1) O documento apresenta comentários sobre o mercado da soja entre 10/07 e 16/07/2009, com destaque para a queda das cotações em Chicago e no mercado brasileiro.
2) As condições climáticas nos EUA continuam favoráveis, com a maior parte da safra em boas condições, pressionando os preços para baixo.
3) No Brasil, os preços dos lotes caíram quase 5% influenciados pela queda em Chicago e valorização do dólar.
1. DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ
Comentários referentes ao período entre 10/07 a 16/07/2009
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 1
Daniel Claudy da Silveira2
1
Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França,
coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2
Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI.
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2. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA TRIGO MILHO
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso) (US$/bushel) (US$/bushel)
Data
10/7/2009 11,28 372,30 32,70 4,91 3,45
13/7/2009 10,91 359,30 33,27 5,15 3,59
14/7/2009 10,74 344,50 33,65 5,01 3,50
15/7/2009 10,20 326,40 34,12 5,34 3,29
16/7/2009 9,76 309,00 33,80 5,33 3,16
Média 10,58 342,30 33,51 5,15 3,40
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda)
no mercado de lotes brasileiro - em Média semanal dos preços recebidos
praças selecionadas (em R$/Saco) pelos produtores do Rio Grande do
Var. % relação Sul
SOJA média anterior
milho soja trigo
RS - Passo Fundo 48,40 -4,82 Produto
(saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
RS - Santa Rosa 47,90 -4,68
RS - Ijuí 47,90 -4,68
R$ 17,87 43,85 23,37
PR - Cascavel 48,52 -1,80
Fonte: CEEMA, com base em informações da
MT - Rondonópolis 44,06 -3,57 EMATER-RS.
MS - Ponta Porã 45,35 -2,26
GO - Rio Verde (CIF) 45,30 -1,84 Preços de outros produtos no RS
BA - Barreiras (CIF) 41,60 -4,04
MILHO Var. % relação Média semanal dos preços recebidos
média anterior
pelos produtores do Rio Grande do Sul
Argentina (FOB)** 155,00 -0,77
Paraguai (FOB)** 130,00 0,00
Paraguai (CIF)** 162,50 0,00 Produto 16/07/2009
RS – Erechim 19,40 -2,02
SC – Chapecó 21,14 -2,13
Arroz em casca
PR - Cascavel 17,53 -1,52
(saco 60 Kg) 26,97
PR – Maringá 18,05 -1,74
MT - Rondonópolis 12,35 -4,63
Feijão (saco 60 Kg) 66,67
MS - Dourados 16,30 -2,86
SP – Mogiana 18,09 -1,58
Sorgo (saco 60 Kg) 14,80
SP - Campinas (CIF) 20,36 -2,49
GO – Goiânia 17,04 -3,84
Suíno tipo carne
MG - Uberlândia 18,38 -1,97 (Kg vivo) 1,74
Var. % relação Leite (litro) cota-
TRIGO*** média anterior consumo (valor bruto) 0,63
RS - Carazinho 460,00 -3,16
RS – Santa Rosa 460,00 -3,16
Boi gordo (Kg vivo)* 2,66
PR – Maringá 543,50 -0,46
(*) compreende preços para pagamento em
PR - Cascavel 537,50 -0,37 10 e 20 dias
* Período entre 10/07 e 16/07/09 Fonte: CEEMA, com base em informações da
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras EMATER-RS.
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
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3. MERCADO DA SOJA
A semana viveu mais uma forte queda em Chicago, com as cotações rompendo o piso
de US$ 10,00 bushel na quinta-feira (16) ao fecharem o dia em exatos US$ 9,76 por
bushel, após estarem em US$ 11,28 no dia 10 passado. O mercado confirma a
tendência por nós apontada, havendo espaço ainda para novas quedas. Porém, isso
dependerá do comportamento do clima nos EUA, que por enquanto é muito bom, e do
retorno com mais força dos especuladores ao negócio de commodities. Nesse último
caso, alguns balanços de bancos estadunidenses, divulgados nessa semana que
termina, podem dar certo fôlego à especulação. Porém, o quadro de crise mundial
persiste, dentro do previsto, e será difícil superá-lo até o final deste ano de 2009.
Isso dito, a distância entre o novo mês cotado em primeira posição (agosto) e
novembro, diminuiu naturalmente, ficando agora em US$ 0,86 por bushel.
Por outro lado, as condições das lavouras nos EUA, confirmando a boa performance,
acusavam um percentual de 66% entre boas a excelentes no dia 12 de julho. Outros
26% estavam regulares e 8% entre ruins e muito ruins, ficando na mesma proporção da
semana anterior.
Já os embarques de soja pelos EUA, na semana encerrada em 09-07 ficaram em
297.800 toneladas, contra 384.200 na semana anterior. No acumulado do ano
comercial (iniciado em 01-09-2008), tais embarques somam 31,5 milhões de toneladas.
O esmagamento de soja nos EUA acusou 3,62 milhões de toneladas em junho,
segundo a NOPA, fato que leva o acumulado do ano comercial a 36,8 milhões de
toneladas, contra 39,6 milhões em igual período do ano anterior. Mesmo com esta
redução no acumulado de soja esmagada, há aumento nos estoques de óleo de soja
nos EUA, fato que inibe o mercado. Além disso, durante a semana que passou, o
petróleo chegou a romper o piso dos US$ 60,00 por barril em algumas oportunidades.
Enfim, no geral a demanda mundial continua dentro da normalidade, para um período
de crise econômico-financeira grave, fato que leva o mercado a dar mais atenção à
tendência de alta na produção mundial, a começar pela dos EUA. Isso vem trazendo as
cotações em Chicago para níveis mais racionais, algo que um dia deveria acontecer.
Na Argentina nada de novo no mercado local. A crise do vizinho país é muito séria e
coloca o mercado de grãos em dificuldades desde o ano passado, senão há mais
tempo. Diante da pequena safra obtida, os prêmios em Rosário, para agosto,
terminaram a semana entre US$ 0,80 e US$ 1,30 por bushel.
Na Europa, os pellets de soja, no CIF Rotterdam, fecharam a semana em US$ 430,00
por tonelada tanto para o produto argentino quanto brasileiro. Ambos para agosto!
Ainda quanto a notícias do mercado mundial, vale destacar que novas projeções para a
produção mundial de girassol dão conta de uma redução de 1,4 milhão de toneladas na
mesma, para o ano 2009-10. Com isso, a produção global deverá ficar em 32,35
milhões de toneladas nesse próximo ano comercial. Já a produção mundial de colza e
canola deve alcançar 54,4 milhões de toneladas.
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4. No Brasil, sob efeito do forte recuo em Chicago e de um câmbio que voltou ao patamar
de R$ 1,93 por dólar na quinta-feira (16), os preços locais sofreram fortes recuos na
média. O balcão gaúcho caiu para R$ 43,85 por saco, enquanto os lotes vieram para
níveis entre R$ 47,90 e R$ 48,40 por saco, perdendo quase 5% na semana. Nas
demais praças pesquisadas no país, os lotes oscilaram entre R$ 41,60 em Barreiras
(BA) e R$ 48,42 por saco em Cascavel (PR).
Como já tínhamos alertado, o mercado local está ao sabor destes dois componentes
básicos na formação de preço (Chicago e câmbio), atualmente ambos negativos na
formação dos preços. Isso coloca em dificuldades, no momento, aqueles produtores
que ainda possuem soja para comercializar, embora os preços ainda se mantenham
em níveis aceitáveis, porém, longe dos melhores momentos.
Todavia, é bom lembrar que a volatilidade no mercado permanece e a qualquer
momento pode-se ter oscilações positivas, nem que seja para tomada de lucros dentro
dos tradicionais ajustes técnicos realizados pelos operadores na Bolsa. Porém, em
termos de tendência estrutural, o mercado ainda indica condições de baixa, como
adiantamos no início deste comentário, em não havendo problemas climáticos nos EUA
até final de setembro.
Vale destacar que os preços internos só não recuaram mais porque se está em
entressafra e os preços, nos portos nacionais, estão bastante elevados, girando, para
agosto, entre US$ 1,10 e US$ 1,48 por bushel.
Enfim, a semana terminou com a informação de que os casos de ferrugem asiática
foram maiores do que os registrados no ano passado, em algumas regiões do país. No
Centro-Oeste foram gastos R$ 990 milhões para controlar a ferrugem nesta última
safra. Segundo pesquisa da Universidade de Rio Verde, desenvolvida pelo professor
Luiz Henrique Carregal, o custo foi de 2,5 a 3 sacos de soja por hectare. Esta realidade
faz com que a soja inox, resistente à ferrugem e que será semeada comercialmente na
próxima safra, ganhe ainda mais importância. Afinal, desde que foi detectada pela
primeira vez no Brasil, em 2001-02, a ferrugem asiática já causou prejuízos de US$
11,6 bilhões. Somente na última safra a doença causou prejuízos de US$ 1,5 bilhão em
todo o país.
Abaixo segue o gráfico da variação de preços da soja e seus derivados no período de
19/06 e 16/07/2009.
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5. Gráfico da Variação das Cotações da Soja entre 19/06 e 16/07/09
(CBOT)
12,60
12,30
12,00
11,70
US$/bushel
11,40
11,10
10,80
10,50
10,20
9,90
9,60
09
09
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6/
7/
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7/
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25
02
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26
03
10
Período Semanal
Gráfico da Variação das Cotações do Farelo de Soja entre 19/06 e
16/07/09 (CBOT)
425,00
400,00
US$/Tonelada Curta
375,00
350,00
325,00
300,00
275,00
250,00
09
09
09
09
6/
7/
7/
7/
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/0
/0
/0
25
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16
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a
a
a
6
6
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Período Semanal
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6. Gráfico da Variação das Cotações do Óleo de Soja entre 19/06 e
16/07/09 (CBOT)
36,75
36,00
35,25
Cents/Libra Peso
34,50
33,75
33,00
32,25
31,50
30,75
09
09
09
09
6/
7/
7/
7/
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/0
/0
/0
25
02
09
16
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a
a
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6
6
7
7
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/0
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/0
19
26
03
10
Período Semanal
MERCADO DO MILHO
As cotações do milho, em Chicago, igualmente cederam durante a semana, porém, em
menor intensidade do que a soja. O fechamento desta quinta-feira (16) ficou em US$
3,16 por bushel, após US$ 3,59 no dia 13-07.
O mercado igualmente sofreu as conseqüências de um menor movimento especulativo,
assim como efeitos do relatório de oferta e demanda anunciado no último dia 10. Além
disso, o clima transcorre bem nos EUA, confirmando a possibilidade de uma safra
acima do inicialmente previsto (agora projetada em 313 milhões de toneladas). Outro
fator que pesou sobre o mercado foi o fato dos estoques finais nos EUA, para 2009-10,
terem sido aumentados para 39,4 milhões de toneladas no relatório do dia 10, ou seja,
bem acima das projeções anteriores.
Em o clima nos EUA permanecendo bom até a colheita, em setembro, será difícil
segurar os preços, os quais podem recuar um pouco mais, rompendo o piso dos US$
3,00 por bushel quando da colheita.
Na Argentina, os preços médios da semana ficaram em US$ 155,00 por tonelada FOB,
com um pequeno recuo de 0,55%, enquanto no Paraguai os mesmos estiveram
estáveis em US$ 130,00 tonelada FOB.
No Brasil, os preços do cereal voltaram a recuar, com a média gaúcha no balcão
ficando em R$ 17,87 por saco, enquanto os lotes vieram para R$ 19,40 por saco no
norte do Estado. Nas demais praças brasileiras, os lotes oscilaram entre R$ 12,35 por
saco em Rondonópolis (MT) e R$ 21,14 por saco em Chapecó (SC), conforme tabela
no início deste boletim. Na exportação, compradores ficaram em US$ 161,00 por
tonelada, para agosto e setembro. A pressão da safrinha, associada a dificuldades na
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7. exportação, na medida em que o câmbio voltou a sobrevalorizar o Real, mantém um
volume importante de milho à disposição do mercado nacional no momento.
A notícia mais positiva foi o anúncio de que os leilões oficiais poderão iniciar mais cedo,
estando já previsto leilões de Pepro para o próximo dia 21 de julho, particularmente
para a região do Centro-Oeste (520.000 toneladas), sendo 320.000 toneladas no Mato
Grosso. Com isso, o mercado ficou mais calmo. Um leilão de Pep, com mais 500.000
toneladas, estaria programado para o dia 28 de julho.
Por outro lado, o sorgo se faz presente, com ofertas a R$ 15,50 por saco em São Paulo
e a R$ 14,80 por saco no Rio Grande do Sul. Em Goiás, os consumidores locais
conseguem obter o sorgo a R$ 12,00 por saco.
Enfim, a safrinha no Mato Grosso teria atingido 40% da área, sendo que a
comercialização local encontra-se praticamente parada, não havendo mais espaço
para estocagem. Tal quadro não permitirá uma recuperação de preços tão cedo.
Enquanto isso, o preço no sul do país ficará balizado pela internalização do produto
procedente do Paraná e Centro-Oeste.
A semana terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 28,68
por saco para o produto dos EUA e R$ 25,61 para o produto argentino. Esse último
valor e local vale igualmente para o mês de agosto. Na exportação, o transferido via
Paranaguá indicou valores de R$ 18,13 por saco para julho. R$ 18,62 para agosto. R$
18,73 para setembro; R$ 19,06 para outubro. R$ 19,52 para novembro; e R$ 19,25 por
saco para dezembro.
Abaixo segue o gráfico da variação de preços do milho no período de 19/06 e
16/07/2009.
Gráfico da Variação das Cotações do Milho entre 19/06 e 16/07/09
(CBOT)
4,00
3,90
3,80
3,70
US$/bushel
3,60
3,50
3,40
3,30
3,20
3,10
09
09
09
09
6/
7/
7/
7/
/0
/0
/0
/0
25
02
09
16
a
a
a
a
6
6
7
7
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/0
/0
/0
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10
Período Semanal
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8. MERCADO DO TRIGO
No mercado do trigo, as cotações em Chicago, contrariamente aos outros dois grãos,
registraram uma elevação nesta semana, fechando a quinta-feira (16) em US$ 5,33 por
bushel, após US$ 4,91 no dia 10-07.
Tal movimento, além da confirmação de uma menor safra nos EUA, foi influenciado
pelas perdas climáticas na atual colheita, além do mercado ter estado sobrevendido no
início da semana, fato que levou à cobertura de posições por parte dos especuladores
em Chicago.
Na Argentina, os preços nominais ficaram entre US$ 245,00 e US$ 250,00 por
tonelada, com a tendência de um plantio de apenas 2,75 milhões de hectares, após
nova revisão para baixo na área local. Isso deixaria a produção local, na futura safra,
no máximo em 8 milhões de toneladas, fato que permitiria o vizinho país exportar
apenas 2 milhões de toneladas em 2009-10. Até o final desta semana, cerca de 1,96
milhão de hectares teriam sido semeados. Chuvas ocorridas na semana permitiram
acelerar um pouco o plantio.
Já no Uruguai, o plantio será maior, na expectativa de ganhar terreno que será deixado
pelos argentinos. A área da atual safra seria de 550.000 hectares, contra 480.000 no
ano anterior. Com isso, a produção total ficaria em 1,5 milhão de toneladas, em caso
de clima normal, fato que deixaria disponível para exportar algo em torno de um milhão
de toneladas. Isso acaba tranquilizando o mercado brasileiro, pois o produto uruguaio
supriria parte do que a Argentina não poderá nos vender.
No mercado brasileiro, os preços voltaram a recuar, contrariando um início de
tendência altista que se desenhou duas semanas atrás e as nossas próprias
expectativas. Assim, a média gaúcha no balcão ficou em R$ 23,37 por saco, enquanto
os lotes, no mercado gaúcho, vieram a R$ 460,00 por tonelada. No Paraná os mesmos
fecharam a semana entre R$ 537,50 e R$ 545,50 por tonelada. Nestas condições,
dificilmente teremos melhorias de preço nesse ano, já que a futura safra nacional
ingressa no mercado em setembro. Talvez uma pequena melhoria possa ocorrer em
agosto, porém, diante do quadro mundial e regional, muito remota. Um fator que veio
prejudicar a formação de um melhor preço ao produtor nacional foi a nova
sobrevalorização do Real, iniciada em março passado, a qual facilita as importações.
O mercado espera agora maior agressividade do governo, através de seus anunciados
leilões para o trigo, a fim de garantir pelo menos o preço mínimo. No Paraná, por
exemplo, ainda restam 9% da safra anterior para ser vendida.
Nesse Estado, 91% das lavouras se apresentam, até o momento, em estado bom a
ótimo, mostrando que as geadas não atingiram as lavouras de forma importante. No
Rio Grande do Sul, por sua vez, 90% da área teria sido já semeada, podendo não
haver redução de área, em relação ao ano anterior, segundo a Emater. Essa conclusão
deriva de novas pesquisas a campo feita pela instituição oficial. Todavia, setores
privados falam em redução de pelo menos 10% na área,
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9. Enfim, a semana terminou com a importação, no CIF Sudeste brasileiro, valendo US$
318,94 por tonelada para o produto oriundo dos EUA; US$ 297,40 para o produto da
Argentina; e US$ 315,60 para o produto procedente do norte do Paraná.
Abaixo segue o gráfico da variação de preços do trigo no período entre 19/06 e
16/07/2009.
Gráfico da Variação das Cotações do Trigo entre 19/06 e 16/07/09
(CBOT)
5,50
5,40
5,30
5,20
US$/bushel
5,10
5,00
4,90
4,80
4,70
4,60
09
09
09
09
6/
7/
7/
7/
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25
02
09
16
a
a
a
a
6
6
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7
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19
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03
10
Período Semanal
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