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humberto costa
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
:: Da Educação Estésica à Educação
Estética em Curso Superior de Design ::
03
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
Como tudo começou?
04
Os aspectos estéticos têm mostrado mais
refratários a uma objetivação concretamente
exequível.
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
FONTOURA(2002); FIGURELLI (2007); COSTA (2017)
05
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
Não só os objetos da arte são passíveis
de fruição e de desencadear uma
experiência estética.
DZIEMIDOK (1996)
06
O estético não é exclusivo do artístico !
Entendemos a Estética por uma perspectiva ampliada:
fruto da integração dos conhecimentos advindos dos
sentidos, do corpo e da reflexão, gerando experiências
estéticas profundas.
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
DZIEMIDOK (1996)
07
O mundo possibilita experiências estéticas para além dos
limites e padrões impostos e ...
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
FONTOURA(2002); DUARTE JR. (2008)
...são estas experiências que permitem o desenvolvimento
de uma sensibilidade acurada, sendo este um desafio para
a Educação contemporânea.
08
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
...pois o entendimento dos fenômenos requer uma vivência
estésica e estética e um compartilhamento daquilo que é
vivenciado, uma vez que afetam o sujeito e a sociedade.
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Se “design é dar sentido” aos fenômenos, então o papel do
Design vai para além de inventar, criar, designar...
DZIEMIDOK (1996); KRIPPENDORFF (2006), VERGANTI (2009)
09
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A educação do designer deve estimular
conhecimentos para além de questões de utilidade,
funcionalidade e racionalidade.
FONTOURA (2002); FERNANDES (2009)
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O processo educativo deve proporcionar um
conhecimento que seja capaz de conjugar
Racionalidade com Sensibilidade.
SCHILLER (2009)
11
Deve-se estimular e educar os
sentidos: o olhar, a audição, o
tato, o paladar e o olfato...
...com o propósito de auxiliar o
sujeito a perceber a realidade
de modo mais acurado.
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Duarte Jr. (2004)
12
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De acordo com um levantamento realizado acerca de
alguns cursos de Design, detectou-se a existência de
disciplinas destinadas a tratar da questão da Estética.
13
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A. centra-se na questão do artístico, mais especificamente em suas
questões históricas;
B. enfatiza-se a arte pictórica, tratando especificamente da pintura;
C. minimamente se abre espaço para tratar das outras artes plásticas e
de outras formas de arte;
D. a questão dos sentidos e da afetividade humana quando abordadas,
são consideradas de forma utilitária e racional.
14
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O estético se limita ao artístico!
Há pouco espaço para a Estesia!
16
Como se estabelecem as relações entre Estética,
Design e Educação, tendo por base a percepção de
estudantes de um Curso Superior Tecnológico em
Design?
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17
Compreender como se estabelecem as relações entre
Estética, Design e Educação, tendo por base a
percepção de estudantes de um Curso Superior
Tecnológico em Design.
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18
1 Identificar as significações de Estética;
2 Investigar os sentidos utilizados para avaliar afetivamente um
espaço;
3 Elaborar princípios norteadores voltados à integração da Educação
Estética em Cursos Superiores Tecnológicos em Design.
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19
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TESE
As significações de ‘Estética’ entre os alunos
de um curso superior de Design se
concentram em uma ‘Estética da aparência’.
20
Referencial Teórico
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21
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CIÊNCIA DO BELO
O estudo do belo na natureza, nas
atividades do homem e nos objetos
por ele criados.
O estético é o Belo, o Agradável, o
Harmônico, o Sublime, o Trágico, etc.
:: Estética da Beleza ::
(BOMFIM, 1998; FIGURELLI, 2007)
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22
FILOSOFIA DA ARTE
Ocupa-se do estudo da Arte.
Interpretação restrita do termo
e seus objetos são as atividades
artísticas, seus estilos e
normas.
:: Estética como Arte / Estética da Arte ::
(KANT, 1993; SCHILLER, 1963, 1997; BOMFIM, 1998; ROSENFIELD, 2001)
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23
CONHECIMENTO SENSÍVEL
A Estética se ocupa do estudo da percepção sensorial e dos
conhecimentos adquiridos por intermédio dessa
A Estética se volta para o conhecimento sobre a realidade
que é percebida pelos sentidos (o Conhecimento Estético).
:: Estético é tudo que se pode perceber sensorialmente ::
(KANT, 1993; SCHILLER, 1963, 1997; BOMFIM, 1998; ROSENFIELD, 2001; DUARTE Jr, 2004).
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24
A terceira interpretação para Estética
se mostra mais adequada para se
pensar o papel da Educação no
Design...
...bem como pode auxiliar o Design
no enfrentamentos dos desafios
contemporâneos.
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03
A Estética não se reduz à beleza ou à arte, pois tudo
aquilo que é percebido pelo homem, é passível de
despertar uma experiência estética.
(SCHILLER, 1963, 1997; BOMFIM, 1998; DUARTE Jr, 2004).
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03
Ampliar o conceito
de Estética.
27
:: Design e Aisthesis | Prof. Dr. Humberto Costa | humbertoccosta@gmail.com ::
A Dimensão dos Sentidos
O mundo é primeiramente conhecido mediante os sentidos,
sendo eles os responsáveis por colocar o homem em contato com
a realidade.
(DAMÁSIO, 1996; NORMAN, 2009)
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28
A Dimensão do Corpo/Comportamento
Permeado pelos conhecimentos que os sentidos proporcionam, o
homem consegue ampliar o ...
... espectro de ação do seu corpo/comportamento, tornando-se
ciente de sua sensorialidade e de sua corporalidade e...
(DAMÁSIO, 1996; NORMAN, 2009)
Programa de Pós-graduação em Design – PPGDesign | Doutorado em Design | UFPR | Prof. Dr. Aguinaldo dos Santos | Humberto CostaPrograma de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
29
A Dimensão do Reflexivo
As modificações operadas pelos sentidos e pela paisagem
corportamental, culminam e forjam um processo de significação
do vivenciado, de forma abrangente e profunda.
(NORMAN, 2009)
30
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... quando se tem ciência desses três patamares cognitivos, o
homem melhora sua compreensão acerca da sensibilidade,
do comportamento e simboliza o mundo que o rodeia...
...de forma consistente, profunda e principalmente, PRÓPRIA.
31
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Homem livre = Pensa por si mesmo! !
32
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O impulso sensível se constitui no desejo de
mudança e é responsável por deixar a marca do
humano no mundo.
Ele limita o homem para que ele não se perca em suas
abstrações.
(SCHILLER, 1963, 1997).
33
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O impulso formal parte da razão para estabelece regras
desarticuladas dos momentos e das particularidades.
Atua de modo a propiciar a permanência da essência a despeito
das alterações.
(SCHILLER, 1963, 1997).
34
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Como impulso sensível rege a natureza e o impulso
formal, a moral e as leis, ...
...o desafio da Educação é buscar maneiras de fazer
com que ambos os impulsos trabalhem em conjunto.
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35
Ao ser consciente de sua liberdade
e de sentir a sua existência, o
homem atua com base na intuição
plena de sua humanidade.
(SCHILLER, 1963, 1997).
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36
O homem é livre somente quando atua
a partir do impulso lúdico.
(SCHILLER, 1963, 1997).
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37
Um fenômeno pode voltar-se ao nosso estado sensível (nossa
existência e bem-estar): esta é sua Índole Física.
Pode voltar-se ao nosso entendimento, gerando conhecimento:
esta é sua Índole Lógica.
Pode voltar-se à nossa vontade e ser considerada como objeto de
escolha: esta é sua Índole Moral.
Pode voltar-se ao todo de nossas faculdades, mas sem ser objeto
de nenhuma delas: esta é sua ÍNDOLE ESTÉTICA.
(SCHILLER, 1963, 1997).
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39
Há, então..
...uma Educação para a Saúde (índole física);
uma Educação do Pensamento (índole lógica);
uma Educação para a Moralidade (índole moral) e
uma Educação Estética que permeia todas as anteriores!
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40
A Estética e a
Afetividade Humana
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41
Estética denota a capacidade do ser
humano de sentir e perceber a si
próprio e o mundo num todo
integrado, conduzindo as
percepções e as sensações para
dentro de si.
A importância de experimentar as
sensações nos chegam pelas vias dos
sentidos e que transformam nossa
paisagem comportamental e
reflexiva.
(BAUMGARTEN, 1993).
42
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A afetividade intervém ativamente,
sendo capaz de extraviar ou
estimular o pensamento.
A racionalidade só dá uma
radiografia da realidade, sem dar-lhe
substância.
O que dá substância a realidade são
os aspectos afetivos e envolvem os
objetos físicos e entidades como
família, pátria, povo, partido etc.
(OATLEY & JENKINS, 2002; DAMÁSIO, 2004; MORIN, 2005)
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43
Produtos e serviços evocam respostas afetivas e estas
influenciam tanto nas decisões de compra, no prazer de possuí-
los ou usá-los.
Os seres humanos se relacionam afetivamente com artefatos e
com serviços.
(DESMET, 2002; NORMAN, 2008)
44
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O conhecimento provido pelo sistema afetivo é desprezado
em detrimento daquele conhecimento que pode ser
mensurado e demonstrado em dados = Conhecimento
Racional.
(DAMÁSIO, 2004; MORIN, 2005)
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45
A Estética, o Design e a Educação
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A Estética no Design deve ocupar um lugar maior que o
âmbito da aparência.
46
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47
O Design ampliou a sua área de abrangência e isso constitui um
desafio para a Educação.
Além de ser propulsor de inovações, o Design passou a abranger
o domínio da experiência e a participar na elaboração dos
processos que estão por trás das experiências.
(NORMAN, 2008; FREIRE, 2011; COSTA, 2017)
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48
O Design cria políticas, envolve-se no desenvolvimento de
estratégias e filosofias e direciona os negócios.
... Design está envolvido desde o nível mais global até o mais
específico :: da estratégia aos resultado!
(MORITZ, 2005; MAGER, 2009; VERGANTI, 2009)
49
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As mudanças no campo do Design requerem norteamentos capazes
de demarcarem como a Estética pode se relacionar com a Educação
para auxiliar no enfrentamentos dos desafios contemporâneos.
50
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Design & Emoção
Design para Serviços
51
(NORMAN, 2008)
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:: Design e Aisthesis | Prof. Dr. Humberto Costa | humbertoccosta@gmail.com ::
Nível
Comportamental
Nível
Reflexivo
Nível
Visceral
Design
Comportamental
Design
Visceral
Design
Reflexivo
(NORMAN, 2008)
53
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O Design Visceral diz respeito aos
aspectos físicos e ao impacto afetivo
imediato causado por um fenômeno.
(NORMAN, 2008)
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54
O Design Comportamental está
relacionado ao uso sob o ponto de vista
objetivo.
Refere-se aos fatores comportamentais.
(NORMAN, 2008)
55
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O Design Reflexivo abarca as questões culturais e o
significado das experiências.
Refere-se ao significado dos eventos, a autoimagem e
as mensagens que são enviadas às outras pessoas.
(NORMAN, 2008)
56
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O Design para Serviços cuida de projetar toda a experiência
do serviço, do processo e da estratégia para entregá-lo.
(MORITZ, 2005; MAGER, 2009; COSTA, 2017)
57
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Está no âmbito do Design para
Serviços compreender o usuário,
a organização, o mercado...
...bem como desenvolver ideias
que possam ser traduzidas em
soluções possíveis de serem
implementadas e implementá-las.
(MORITZ, 2005; MAGER, 2009; COSTA, 2017)
58
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(NORMAN, 2008; COSTA, 2017)
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VISCERAL
Primeiro impacto
das condições
Ambientais.
COMPORTAMENTAL
Leitura do ambiente
para saber o que
fazer e aonde ir.
REFLEXIVA
Prazer que as
interações no
ambiente
proporcionam.
Emoções
Sentimentos
Cognição
Comportamento
Repertório
Emoções
Sentimentos
Cognição
Comportamento
Repertório
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Dimensões Estéticas do Servicescape
(COSTA, 2017)
60
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Desafios para a Educação em Cursos Superiores de Design
:: Ampliar a perspectiva da Estética;
:: Abordar a afetividade humana integrada com a perspectiva
Estética;
:: Estimular pesquisas acerca da relação entre Estética e Design
para além dos aspectos materiais, funcionais e racionais;
:: Conjugar os resultados das ações anteriores integrando-os às
diferentes habilitações do Design;
:: Adaptar-se a um cenário de aprendizagem que está em
constante devir.
:: Design e Aisthesis | Prof. Dr. Humberto Costa | humbertoccosta@gmail.com ::
61
Método de Pesquisa
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Problema Quanti-Quali
62
Método de Pesquisa
Objetivos
Exploratória
Descritiva
Perspectiva
Teórica
Fenomenológica
Métodos
Revisão Bibliográfica
Estudo de Caso
RBS e RBN
Roda Percepção Estética
Questionário
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64
ESTUDO DE CASO
Fenômeno contemporâneo / Contexto
da vida real;
Múltiplas fontes de evidências
alimentarão o estudo;
A quantidade de variáveis não permite
o controle;
A variedade de evidências – interações,
artefatos, emoções, etc.
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65
Estudo de Caso
Roda Percepção
Estética - RPE
Questionário
coletar as significações de Estética
segundo a percepção dos alunos.
verificar se os alunos conseguiam
avaliar afetivamente um espaço,
utilizando os sentidos.
Contou com a participação de aproximadamente 95 alunos, do 1º e do 4º
período do CST em Design Gráfico, do turno matutino e noturno .
77 alunos
89 alunos
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66
Estudo de Caso
Questionário
01 – No seu entender, o que é Estética?
02 – Na sua opinião, para que serve a Estética?
03 – Quando você ouve a palavra Estética, o que lhe vem à sua
cabeça?
“Arte”, “Beleza”, “Sentimento”, “Emoção”, “Mundo”, “Feio”,
“Cuidados com o Corpo”, “Clinicas/Centro de Estética” e “Outros”
67
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Roda de Percepção Estética - RPE
(COSTA, 2017)
68
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:: RPE :: Os dados foram analisados segundo as instruções de
Costa(2017).
:: Questionário :: Utilizou-se os “núcleos de significação”,
seguindo as instruções de Aguiar & Ozella (2006; 2013).
Análise dos Dados
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RESULTADOS, ANÁLISES E
DISCUSSÃO
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Questionário e os Núcleos de Significação (NS)
Os NS revelam os modos de pensar, agir e de sentir dos
participantes, baseado no movimento dialético de suas vidas
:: Leitura Flutuante;
:: Identificação dos Pré-indicadores;
:: Identificação dos Indicadores;
:: Definição dos Núcleos de Significação.
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Quadro 2 – Página 137
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72
Quadro 3 – Página 138
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73
NS 01 :: A Estética diz respeito à aparência ::
:: diz respeito aos aspectos pelo qual se julga algo, à parecença, à
manifestação e à revelação da realidade :: conhecer significa ver;
:: “Estética é a aparência de algo”, “(...) é a aparência visual de algo”, “(...) é
a aparência externa, visual das coisas”, “(...) o que avaliamos por seu visual”
etc;
:: sensibilidade e razão devem harmonizar-se para que se possa julgar a
aparência, pois ela é o ponto de partida para a busca da verdade;
:: todos os sentidos constroem o conhecimento da realidade;
:: Educação :: auxiliar o sujeito a construir conhecimentos a partir de
informações obtidas dos sentidos, conjugando sensibilidade e racionalidade.
(OATLEY & JENKINS, 2002; SCHILLER, 2002; DUARTE JR.,2004; ABBAGNANO, 2007; DAMÁSIO, 2009; 2011)
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NS 02 :: A Estética a partir de categorias estéticas ::
:: a Estética se reduz a categorias estéticas :: positivas;
:: a Estética circunscreve-se ao belo e ao agradável; Estética diz respeito à
harmonia; Estética como formadora da beleza; Estética como criação da
beleza; A Estética volta-se para o belo e para o harmonioso (...);
:: categorizar é limitar e não contribui para o avanço do conhecimento :: o
caráter sazonal das categorias;
:: se as categorias estéticas são importantes, há que se ampliar os estudos
para que os limites da visualidade/positividade sejam vencidos;
:: Educação :: ampliar o repertório do discente para que ele possa refletir a
partir da estesia para pode pensar em uma experiência estética abrangente.
(LALO, 1948; CROCE, 1947; BOMFIM, 1988; GOMES FILHO, 2000; DONDIS, 2007; CARCHIA & D'ÂNGELO, 2009)
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NS 03 :: A Estética como conhecimento sensível ::
:: o conhecimentos sensível não ultrapassa a sensorialidade. Está mais
presente nas falas dos alunos do último período o curso de Design;
:: Estética como conhecimento sensível; como disciplina de estudo; como
estudo da Beleza; como reflexão sobre a beleza (...);
:: o baixo indicativo de Estética como conhecimento sensível no primeiro
período do curso de Design :: as idiossincrasias do ensino;
:: a Estética reduzida ao artístico e a algumas formas de arte;
:: Educação :: partir da sensorialidade, mas ampliar a compreensão do
discente para que este entenda a Estética para além de padrões, categorias,
normas e status quo.
(SCHILLER, 1963; 1995; 2002; BOMFIM, 1998; BARBOSA, 2006; FIGURELLI, 2007)
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Análise Internúcleos
:: Os NS encontrados permeiam a história do Design:
:: a concepção Estética vigente e herdada da Bauhaus está presente na
contemporaneidade;
:: no Brasil, as influências da Bauhaus e da escola de ULM na criação da
ESDI;
:: a ESDI como referência para os cursos superiores de Design
implantados no Brasil;
:: Inflexão :: a Estética como conhecimento sensível;
:: Educação :: Direcionar esforços para alargar esta visão de Estética, uma
vez que esta se mostra mais adequada para o enfrentamento dos desafios
atuais.
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Outros significados para Estética
“Quando você ouve a palavra Estética, o que vem à sua cabeça?”
:: “Arte”
:: “Beleza”
:: “Sentimento”
:: “Emoção”
:: “Mundo”
:: “Feio”
:: “Cuidados com o Corpo”
:: “Clinicas/Centro de Estética”
:: “Outros”
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Outros significados para Estética
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79
Outros significados para Estética
:: 23% BELEZA
:: 19% ARTE (apareceu apenas 4x nas falas dos respondentes)
:: 13% CUIDADOS COM O CORPO
:: 11% CLÍNICAS/CENTRO DE ESTÉTICA
:: 10% EMOÇÃO
:: 09% SENTIMENTO
:: 07% FEIO (apareceu 12 vezes, sempre em oposição ao belo)
:: 05% MUNDO
:: 03% OUTROS (“Visão”, “Uma matéria de filosofia”, “Apresentação,
superficial”, “Estereótipos”, “Desejo”, “Design, harmonia” e “Percepção”)
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80
Outros significados para Estética
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A Roda de Percepção Estética e a
Utilização dos Sentidos na Avaliação
Estética de Espaços
81
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82
:: os respondentes avaliaram o espaço com facilidade :: consistência dos dados;
:: em todas as avaliações oriundas dos sentidos, há a predominância de um cenário
afetivo positivo o desejo de que este seja reforçado;
:: um cenário afetivo positivo pode estimular a aprendizagem e os processos
cognitivos envolvidos;
:: o panorama afetivo traçado pelas RPEs evidenciam o caráter multimodal da
avaliação estética (estésico);
:: Desafios para a Educação
:: buscar formas de implementar a integração dos sentidos na percepção da
realidade;
:: fomentar discussões que considerem o impacto dos elementos imateriais na
avaliação dos elementos materiais e vice-versa;
:: rever os conteúdos acerca da Estética que estão sendo ministrados nos
cursos de Design;
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PNEE-DESIGN
Princípios norteadores para a integração da Educação
Estética em Curso Superior de Design
83
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84
Os princípios PNEE-Design estão respaldados pela
literatura, pela expertise do pesquisador e pelo
estudo empírico
O respaldo teórico está alicerçado nos constructos de
Norman (2008) acerca dos níveis de processamento
cerebral e nos escritos de Schiller acerca da Estética e
da Educação Estética
85
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A Educação e a Educação Estética tem por objetivo
educar o homem para ser livre :: Pensar por si mesmo.
Há de se buscar formas de promover a integração entre
o saber sensível e o saber racional e a Estética se
mostra como a via mais promissora para tal integração
do ponto de vista da Educação.
86
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A concretização dessa integração entre Estética,
Design e Educação se dará pela implementação da
Educação Estética em cursos superiores de Design...
...e para tal empreitada, os princípios “PNEE-Design”
foram construídos.
87
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No caso do designer, entende-se que este tipo de educação seja
de especial importância, uma vez que é este o profissional que se
pretende capacitado para conceber os diferentes tipos de
interfaces que serão responsáveis por colocar o homem em
contato com uma determinada realidade.
88
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(...) a experiência estética perpassa três patamares que devem
operar em uníssono: visceral, comportamental e reflexivo.
(...) um fenômeno pode referir-se ao sensível, ao entendimento, à
moral o ao estético, sendo esse último, um amálgama dos
anteriores.
um fenômeno estético engloba o todo das faculdades humanas.
Esta é a perspectiva que está na base dos princípios para uma
educação integradora.
(SCHILLER, 1963, 1997; NORMAN, 2008)
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89
Os Princípios PNEE-Design
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90
Princípio I :: Exercitar a Contemplação
Princípio II :: Exercitar a Observação
Princípio III :: Exercitar a Afetividade
Princípio IV :: Exercitar a Representação
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91
Princípio I :: Exercitar a Contemplação
:: a capacidade contemplativa deve ser, primeiramente, aprimorada;
:: a contemplação exige a leitura dos fenômenos de forma desinteressada e isenta
de qualquer imediatismo, análises ou significações;
:: dar ao fenômeno a chance de se mostrar sem nenhuma intervenção racional;
:: exercitar a suspensão de interpretações, julgamentos ou pré-conceitos, pois o
diálogo com o fenômeno deve ocorrer em nível sinestésico e não cognitivo;
:: baseia-se em motivação que se determina por si mesma, pois o objetivo é a
vivência em si e não eventuais vantagens/recompensas que possam resultar do
processo contemplativo;
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92
Princípio I :: Exercitar a Contemplação
:: Educação
:: buscar por maneiras de abordar a atividade da contemplação de forma vivaz,
despertando a curiosidade nos educandos, sem recorrer a pressões ou ditames
maniqueístas;
:: a sala de aula pode ser entendida como um espaço, a priori, privilegiado em
que a contemplação é ensinada e estimulada;
:: o exercício contemplativo deve ser estimulado para além da sala de aula, pois
qualquer fenômeno é passível de contemplação;
:: estimular a contemplação daqueles fenômenos que não causam prazer, com
vistas a enriquecer a capacidade estética.
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93
Princípio II :: Exercitar a Observação
:: exercitar a capacidade de observar um fenômeno, já que envolve um processo
analítico em que a faculdade da razão participa;
:: observar é um exercício que vai além do olhar e não está restrito ao sentido da
visão, pois implica saber ouvir, saborear, cheirar, tocar... Todos os sentidos;
:: a observação supõe a interação entre observador e fenômeno para enriquecer
o exercício do observar;
:: duas formas de observação: Espontânea ou Planejada :: o que importa é
identificar o geral do particular e o particular do geral;
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94
Princípio III :: Exercitar a Afetividade
:: trabalhar a afetividade mostra-se necessário, pois não há experiência estética
que não esteja enraizada na afetividade humana;
:: ao exercitar a afetividade, pode-se trazer à baila uma visão holística do ser
humano :: educando busca se (re)conhecer, identificando suas forças e fraquezas,
depois busca olhar externamente, visando (re)conhecer-se no outro, de forma
empática
:: os educandos necessitam aprender a ser receptivos aos aspectos afetivos,
serem capazes de se colocar no lugar do outro e de interpretar os aspectos
afetivos;
:: a empatia tem potencial para deitar por terra a visão maniqueísta que impera
no Design, que considera o outro como “usuário” ou “cliente”.
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95
Princípio III :: Exercitar a Afetividade
:: Educação
:: capacitar os educandos para lidar com a afetividade;
:: trabalhar conceitos como emoção, sentimento, simpatia, empatia, alteridade...;
:: conduzir o educando a compreender verticalmente a importância da
afetividade, para que ele possa reconhecer sua distinção na sociedade e,
também, compreender a importância do outro;
:: tornar a sala de como um espaço em que se vivencia a afetividade, podendo
esta ser estimulada de diferentes maneiras :: o educador atuará como agente
facilitador do processo;
:: estimular os educandos a buscar outras vivências: concerto sinfônico, peças
teatrais, cinema, etc.
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96
Princípio IV :: Exercitar a Representação
:: este é o princípio que vai congregar todos os demais princípios e amalgamá-los
em uma representação elaborada pelo educando. A representação conduzirá o
educando a tomar consciência de todo o processo;
:: o indivíduo recorre ao exercício da representação não apenas para desenvolver
suas ideias, mas também para armazenar o novo saber adquirido e que aqui,
entende-se que é consequência das atividades anteriores;
:: no exercício da representação, constrói-se a significação decorrente de um
determinado evento e espera-se um produto da atividade do Design. É por meio
da significação que o homem transforma sua maneira de conhecer o mundo.
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97
Princípio IV :: Exercitar a Representação
:: Educação
:: buscar diferentes instrumentos para auxiliar o educando utilizar diferentes
representações: corporais, sonoras, visuais, táteis, etc.;
:: privilegiar o exercício da representação como fundamental para dar vida às
ideias, com o propósito de explorá-las, avaliá-las e refiná-las;
:: privilegiar o exercício da representação como o momento em que o educando
pode aprender com as dúvidas e com os erros;
:: oferecer feedbacks consistentes, com o propósito de enriquecer o processo.
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98
Considerações sobre os Princípios “PNEE-Design
Os princípios “PNEE-Design” foram propostos para servir de auxílio na
integração da Educação Estética em cursos superiores de Design,
buscando as contribuição mais contundente que a Estética pode oferecer
frente aos desafios contemporâneos;
Antes de se aplicar os princípios “PNEE-DESIGN”, seria interessante que
fossem ministrados aos educandos, conteúdos referentes à Estética;
Quando utilizado para serem o ponto de partida para a implementação da
Educação Estética em cursos de Design, recomenda-se que as etapas
estruturais dos princípios “PNEE-DESIGN” sejam mantidas.
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99
Considerações sobre os Princípios “PNEE-Design
As atividades a serem executadas em cada uma das etapas estão a
critério do educador, podendo ser incrementadas segundo as
necessidades e a sua capacidade criativa.
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
100
Considerações sobre os Princípios “PNEE-Design
A estrutura dos princípios “PNEE-Design” é iterativas.
Trata-se de um processo de constante refinamento.
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
101
CONCLUSÃO
A presente pesquisa apontou as relações entre Estética, Design e Educação, tendo
por base a percepção de estudantes de um Curso Superior em Design.
Confirma a tese, baseada nas significações apontadas pelos estudantes, de que
está na aparência a principal significação de Estética;
Mostra que há o entendimento das “categorias estéticas” como sinônimo de
Estética. Mais exatamente, uma Estética calcada na Beleza;
O estudo mostra que há o entendimento de Estética como a ciência do
conhecimento sensível;
Aponta, a necessidade de se abordar a Estética de forma mais ampliada, cabendo
à Educação esta tarefa.
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102
CONCLUSÃO
Verificou-se que os educandos utilizam os sentidos em uma avaliação estética. No
entanto, a maioria dos educandos não compreendem como os sentidos e a
afetividade compõem ampliam a abrangência da Estética;
Apontou que grande parte da literatura empregada nos cursos de Design acerca
da Estética requer uma revisão, buscando utilizar uma literaturas mais atualizada
acerca da temática;
Os princípios “PNEE-Design” foram construídos com vistas a extrair contribuições
para o processo educativo, para o educando, para o futuro profissional a ser
formado, o que irá refletir diretamente no resultado que chegará à sociedade.
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103
Sugestão para Trabalhos Futuros
As significações de Estética elencadas carecem de verificação em outros
contextos culturais em que se encontram os cursos de Design;
Os princípios “PNEE-Design” constituem uma primeira tentativa com vistas a
respaldar uma Educação integradora em cursos superiores de Design e, portanto,
estão carentes de aplicações que possam garantir sua efetividade;
Estudos que relatem a aplicação dos princípios “PNEE-Design” por educadores
atuantes nos cursos superiores de Design também seriam de grande valia;
Os princípios “PNEE-Design” estariam aptos a serem empregados em cursos
correlatos ao Design, como a Arquitetura? Tais princípios poderiam servir de base
à Educação Estética em qualquer curso superior?
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Obrigado a todos!
Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
Dedico especial agradecimento aos professores membros
da banca de defesa:
Doutora Tania Stoltz (Orientadora/UFPR)
Doutor Celio Teodorico dos Santos (Membro Titular/UDESC)
Doutora Luciane Hilu (Membro Titular/PUC-PR),
Doutora Araci Asinelli da Luz (Membro Titular/UFPR),
Doutora Denise de Camargo (Membro Titular/UFPR),
Doutor Jaime Ramos (Membro Suplente/PUC-PR),
Doutora Ettiène Cordeiro Guérios (Membro Suplente/UFPR)

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Da Educação Estésica à Educação Estética em Curso Superior de Design

  • 1. :: Prof. Dr. Humberto Costa | humbertoccosta@gmail.com ::Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa humberto costa
  • 2. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa :: Da Educação Estésica à Educação Estética em Curso Superior de Design ::
  • 3. 03 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Como tudo começou?
  • 4. 04 Os aspectos estéticos têm mostrado mais refratários a uma objetivação concretamente exequível. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa FONTOURA(2002); FIGURELLI (2007); COSTA (2017)
  • 5. 05 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Não só os objetos da arte são passíveis de fruição e de desencadear uma experiência estética. DZIEMIDOK (1996)
  • 6. 06 O estético não é exclusivo do artístico ! Entendemos a Estética por uma perspectiva ampliada: fruto da integração dos conhecimentos advindos dos sentidos, do corpo e da reflexão, gerando experiências estéticas profundas. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa DZIEMIDOK (1996)
  • 7. 07 O mundo possibilita experiências estéticas para além dos limites e padrões impostos e ... Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa FONTOURA(2002); DUARTE JR. (2008) ...são estas experiências que permitem o desenvolvimento de uma sensibilidade acurada, sendo este um desafio para a Educação contemporânea.
  • 8. 08 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa ...pois o entendimento dos fenômenos requer uma vivência estésica e estética e um compartilhamento daquilo que é vivenciado, uma vez que afetam o sujeito e a sociedade. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Se “design é dar sentido” aos fenômenos, então o papel do Design vai para além de inventar, criar, designar... DZIEMIDOK (1996); KRIPPENDORFF (2006), VERGANTI (2009)
  • 9. 09 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa A educação do designer deve estimular conhecimentos para além de questões de utilidade, funcionalidade e racionalidade. FONTOURA (2002); FERNANDES (2009)
  • 10. 10 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O processo educativo deve proporcionar um conhecimento que seja capaz de conjugar Racionalidade com Sensibilidade. SCHILLER (2009)
  • 11. 11 Deve-se estimular e educar os sentidos: o olhar, a audição, o tato, o paladar e o olfato... ...com o propósito de auxiliar o sujeito a perceber a realidade de modo mais acurado. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Duarte Jr. (2004)
  • 12. 12 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa De acordo com um levantamento realizado acerca de alguns cursos de Design, detectou-se a existência de disciplinas destinadas a tratar da questão da Estética.
  • 13. 13 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa A. centra-se na questão do artístico, mais especificamente em suas questões históricas; B. enfatiza-se a arte pictórica, tratando especificamente da pintura; C. minimamente se abre espaço para tratar das outras artes plásticas e de outras formas de arte; D. a questão dos sentidos e da afetividade humana quando abordadas, são consideradas de forma utilitária e racional.
  • 14. 14 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O estético se limita ao artístico! Há pouco espaço para a Estesia!
  • 15. 16 Como se estabelecem as relações entre Estética, Design e Educação, tendo por base a percepção de estudantes de um Curso Superior Tecnológico em Design? Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
  • 16. 17 Compreender como se estabelecem as relações entre Estética, Design e Educação, tendo por base a percepção de estudantes de um Curso Superior Tecnológico em Design. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
  • 17. 18 1 Identificar as significações de Estética; 2 Investigar os sentidos utilizados para avaliar afetivamente um espaço; 3 Elaborar princípios norteadores voltados à integração da Educação Estética em Cursos Superiores Tecnológicos em Design. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
  • 18. 19 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa TESE As significações de ‘Estética’ entre os alunos de um curso superior de Design se concentram em uma ‘Estética da aparência’.
  • 19. 20 Referencial Teórico Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
  • 20. 21 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa CIÊNCIA DO BELO O estudo do belo na natureza, nas atividades do homem e nos objetos por ele criados. O estético é o Belo, o Agradável, o Harmônico, o Sublime, o Trágico, etc. :: Estética da Beleza :: (BOMFIM, 1998; FIGURELLI, 2007)
  • 21. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 22 FILOSOFIA DA ARTE Ocupa-se do estudo da Arte. Interpretação restrita do termo e seus objetos são as atividades artísticas, seus estilos e normas. :: Estética como Arte / Estética da Arte :: (KANT, 1993; SCHILLER, 1963, 1997; BOMFIM, 1998; ROSENFIELD, 2001)
  • 22. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 23 CONHECIMENTO SENSÍVEL A Estética se ocupa do estudo da percepção sensorial e dos conhecimentos adquiridos por intermédio dessa A Estética se volta para o conhecimento sobre a realidade que é percebida pelos sentidos (o Conhecimento Estético). :: Estético é tudo que se pode perceber sensorialmente :: (KANT, 1993; SCHILLER, 1963, 1997; BOMFIM, 1998; ROSENFIELD, 2001; DUARTE Jr, 2004).
  • 23. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 24 A terceira interpretação para Estética se mostra mais adequada para se pensar o papel da Educação no Design... ...bem como pode auxiliar o Design no enfrentamentos dos desafios contemporâneos.
  • 24. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 03 A Estética não se reduz à beleza ou à arte, pois tudo aquilo que é percebido pelo homem, é passível de despertar uma experiência estética. (SCHILLER, 1963, 1997; BOMFIM, 1998; DUARTE Jr, 2004).
  • 25. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 03 Ampliar o conceito de Estética.
  • 26. 27 :: Design e Aisthesis | Prof. Dr. Humberto Costa | humbertoccosta@gmail.com :: A Dimensão dos Sentidos O mundo é primeiramente conhecido mediante os sentidos, sendo eles os responsáveis por colocar o homem em contato com a realidade. (DAMÁSIO, 1996; NORMAN, 2009)
  • 27. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 28 A Dimensão do Corpo/Comportamento Permeado pelos conhecimentos que os sentidos proporcionam, o homem consegue ampliar o ... ... espectro de ação do seu corpo/comportamento, tornando-se ciente de sua sensorialidade e de sua corporalidade e... (DAMÁSIO, 1996; NORMAN, 2009)
  • 28. Programa de Pós-graduação em Design – PPGDesign | Doutorado em Design | UFPR | Prof. Dr. Aguinaldo dos Santos | Humberto CostaPrograma de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 29 A Dimensão do Reflexivo As modificações operadas pelos sentidos e pela paisagem corportamental, culminam e forjam um processo de significação do vivenciado, de forma abrangente e profunda. (NORMAN, 2009)
  • 29. 30 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa ... quando se tem ciência desses três patamares cognitivos, o homem melhora sua compreensão acerca da sensibilidade, do comportamento e simboliza o mundo que o rodeia... ...de forma consistente, profunda e principalmente, PRÓPRIA.
  • 30. 31 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Homem livre = Pensa por si mesmo! !
  • 31. 32 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O impulso sensível se constitui no desejo de mudança e é responsável por deixar a marca do humano no mundo. Ele limita o homem para que ele não se perca em suas abstrações. (SCHILLER, 1963, 1997).
  • 32. 33 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O impulso formal parte da razão para estabelece regras desarticuladas dos momentos e das particularidades. Atua de modo a propiciar a permanência da essência a despeito das alterações. (SCHILLER, 1963, 1997).
  • 33. 34 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Como impulso sensível rege a natureza e o impulso formal, a moral e as leis, ... ...o desafio da Educação é buscar maneiras de fazer com que ambos os impulsos trabalhem em conjunto.
  • 34. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 35 Ao ser consciente de sua liberdade e de sentir a sua existência, o homem atua com base na intuição plena de sua humanidade. (SCHILLER, 1963, 1997).
  • 35. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 36 O homem é livre somente quando atua a partir do impulso lúdico. (SCHILLER, 1963, 1997).
  • 36. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 37 Um fenômeno pode voltar-se ao nosso estado sensível (nossa existência e bem-estar): esta é sua Índole Física. Pode voltar-se ao nosso entendimento, gerando conhecimento: esta é sua Índole Lógica. Pode voltar-se à nossa vontade e ser considerada como objeto de escolha: esta é sua Índole Moral. Pode voltar-se ao todo de nossas faculdades, mas sem ser objeto de nenhuma delas: esta é sua ÍNDOLE ESTÉTICA. (SCHILLER, 1963, 1997).
  • 37. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 39 Há, então.. ...uma Educação para a Saúde (índole física); uma Educação do Pensamento (índole lógica); uma Educação para a Moralidade (índole moral) e uma Educação Estética que permeia todas as anteriores!
  • 38. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 40 A Estética e a Afetividade Humana
  • 39. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 41 Estética denota a capacidade do ser humano de sentir e perceber a si próprio e o mundo num todo integrado, conduzindo as percepções e as sensações para dentro de si. A importância de experimentar as sensações nos chegam pelas vias dos sentidos e que transformam nossa paisagem comportamental e reflexiva. (BAUMGARTEN, 1993).
  • 40. 42 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa A afetividade intervém ativamente, sendo capaz de extraviar ou estimular o pensamento. A racionalidade só dá uma radiografia da realidade, sem dar-lhe substância. O que dá substância a realidade são os aspectos afetivos e envolvem os objetos físicos e entidades como família, pátria, povo, partido etc. (OATLEY & JENKINS, 2002; DAMÁSIO, 2004; MORIN, 2005)
  • 41. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 43 Produtos e serviços evocam respostas afetivas e estas influenciam tanto nas decisões de compra, no prazer de possuí- los ou usá-los. Os seres humanos se relacionam afetivamente com artefatos e com serviços. (DESMET, 2002; NORMAN, 2008)
  • 42. 44 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O conhecimento provido pelo sistema afetivo é desprezado em detrimento daquele conhecimento que pode ser mensurado e demonstrado em dados = Conhecimento Racional. (DAMÁSIO, 2004; MORIN, 2005)
  • 43. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 45 A Estética, o Design e a Educação
  • 44. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa A Estética no Design deve ocupar um lugar maior que o âmbito da aparência. 46
  • 45. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 47 O Design ampliou a sua área de abrangência e isso constitui um desafio para a Educação. Além de ser propulsor de inovações, o Design passou a abranger o domínio da experiência e a participar na elaboração dos processos que estão por trás das experiências. (NORMAN, 2008; FREIRE, 2011; COSTA, 2017)
  • 46. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 48 O Design cria políticas, envolve-se no desenvolvimento de estratégias e filosofias e direciona os negócios. ... Design está envolvido desde o nível mais global até o mais específico :: da estratégia aos resultado! (MORITZ, 2005; MAGER, 2009; VERGANTI, 2009)
  • 47. 49 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa As mudanças no campo do Design requerem norteamentos capazes de demarcarem como a Estética pode se relacionar com a Educação para auxiliar no enfrentamentos dos desafios contemporâneos.
  • 48. 50 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Design & Emoção Design para Serviços
  • 49. 51 (NORMAN, 2008) Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa
  • 50. 52 :: Design e Aisthesis | Prof. Dr. Humberto Costa | humbertoccosta@gmail.com :: Nível Comportamental Nível Reflexivo Nível Visceral Design Comportamental Design Visceral Design Reflexivo (NORMAN, 2008)
  • 51. 53 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O Design Visceral diz respeito aos aspectos físicos e ao impacto afetivo imediato causado por um fenômeno. (NORMAN, 2008)
  • 52. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 54 O Design Comportamental está relacionado ao uso sob o ponto de vista objetivo. Refere-se aos fatores comportamentais. (NORMAN, 2008)
  • 53. 55 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O Design Reflexivo abarca as questões culturais e o significado das experiências. Refere-se ao significado dos eventos, a autoimagem e as mensagens que são enviadas às outras pessoas. (NORMAN, 2008)
  • 54. 56 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa O Design para Serviços cuida de projetar toda a experiência do serviço, do processo e da estratégia para entregá-lo. (MORITZ, 2005; MAGER, 2009; COSTA, 2017)
  • 55. 57 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Está no âmbito do Design para Serviços compreender o usuário, a organização, o mercado... ...bem como desenvolver ideias que possam ser traduzidas em soluções possíveis de serem implementadas e implementá-las. (MORITZ, 2005; MAGER, 2009; COSTA, 2017)
  • 56. 58 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa (NORMAN, 2008; COSTA, 2017)
  • 57. 59 VISCERAL Primeiro impacto das condições Ambientais. COMPORTAMENTAL Leitura do ambiente para saber o que fazer e aonde ir. REFLEXIVA Prazer que as interações no ambiente proporcionam. Emoções Sentimentos Cognição Comportamento Repertório Emoções Sentimentos Cognição Comportamento Repertório Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Dimensões Estéticas do Servicescape (COSTA, 2017)
  • 58. 60 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Desafios para a Educação em Cursos Superiores de Design :: Ampliar a perspectiva da Estética; :: Abordar a afetividade humana integrada com a perspectiva Estética; :: Estimular pesquisas acerca da relação entre Estética e Design para além dos aspectos materiais, funcionais e racionais; :: Conjugar os resultados das ações anteriores integrando-os às diferentes habilitações do Design; :: Adaptar-se a um cenário de aprendizagem que está em constante devir.
  • 59. :: Design e Aisthesis | Prof. Dr. Humberto Costa | humbertoccosta@gmail.com :: 61 Método de Pesquisa
  • 60. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Problema Quanti-Quali 62 Método de Pesquisa Objetivos Exploratória Descritiva Perspectiva Teórica Fenomenológica Métodos Revisão Bibliográfica Estudo de Caso RBS e RBN Roda Percepção Estética Questionário
  • 61. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 64 ESTUDO DE CASO Fenômeno contemporâneo / Contexto da vida real; Múltiplas fontes de evidências alimentarão o estudo; A quantidade de variáveis não permite o controle; A variedade de evidências – interações, artefatos, emoções, etc.
  • 62. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 65 Estudo de Caso Roda Percepção Estética - RPE Questionário coletar as significações de Estética segundo a percepção dos alunos. verificar se os alunos conseguiam avaliar afetivamente um espaço, utilizando os sentidos. Contou com a participação de aproximadamente 95 alunos, do 1º e do 4º período do CST em Design Gráfico, do turno matutino e noturno . 77 alunos 89 alunos
  • 63. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 66 Estudo de Caso Questionário 01 – No seu entender, o que é Estética? 02 – Na sua opinião, para que serve a Estética? 03 – Quando você ouve a palavra Estética, o que lhe vem à sua cabeça? “Arte”, “Beleza”, “Sentimento”, “Emoção”, “Mundo”, “Feio”, “Cuidados com o Corpo”, “Clinicas/Centro de Estética” e “Outros”
  • 64. 67 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Roda de Percepção Estética - RPE (COSTA, 2017)
  • 65. 68 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa :: RPE :: Os dados foram analisados segundo as instruções de Costa(2017). :: Questionário :: Utilizou-se os “núcleos de significação”, seguindo as instruções de Aguiar & Ozella (2006; 2013). Análise dos Dados
  • 66. 69 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa RESULTADOS, ANÁLISES E DISCUSSÃO
  • 67. 70 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Questionário e os Núcleos de Significação (NS) Os NS revelam os modos de pensar, agir e de sentir dos participantes, baseado no movimento dialético de suas vidas :: Leitura Flutuante; :: Identificação dos Pré-indicadores; :: Identificação dos Indicadores; :: Definição dos Núcleos de Significação.
  • 68. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 71 Quadro 2 – Página 137
  • 69. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 72 Quadro 3 – Página 138
  • 70. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 73 NS 01 :: A Estética diz respeito à aparência :: :: diz respeito aos aspectos pelo qual se julga algo, à parecença, à manifestação e à revelação da realidade :: conhecer significa ver; :: “Estética é a aparência de algo”, “(...) é a aparência visual de algo”, “(...) é a aparência externa, visual das coisas”, “(...) o que avaliamos por seu visual” etc; :: sensibilidade e razão devem harmonizar-se para que se possa julgar a aparência, pois ela é o ponto de partida para a busca da verdade; :: todos os sentidos constroem o conhecimento da realidade; :: Educação :: auxiliar o sujeito a construir conhecimentos a partir de informações obtidas dos sentidos, conjugando sensibilidade e racionalidade. (OATLEY & JENKINS, 2002; SCHILLER, 2002; DUARTE JR.,2004; ABBAGNANO, 2007; DAMÁSIO, 2009; 2011)
  • 71. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 74 NS 02 :: A Estética a partir de categorias estéticas :: :: a Estética se reduz a categorias estéticas :: positivas; :: a Estética circunscreve-se ao belo e ao agradável; Estética diz respeito à harmonia; Estética como formadora da beleza; Estética como criação da beleza; A Estética volta-se para o belo e para o harmonioso (...); :: categorizar é limitar e não contribui para o avanço do conhecimento :: o caráter sazonal das categorias; :: se as categorias estéticas são importantes, há que se ampliar os estudos para que os limites da visualidade/positividade sejam vencidos; :: Educação :: ampliar o repertório do discente para que ele possa refletir a partir da estesia para pode pensar em uma experiência estética abrangente. (LALO, 1948; CROCE, 1947; BOMFIM, 1988; GOMES FILHO, 2000; DONDIS, 2007; CARCHIA & D'ÂNGELO, 2009)
  • 72. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 75 NS 03 :: A Estética como conhecimento sensível :: :: o conhecimentos sensível não ultrapassa a sensorialidade. Está mais presente nas falas dos alunos do último período o curso de Design; :: Estética como conhecimento sensível; como disciplina de estudo; como estudo da Beleza; como reflexão sobre a beleza (...); :: o baixo indicativo de Estética como conhecimento sensível no primeiro período do curso de Design :: as idiossincrasias do ensino; :: a Estética reduzida ao artístico e a algumas formas de arte; :: Educação :: partir da sensorialidade, mas ampliar a compreensão do discente para que este entenda a Estética para além de padrões, categorias, normas e status quo. (SCHILLER, 1963; 1995; 2002; BOMFIM, 1998; BARBOSA, 2006; FIGURELLI, 2007)
  • 73. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 76 Análise Internúcleos :: Os NS encontrados permeiam a história do Design: :: a concepção Estética vigente e herdada da Bauhaus está presente na contemporaneidade; :: no Brasil, as influências da Bauhaus e da escola de ULM na criação da ESDI; :: a ESDI como referência para os cursos superiores de Design implantados no Brasil; :: Inflexão :: a Estética como conhecimento sensível; :: Educação :: Direcionar esforços para alargar esta visão de Estética, uma vez que esta se mostra mais adequada para o enfrentamento dos desafios atuais.
  • 74. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 77 Outros significados para Estética “Quando você ouve a palavra Estética, o que vem à sua cabeça?” :: “Arte” :: “Beleza” :: “Sentimento” :: “Emoção” :: “Mundo” :: “Feio” :: “Cuidados com o Corpo” :: “Clinicas/Centro de Estética” :: “Outros”
  • 75. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 78 Outros significados para Estética
  • 76. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 79 Outros significados para Estética :: 23% BELEZA :: 19% ARTE (apareceu apenas 4x nas falas dos respondentes) :: 13% CUIDADOS COM O CORPO :: 11% CLÍNICAS/CENTRO DE ESTÉTICA :: 10% EMOÇÃO :: 09% SENTIMENTO :: 07% FEIO (apareceu 12 vezes, sempre em oposição ao belo) :: 05% MUNDO :: 03% OUTROS (“Visão”, “Uma matéria de filosofia”, “Apresentação, superficial”, “Estereótipos”, “Desejo”, “Design, harmonia” e “Percepção”)
  • 77. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 80 Outros significados para Estética
  • 78. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa A Roda de Percepção Estética e a Utilização dos Sentidos na Avaliação Estética de Espaços 81
  • 79. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 82 :: os respondentes avaliaram o espaço com facilidade :: consistência dos dados; :: em todas as avaliações oriundas dos sentidos, há a predominância de um cenário afetivo positivo o desejo de que este seja reforçado; :: um cenário afetivo positivo pode estimular a aprendizagem e os processos cognitivos envolvidos; :: o panorama afetivo traçado pelas RPEs evidenciam o caráter multimodal da avaliação estética (estésico); :: Desafios para a Educação :: buscar formas de implementar a integração dos sentidos na percepção da realidade; :: fomentar discussões que considerem o impacto dos elementos imateriais na avaliação dos elementos materiais e vice-versa; :: rever os conteúdos acerca da Estética que estão sendo ministrados nos cursos de Design;
  • 80. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa PNEE-DESIGN Princípios norteadores para a integração da Educação Estética em Curso Superior de Design 83
  • 81. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 84 Os princípios PNEE-Design estão respaldados pela literatura, pela expertise do pesquisador e pelo estudo empírico O respaldo teórico está alicerçado nos constructos de Norman (2008) acerca dos níveis de processamento cerebral e nos escritos de Schiller acerca da Estética e da Educação Estética
  • 82. 85 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa A Educação e a Educação Estética tem por objetivo educar o homem para ser livre :: Pensar por si mesmo. Há de se buscar formas de promover a integração entre o saber sensível e o saber racional e a Estética se mostra como a via mais promissora para tal integração do ponto de vista da Educação.
  • 83. 86 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa A concretização dessa integração entre Estética, Design e Educação se dará pela implementação da Educação Estética em cursos superiores de Design... ...e para tal empreitada, os princípios “PNEE-Design” foram construídos.
  • 84. 87 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa No caso do designer, entende-se que este tipo de educação seja de especial importância, uma vez que é este o profissional que se pretende capacitado para conceber os diferentes tipos de interfaces que serão responsáveis por colocar o homem em contato com uma determinada realidade.
  • 85. 88 Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa (...) a experiência estética perpassa três patamares que devem operar em uníssono: visceral, comportamental e reflexivo. (...) um fenômeno pode referir-se ao sensível, ao entendimento, à moral o ao estético, sendo esse último, um amálgama dos anteriores. um fenômeno estético engloba o todo das faculdades humanas. Esta é a perspectiva que está na base dos princípios para uma educação integradora. (SCHILLER, 1963, 1997; NORMAN, 2008)
  • 86. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 89 Os Princípios PNEE-Design
  • 87. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 90 Princípio I :: Exercitar a Contemplação Princípio II :: Exercitar a Observação Princípio III :: Exercitar a Afetividade Princípio IV :: Exercitar a Representação
  • 88. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 91 Princípio I :: Exercitar a Contemplação :: a capacidade contemplativa deve ser, primeiramente, aprimorada; :: a contemplação exige a leitura dos fenômenos de forma desinteressada e isenta de qualquer imediatismo, análises ou significações; :: dar ao fenômeno a chance de se mostrar sem nenhuma intervenção racional; :: exercitar a suspensão de interpretações, julgamentos ou pré-conceitos, pois o diálogo com o fenômeno deve ocorrer em nível sinestésico e não cognitivo; :: baseia-se em motivação que se determina por si mesma, pois o objetivo é a vivência em si e não eventuais vantagens/recompensas que possam resultar do processo contemplativo;
  • 89. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 92 Princípio I :: Exercitar a Contemplação :: Educação :: buscar por maneiras de abordar a atividade da contemplação de forma vivaz, despertando a curiosidade nos educandos, sem recorrer a pressões ou ditames maniqueístas; :: a sala de aula pode ser entendida como um espaço, a priori, privilegiado em que a contemplação é ensinada e estimulada; :: o exercício contemplativo deve ser estimulado para além da sala de aula, pois qualquer fenômeno é passível de contemplação; :: estimular a contemplação daqueles fenômenos que não causam prazer, com vistas a enriquecer a capacidade estética.
  • 90. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 93 Princípio II :: Exercitar a Observação :: exercitar a capacidade de observar um fenômeno, já que envolve um processo analítico em que a faculdade da razão participa; :: observar é um exercício que vai além do olhar e não está restrito ao sentido da visão, pois implica saber ouvir, saborear, cheirar, tocar... Todos os sentidos; :: a observação supõe a interação entre observador e fenômeno para enriquecer o exercício do observar; :: duas formas de observação: Espontânea ou Planejada :: o que importa é identificar o geral do particular e o particular do geral;
  • 91. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 94 Princípio III :: Exercitar a Afetividade :: trabalhar a afetividade mostra-se necessário, pois não há experiência estética que não esteja enraizada na afetividade humana; :: ao exercitar a afetividade, pode-se trazer à baila uma visão holística do ser humano :: educando busca se (re)conhecer, identificando suas forças e fraquezas, depois busca olhar externamente, visando (re)conhecer-se no outro, de forma empática :: os educandos necessitam aprender a ser receptivos aos aspectos afetivos, serem capazes de se colocar no lugar do outro e de interpretar os aspectos afetivos; :: a empatia tem potencial para deitar por terra a visão maniqueísta que impera no Design, que considera o outro como “usuário” ou “cliente”.
  • 92. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 95 Princípio III :: Exercitar a Afetividade :: Educação :: capacitar os educandos para lidar com a afetividade; :: trabalhar conceitos como emoção, sentimento, simpatia, empatia, alteridade...; :: conduzir o educando a compreender verticalmente a importância da afetividade, para que ele possa reconhecer sua distinção na sociedade e, também, compreender a importância do outro; :: tornar a sala de como um espaço em que se vivencia a afetividade, podendo esta ser estimulada de diferentes maneiras :: o educador atuará como agente facilitador do processo; :: estimular os educandos a buscar outras vivências: concerto sinfônico, peças teatrais, cinema, etc.
  • 93. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 96 Princípio IV :: Exercitar a Representação :: este é o princípio que vai congregar todos os demais princípios e amalgamá-los em uma representação elaborada pelo educando. A representação conduzirá o educando a tomar consciência de todo o processo; :: o indivíduo recorre ao exercício da representação não apenas para desenvolver suas ideias, mas também para armazenar o novo saber adquirido e que aqui, entende-se que é consequência das atividades anteriores; :: no exercício da representação, constrói-se a significação decorrente de um determinado evento e espera-se um produto da atividade do Design. É por meio da significação que o homem transforma sua maneira de conhecer o mundo.
  • 94. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 97 Princípio IV :: Exercitar a Representação :: Educação :: buscar diferentes instrumentos para auxiliar o educando utilizar diferentes representações: corporais, sonoras, visuais, táteis, etc.; :: privilegiar o exercício da representação como fundamental para dar vida às ideias, com o propósito de explorá-las, avaliá-las e refiná-las; :: privilegiar o exercício da representação como o momento em que o educando pode aprender com as dúvidas e com os erros; :: oferecer feedbacks consistentes, com o propósito de enriquecer o processo.
  • 95. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 98 Considerações sobre os Princípios “PNEE-Design Os princípios “PNEE-Design” foram propostos para servir de auxílio na integração da Educação Estética em cursos superiores de Design, buscando as contribuição mais contundente que a Estética pode oferecer frente aos desafios contemporâneos; Antes de se aplicar os princípios “PNEE-DESIGN”, seria interessante que fossem ministrados aos educandos, conteúdos referentes à Estética; Quando utilizado para serem o ponto de partida para a implementação da Educação Estética em cursos de Design, recomenda-se que as etapas estruturais dos princípios “PNEE-DESIGN” sejam mantidas.
  • 96. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 99 Considerações sobre os Princípios “PNEE-Design As atividades a serem executadas em cada uma das etapas estão a critério do educador, podendo ser incrementadas segundo as necessidades e a sua capacidade criativa.
  • 97. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 100 Considerações sobre os Princípios “PNEE-Design A estrutura dos princípios “PNEE-Design” é iterativas. Trata-se de um processo de constante refinamento.
  • 98. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 101 CONCLUSÃO A presente pesquisa apontou as relações entre Estética, Design e Educação, tendo por base a percepção de estudantes de um Curso Superior em Design. Confirma a tese, baseada nas significações apontadas pelos estudantes, de que está na aparência a principal significação de Estética; Mostra que há o entendimento das “categorias estéticas” como sinônimo de Estética. Mais exatamente, uma Estética calcada na Beleza; O estudo mostra que há o entendimento de Estética como a ciência do conhecimento sensível; Aponta, a necessidade de se abordar a Estética de forma mais ampliada, cabendo à Educação esta tarefa.
  • 99. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 102 CONCLUSÃO Verificou-se que os educandos utilizam os sentidos em uma avaliação estética. No entanto, a maioria dos educandos não compreendem como os sentidos e a afetividade compõem ampliam a abrangência da Estética; Apontou que grande parte da literatura empregada nos cursos de Design acerca da Estética requer uma revisão, buscando utilizar uma literaturas mais atualizada acerca da temática; Os princípios “PNEE-Design” foram construídos com vistas a extrair contribuições para o processo educativo, para o educando, para o futuro profissional a ser formado, o que irá refletir diretamente no resultado que chegará à sociedade.
  • 100. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa 103 Sugestão para Trabalhos Futuros As significações de Estética elencadas carecem de verificação em outros contextos culturais em que se encontram os cursos de Design; Os princípios “PNEE-Design” constituem uma primeira tentativa com vistas a respaldar uma Educação integradora em cursos superiores de Design e, portanto, estão carentes de aplicações que possam garantir sua efetividade; Estudos que relatem a aplicação dos princípios “PNEE-Design” por educadores atuantes nos cursos superiores de Design também seriam de grande valia; Os princípios “PNEE-Design” estariam aptos a serem empregados em cursos correlatos ao Design, como a Arquitetura? Tais princípios poderiam servir de base à Educação Estética em qualquer curso superior?
  • 101. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Obrigado a todos!
  • 102. Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE | Doutorado em Educação | UFPR | Prof.a. Dra. Tania Stoltz | Humberto Costa Dedico especial agradecimento aos professores membros da banca de defesa: Doutora Tania Stoltz (Orientadora/UFPR) Doutor Celio Teodorico dos Santos (Membro Titular/UDESC) Doutora Luciane Hilu (Membro Titular/PUC-PR), Doutora Araci Asinelli da Luz (Membro Titular/UFPR), Doutora Denise de Camargo (Membro Titular/UFPR), Doutor Jaime Ramos (Membro Suplente/PUC-PR), Doutora Ettiène Cordeiro Guérios (Membro Suplente/UFPR)