SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE
TARIFAS DAS DISTRIBUIDORAS
DE ENERGIA ELÉTRICA
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE
TARIFAS DAS DISTRIBUIDORAS
DE ENERGIA ELÉTRICA
Brasília, DF
2007
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
Diretoria
Jerson Kelman
Diretor-geral
Edvaldo Alves de Santana
Joísa Campanher Dutra Saraiva
José Guilherme Silva Menezes Senna
Romeu Donizete Rufino
Diretores
Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil).
Perguntas e respostas sobre tarifas das distribuidoras de
energia elétrica / Agência Nacional de Energia Elétrica. – Brasília :
ANEEL, 2007.
11 p. : il.
1. Tarifa elétrica - Brasil . 2. Revisão tarifária - Brasil . 3.
Fornecimento de energia . I. Título.
CDU: 338.516.46:621.31 (81)
CIP. Brasil. Catalogação-na-Publicação
Centro de Documentação - CEDOC
APRESENTAÇÃO
A energia elétrica é essencial no dia-a-dia da sociedade, seja
nas residências ou nos diversos segmentos da economia.
Acender o interruptor de luz, ligar uma máquina na indústria
ou a geladeira num restaurante são gestos comuns e rotineiros
dos consumidores, mas primordiais para o desenvolvimento
do país.
Para possibilitar esse gesto, como apertar o interruptor,
existe toda uma estrutura de geração, transmissão,
distribuição e comercialização da energia elétrica para
garantir o fornecimento de energia, com continuidade e,
principalmente, qualidade.
A garantia do abastecimento, os custos para a geração e
transporte de energia elétrica são cobrados por meio de
tarifas. Os consumidores pagam as tarifas às distribuidoras
para a prestação do serviço de fornecimento de energia. Os
contratos de concessão, assinados pelas distribuidoras
com a União - representada pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) - estabelecem a composição das
tarifas e as fórmulas dos reajustes anuais e exigem revisões
tarifarias periódicas.
A ANEEL tem a responsabilidade de fixar as tarifas de
energia elétrica de forma a promover a modicidade tarifária
na defesa do interesse público e o equilíbrio econômico-
financeiro dos agentes que prestam os serviços de energia.
E a revisão tarifária periódica é fundamental para alcançar
esses compromissos.
Nesta publicação, estão as dúvidas mais comuns sobre a
tarifa de energia elétrica, e o processo de revisão tarifária
em 17 perguntas e respostas.
3
1- O que é tarifa de energia elétrica?
A tarifa de energia elétrica é a composição de valores
calculados que representam cada parcela dos investimentos e
operações técnicas realizados pelos agentes da cadeia de
produção e da estrutura necessária para que a energia possa
ser utilizada pelo consumidor.
A tarifa representa, portanto, a soma de todos os componentes
do processo industrial de geração, transporte (transmissão e
distribuição) e comercialização de energia elétrica. São
acrescidos ainda os encargos direcionados ao custeio da
aplicação de políticas públicas.
Os impostos e encargos estão relacionados na conta de luz.
geração
de energia
transporte de energia
até as casas (fio)
transmissão + distribuição
encargos
e tributos
+
+
O QUE ESTÁ EMBUTIDO NO CUSTO DE ENERGIA
QUE CHEGA ÀS RESIDÊNCIAS?
PARA ENTENDER AS TARIFAS
4
2- Tarifa significa o mesmo que preço da energia pago na
contamensaldeluz?
Não. A conta de luz de cada consumidor contém o preço final,
que é a tarifa definida pela Aneel, mais os impostos não incluídos
nos custos da energia elétrica, como ICMS, PIS e COFINS.
3-Qualéovaloradequadoparaatarifadeenergiaelétrica?
Atarifadeveterovalornecessárioparagarantirofornecimentode
energia, assegurar aos prestadores de serviços ganhos suficientes
para cobrir os custos operacionais eficientes, remunerar
adequadamenteosinvestimentosnecessáriosparaaexpansãoda
capacidadeegarantiraboaqualidadedeatendimento.
4-Qualéadiferençaentrerevisãotarifáriaperiódica,revisão
extraordináriaereajustetarifário?
O reajuste e as revisões são mecanismos pelos quais as tarifas de
energia elétrica podem ser alteradas. Estão previstos nos contratos
de concessão e permitem a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro das concessionárias, conforme a lei.
Reajuste tarifário anual tem por objetivo repassar os custos não
gerenciáveis e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis.
O reajuste acontece anualmente, na data de “aniversário” do
contrato de concessão (Veja tabela na última página).
Revisão tarifária periódica ocorre a cada quatro anos, em
média, com o objetivo de preservar o equilíbrio econômico-
financeiro da concessão.
Revisão extraordinária pode ocorrer a qualquer tempo,
independentemente dos reajustes e revisões anteriormente
5
mencionados, se houver alterações significativas comprovadas
nos custos da concessionária e/ou modificação ou extinção de
tributos e encargos posteriores à assinatura do contrato,
quando comprovado o seu impacto sobre os custos da empresa.
5-Noanodarevisãoocorretambémoreajustetarifário?
Não. Os reajustes anuais de tarifas só ocorrem nos anos situados
entre as revisões tarifárias periódicas. No ano da revisão
periódica, é feito o reposicionamento das tarifas, que se baseia
em regras diferentes daquelas aplicadas ao reajuste tarifário.
6-OqueéRevisãoTarifária?
É o processo de revisão dos valores das tarifas cobradas aos
consumidores pelas empresas concessionárias de distribuição de
energia elétrica. O valor dessas tarifas pode ser alterado, pela
ANEEL, para mais ou para menos. Isso dependerá das mudanças
ocorridas nos custos e no mercado das empresas, da comparação
dessas tarifas com as de outras empresas semelhantes no
exterior, da eficiência da empresa, da necessidade de obter tarifas
mais justas e retorno adequado aos empresários.
7-Qualéoprincipalobjetivodarevisão?
Garantir uma tarifa justa tanto para os consumidores quanto
para os investidores e estimular o aumento da eficiência e da
qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica.
8-Arevisãotrazalgumtipodeganhoparaosconsumidores?
Sim, porque ela prevê mecanismos que incentivam as
6
concessionárias a reduzir custos e a ser mais eficientes na
prestação dos serviços. Os ganhos de produtividade obtidos
pela empresa durante o período tarifário são repassados aos
consumidores na revisão tarifária subseqüente. Além disso, os
ganhos de produtividade das empresas previstos para o
período compreendido entre as revisões, decorrentes do
crescimento do consumo de energia, são compartilhados com
os consumidores.
9-Arevisãotarifáriaéobrigatória?
Sim. Está prevista em lei e nos contratos de concessão assinados
entreasdistribuidoraseaUnião.
10-Todasasdistribuidorasdevempassarporesseprocesso?
Sim. No primeiro ciclo, 17 concessionárias passaram pelo
processo em 2003, mais 27 em 2004, outras16 em 2005 e uma
finalizada no início de 2006.
O segundo ciclo da revisão periódica inicia em 2007, com sete
concessionárias. Veja tabela na última página.
11-Comoéfeitaarevisãotarifária?
Na revisão são feitos dois tipos de cálculo: o primeiro consiste
em apurar o valor do reposicionamento tarifário, com o objetivo
de determinar um nível de tarifa que permita à concessionária
cobrir os custos não gerenciáveis e os custos operacionais
eficientes, além de proporcionar a adequada remuneração dos
investimentos prudentes realizados. O segundo cálculo consiste
na definição do fator X (Veja questão nº 13).
7
12- O que são custos gerenciáveis e não gerenciáveis da
distribuidora?
Os custos gerenciáveis decorrem dos serviços prestados
diretamente pelas concessionárias como distribuição de
energia, manutenção da rede, cobrança das contas, centrais de
atendimento e remuneração dos investimentos. A parcela de
custos gerenciáveis é denominada Parcela B nos contratos de
concessão e corresponde a cerca de 25% da receita da
distribuidora. Para o cálculo dessa parcela, aplica-se o conceito
de Empresa de Referência, que é uma empresa-modelo com
custos operacionais eficientes e definem-se os investimentos
prudentes, limitados aos calculados pela ANEEL.
Os custos não gerenciáveis, por sua vez, são aqueles relativos aos
serviços de geração e transmissão de energia contratados pela
distribuidora e ao pagamento de obrigações setoriais. Essa parcela
é denominada Parcela A nos contratos de concessão e corresponde
a aproximadamente 75% da receita das concessionárias.
13-OqueéofatorX?
É um índice fixado pela ANEEL na época da revisão tarifária. Sua
função é repassar ao consumidor os ganhos de produtividade
PARCELA A
Compra de energia
Receita do Serviço de Distribuição
Transmissão
Encargos Setoriais
Custos Operacionais
Cota de Depreciação
Remuneração
do Investimento
PARCELA B
Tarifa de energia = Parcela A + Parcela B
8
estimados da concessionária decorrentes do crescimento do
mercado e do aumento do consumo dos clientes existentes.
Assim, o mecanismo contribui para a modicidade tarifária.
14- E como ocorre o repasse desses ganhos de produtividade
paraosconsumidores?
Por meio da aplicação do fator X nos cálculos da revisão tarifária
periódica. O fator X funciona, na maioria das vezes, como um
redutor dos índices de reajuste das tarifas cobradas aos
consumidores. É um percentual que será deduzido do IGP-M*
(índice definido nos contratos de concessão para a atualização
monetária dos custos gerenciáveis) nos reajustes tarifários
anuaisposterioresàrevisãoperiódica.
* IGP-M: Índice Geral de Preços ao Mercado da Fundação
GetúlioVargas(FGV)
15-OfatorXéomesmoparatodasasempresas?
Não. Como as distribuidoras têm estruturas de custos e
mercados diferentes entre si, a ANEEL calcula um fator X
distinto para cada uma delas.
Exemplo: em 2006, o fator X de uma empresa foi calculado
em 1,26%. Esse percentual foi deduzido do IGP-M utilizado
no reajuste tarifário da empresa em novembro de 2006, que,
na ocasião, havia atingido 3,13%. Com a dedução do fator X,
o índice de atualização da Parcela B foi reduzido para 1,87%
(3,13% - 1,26%). Neste exemplo, a aplicação do fator X
resultou numa redução de 0,45% no índice final de reajuste
da empresa, que acabou ficando em 11,69% (se não houvesse
o fator X, o índice final teria sido 12,14%).
9
16-Comosãoremuneradasasdistribuidoras?
Por meio de um percentual calculado pela ANEEL, atualmente
fixado em 9,95%, que incide sobre a base de remuneração da
empresa. Esta base consiste no montante de investimentos
realizados pelas distribuidoras, na prestação dos serviços, que
será coberto pelas tarifas cobradas aos consumidores. A
definição da base de remuneração é fundamental tanto para a
preservação dos investimentos no serviço público de
distribuição de energia elétrica quanto para a proteção dos
consumidorescontrapreçosinjustos.
17-QualametodologiaadotadapelaANEELparaocálculoda
basederemuneraçãoeporqueelafoiescolhida?
A ANEEL considerou o método do custo de reposição a valor de
mercado como o mais adequado aos princípios regulatórios,
sobretudo no que refere ao equilíbrio da relação entre
concessionárias e consumidores. O fator determinante na
escolha da ANEEL foi a coerência dos custos com os
investimentos estritamente necessários à prestação dos
serviços, denominados investimentos prudentes, que devem
ser remunerados pela tarifa. De acordo com essa metodologia,
a definição da base de remuneração considera apenas o valor
dos ativos das concessionárias que estejam efetivamente
prestando serviços ao consumidor (subestações, linhas de
distribuição, edifícios etc). Conforme previsto na Resolução
ANEEL nº 234/2006, esse valor será comparado com modelos
referenciais estabelecidos pela Agência, específicos para cada
empresa, que reflitam as condições econômicas e geográficas
de suas respectivas áreas de concessão e os níveis de eficiência
na prestação dos serviços. O objetivo dessa metodologia é
evitar que sejam remunerados, nas tarifas cobradas dos
consumidores, ativos com valor acima do necessário para a
prestaçãodoserviço adequado.
10
REVISÕESTARIFÁRIASPERIÓDICAS
CONCESSIONÁRIASDISTRIBUIDORASDEENERGIAELÉTRICA
DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA
22/abr COELCE (CE)
04/jul ELETROPAULO (SP)
07/ago CELPA (PA)
07/ago ESCELSA-D (ES)
27/ago ELEKTRO (SP)
23/out BANDEIRANTE (SP), PIRATININGA (SP)
2007
03/fev
CSPE (SP), CPEE (SP), SANTA CRUZ (SP),
MOCOCA (SP), JAGUARI (SP), OESTE (PR)
07/fev SANTA MARIA (ES)
30/mar
COCEL (PR), URUSSANGA (SC),
JOÃO CESA (SC)
08/abr
ENERSUL (MS), CEMAT (MT),
CPFL (SP), CEMIG (MG)
19/abr RGE (RS), AES-SUL (RS)
22/abr
COELBA (BA), COSERN (RN),
ENERGIPE (SE)
10/mai V. PARANAPANEMA (SP), CAIUÁ (SP),
NACIONAL (SP), BRAGANTINA (SP)
18/jun CATAGUAZES (MG), CENF (RJ)
24/jun COPEL (PR)
28/jun DME (MG)
04/jul CELTINS (TO)
07/ago CELESC (SC), IENERGIA (SC)
26/ago CEB (DF), FORCEL (PR)
12/set CHESP (GO)
25/out CEEE-D (RS)
07/nov LIGHT (RJ)
14/dez SULGIPE (SE)
2008
DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA
29/jun ELETROCAR (RS), MUXFELDT (RS),
DEMEI-IJUI (RS), PANAMBI (RS)
04/fev CELB (PB)
15/mar AMPLA (RJ)
29/abr CELPE (PE)
28/ago CEAL (AL), CEPISA (PI),
CEMAR (MA), SAELPA (PB)
12/set CELG (GO)
01/nov BOA VISTA (RR), MANAUS ENERGIA (AM)
30/nov ELETROACRE (AC), CERON (RO)
28/dez NOVA PALMA (TO)
2009
DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA
07/fev COOPERALIANÇA (SC) 07/ago ESCELSA-D (ES)
2010
DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA
TOTAL
2007 7
ANO TOTAL - CONCESSIONÁRIAS
2008 36
2009 17
ANO TOTAL - CONCESSIONÁRIAS
2010 1
11
MISSÃO DA ANEEL
Proporcionar condições favoráveis para
que o mercado de energia elétrica se
desenvolva com equilíbrio entre os
agentes e em benefício da sociedade
Perguntas e respostas
Perguntas e respostas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-CemigNelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-CemigLilianMilena
 
A comercialização de energia no Brasil
A comercialização de energia no BrasilA comercialização de energia no Brasil
A comercialização de energia no BrasilCPFL RI
 
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public AdministrationEnergy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administrationtiaguini
 

Mais procurados (20)

Conjuntura da Comercialização de Energia no Brasil
Conjuntura da Comercialização de Energia no BrasilConjuntura da Comercialização de Energia no Brasil
Conjuntura da Comercialização de Energia no Brasil
 
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - Reunião Voto...
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - Reunião Voto...Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - Reunião Voto...
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica - Reunião Voto...
 
Ampliação do Mercado Livre de Energia - Comissão de Desenvolvimento Econômico...
Ampliação do Mercado Livre de Energia - Comissão de Desenvolvimento Econômico...Ampliação do Mercado Livre de Energia - Comissão de Desenvolvimento Econômico...
Ampliação do Mercado Livre de Energia - Comissão de Desenvolvimento Econômico...
 
Mercado Brasileiro: estrutura e mecanismos de incentivo
Mercado Brasileiro: estrutura e mecanismos de incentivoMercado Brasileiro: estrutura e mecanismos de incentivo
Mercado Brasileiro: estrutura e mecanismos de incentivo
 
Contribuição das energias renováveis para a mitigação de GEE: oportunidades e...
Contribuição das energias renováveis para a mitigação de GEE: oportunidades e...Contribuição das energias renováveis para a mitigação de GEE: oportunidades e...
Contribuição das energias renováveis para a mitigação de GEE: oportunidades e...
 
Concessões do Setor Elétrico - Paulo Pedrosa - Abrace
Concessões do Setor Elétrico - Paulo Pedrosa - AbraceConcessões do Setor Elétrico - Paulo Pedrosa - Abrace
Concessões do Setor Elétrico - Paulo Pedrosa - Abrace
 
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-CemigNelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
 
Arbitragem: contratos de energia elétrica - Seminário OAB
Arbitragem: contratos de energia elétrica - Seminário OABArbitragem: contratos de energia elétrica - Seminário OAB
Arbitragem: contratos de energia elétrica - Seminário OAB
 
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico BrasileiroII Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
II Encontro da Metereologia com a Nova Era do Setor Elétrico Brasileiro
 
Agenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e Perspectivas
Agenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e PerspectivasAgenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e Perspectivas
Agenda Setorial 2017: Abastecimento, Preço e Perspectivas
 
O setor elétrico e as novas fronteiras globais - Brasil Energy Frontiers
O setor elétrico e as novas fronteiras globais - Brasil Energy FrontiersO setor elétrico e as novas fronteiras globais - Brasil Energy Frontiers
O setor elétrico e as novas fronteiras globais - Brasil Energy Frontiers
 
Princípios da comercialização de energia aplicados aos projetos de energia so...
Princípios da comercialização de energia aplicados aos projetos de energia so...Princípios da comercialização de energia aplicados aos projetos de energia so...
Princípios da comercialização de energia aplicados aos projetos de energia so...
 
Risco hidrológico - Mecanismo de Realocação de Energia (MRE)
Risco hidrológico - Mecanismo de Realocação de Energia (MRE)Risco hidrológico - Mecanismo de Realocação de Energia (MRE)
Risco hidrológico - Mecanismo de Realocação de Energia (MRE)
 
A comercialização de energia no Brasil
A comercialização de energia no BrasilA comercialização de energia no Brasil
A comercialização de energia no Brasil
 
Perspectivas do Setor Elétrico 2017 a 2021 - A ótica do mercado (ENASE 2017)
Perspectivas do Setor Elétrico 2017 a 2021 - A ótica do mercado (ENASE 2017)Perspectivas do Setor Elétrico 2017 a 2021 - A ótica do mercado (ENASE 2017)
Perspectivas do Setor Elétrico 2017 a 2021 - A ótica do mercado (ENASE 2017)
 
Gtenergia
GtenergiaGtenergia
Gtenergia
 
Reunião com o Ministério de Minas e Energia (6/3/2015) - Visão Geral da CCEE
Reunião com o Ministério de Minas e Energia (6/3/2015) - Visão Geral da CCEEReunião com o Ministério de Minas e Energia (6/3/2015) - Visão Geral da CCEE
Reunião com o Ministério de Minas e Energia (6/3/2015) - Visão Geral da CCEE
 
Comercialização de Energia Elétrica: mercado livre e representatividade da bi...
Comercialização de Energia Elétrica: mercado livre e representatividade da bi...Comercialização de Energia Elétrica: mercado livre e representatividade da bi...
Comercialização de Energia Elétrica: mercado livre e representatividade da bi...
 
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public AdministrationEnergy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
 
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétricaPanorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica
Panorama e perspectivas da comercialização de energia elétrica
 

Semelhante a Perguntas e respostas

17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifei
17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifei17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifei
17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifeiitgfiles
 
Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...
Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...
Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...CPFL Energia
 
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltrica
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltricaCusto marginal do_dficit_de_energia_eltrica
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltricaAlessandro Fontes
 
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...RPEnergia
 
TD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da Eletropaulo
TD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da EletropauloTD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da Eletropaulo
TD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da EletropauloDelta Economics & Finance
 
Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial
Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial
Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial Conrado Augustus de Melo
 
Revista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª ediçãoRevista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Alexandre Fernandes - ADENE
Alexandre Fernandes - ADENEAlexandre Fernandes - ADENE
Alexandre Fernandes - ADENEken.nunes
 
CPI Requerimento 71 - 08/09/09
CPI Requerimento 71 - 08/09/09CPI Requerimento 71 - 08/09/09
CPI Requerimento 71 - 08/09/09Alexandre Santos
 
03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.ppt
03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.ppt03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.ppt
03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.pptken.nunes
 
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barataCâmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barataIsrael Cabral
 
1 Tarifas de Energia Elétrica
1 Tarifas de Energia Elétrica 1 Tarifas de Energia Elétrica
1 Tarifas de Energia Elétrica Roberto Ushisima
 

Semelhante a Perguntas e respostas (20)

Caderno aneel tarifas
Caderno aneel   tarifasCaderno aneel   tarifas
Caderno aneel tarifas
 
Caderno4capa
Caderno4capaCaderno4capa
Caderno4capa
 
Celpe
CelpeCelpe
Celpe
 
17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifei
17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifei17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifei
17.ago ruby 14.00_painel m&v_unifei
 
Usp 23 07 07
Usp 23 07 07Usp 23 07 07
Usp 23 07 07
 
Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...
Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...
Workshop EE 2014 - 04. Marcelo Sigoli - A Visão da Abesco Sobre Eficiência ...
 
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltrica
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltricaCusto marginal do_dficit_de_energia_eltrica
Custo marginal do_dficit_de_energia_eltrica
 
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
Como entender e diminuir os gastos com o consumo de energia elétrica nas empr...
 
TD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da Eletropaulo
TD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da EletropauloTD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da Eletropaulo
TD - 2003 - Fator X na Revisão Tarifária da Eletropaulo
 
Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial
Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial
Padrões de Eficiência Energética para Equipamentos Elétricos de uso Residencial
 
Perspectivas do Setor Elétrico
Perspectivas do Setor ElétricoPerspectivas do Setor Elétrico
Perspectivas do Setor Elétrico
 
Revista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª ediçãoRevista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª edição
 
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletricoDIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
DIEESE - Nota tecnica114 concessoes setor eletrico
 
Alexandre Fernandes - ADENE
Alexandre Fernandes - ADENEAlexandre Fernandes - ADENE
Alexandre Fernandes - ADENE
 
4 - P&D
4 - P&D4 - P&D
4 - P&D
 
CPI Requerimento 71 - 08/09/09
CPI Requerimento 71 - 08/09/09CPI Requerimento 71 - 08/09/09
CPI Requerimento 71 - 08/09/09
 
03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.ppt
03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.ppt03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.ppt
03 APA ICS Alexandre Fernandes ADENE 17 02 09.ppt
 
White certificates: um mercado de títulos de eficiência energética para o Brasil
White certificates: um mercado de títulos de eficiência energética para o BrasilWhite certificates: um mercado de títulos de eficiência energética para o Brasil
White certificates: um mercado de títulos de eficiência energética para o Brasil
 
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barataCâmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
 
1 Tarifas de Energia Elétrica
1 Tarifas de Energia Elétrica 1 Tarifas de Energia Elétrica
1 Tarifas de Energia Elétrica
 

Último

Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfMarcos Boaventura
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 

Último (7)

Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 

Perguntas e respostas

  • 1. PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TARIFAS DAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA
  • 2.
  • 3. PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TARIFAS DAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA Brasília, DF 2007
  • 4. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Diretoria Jerson Kelman Diretor-geral Edvaldo Alves de Santana Joísa Campanher Dutra Saraiva José Guilherme Silva Menezes Senna Romeu Donizete Rufino Diretores Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil). Perguntas e respostas sobre tarifas das distribuidoras de energia elétrica / Agência Nacional de Energia Elétrica. – Brasília : ANEEL, 2007. 11 p. : il. 1. Tarifa elétrica - Brasil . 2. Revisão tarifária - Brasil . 3. Fornecimento de energia . I. Título. CDU: 338.516.46:621.31 (81) CIP. Brasil. Catalogação-na-Publicação Centro de Documentação - CEDOC
  • 5. APRESENTAÇÃO A energia elétrica é essencial no dia-a-dia da sociedade, seja nas residências ou nos diversos segmentos da economia. Acender o interruptor de luz, ligar uma máquina na indústria ou a geladeira num restaurante são gestos comuns e rotineiros dos consumidores, mas primordiais para o desenvolvimento do país. Para possibilitar esse gesto, como apertar o interruptor, existe toda uma estrutura de geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica para garantir o fornecimento de energia, com continuidade e, principalmente, qualidade. A garantia do abastecimento, os custos para a geração e transporte de energia elétrica são cobrados por meio de tarifas. Os consumidores pagam as tarifas às distribuidoras para a prestação do serviço de fornecimento de energia. Os contratos de concessão, assinados pelas distribuidoras com a União - representada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) - estabelecem a composição das tarifas e as fórmulas dos reajustes anuais e exigem revisões tarifarias periódicas. A ANEEL tem a responsabilidade de fixar as tarifas de energia elétrica de forma a promover a modicidade tarifária na defesa do interesse público e o equilíbrio econômico- financeiro dos agentes que prestam os serviços de energia. E a revisão tarifária periódica é fundamental para alcançar esses compromissos. Nesta publicação, estão as dúvidas mais comuns sobre a tarifa de energia elétrica, e o processo de revisão tarifária em 17 perguntas e respostas. 3
  • 6. 1- O que é tarifa de energia elétrica? A tarifa de energia elétrica é a composição de valores calculados que representam cada parcela dos investimentos e operações técnicas realizados pelos agentes da cadeia de produção e da estrutura necessária para que a energia possa ser utilizada pelo consumidor. A tarifa representa, portanto, a soma de todos os componentes do processo industrial de geração, transporte (transmissão e distribuição) e comercialização de energia elétrica. São acrescidos ainda os encargos direcionados ao custeio da aplicação de políticas públicas. Os impostos e encargos estão relacionados na conta de luz. geração de energia transporte de energia até as casas (fio) transmissão + distribuição encargos e tributos + + O QUE ESTÁ EMBUTIDO NO CUSTO DE ENERGIA QUE CHEGA ÀS RESIDÊNCIAS? PARA ENTENDER AS TARIFAS 4
  • 7. 2- Tarifa significa o mesmo que preço da energia pago na contamensaldeluz? Não. A conta de luz de cada consumidor contém o preço final, que é a tarifa definida pela Aneel, mais os impostos não incluídos nos custos da energia elétrica, como ICMS, PIS e COFINS. 3-Qualéovaloradequadoparaatarifadeenergiaelétrica? Atarifadeveterovalornecessárioparagarantirofornecimentode energia, assegurar aos prestadores de serviços ganhos suficientes para cobrir os custos operacionais eficientes, remunerar adequadamenteosinvestimentosnecessáriosparaaexpansãoda capacidadeegarantiraboaqualidadedeatendimento. 4-Qualéadiferençaentrerevisãotarifáriaperiódica,revisão extraordináriaereajustetarifário? O reajuste e as revisões são mecanismos pelos quais as tarifas de energia elétrica podem ser alteradas. Estão previstos nos contratos de concessão e permitem a manutenção do equilíbrio econômico- financeiro das concessionárias, conforme a lei. Reajuste tarifário anual tem por objetivo repassar os custos não gerenciáveis e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis. O reajuste acontece anualmente, na data de “aniversário” do contrato de concessão (Veja tabela na última página). Revisão tarifária periódica ocorre a cada quatro anos, em média, com o objetivo de preservar o equilíbrio econômico- financeiro da concessão. Revisão extraordinária pode ocorrer a qualquer tempo, independentemente dos reajustes e revisões anteriormente 5
  • 8. mencionados, se houver alterações significativas comprovadas nos custos da concessionária e/ou modificação ou extinção de tributos e encargos posteriores à assinatura do contrato, quando comprovado o seu impacto sobre os custos da empresa. 5-Noanodarevisãoocorretambémoreajustetarifário? Não. Os reajustes anuais de tarifas só ocorrem nos anos situados entre as revisões tarifárias periódicas. No ano da revisão periódica, é feito o reposicionamento das tarifas, que se baseia em regras diferentes daquelas aplicadas ao reajuste tarifário. 6-OqueéRevisãoTarifária? É o processo de revisão dos valores das tarifas cobradas aos consumidores pelas empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica. O valor dessas tarifas pode ser alterado, pela ANEEL, para mais ou para menos. Isso dependerá das mudanças ocorridas nos custos e no mercado das empresas, da comparação dessas tarifas com as de outras empresas semelhantes no exterior, da eficiência da empresa, da necessidade de obter tarifas mais justas e retorno adequado aos empresários. 7-Qualéoprincipalobjetivodarevisão? Garantir uma tarifa justa tanto para os consumidores quanto para os investidores e estimular o aumento da eficiência e da qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica. 8-Arevisãotrazalgumtipodeganhoparaosconsumidores? Sim, porque ela prevê mecanismos que incentivam as 6
  • 9. concessionárias a reduzir custos e a ser mais eficientes na prestação dos serviços. Os ganhos de produtividade obtidos pela empresa durante o período tarifário são repassados aos consumidores na revisão tarifária subseqüente. Além disso, os ganhos de produtividade das empresas previstos para o período compreendido entre as revisões, decorrentes do crescimento do consumo de energia, são compartilhados com os consumidores. 9-Arevisãotarifáriaéobrigatória? Sim. Está prevista em lei e nos contratos de concessão assinados entreasdistribuidoraseaUnião. 10-Todasasdistribuidorasdevempassarporesseprocesso? Sim. No primeiro ciclo, 17 concessionárias passaram pelo processo em 2003, mais 27 em 2004, outras16 em 2005 e uma finalizada no início de 2006. O segundo ciclo da revisão periódica inicia em 2007, com sete concessionárias. Veja tabela na última página. 11-Comoéfeitaarevisãotarifária? Na revisão são feitos dois tipos de cálculo: o primeiro consiste em apurar o valor do reposicionamento tarifário, com o objetivo de determinar um nível de tarifa que permita à concessionária cobrir os custos não gerenciáveis e os custos operacionais eficientes, além de proporcionar a adequada remuneração dos investimentos prudentes realizados. O segundo cálculo consiste na definição do fator X (Veja questão nº 13). 7
  • 10. 12- O que são custos gerenciáveis e não gerenciáveis da distribuidora? Os custos gerenciáveis decorrem dos serviços prestados diretamente pelas concessionárias como distribuição de energia, manutenção da rede, cobrança das contas, centrais de atendimento e remuneração dos investimentos. A parcela de custos gerenciáveis é denominada Parcela B nos contratos de concessão e corresponde a cerca de 25% da receita da distribuidora. Para o cálculo dessa parcela, aplica-se o conceito de Empresa de Referência, que é uma empresa-modelo com custos operacionais eficientes e definem-se os investimentos prudentes, limitados aos calculados pela ANEEL. Os custos não gerenciáveis, por sua vez, são aqueles relativos aos serviços de geração e transmissão de energia contratados pela distribuidora e ao pagamento de obrigações setoriais. Essa parcela é denominada Parcela A nos contratos de concessão e corresponde a aproximadamente 75% da receita das concessionárias. 13-OqueéofatorX? É um índice fixado pela ANEEL na época da revisão tarifária. Sua função é repassar ao consumidor os ganhos de produtividade PARCELA A Compra de energia Receita do Serviço de Distribuição Transmissão Encargos Setoriais Custos Operacionais Cota de Depreciação Remuneração do Investimento PARCELA B Tarifa de energia = Parcela A + Parcela B 8
  • 11. estimados da concessionária decorrentes do crescimento do mercado e do aumento do consumo dos clientes existentes. Assim, o mecanismo contribui para a modicidade tarifária. 14- E como ocorre o repasse desses ganhos de produtividade paraosconsumidores? Por meio da aplicação do fator X nos cálculos da revisão tarifária periódica. O fator X funciona, na maioria das vezes, como um redutor dos índices de reajuste das tarifas cobradas aos consumidores. É um percentual que será deduzido do IGP-M* (índice definido nos contratos de concessão para a atualização monetária dos custos gerenciáveis) nos reajustes tarifários anuaisposterioresàrevisãoperiódica. * IGP-M: Índice Geral de Preços ao Mercado da Fundação GetúlioVargas(FGV) 15-OfatorXéomesmoparatodasasempresas? Não. Como as distribuidoras têm estruturas de custos e mercados diferentes entre si, a ANEEL calcula um fator X distinto para cada uma delas. Exemplo: em 2006, o fator X de uma empresa foi calculado em 1,26%. Esse percentual foi deduzido do IGP-M utilizado no reajuste tarifário da empresa em novembro de 2006, que, na ocasião, havia atingido 3,13%. Com a dedução do fator X, o índice de atualização da Parcela B foi reduzido para 1,87% (3,13% - 1,26%). Neste exemplo, a aplicação do fator X resultou numa redução de 0,45% no índice final de reajuste da empresa, que acabou ficando em 11,69% (se não houvesse o fator X, o índice final teria sido 12,14%). 9
  • 12. 16-Comosãoremuneradasasdistribuidoras? Por meio de um percentual calculado pela ANEEL, atualmente fixado em 9,95%, que incide sobre a base de remuneração da empresa. Esta base consiste no montante de investimentos realizados pelas distribuidoras, na prestação dos serviços, que será coberto pelas tarifas cobradas aos consumidores. A definição da base de remuneração é fundamental tanto para a preservação dos investimentos no serviço público de distribuição de energia elétrica quanto para a proteção dos consumidorescontrapreçosinjustos. 17-QualametodologiaadotadapelaANEELparaocálculoda basederemuneraçãoeporqueelafoiescolhida? A ANEEL considerou o método do custo de reposição a valor de mercado como o mais adequado aos princípios regulatórios, sobretudo no que refere ao equilíbrio da relação entre concessionárias e consumidores. O fator determinante na escolha da ANEEL foi a coerência dos custos com os investimentos estritamente necessários à prestação dos serviços, denominados investimentos prudentes, que devem ser remunerados pela tarifa. De acordo com essa metodologia, a definição da base de remuneração considera apenas o valor dos ativos das concessionárias que estejam efetivamente prestando serviços ao consumidor (subestações, linhas de distribuição, edifícios etc). Conforme previsto na Resolução ANEEL nº 234/2006, esse valor será comparado com modelos referenciais estabelecidos pela Agência, específicos para cada empresa, que reflitam as condições econômicas e geográficas de suas respectivas áreas de concessão e os níveis de eficiência na prestação dos serviços. O objetivo dessa metodologia é evitar que sejam remunerados, nas tarifas cobradas dos consumidores, ativos com valor acima do necessário para a prestaçãodoserviço adequado. 10
  • 13. REVISÕESTARIFÁRIASPERIÓDICAS CONCESSIONÁRIASDISTRIBUIDORASDEENERGIAELÉTRICA DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA 22/abr COELCE (CE) 04/jul ELETROPAULO (SP) 07/ago CELPA (PA) 07/ago ESCELSA-D (ES) 27/ago ELEKTRO (SP) 23/out BANDEIRANTE (SP), PIRATININGA (SP) 2007 03/fev CSPE (SP), CPEE (SP), SANTA CRUZ (SP), MOCOCA (SP), JAGUARI (SP), OESTE (PR) 07/fev SANTA MARIA (ES) 30/mar COCEL (PR), URUSSANGA (SC), JOÃO CESA (SC) 08/abr ENERSUL (MS), CEMAT (MT), CPFL (SP), CEMIG (MG) 19/abr RGE (RS), AES-SUL (RS) 22/abr COELBA (BA), COSERN (RN), ENERGIPE (SE) 10/mai V. PARANAPANEMA (SP), CAIUÁ (SP), NACIONAL (SP), BRAGANTINA (SP) 18/jun CATAGUAZES (MG), CENF (RJ) 24/jun COPEL (PR) 28/jun DME (MG) 04/jul CELTINS (TO) 07/ago CELESC (SC), IENERGIA (SC) 26/ago CEB (DF), FORCEL (PR) 12/set CHESP (GO) 25/out CEEE-D (RS) 07/nov LIGHT (RJ) 14/dez SULGIPE (SE) 2008 DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA 29/jun ELETROCAR (RS), MUXFELDT (RS), DEMEI-IJUI (RS), PANAMBI (RS) 04/fev CELB (PB) 15/mar AMPLA (RJ) 29/abr CELPE (PE) 28/ago CEAL (AL), CEPISA (PI), CEMAR (MA), SAELPA (PB) 12/set CELG (GO) 01/nov BOA VISTA (RR), MANAUS ENERGIA (AM) 30/nov ELETROACRE (AC), CERON (RO) 28/dez NOVA PALMA (TO) 2009 DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA 07/fev COOPERALIANÇA (SC) 07/ago ESCELSA-D (ES) 2010 DATA CONCESSIONÁRIA DATA CONCESSIONÁRIA TOTAL 2007 7 ANO TOTAL - CONCESSIONÁRIAS 2008 36 2009 17 ANO TOTAL - CONCESSIONÁRIAS 2010 1 11
  • 14. MISSÃO DA ANEEL Proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade