1) O relatório do USDA manteve as estimativas de produção de soja nos EUA, mas reduziu os estoques finais, fazendo os preços subirem em Chicago;
2) No Brasil, os preços se mantiveram estáveis, variando entre R$47-R$51 por saco;
3) A safra brasileira de soja está se encaminhando para o fim com bons preços, mas há preocupação com os menores volumes de adubos adquiridos pelos produtores para a próxima safra.
1. DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ
Comentários referentes ao período entre 05/06 a 11/06/2009
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 1
Daniel Claudy da Silveira2
1
Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França,
coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2
Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI.
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2. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA
TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso)
Data
5/6/2009 12,25 396,00 39,73 6,23 4,44
8/6/2009 12,32 401,70 39,40 5,98 4,35
9/6/2009 12,43 407,80 39,45 6,13 4,44
10/6/2009 12,46 413,40 38,61 5,95 4,35
11/6/2009 12,67 428,00 38,20 5,94 4,41
Média 12,43 409,38 39,08 6,05 4,40
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda)
no mercado de lotes brasileiro - em Média semanal dos preços recebidos
praças selecionadas (em R$/Saco) pelos produtores do Rio Grande do
Var. % relação Sul
SOJA média anterior
milho soja trigo
RS - Passo Fundo 51,50 2,39 Produto
(saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
RS - Santa Rosa 51,13 2,66
RS - Ijuí 51,13 2,66
R$ 18,61 47,18 24,16
PR - Cascavel 50,24 2,74
Fonte: CEEMA, com base em informações da
MT - Rondonópolis 46,88 2,98 EMATER-RS.
MS - Ponta Porã 46,38 1,48
GO - Rio Verde (CIF) 47,00 0,64 Preços de outros produtos no RS
BA - Barreiras (CIF) 43,50 0,93
MILHO Var. % relação Média semanal dos preços recebidos
média anterior
pelos produtores do Rio Grande do Sul
Argentina (FOB)** 189,50 3,21
Paraguai (CIF)** 129,38 3,09
Paraguai (FOB)** 165,00 1,66 Produto 11/06/2009
RS - Erechim 22,38 4,07
SC - Chapecó 23,09 1,80
Arroz em casca
PR - Cascavel 20,56 3,33
(saco 60 Kg) 25,12
PR - Maringá 20,58 1,35
MT - Rondonópolis 16,08 2,13
Feijão (saco 60 Kg) 65,58
MS - Dourados 19,31 2,24
SP - Mogiana 20,89 1,69
Sorgo (saco 60 Kg) 14,88
SP - Campinas (CIF) 23,09 1,08
GO - Goiânia 18,94 1,87
Suíno tipo carne
MG - Uberlândia 19,69 2,43 (Kg vivo) 1,65
Var. % relação Leite (litro) cota-
TRIGO*** média anterior consumo (valor bruto) 0,59
RS - Carazinho 470,00 0,00
RS – Santa Rosa 470,00 0,00
Boi gordo (Kg vivo)* 2,48
PR - Maringá 541,25 -0,14
(*) compreende preços para pagamento em
PR - Cascavel 535,00 0,00 10 e 20 dias
* Período entre 05/06 e 11/06/09 Fonte: CEEMA, com base em informações da
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras EMATER-RS.
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
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3. MERCADO DA SOJA:
As cotações da soja em Chicago voltaram a subir, após o anúncio do relatório do
USDA na quarta-feira, dia 10. O fechamento desta quinta-feira (11) ficou em US$ 12,67
por bushel, algo que não era visto desde o final de agosto passado. Na prática, o
relatório pode ser considerado neutro, entretanto, o fato de ter reduzido mais uma vez
os estoques finais dos EUA, agora para a nova safra 2009-10, manteve as cotações
aquecidas.
O relatório, na sua essência, indicou o seguinte:
1) Manteve a área que está sendo cultivada nos EUA em 30,8 milhões de hectares,
fato que indica um aumento de apenas 0,5% em relação ao ano anterior;
2) A produção de manteve em 87 milhões de toneladas, com um crescimento de
8% sobre 2008-09;
3) Todavia, os estoques finais para o próximo ano ficaram em 5,72 milhões de
toneladas, ou seja, 8,7% abaixo do apontado em maio, porém, 91% acima do
que está sendo estimado para 2008-09;
4) Com isso, os preços médios para o novo ano comercial ficaram entre US$ 9,00 e
US$ 11,00 por bushel, aumentando 55 centavos de dólar em cada extremidade
do patamar indicado em maio, contra US$ 10,00 para a média de 2008-09 e
US$ 10,10 por bushel para a média de 2007-08;
5) Em termos mundiais a produção foi aumentada para 241,67 milhões de
toneladas, contra 210,91 milhões no corrente ano comercial;
6) Os estoques finais mundiais sobem para 51 milhões de toneladas (51,88 milhões
em maio), contra 41,85 milhões de toneladas no ano anterior;
7) A produção brasileira está estimada em 60 milhões de toneladas, a da Argentina
em 51 milhões e as importações da China em 38,1 milhões de toneladas (38,8
milhões estimadas para o atual ano comercial 2008-09).
Assim, no curto prazo (até julho) o mercado deve se manter em alta, encontrando um
nível de resistência ao redor de US$ 13,00 por bushel. Todavia, se olharmos os meses
futuros em Chicago, particularmente entre setembro e novembro, percebemos que o
mercado perde cerca de dois dólares por bushel. Ou seja, no médio e longo prazo,
diante de tais números de safra, as cotações deverão recuar, para ficarem ao redor da
média agora indicada pelo USDA. Lembramos que a média histórica (37 anos) é de
US$ 6,39 por bushel.
Nesse contexto, jogará um peso importante na tendência o relatório definitivo de plantio
para os EUA, previsto para o próximo dia 30 de junho. Pode haver surpresas no
mesmo, com um relativo aumento na área semeada com soja, fato que anteciparia a
baixa das cotações.
Mesmo assim, nestes últimos três anos, considerando já 2009-10, as cotações em
Chicago foram excepcionais e jamais vistas em uma série tão longa.
Dito isso, vale ainda destacar que os estoques dos EUA, junto aos 15 maiores óleos de
grãos e gorduras animais, recuaram 2% em abril passado, ficando em 2,28 milhões de
toneladas.
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4. Por outro lado, a oferta mundial de girassol, em 2009-10, deverá chegar a 34,6 milhões
de toneladas, registrando um recuo de 900.000 toneladas em relação ao ano anterior.
No hemisfério norte a produção deverá recuar 1,8 milhão de toneladas, chegando a
26,6 milhões de toneladas no próximo ano comercial. Já as exportações de girassol
chegaram a 2,2 milhões de toneladas em 2008-09, aumentando 900.000 toneladas em
relação ao ano anterior.
Na Índia, Oil World estima que a produção de colza, em 2008-09, tenha subido para 6,2
milhões de toneladas, após 4,85 milhões no ano anterior. A área semeada sofreu
acréscimo de 15%, porém, a produtividade média estaria sendo mais baixa nesse ano.
Enfim, a produção de óleo de palma da Malásia, em 2009, deverá atingir a 17,8
milhões de toneladas.
Na Argentina, o mercado continuou sem grandes negócios, diante da menor safra
obtida. A colheita, até o dia 04 de junho alcançava 98%, devendo estar encerrada
nesse momento.
No Brasil, os preços se mantiveram estáveis, com elevações no final da semana devido
a melhoria de Chicago. Todavia, o câmbio continuou a dificultar maiores ganhos já que
fechou a quarta-feira (10) em R$ 1,95. Assim, a média gaúcha no balcão ficou em R$
47,18/saco, enquanto os lotes giraram ao redor de R$ 51,50/saco. Nas demais praças
nacionais, os lotes ficaram entre R$ 44,00/saco em Barreiras (BA) e R$ 50,35/saco em
Cascavel (PR).
O mercado continua com vendas pontuais dos produtores, sendo que em muitas
regiões o vencimento de compromissos bancários força a venda de maiores volumes.
A safra está se encaminhando para o final de sua comercialização e registra preços
muito bons, para não dizer excelentes, fato que se manteve em quase todo o período.
Para essa atual safra a Conab, já na semana anterior, confirmou um volume de 57,3
milhões de toneladas sobre uma área de 21,5 milhões de hectares.
Para a safra futura, já preocupa o menor volume de adubos adquiridos pelos
produtores. Fato que se explica pelos ainda altos custos do insumo, o mesmo inquieta
porque pode comprometer a produtividade das futuras safras. Segundo a ANDA
(Associação Nacional para Difusão de Adubos), nos primeiros cinco meses de 2009 as
compras nacionais de NPK recuaram 26% em relação a igual período de 2008.
Abaixo segue o gráfico da variação de preços da soja e seus derivados no período de
15/05 e 11/06/2009.
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5. Gráfico da Variação das Cotações da Soja entre 15/05 e 11/06/09
(CBOT)
12,60
12,45
12,30
12,15
US$/bushel
12,00
11,85
11,70
11,55
11,40
11,25
11,10
09
09
09
09
5/
5/
6/
6/
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21
28
04
11
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a
a
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5
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05
Período Semanal
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6. Gráfico da Variação das Cotações do Farelo de Soja entre 15/05 e
11/06/09 (CBOT)
412,50
405,00
US$/Tonelada Curta
397,50
390,00
382,50
375,00
367,50
360,00
352,50
345,00
09
09
09
09
5/
5/
6/
6/
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/0
21
28
04
11
a
a
a
a
5
5
5
6
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/0
/0
15
22
29
05
Período Semanal
Gráfico da Variação das Cotações do Óleo de Soja entre 15/05 e
11/06/09 (CBOT)
40,25
39,90
39,55
Cents/Libra Peso
39,20
38,85
38,50
38,15
37,80
37,45
37,10
36,75
09
09
09
09
5/
5/
6/
6/
/0
/0
/0
/0
21
28
04
11
a
a
a
a
5
5
5
6
/0
/0
/0
/0
15
22
29
05
Período Semanal
MERCADO DO MILHO:
As cotações do milho em Chicago não acompanharam as da soja, fechando esta
quinta-feira (11) em US$ 4,41 por bushel, contra US$ 4,48 uma semana antes. O
relatório do USDA, considerado neutro, acabou confortando a posição do cereal, na
medida em que não indicou forte redução de área semeada nos EUA e o volume
produzido ficou o mesmo de maio.
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7. Assim, o referido relatório, divulgado no dia 10-06, indicou o seguinte:
1) Uma área de 34,4 milhões de hectares sendo semeada nos EUA, igualando-se
ao indicado em maio e apenas 1,16% abaixo do registrado no ano anterior;
2) A produção estadunidense chegará a 303,2 milhões de toneladas, recuando
apenas 1,37% sobre o ano anterior;
3) Todavia, os estoques finais dos EUA foram reduzidos em 4,8% em relação a
maio, para 27,7 milhões de toneladas, fato que reduz os mesmos em 31,9% em
relação ao ano anterior;
4) Os preços médios para 2009-10 ficam agora entre US$ 3,90 e US$ 4,70 por
bushel, contra US$ 4,20 em 2008-09 e 2007-08, e US$ 3,70 e US$ 4,50
apontados em maio para o novo ano comercial;
5) Em termos mundiais, o relatório indicou uma produção de 781,46 milhões de
toneladas, contra 787,27 milhões no ano anterior;
6) Os estoques mundiais ficariam em 125,46 milhões de toneladas em 2009-10,
após 138,54 milhões um ano antes;
7) A futura produção da Argentina está estimada em 15 milhões de toneladas
enquanto a do Brasil ficou em 54 milhões de toneladas (estima-se que nosso
país exporte 10 milhões de toneladas no próximo ano comercial).
Devemos notar que, mesmo com a forte redução nos estoques de milho, tanto dos
EUA quanto do mundo, Chicago recuou para o cereal. Assim, o comportamento do
mesmo demonstra uma contradição entre as notícias da soja e do milho, fato que
reforça o sentimento de que as cotações da soja deverão baixar no médio prazo. Nem
mesmo a melhoria dos preços do petróleo, que chegou a US$ 71,00 por barril no final
da quinta-feira (11), motivou elevações do milho. Ou seja, os movimentos em Chicago
e nas demais bolsas mundiais estão muito mais ao sabor da especulação, e a busca
por ganhos fáceis e rápidos, do que levados por reais fatos de mercado.
Na Argentina, a tonelada FOB de milho chegou a US$ 165,00 enquanto no Paraguai a
mesma ficou em US$ 130,00. Ainda na Argentina, a atual colheita de milho chegou a
91% em 04 de junho, contra 84% em igual período do ano anterior.
No mercado brasileiro, as médias voltaram a subir diante da redução das expectativas
de produção da safrinha, já que as geadas atingiram fortemente as lavouras
paranaenses, havendo novas geadas previstas para esse final de semana. Assim, o
balcão gaúcho ficou em R$ 18,61/saco, enquanto o sorgo foi negociado, na média, a
R$ 14,88/saco. Nos lotes, o norte gaúcho bateu em R$ 22,50/saco, enquanto nas
demais praças do país os mesmos giraram entre R$ 16,10 em Rondonópolis (MT) e R$
23,15 por saco em Chapecó (SC).
Portanto, o mercado se mantém aquecido, confirmando as últimas tendências
indicadas. Não há, no momento, indicativo de recuo nesses preços, porém, a partir da
colheita da safrinha, em meados de julho, poderemos assistir a um impacto de oferta
momentânea, a qual poderá frear o ímpeto dos preços. Em isso ocorrendo, os mesmos
retomarão suas elevações a partir de outubro. Sobretudo se as exportações chegarem
aos níveis de 8 milhões de toneladas, fato que nesse momento está difícil devido ao
câmbio desfavorável.
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8. Além disso, a crise econômico-financeira, que se abateu também sobre o país, provoca
um forte aumento nos estoques nacionais, os quais poderão segurar, logo mais, as
altas dos preços do milho. Tanto é verdade que em 31 de dezembro passado os
mesmos registravam um aumento de 118,2% sobre igual período de 2007. Assim, no
final do ano passado o país tinha estocado, segundo o IBGE, 8,7 milhões de toneladas.
A retomada de algumas exportações, particularmente da carne suína, que acabou
tendo suas vendas externas em crescimento de 9,87% entre janeiro e maio de 2009,
mais as quebras das safras de verão e da safrinha, tendem a consumir tais estoques
durante o ano, fato que justifica o aumento atual nos preços do milho. No entanto,
conta muito para a tendência permanecer, os volumes que serão efetivamente
exportados pelo país nesse ano.
Abaixo segue o gráfico da variação de preços do milho no período de 15/05 e
11/06/2009.
Gráfico da Variação das Cotações do Milho entre 15/05 e 11/06/09
(CBOT)
4,45
4,40
4,35
US$/bushel
4,30
4,25
4,20
4,15
4,10
09
09
09
09
5/
5/
6/
6/
/0
/0
/0
/0
21
28
04
11
a
a
a
a
5
5
5
6
/0
/0
/0
/0
15
22
29
05
Período Semanal
MERCADO DO TRIGO:
As cotações do trigo em Chicago fecharam a quinta-feira (11) em US$ 5,94 por bushel,
em significativo recuo em relação aos dias anteriores. Mesmo com o recuo na
produção estadunidense, indicado pelo relatório de oferta e demanda do dia 10, o
mercado não reagiu, preferindo acompanhar a tendência de estoques mais
consistentes. Na verdade, os números de produção e estoques estão um tanto
contraditórios, fato que deverá levar a um ajuste num futuro próximo.
Todavia, e por enquanto, o mercado assimila os dados divulgados e não especula tanto
com esse cereal, embora o mesmo já tenha tido sua cota de alta semanas atrás.
Assim, o relatório do USDA indicou o seguinte:
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9. 1) A área semeada nos EUA, em trigo, ficou em 19,8 milhões de hectares, fato que
indica um recuo de 12,2% em relação ao ano anterior;
2) A produção final para 2009-10 está agora apontada em 54,9 milhões de
toneladas, ou seja, um recuo de 19,4% sobre o número do ano anterior;
3) Os estoques finais do cereal, nos EUA, foram reduzidos para 17,6 milhões de
toneladas, sendo 3,3% abaixo do registrado no ano anterior, porém 1,6% acima
do indicado em maio passado;
4) Os preços médios para o novo ano comercial ficam entre US$ 4,90 e US$ 5,90
por bushel, caindo 20 centavos de dólar em relação ao indicado em maio, e
contra US$ 6,85 que deverá ser a média de 2008-09 e US$ 6,48 por bushel que
foi a média de 2007-08;
5) A produção mundial de trigo, por sua vez, está agora projetada em 656,06
milhões de toneladas, contra 682,18 milhões no ano anterior;
6) Os estoques finais mundiais, no entanto, crescem para 182,65 milhões de
toneladas, contra 168,4 milhões em 2008-09;
7) Projeta-se uma produção de 11 milhões de toneladas para a Argentina, quando
o mercado local fala em algo em torno de apenas 8,5 milhões, e de 5,5 milhões
de toneladas para o Brasil, após as 6 milhões colhidas na última safra.
O mercado do trigo acompanha agora o desenvolvimento da safra de primavera, nos
EUA, a qual vem sofrendo problemas com o clima. Todavia, por enquanto, o mercado
se mantém baixista para o cereal.
Na Argentina, poucas novidades igualmente, com os preços locais permanecendo em
torno dos níveis da semana anterior.
No Brasil, os preços se mantêm baixos e sem alteração neste início de junho,
continuando a frustrar os produtores e a desestimular o novo plantio. A média gaúcha
no balcão fechou a semana em R$ 24,16 por saco, enquanto os lotes ficaram em R$
470,00 por tonelada no mercado do Rio Grande do Sul e entre R$ 535,00 e R$ 545,00
por tonelada no Paraná.
Nesse momento, as condições para um aumento nos preços locais diminuem
rapidamente, pois chegamos a meados de junho e o mercado não demonstra reações,
infelizmente. E o recuo dos preços mundiais, associado a um Real forte, apenas
favorece as importações, mesmo não havendo ofertas argentinas.
Abaixo segue o gráfico da variação de preços do trigo no período entre 15/05 e
11/06/2009.
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10. Gráfico da Variação das Cotações do Trigo entre 15/05 e 11/06/09
(CBOT)
6,60
6,50
6,40
6,30
US$/bushel
6,20
6,10
6,00
5,90
5,80
5,70
5,60
09
09
09
09
5/
5/
6/
6/
/0
/0
/0
/0
21
28
04
11
a
a
a
a
5
5
5
6
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/0
/0
15
22
29
05
Período Semanal
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