4. Personagem
Todo roteiro tem, ao menos, 1.
Nem sempre é uma pessoa.
Ponto de entrada do filme para sua plateia.
Serve como o veículo para a jornada emocional do
espectador.
Sem um herói com quem possa se identificar, uma audiência
pode até assistir a um filme, mas nunca o experimentará
emocionalmente.
CATIVAR. Por que alguém passaria um tempo diante da tela
assistindo seu personagem?
TRIDIMENSIONALIZAR.
Quem é o meu personagem?
5. Desejo
É o poder que dirige sua história.
Quanto mais interessante o desejo do personagem,
mais envolvida estará a plateia.
A vida dele nunca estará completa sem realizar esse
desejo ou ele poderia passar sem realizá-lo?
Importa menos o tipo de desejo e mais a relação do
personagem com ele.
Esse desejo consegue prender a atenção da plateia?
O que o meu personagem deseja?
6. Conflito
Seu personagem enfrentará obstáculos (internos ou
externos) aparentemente insuperáveis para alcançar
os seus objetivos.
Sem conflito não há personagem; sem personagem
não há ação; sem ação não há estória; sem estória
não há roteiro.
Qual obstáculo o meu personagem precisa encarar
para conseguir o que deseja?
7. Coragem
Seu personagem precisa lutar para alcançar seus
objetivos, senão o conflito não é grande o bastante,
e a audiência estará assistindo o filme em lugar de
sentindo-o.
O que está realmente em jogo para o meu herói?
Onde ele encontra a coragem necessária para
superar seu obstáculo?
8. Paradigma do roteiro: divisão em três atos
(acontecimento que impede o
personagem de realizar o seu desejo)
(acontecimento que, ou resolve o
problema do personagem, fazendo-o
alcançar seu desejo, ou que o afunda
de vez)
(apresentar o
PERSONAGEM
e o seu DESEJO)
(personagem vive o
CONFLITO)
A partir da CORAGEM,
o que acontece com o
personagem ?
9. Exercitando
Vida Maria (Márcio Ramos, 2006, 8’)
Dois e Meio (Alexandre Serafini, 2011, 18’)
Paperman (John Kahrs, 2012, 6’)
VT GNT (Agência AGE, 1999, 45”)
A Nona Vitima (Diego Zon, 2011, 10’)
405 (Bruce Branit, 2000, 3’)
Um Gato no Céu (Hanna Barbera, 1958, 7’)
Julieta de Bicicleta (Marcos Hinke, 10’).
Galinha D'Angola (Daniel Salaroli, 11’)
10. Storyline ou Sinopse
“Uma história em uma única frase”.
É como um micro-conto, onde você escreverá o
resumo da sua história.
Explicar, em pinceladas rápidas, quem é o
personagem, o que ocorreu, onde, quando e
como. Em geral tem apenas um parágrafo e escrito
no tempo presente.
Uma boa dica ao escrever sua storyline é partir da
ideia dos quatro elementos e dos três atos: “Era
uma vez alguém que queria algo. Ele passou por
isso e isso, até que, no fim, aconteceu aquilo.”
Início, meio e fim?
11. Storyline ou Sinopse
Exemplo: “Entreturnos”.
Vitória, Espírito Santo. Beto, um cobrador de ônibus, é
casado com Gilda. O casal tem dificuldades para ter um
filho. Beto se aproxima de Leia, dona de um bar frequentado
por ele. Com a chegada de Valcir, amigo de Leia, forma-se
um triângulo amoroso que resulta na gravidez de Leia. Um
acontecimento inesperado transformará a vida de todos.
12. Argumento
A palavra vem do latim argumentum, que
significa justificativa.
Também é um resumo, só que maior que a
storyline, com mais detalhes. Nele situamos a
história no tempo e no espaço, explicitamos
mais os personagens e o percurso das ações. Os
três atos são mais desenvolvidos e claros.
Embora o argumento de um curta-metragem
raramente passe de duas páginas, não existe um
padrão de tamanho.
13. Roteiro
Formato de “Master Scenes”, dividido em três
partes:
CABEÇALHO.
AÇÃO.
DIÁLOGO.
Cada página do roteiro equivale a,
aproximadamente, 1 minuto de filme na tela.
Tem poucas regras.
14. Escaleta
Etapa anterior ao roteiro, chamada de escaleta.
Quase igual ao roteiro, porém sem diálogos
(mas há a indicação de que eles existem).
“Escaletar” é fundamental para se focar no
encadeamento das ações.
Inserir diálogos é, via de regra, a última fase de
redação do roteiro.
15. Roteiro para documentário
" Roteiro de intenções, baseado em:
" Pesquisa do assunto / tema.
" Eleição e descrição dos objetos de abordagem.
" Abordagens já definidas serão mais facilmente
roteirizadas:
" Imagens de arquivo.
" Trechos ficcionais.