosa Mín. 3 m Face vítrea 30° 30° Face revestida Áreadoobservador a) Reflexão Fonte luminosa Mín. 3 m Face vítrea 30° 30° Face revestida Áreadoobservador b) Transmissão Figura 2 – Procedimento de inspeção para vidro revestido NÃO TEM VALOR NORMATIVO16/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 22. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Os vidros de controle solar com dimensões finalizadas e preparadas para instalação devem ser inspe- cionados em duas zonas: a zona periférica e a zona central (ver Figura 3). Cada inspeção não pode durar mais de 20 s. Zona periférica 5 % de H H L 5 % de L Zona central Legenda H altura L largura Figura 3 – Zonas a serem inspecionadas 4.14.3 Critério de aceitação e tolerância para as peças acabadas 4.14.3.1 Critérios de aceitação de defeitos de processamento e de bordas As Tabelas 3 e 4 estabelecem os critérios de aceitação dos defeitos de processamento para os vidros de controle solar por metro quadrado na peça acabada e suas bordas. As Tabelas 3 e 4 devem ser observadas na avaliação do produto, em detrimento das tabelas de defeito já existentes nas Normas de produto. EXEMPLO Para vidro laminado, ver ABNT NBR 14697. Tabela 3 – Critério de aceitação de defeitos de processamento de peças acabadas Defeitos Tamanho do defeito Zona central Zona periférica Pontos/pinholes ≤ 3 mm Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Cluster ≤ 3 mm Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Riscos ≤ 75 mm Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado > 75 mm Não permitido Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado NÃO TEM VALOR NORMATIVO 17/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 23. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Tabela 3 (conclusão) Defeitos Tamanho do defeito Zona central Zona periférica Bolhas ≤ 3 mm Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Abrasão/marca de rolo – Não permitido Não permitido Marcas de manuseio – Não permitido Não permitido Marcas de ferramentas (processo curvação) – Não permitido Não permitido Marca d’água – Não permitido Não permitido Trinca de revestimento – Não permitido Não permitido Encolhimento de PVB – Não permitido Não permitido Contaminação ≤ 3 mm Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Permitido, se não ocorrer mais que um defeito por metro quadrado Manchas – Não permitido Não permitido Tabela 4 – Critério de aceitação de defeitos de bordas Requisito Condição de inspeção Critério de aceitação Quantidade Observação Qualidade das bordas Lascado em forma de concha Utilizar paquímetro Profundidade ≤ 1 mm Comprimento ≤ 6,4 mm, borda coberta e ≤ 2,4 mm em bordas expostas Duas lascas por metro linear com distância mínima de 300 mm entre elas Peças até 2,5 m2 Profundidade ≤ 1 mm Comprimento ≤ 6,4 mm, borda coberta e ≤ 3,2 mm em bordas expostas Peças acima de 2,5 m2 Lascado em forma de “V” Visual Não aceito Trinca Visual Não aceito Cantos Visual Não aceito 4.14.3.2 Critérios de aceitação de tolerâncias dimensionais para peças acabadas Os valores de referência para as tolerâncias dimensionais são estabelecidos pelas normas especí- ficas de cada produto. EXEMPLO Para vidro temperado, ver ABNT NBR 14698. NÃO TEM VALOR NORMATIVO18/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 24. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 4.14.4 Inspeção da distorção óptica 4.14.4.1 Inspeção visual Após o processamento do vidro, a distorção óptica deve ser inspecionada visualmente e classifi- cada de acordo com a Tabela 5, usando como referência o painel zebrado. O Anexo A fornece um exemplo de painel zebrado comumente utilizado. Tabela 5 – Níveis de qualidade óptica e classificação Nível Descrição Qualidade A (ver Figura A.2) Aprovado Qualidade B (ver Figura A.3) Aprovado Qualidade C (ver Figura A.4) Medir a distorção (ver 4.14.4.2) Qualidade D (ver Figura A.5) Reprovado Qualidade E (ver Figura A.6) Reprovado 4.14.4.2 Medição de distorção óptica A medição da distorção óptica por meio da medição da amplitude da ondulação deve ser realizada de acordo com o método descrito em A.2. Recomenda-se que a ondulação máxima não ultrapasse 0,13 mm de amplitude da ondulação. Todos os vidros tratatos termicamente devem ser inspecionados visualmente, conforme descrito em 4.14.4. Os demais produtos podem ser inspecionados por amostragem, de modo que a qualidade seja assegurada. 4.15 Propriedades fotoenergéticas As propriedades fotoenergéticas dos vidros processados, quando solicitadas, devem ser informadas por meio de formulário apresentado no Anexo B. Dados fornecidos pelos fabricantes e seus programas computacionais específicos podem ser utilizados para o preenchimento do formulário, bem como os procedimentos descritos na ABNT NBR 16023. 4.16 Embalagem, armazenamento e transporte Para requisitos e recomendações de embalagem, armazenamento e transporte, a ABNT NBR 7199 deve ser consultada. As seguintes informações adicionais devem ser consideradas:  a) as peças devem ser armazenadas e transportadas na vertical, com ângulo de 90° em relação à base, para que o peso das suas lâminas do vidro fique uniformemente distribuído. A embalagem deve ser inclinada e estabilizada (da frente para trás) para prevenir queda acidental das peças; NOTA Feltro, almofadas de cortiça, papel ou papelão alcalino etc. são comumente usados para separar as unidades e protegê-las contra arranhões na superfície (ver Tabela 1).  b) as embalagens devem fornecer proteção suficiente contra movimentos no transporte, os quais podem levar a danos da superfície ou quebra das unidades. NOTA Recomenda-se que o revestimento dos vidros de controle solar monolíticos seja protegido por uma embalagem protetora dos resíduos da obra, como poeira, umidade e detritos. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 19/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 25. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Anexo A (normativo) Avaliação do vidro em relação à distorção óptica A.1 Avaliação visual A avaliação visual pode ser realizada por meio de inspeção on-line ou off-line, com a finalidade de avaliar o vidro quanto à distorção óptica. Na inspeção on-line (durante o processamento), o painel é instalado no equipamento e utilizado para inspeção visual do vidro após o processo de tratamento térmico, laminado ou insulado. Na inspeção off-line (após o processamento), o painel é avaliado em uma mesa plana e independente, com as mesmas características do processo on-line. O painel zebrado comumente utilizado mede 1 000 mm de altura por 2 224 mm de largura, com listras brancas e pretas de ± 40 mm de largura, inclinadas em um ângulo de 45°. A Figura A.1 mostra um exemplo de mesa para análise. a b d c Legenda a comprimento de 2 200 mm b largura de 1 200 mm c altura de 1 200 mm d altura de 900 mm Figura A.1 – Painel zebrado na mesa plana Os painéis zebrados fornecem meios que permitem visualizar a distorção óptica. Eles são normal- mente montados na saída do equipamento, em um plano vertical em relação à direção de deslocamento do vidro. A inspeção é realizada em um ângulo transversal de 30° a 45°, observando-se o reflexo formado no vidro sob o painel. Os inspetores devem classificar os níveis de qualidade da distorção conforme as Figuras A.2 a A.6. NÃO TEM VALOR NORMATIVO20/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 26. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Figura A.2 – Qualidade A Figura A.3 – Qualidade B Figura A.4 – Qualidade C Figura A.5 – Qualidade D Figura A.6 – Qualidade E NÃO TEM VALOR NORMATIVO 21/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 27. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 A.2 Medição por equipamento Outro método de avaliação da distorção óptica é a medição da amplitude da ondulação, provocada pelo processo de tratamento térmico, que pode ser realizada por meio de escâner posicionado após o processamento térmico, ou por meio de equipamento para medição de ondulação (Roller Wave Gauge), de acordo com o descrito a seguir:  a) inicialmente, verificar se o relógio comparador do equipamento de medição encontra-se bem encaixado ao “berço” da régua;  b) posicionar horizontalmente o vidro a ser ensaiado sobre uma superfície adequadamente plana, isenta de impurezas e particulados;  c) identificar a região do vidro que se suspeita que seja crítica; NOTA Zonas de aquecimento dos fornos de têmpera podem afetar regiões específicas dos vidros que envolvem variáveis dos próprios equipamentos e suas receitas.  d) borrifar suavemente álcool isopropílico na superfície da amostra a ser ensaiada, com o intuito de facilitar o deslocamento do equipamento, além de evitar riscos desnecessários, despejando o álcool sobre a superficie, sem utilizar pano, esponja ou escova para espalhar;  e) permitir que o eixo apalpador do relógio comparador fique em contato com a superfície do vidro, fixando sua escala em zero;  f) deslizar o medidor de ondulação no sentido perpendicular à direção dos rolos em relação ao vidro, de forma lenta, constante e suave, sem exercer pressão, da mesma forma que se observa a movimentação dos ponteiros do relógio comparador referente aos “picos” e “vales”, indicando ou não a presença do efeito de ondulação superficial;  g) parar o processo de medição caso o relogio comparador indique que o limite máximo foi ultrapassado;  h) retroceder lentamente o medidor de ondulação, caso seja necessário a confirmação da medição; NOTA Recomenda-se repetir este ensaio em regiões imediatamente paralelas às inicialmente escolhidas.  i) repetir o ensaio em outros vidros processados, de preferência em horários distintos da jornada diária. NÃO TEM VALOR NORMATIVO22/23 ProjetoemConsultaNacional
  • 28. ABNT/CB-037 PROJETO ABNT NBR 16673 OUT 2017 Anexo B (informativo) Modelo de formulário para informação das propriedades fotoenergéticas Propriedades Valor Transmissão luminosa (TL) (%) Reflexão luminosa externa (RLe) (%) Reflexão luminosa interna (RLi) (%) Aparência externa do vidro Transmissão de energia (TE) (%) Absorção energética (Abs) (%) Reflexão de energia externa (REe) (%) Reflexão de energia interna (REi) (%) Transmissão ultravioleta (UV) (%) Emissividade externa (Ɛe) (adimensional) Emissividade interna (Ɛi) (adimensional) Fator solar (FS) (%) Coeficiente de transmissão térmica (coeficiente U) (W/m2.K) Processador responsável Nome: CNPJ: Cidade/Estado: NÃO TEM VALOR NORMATIVO 23/23 ProjetoemConsultaNacional