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DECon         Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ




               Comentários referentes ao período entre 10/04 a 16/04/2009




                             Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1
                               Daniel Claudy da Silveira2



1
   Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França,
coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2
  Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI.
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON              CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000             IJUÍ – RS - BRASIL
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Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
      Produto
                GRÃO DE SOJA     FARELO DE SOJA        ÓLEO DE SOJA
                                                                             TRIGO (US$/bushel)     MILHO (US$/bushel)
                 (US$/bushel)     (US$/ton. curta)    (cents/libra peso)
   Data
 10/4/2009        Feriado            Feriado              Feriado                Feriado                Feriado
 13/4/2009         10,21             313,10                36,06                  5,23                   3,87
 14/4/2009         10,36             316,30                36,95                  5,22                   3,94
 15/4/2009         10,35             317,30                36,95                  5,15                   3,84
 16/4/2009         10,58             329,40                36,75                  5,24                   3,85
   Média          10,38             319,03       36,68              5,21                                  3,88
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos      bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo                    tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.

Médias semanais* (compra e venda)
                                                       Média semanal dos preços recebidos
no mercado de lotes brasileiro - em
                                                       pelos produtores do Rio Grande do
praças selecionadas (em R$/Saco)
                                                       Sul
                                   Var. % relação
             SOJA                  média anterior
                                                                         milho           soja               trigo
RS - Passo Fundo         48,13         2,39              Produto
                                                                      (saco 60 Kg)   (saco 60 Kg)       (saco 60 Kg)
RS - Santa Rosa          47,63         2,42
RS - Ijuí                47,69         2,55
                                                         R$       16,69     45,45       24,18
PR - Cascavel            46,75         1,67
                                                       Fonte: CEEMA, com base em informações da
MT - Rondonópolis        42,09         1,61            EMATER-RS.
MS - Ponta Porã          43,63         3,62
GO - Rio Verde (CIF)     43,25         1,76                Preços de outros produtos no RS
BA - Barreiras (CIF)     40,75         1,62
                                   Var. % relação      Média semanal dos preços recebidos
             MILHO                 média anterior
                                                       pelos produtores do Rio Grande do Sul
Argentina (FOB)**       165,00          0,00
Paraguai (CIF)**        110,00          0,00
                                                                    Produto                       16/04/2009
Paraguai (FOB)**        145,00          0,00
RS - Erechim             18,76          0,87
SC - Chapecó             20,70          0,73
                                                              Arroz em casca
PR - Cascavel            18,04          1,05
                                                               (saco 60 Kg)                           27,62
PR - Maringá             18,50          2,21
MT - Rondonópolis        14,75          0,00
                                                           Feijão (saco 60 Kg)                        71,18
MS - Dourados            17,25          0,00
SP - Mogiana             18,80          0,27
                                                          Sorgo (saco 60 Kg)                          13,63
SP - Campinas (CIF)      21,00         -0,62
                                                           Suíno tipo carne
GO - Goiânia             18,75         -1,06
                                                               (Kg vivo)                               1,62
MG - Uberlândia          19,75          0,30
                                                           Leite (litro) cota-
                                   Var. % relação
          TRIGO***                 média anterior        consumo (valor bruto)                         0,55
 RS - Carazinho         470,00      -0,84
 RS – Santa Rosa        470,00      -0,84
                                                           Boi gordo (Kg vivo)*                        2,50
 PR - Maringá           550,00       0,00
                                                       (*) compreende preços para pagamento em
 PR - Cascavel          535,00       0,00              10 e 20 dias
* Período entre 10/04 e 16/04/09                       Fonte: CEEMA, com base em informações da
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras               EMATER-RS.
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada


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MERCADO DA SOJA:
As cotações da soja continuaram subindo nesta semana, na esteira dos relatórios de
intenção de plantio e de oferta e demanda, que acabaram sendo altistas no curto
prazo. Assim, o fechamento desta quinta-feira (16) ficou em US$ 10,58/bushel, contra
US$ 10,07 uma semana antes e US$ 9,08/bushel na média de março. Além disso, em
relação ao fechamento do dia 30/03, véspera do anúncio do relatório de intenção de
plantio, o ganho supera um dólar e meio por bushel, representando 17% em menos de
20 dias. Obviamente, a partir do plantio nos EUA, caso a área venha a ser maior, tais
preços tendem a recuar.

Paralelamente, os registros de exportação, para a safra 2008/09, na semana encerrada
em 02/04, atingiram a 431.500 toneladas, contra 599.800 toneladas na semana
anterior. No acumulado do ano o volume chega a 29,5 milhões de toneladas para o
grão, contra 27,7 milhões no ano anterior. Na semana encerrada em 09/04, tais
registros ficaram em 808.300 toneladas. Por sua vez, os embarques, na semana
encerrada em 09/04, chegaram a 557.400 toneladas, contra 576.600 toneladas na
semana anterior. No acumulado do ano 2008/09 o volume chega a 26,3 toneladas,
contra 23,7 toneladas um ano antes.

Afora isso, embora o relatório de oferta e demanda tenha indicado importações
chinesas em 36 milhões de toneladas, o mercado estima que o volume será maior,
sendo a maior parte comprada nos EUA. Esse é mais um fator que vem sustentando
Chicago, embora em cima de suposições, por enquanto.

Em síntese, afora os movimentos especulativos, o mercado se baseia na estabilização
da área a ser plantada nos EUA, estoques locais reduzidos, quebra de safra na
Argentina e sul do Brasil, e uma demanda firme por parte da China.

O prêmio no Golfo do México fechou a semana entre 48 e 52 centavos de dólar por
bushel.

Na Argentina, o prêmio em Rosário ficou entre 40 e 55 centavos de dólar por bushel,
com o mercado ainda muito retraído. A área de soja colhida, até o dia 09/04, chegava a
38% do total, contra 25% em igual período do ano anterior. Em girassol, a área colhida,
na mesma data, atingia a 98%, contra 93% um ano antes. A produção de soja no
vizinho país foi revista, mais uma vez, para baixo, devendo ficar entre 36 e 38 milhões
de toneladas, contra as 46,2 milhões colhidas no ano anterior e as 50 milhões de
toneladas inicialmente previstas para serem colhidas em 2009.

Em termos mundiais, enquanto crescem as exportações de soja somadas de EUA,
Brasil e Argentina, a Índia anuncia que suas vendas externas de farelo de soja deverão
recuar em até 1,1 milhão de toneladas neste ano.

Na Europa, o CIF Rotterdam, para os pellets de soja, registraram um valor de US$
407,00/tonelada, tanto para o produto brasileiro quanto para o produto argentino,
ambos para abril.



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No Brasil, os preços se mantiveram firmes, graças a Chicago, já que a colheita
continua pressionando e o câmbio voltou a desfavorecer, com o dólar fechando a
quinta-feira (16) em R$ 2,17 mesmo após intervenção do Banco Central brasileiro.

A média gaúcha, no balcão, atingiu a R$ 45,45/saco, enquanto os lotes variaram entre
R$ 48,50 e R$ 49,00/saco. Nas demais praças, os lotes giraram entre R$ 41,00/saco
em Barreiras (BA) e R$ 48,00/saco em Cascavel (PR). Efetivamente, os preços
internos só não estão melhores porque o câmbio puxa para baixo os mesmos. Entre os
dias 30/03 e 16/04, por exemplo, enquanto Chicago ganhou 17% no preço o dólar
perdeu 7% de seu valor no Brasil.

A colheita brasileira, até o dia 09/04, chegava a 68% da área total, estando agora
exatamente na média histórica. O Rio Grande do Sul havia colhido 28%, o Paraná
87%, Mato Grosso 92%, Mato Grosso do Sul 95%, Goiás 71%, São Paulo 94%, Minas
Gerais 69%, Bahia 17% e Santa Catarina 18%.

A firmeza dos preços ajuda o setor, na medida em que a safra geral será menor (58
milhões de toneladas), sendo que no sul do país as perdas, diante de uma severa seca
que retornou em março e abril, as perdas são acentuadas.

Os prêmios nos diferentes portos nacionais oscilaram entre 47 e 65 centavos de dólar
por bushel, com melhoria acentuada em Rio Grande, diante da menor oferta de
produto, por um lado, e melhoria no sistema operacional do porto. Para abril, por
exemplo, os mesmos fecharam a semana entre 60 e 65 centavos de dólar por bushel.

No curto prazo, em função de Chicago, os preços devem se manter firmes, porém, há
probabilidades de recuo logo mais, caso o plantio nos EUA transcorrer bem e a área
confirmar o que analistas privados indicavam (aumento de 8%). Todavia, não se pode
ignorar igualmente que dados de curto prazo da economia dos EUA, indicando certa
melhora de alguns indicadores, estimulam a especulação, elevando as cotações.

Enfim, a ciência vem trazendo alento aos produtores de soja do país. Após o
lançamento da soja inox no Mato Grosso, resistente à ferrugem asiática, os EUA
anunciam que estudos conseguiram identificar os genes resistentes à ferrugem asiática
na oleaginosa.

Paralelamente, diante da crise e dos altos custos de produção, os produtores diminuem
a compra de fertilizantes em geral. No Brasil, em março, as vendas do insumo caíram
23%, segundo a Associação Nacional para a Difusão de Adubos. No primeiro trimestre
do ano foram vendidas 4,15 milhões de toneladas, ou seja, um recuo de 23,7% em
relação ao mesmo período do ano anterior. Embora compreensível diante da realidade
econômica atual, isso poderá comprometer a produtividade futura das principais safras
no país.


                                  MERCADO DO MILHO:
As cotações do milho em Chicago não reagiram nesta semana, contrariando a
tendência apresentada pela soja. As mesmas fecharam a quinta-feira (16) em US$

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3,85/bushel, contra US$ 3,90 uma semana antes e US$ 3,76/bushel na média de
março. Os valores atuais são praticamente os mesmos registrados em 30/03, véspera
do relatório de intenção de plantio, quando o bushel de milho fechou em US$ 3,86. Tal
comportamento serve de alerta para um possível ajuste para baixo na soja
futuramente.

Na prática, o mercado está mais preocupado com o estoque final dos EUA, que
diminuiu pouco na projeção do relatório de oferta e demanda do dia 09/04, enquanto
praticamente não reduziu a área a ser semeada.

Paralelamente, o petróleo não apresenta oscilações fora do contexto dos US$ 45,00 a
US$ 55,00/barril, o que não estimula muito o etanol de milho, embora a esse preço do
petróleo, o mesmo já se mostre viável economicamente, ao menos na indústria.

Ao mesmo tempo, as exportações semanais chegaram a 1,06 milhão de toneladas na
semana encerrada em 02/04. Já uma semana depois as mesmas ficaram em 879.600
toneladas para o ano comercial 2008/09. O clima indica chuvas e aumento do calor na
região produtora do milho nos EUA, num momento em que o plantio começa, o que é
positivo para a cultura.

No fundo, o mercado está considerando, em se mantendo a área a ser semeada, que
em clima normal a oferta estadunidense será importante, diante de uma conjuntura
pouco favorável ao consumo de etanol e rações animais. Isso puxa os preços do cereal
para baixo.

Na Argentina, os preços da tonelada FOB fecharam a semana em US$ 165,00,
enquanto no Paraguai a mesma se manteve em US$ 110,00. A colheita de milho na
Argentina, igualmente atingida pela estiagem, chegou a 44% da área no dia 09/04,
contra 33% no mesmo período do ano anterior. Por sua vez, a Bolsa de Buenos Aires
anuncia uma colheita de 59% em 16/04, com uma safra total de apenas 13,5 milhões
de toneladas do cereal.

No mercado brasileiro, os preços permanecem baixos, com o retorno da colheita da
safra de verão, na medida em que diminui a colheita de soja. Assim, o preço médio
gaúcho, no balcão, fechou a semana em R$ 16,69/saco, enquanto o sorgo ficou em R$
13,63/saco. Nos lotes, os preços subiram um pouco, com o norte gaúcho pagando R$
19,25/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes oscilaram entre R$ 14,75/saco em
Rondonópolis (MT) e R$ 21,15/saco em Chapecó (SC). Na exportação, não houve
interesse comprador, enquanto os vendedores ofereciam a tonelada a US$ 173,00 para
abril.

Na prática, o mercado interno continua travado, diante da pressão de oferta e um
consumo relativamente estagnado, com estoques nacionais importantes. O governo
tenta aliviar o problema com leilões de PEP. No dia 09/04 um leilão deste tipo vendeu
58% das 40.000 toneladas oferecidas. Já o leilão de Pepro negociou todas as 20.000
toneladas ofertadas naquele dia. Outro leilão, nas mesmas características, foi realizado
no dia 16/04.

Até o dia 13/04 a colheita nacional do chamado milho de verão atingia 57,6% da área,
sendo que o Rio Grande do Sul chegava a 78%. Em Santa Catarina a mesma alcança
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52%. Em São Paulo, o corte realizado chegava a 49%, no Paraná 62%. A área total
estimada no Centro-Sul brasileiro é de 6,05 milhões de hectares ou 4,5% a menos do
que a concretizada no ano anterior. (cf. Safras & Mercado)

Vale ainda destacar que, enquanto a seca atinge fortemente o milho do tarde em Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, no Centro-Oeste e Minas Gerais é o excesso de chuva
que atrapalha a colheita e causa algumas perdas. Por outro lado, o plantio da safrinha
avança nas regiões propícias ao produto, tendo chegado a 98% da área no Paraná.
Segundo o Deral, espera-se uma área total de 1,54 milhão de hectares naquele
Estado, a qual seria 2% abaixo do registrado no ano anterior. No entanto, a produção
da safrinha está estimada em 6,43 milhões de toneladas, contra 5,7 milhões em 2008.

A semana terminou com a importação valendo R$ 33,35/saco para abril, para o produto
dos EUA, e R$ 29,78/saco para o produto da Argentina, tanto para abril quanto para
maio. Já as exportações, no transferido via Paranaguá (PR), alcançavam R$
20,74/saco para abril, R$ 20,87 para maio, R$ 21,10 para junho, R$ 21,95 para julho,
R$ 22,64 para agosto e setembro.


                                   MERCADO DO TRIGO:
As cotações do trigo em Chicago ficaram praticamente estáveis em relação ao final da
semana anterior. O fechamento desta quinta-feira (16) chegou a US$ 5,24/bushel,
contra US$ 5,22 uma semana antes, US$ 5,21 na média de março e US$ 5,12/bushel
no dia 30/03, véspera do relatório de intenção de plantio dos EUA.

O mercado não encontra motivos de aumento nas cotações diante de uma oferta
mundial importante e estoques finais em crescimento. Além disso, o dólar perdeu força
no mercado mundial, dificultando as exportações do cereal por parte dos produtores
estadunidenses. Somam-se a isso as previsões de chuvas positivas para as lavouras
nas regiões produtoras daquele país.

As inspeções dos EUA, para exportação, na semana encerrada em 09/04, alcançaram
562.166 toneladas, acumulando no ano comercial 2008/09, iniciado em 01/06/2008, um
total de 23,97 milhões de toneladas, contra 29,47 milhões no ano anterior. As vendas
líquidas dos EUA somaram 121.500 toneladas apenas, na semana encerrada em
09/04, contra 189.400 toneladas na semana anterior.

Por sua vez, as condições das lavouras semeadas com trigo de inverno, nos EUA, em
12/04 apresentavam 42% entre boas a excelentes, 33% regulares e 25% entre ruins e
muito ruins. Quanto ao trigo de primavera, até o dia 12/04 o plantio havia chegado a
apenas 2%, contra a média histórica de 11%.

Na Argentina, diante da falta de notícias quanto a novas liberações de registros para
exportação, os preços nominais recuaram para valores entre US$ 210,00 e US$
215,00/tonelada. A cadeia produtiva do vizinho país solicita a redução de 10% na tarifa
de exportação do cereal, já que a mesma chega hoje a 23% e retira a possibilidade de
ganhos por parte dos exportadores e mesmo produtores. Se isso vier a ocorrer, o trigo


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argentino ficaria ainda mais competitivo para o Brasil, atrapalhando uma possível
recuperação dos preços para maio em diante. (cf. Safras & Mercado)

Além disso, outros fatores conspiram contra uma melhoria nos preços brasileiros do
trigo. Dentre eles, pode-se citar:

1) no Paraná, ainda existe trigo paraguaio a preços competitivos, fato que auxilia a
frear uma alta nos preços do produto nacional. Por enquanto, a expectativa continua
sendo de que os preços do trigo de qualidade superior, no Brasil, venha a subir em
maio/junho próximos. Por outro lado, existe igualmente trigo uruguaio sendo ofertado,
fato que compensa, por enquanto, a falta do produto argentino. Nesse contexto, e
diante de moinhos nacionais ainda abastecidos, o preço no Brasil não sobe, frustrando
expectativas iniciais;

2) segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entraram no Brasil,
em março, 709.000 toneladas, ou seja, 44% acima do volume registrado em fevereiro.
A nova valorização recente do Real favorece as importações. Desse total, a Argentina
participou com 582.000 toneladas (cumprimento de contratos anteriores). O restante
veio do Paraguai e Uruguai;

3) outros dois fatores negativos para a formação de um preço melhor no país se
encontram no menor consumo de farinha de trigo e o recuo dos preços mundiais, a
partir de Chicago, que torna competitivo o produto do exterior. A situação poderá se
complicar ainda mais, para os produtores que esperam preços melhores nos meses
futuros, caso o governo brasileiro decida isentar as importações externas ao Mercosul
da Tarifa Externa Comum (TEC), hoje em 10%, e do Adicional Sobre o Frete para
Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), hoje em 25%, como fez no ano passado;

4) enfim, considerando o ano comercial agosto/08 a julho/09, o Brasil já importou 3,9
milhões de toneladas de trigo em grão e 416.000 toneladas de farinha (equivalente
grão), fechando um total de 4,3 milhões de toneladas. Portanto, haveria ainda a
necessidade de importar 1,5 milhão de toneladas. Desse total, cerca de 500.000
toneladas viriam do Paraguai e Uruguai. O restante, ainda não se sabe ao certo. Fala-
se em produto da Rússia, dentro daquele acordo de negociar trigo por carne suína,
porém, ainda não existem registros de tal negociação. Afora tudo isso, sabe-se que as
políticas de apoio ao setor, por parte do governo, via AGF, contratos de opção de
venda e Programa da Agricultura Familiar somariam um estoque público de 880.834
toneladas. O mercado se pergunta como e quando o governo irá escoar tal volume. (cf.
Safras & Mercado)

Uma coisa é certa: se os preços não melhorarem a partir de maio, provavelmente os
produtores nacionais irão reduzir ainda mais a área a ser plantada com o cereal, a qual
está hoje estimada em redução de 13%.

Por enquanto, os preços continuam estagnados. A média gaúcha, no balcão, ficou em
R$ 24,18/saco, enquanto os lotes permaneceram em R$ 470,00/tonelada. No Paraná,
os mesmos giraram entre R$ 535,00 e R$ 550,00/tonelada.



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Enfim, o mercado registrou a venda integral das 150.000 toneladas ofertadas em leilão
de PEP, realizado no dia 09/04, para produto localizado no Rio Grande do Sul. O valor
de fechamento do prêmio ficou em R$ 176,00/tonelada;

A semana terminou com as importações, no CIF Sudeste brasileiro, valendo US$
316,28/tonelada para o produto dos EUA, US$ 255,37/tonelada para o produto da
Argentina, e US$ 282,79/tonelada para o produto oriundo do norte do Paraná.




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  • 1. DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ Comentários referentes ao período entre 10/04 a 16/04/2009 Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1 Daniel Claudy da Silveira2 1 Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA. 2 Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI. ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
  • 2. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT Produto GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel) (US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso) Data 10/4/2009 Feriado Feriado Feriado Feriado Feriado 13/4/2009 10,21 313,10 36,06 5,23 3,87 14/4/2009 10,36 316,30 36,95 5,22 3,94 15/4/2009 10,35 317,30 36,95 5,15 3,84 16/4/2009 10,58 329,40 36,75 5,24 3,85 Média 10,38 319,03 36,68 5,21 3,88 Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT. Médias semanais* (compra e venda) Média semanal dos preços recebidos no mercado de lotes brasileiro - em pelos produtores do Rio Grande do praças selecionadas (em R$/Saco) Sul Var. % relação SOJA média anterior milho soja trigo RS - Passo Fundo 48,13 2,39 Produto (saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg) RS - Santa Rosa 47,63 2,42 RS - Ijuí 47,69 2,55 R$ 16,69 45,45 24,18 PR - Cascavel 46,75 1,67 Fonte: CEEMA, com base em informações da MT - Rondonópolis 42,09 1,61 EMATER-RS. MS - Ponta Porã 43,63 3,62 GO - Rio Verde (CIF) 43,25 1,76 Preços de outros produtos no RS BA - Barreiras (CIF) 40,75 1,62 Var. % relação Média semanal dos preços recebidos MILHO média anterior pelos produtores do Rio Grande do Sul Argentina (FOB)** 165,00 0,00 Paraguai (CIF)** 110,00 0,00 Produto 16/04/2009 Paraguai (FOB)** 145,00 0,00 RS - Erechim 18,76 0,87 SC - Chapecó 20,70 0,73 Arroz em casca PR - Cascavel 18,04 1,05 (saco 60 Kg) 27,62 PR - Maringá 18,50 2,21 MT - Rondonópolis 14,75 0,00 Feijão (saco 60 Kg) 71,18 MS - Dourados 17,25 0,00 SP - Mogiana 18,80 0,27 Sorgo (saco 60 Kg) 13,63 SP - Campinas (CIF) 21,00 -0,62 Suíno tipo carne GO - Goiânia 18,75 -1,06 (Kg vivo) 1,62 MG - Uberlândia 19,75 0,30 Leite (litro) cota- Var. % relação TRIGO*** média anterior consumo (valor bruto) 0,55 RS - Carazinho 470,00 -0,84 RS – Santa Rosa 470,00 -0,84 Boi gordo (Kg vivo)* 2,50 PR - Maringá 550,00 0,00 (*) compreende preços para pagamento em PR - Cascavel 535,00 0,00 10 e 20 dias * Período entre 10/04 e 16/04/09 Fonte: CEEMA, com base em informações da Fonte: CEEMA com base em dados da Safras EMATER-RS. & Mercado. ** Preço médio em US$ por tonelada. *** Em Reais por tonelada ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
  • 3. MERCADO DA SOJA: As cotações da soja continuaram subindo nesta semana, na esteira dos relatórios de intenção de plantio e de oferta e demanda, que acabaram sendo altistas no curto prazo. Assim, o fechamento desta quinta-feira (16) ficou em US$ 10,58/bushel, contra US$ 10,07 uma semana antes e US$ 9,08/bushel na média de março. Além disso, em relação ao fechamento do dia 30/03, véspera do anúncio do relatório de intenção de plantio, o ganho supera um dólar e meio por bushel, representando 17% em menos de 20 dias. Obviamente, a partir do plantio nos EUA, caso a área venha a ser maior, tais preços tendem a recuar. Paralelamente, os registros de exportação, para a safra 2008/09, na semana encerrada em 02/04, atingiram a 431.500 toneladas, contra 599.800 toneladas na semana anterior. No acumulado do ano o volume chega a 29,5 milhões de toneladas para o grão, contra 27,7 milhões no ano anterior. Na semana encerrada em 09/04, tais registros ficaram em 808.300 toneladas. Por sua vez, os embarques, na semana encerrada em 09/04, chegaram a 557.400 toneladas, contra 576.600 toneladas na semana anterior. No acumulado do ano 2008/09 o volume chega a 26,3 toneladas, contra 23,7 toneladas um ano antes. Afora isso, embora o relatório de oferta e demanda tenha indicado importações chinesas em 36 milhões de toneladas, o mercado estima que o volume será maior, sendo a maior parte comprada nos EUA. Esse é mais um fator que vem sustentando Chicago, embora em cima de suposições, por enquanto. Em síntese, afora os movimentos especulativos, o mercado se baseia na estabilização da área a ser plantada nos EUA, estoques locais reduzidos, quebra de safra na Argentina e sul do Brasil, e uma demanda firme por parte da China. O prêmio no Golfo do México fechou a semana entre 48 e 52 centavos de dólar por bushel. Na Argentina, o prêmio em Rosário ficou entre 40 e 55 centavos de dólar por bushel, com o mercado ainda muito retraído. A área de soja colhida, até o dia 09/04, chegava a 38% do total, contra 25% em igual período do ano anterior. Em girassol, a área colhida, na mesma data, atingia a 98%, contra 93% um ano antes. A produção de soja no vizinho país foi revista, mais uma vez, para baixo, devendo ficar entre 36 e 38 milhões de toneladas, contra as 46,2 milhões colhidas no ano anterior e as 50 milhões de toneladas inicialmente previstas para serem colhidas em 2009. Em termos mundiais, enquanto crescem as exportações de soja somadas de EUA, Brasil e Argentina, a Índia anuncia que suas vendas externas de farelo de soja deverão recuar em até 1,1 milhão de toneladas neste ano. Na Europa, o CIF Rotterdam, para os pellets de soja, registraram um valor de US$ 407,00/tonelada, tanto para o produto brasileiro quanto para o produto argentino, ambos para abril. ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
  • 4. No Brasil, os preços se mantiveram firmes, graças a Chicago, já que a colheita continua pressionando e o câmbio voltou a desfavorecer, com o dólar fechando a quinta-feira (16) em R$ 2,17 mesmo após intervenção do Banco Central brasileiro. A média gaúcha, no balcão, atingiu a R$ 45,45/saco, enquanto os lotes variaram entre R$ 48,50 e R$ 49,00/saco. Nas demais praças, os lotes giraram entre R$ 41,00/saco em Barreiras (BA) e R$ 48,00/saco em Cascavel (PR). Efetivamente, os preços internos só não estão melhores porque o câmbio puxa para baixo os mesmos. Entre os dias 30/03 e 16/04, por exemplo, enquanto Chicago ganhou 17% no preço o dólar perdeu 7% de seu valor no Brasil. A colheita brasileira, até o dia 09/04, chegava a 68% da área total, estando agora exatamente na média histórica. O Rio Grande do Sul havia colhido 28%, o Paraná 87%, Mato Grosso 92%, Mato Grosso do Sul 95%, Goiás 71%, São Paulo 94%, Minas Gerais 69%, Bahia 17% e Santa Catarina 18%. A firmeza dos preços ajuda o setor, na medida em que a safra geral será menor (58 milhões de toneladas), sendo que no sul do país as perdas, diante de uma severa seca que retornou em março e abril, as perdas são acentuadas. Os prêmios nos diferentes portos nacionais oscilaram entre 47 e 65 centavos de dólar por bushel, com melhoria acentuada em Rio Grande, diante da menor oferta de produto, por um lado, e melhoria no sistema operacional do porto. Para abril, por exemplo, os mesmos fecharam a semana entre 60 e 65 centavos de dólar por bushel. No curto prazo, em função de Chicago, os preços devem se manter firmes, porém, há probabilidades de recuo logo mais, caso o plantio nos EUA transcorrer bem e a área confirmar o que analistas privados indicavam (aumento de 8%). Todavia, não se pode ignorar igualmente que dados de curto prazo da economia dos EUA, indicando certa melhora de alguns indicadores, estimulam a especulação, elevando as cotações. Enfim, a ciência vem trazendo alento aos produtores de soja do país. Após o lançamento da soja inox no Mato Grosso, resistente à ferrugem asiática, os EUA anunciam que estudos conseguiram identificar os genes resistentes à ferrugem asiática na oleaginosa. Paralelamente, diante da crise e dos altos custos de produção, os produtores diminuem a compra de fertilizantes em geral. No Brasil, em março, as vendas do insumo caíram 23%, segundo a Associação Nacional para a Difusão de Adubos. No primeiro trimestre do ano foram vendidas 4,15 milhões de toneladas, ou seja, um recuo de 23,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora compreensível diante da realidade econômica atual, isso poderá comprometer a produtividade futura das principais safras no país. MERCADO DO MILHO: As cotações do milho em Chicago não reagiram nesta semana, contrariando a tendência apresentada pela soja. As mesmas fecharam a quinta-feira (16) em US$ ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
  • 5. 3,85/bushel, contra US$ 3,90 uma semana antes e US$ 3,76/bushel na média de março. Os valores atuais são praticamente os mesmos registrados em 30/03, véspera do relatório de intenção de plantio, quando o bushel de milho fechou em US$ 3,86. Tal comportamento serve de alerta para um possível ajuste para baixo na soja futuramente. Na prática, o mercado está mais preocupado com o estoque final dos EUA, que diminuiu pouco na projeção do relatório de oferta e demanda do dia 09/04, enquanto praticamente não reduziu a área a ser semeada. Paralelamente, o petróleo não apresenta oscilações fora do contexto dos US$ 45,00 a US$ 55,00/barril, o que não estimula muito o etanol de milho, embora a esse preço do petróleo, o mesmo já se mostre viável economicamente, ao menos na indústria. Ao mesmo tempo, as exportações semanais chegaram a 1,06 milhão de toneladas na semana encerrada em 02/04. Já uma semana depois as mesmas ficaram em 879.600 toneladas para o ano comercial 2008/09. O clima indica chuvas e aumento do calor na região produtora do milho nos EUA, num momento em que o plantio começa, o que é positivo para a cultura. No fundo, o mercado está considerando, em se mantendo a área a ser semeada, que em clima normal a oferta estadunidense será importante, diante de uma conjuntura pouco favorável ao consumo de etanol e rações animais. Isso puxa os preços do cereal para baixo. Na Argentina, os preços da tonelada FOB fecharam a semana em US$ 165,00, enquanto no Paraguai a mesma se manteve em US$ 110,00. A colheita de milho na Argentina, igualmente atingida pela estiagem, chegou a 44% da área no dia 09/04, contra 33% no mesmo período do ano anterior. Por sua vez, a Bolsa de Buenos Aires anuncia uma colheita de 59% em 16/04, com uma safra total de apenas 13,5 milhões de toneladas do cereal. No mercado brasileiro, os preços permanecem baixos, com o retorno da colheita da safra de verão, na medida em que diminui a colheita de soja. Assim, o preço médio gaúcho, no balcão, fechou a semana em R$ 16,69/saco, enquanto o sorgo ficou em R$ 13,63/saco. Nos lotes, os preços subiram um pouco, com o norte gaúcho pagando R$ 19,25/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes oscilaram entre R$ 14,75/saco em Rondonópolis (MT) e R$ 21,15/saco em Chapecó (SC). Na exportação, não houve interesse comprador, enquanto os vendedores ofereciam a tonelada a US$ 173,00 para abril. Na prática, o mercado interno continua travado, diante da pressão de oferta e um consumo relativamente estagnado, com estoques nacionais importantes. O governo tenta aliviar o problema com leilões de PEP. No dia 09/04 um leilão deste tipo vendeu 58% das 40.000 toneladas oferecidas. Já o leilão de Pepro negociou todas as 20.000 toneladas ofertadas naquele dia. Outro leilão, nas mesmas características, foi realizado no dia 16/04. Até o dia 13/04 a colheita nacional do chamado milho de verão atingia 57,6% da área, sendo que o Rio Grande do Sul chegava a 78%. Em Santa Catarina a mesma alcança ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
  • 6. 52%. Em São Paulo, o corte realizado chegava a 49%, no Paraná 62%. A área total estimada no Centro-Sul brasileiro é de 6,05 milhões de hectares ou 4,5% a menos do que a concretizada no ano anterior. (cf. Safras & Mercado) Vale ainda destacar que, enquanto a seca atinge fortemente o milho do tarde em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Centro-Oeste e Minas Gerais é o excesso de chuva que atrapalha a colheita e causa algumas perdas. Por outro lado, o plantio da safrinha avança nas regiões propícias ao produto, tendo chegado a 98% da área no Paraná. Segundo o Deral, espera-se uma área total de 1,54 milhão de hectares naquele Estado, a qual seria 2% abaixo do registrado no ano anterior. No entanto, a produção da safrinha está estimada em 6,43 milhões de toneladas, contra 5,7 milhões em 2008. A semana terminou com a importação valendo R$ 33,35/saco para abril, para o produto dos EUA, e R$ 29,78/saco para o produto da Argentina, tanto para abril quanto para maio. Já as exportações, no transferido via Paranaguá (PR), alcançavam R$ 20,74/saco para abril, R$ 20,87 para maio, R$ 21,10 para junho, R$ 21,95 para julho, R$ 22,64 para agosto e setembro. MERCADO DO TRIGO: As cotações do trigo em Chicago ficaram praticamente estáveis em relação ao final da semana anterior. O fechamento desta quinta-feira (16) chegou a US$ 5,24/bushel, contra US$ 5,22 uma semana antes, US$ 5,21 na média de março e US$ 5,12/bushel no dia 30/03, véspera do relatório de intenção de plantio dos EUA. O mercado não encontra motivos de aumento nas cotações diante de uma oferta mundial importante e estoques finais em crescimento. Além disso, o dólar perdeu força no mercado mundial, dificultando as exportações do cereal por parte dos produtores estadunidenses. Somam-se a isso as previsões de chuvas positivas para as lavouras nas regiões produtoras daquele país. As inspeções dos EUA, para exportação, na semana encerrada em 09/04, alcançaram 562.166 toneladas, acumulando no ano comercial 2008/09, iniciado em 01/06/2008, um total de 23,97 milhões de toneladas, contra 29,47 milhões no ano anterior. As vendas líquidas dos EUA somaram 121.500 toneladas apenas, na semana encerrada em 09/04, contra 189.400 toneladas na semana anterior. Por sua vez, as condições das lavouras semeadas com trigo de inverno, nos EUA, em 12/04 apresentavam 42% entre boas a excelentes, 33% regulares e 25% entre ruins e muito ruins. Quanto ao trigo de primavera, até o dia 12/04 o plantio havia chegado a apenas 2%, contra a média histórica de 11%. Na Argentina, diante da falta de notícias quanto a novas liberações de registros para exportação, os preços nominais recuaram para valores entre US$ 210,00 e US$ 215,00/tonelada. A cadeia produtiva do vizinho país solicita a redução de 10% na tarifa de exportação do cereal, já que a mesma chega hoje a 23% e retira a possibilidade de ganhos por parte dos exportadores e mesmo produtores. Se isso vier a ocorrer, o trigo ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
  • 7. argentino ficaria ainda mais competitivo para o Brasil, atrapalhando uma possível recuperação dos preços para maio em diante. (cf. Safras & Mercado) Além disso, outros fatores conspiram contra uma melhoria nos preços brasileiros do trigo. Dentre eles, pode-se citar: 1) no Paraná, ainda existe trigo paraguaio a preços competitivos, fato que auxilia a frear uma alta nos preços do produto nacional. Por enquanto, a expectativa continua sendo de que os preços do trigo de qualidade superior, no Brasil, venha a subir em maio/junho próximos. Por outro lado, existe igualmente trigo uruguaio sendo ofertado, fato que compensa, por enquanto, a falta do produto argentino. Nesse contexto, e diante de moinhos nacionais ainda abastecidos, o preço no Brasil não sobe, frustrando expectativas iniciais; 2) segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entraram no Brasil, em março, 709.000 toneladas, ou seja, 44% acima do volume registrado em fevereiro. A nova valorização recente do Real favorece as importações. Desse total, a Argentina participou com 582.000 toneladas (cumprimento de contratos anteriores). O restante veio do Paraguai e Uruguai; 3) outros dois fatores negativos para a formação de um preço melhor no país se encontram no menor consumo de farinha de trigo e o recuo dos preços mundiais, a partir de Chicago, que torna competitivo o produto do exterior. A situação poderá se complicar ainda mais, para os produtores que esperam preços melhores nos meses futuros, caso o governo brasileiro decida isentar as importações externas ao Mercosul da Tarifa Externa Comum (TEC), hoje em 10%, e do Adicional Sobre o Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), hoje em 25%, como fez no ano passado; 4) enfim, considerando o ano comercial agosto/08 a julho/09, o Brasil já importou 3,9 milhões de toneladas de trigo em grão e 416.000 toneladas de farinha (equivalente grão), fechando um total de 4,3 milhões de toneladas. Portanto, haveria ainda a necessidade de importar 1,5 milhão de toneladas. Desse total, cerca de 500.000 toneladas viriam do Paraguai e Uruguai. O restante, ainda não se sabe ao certo. Fala- se em produto da Rússia, dentro daquele acordo de negociar trigo por carne suína, porém, ainda não existem registros de tal negociação. Afora tudo isso, sabe-se que as políticas de apoio ao setor, por parte do governo, via AGF, contratos de opção de venda e Programa da Agricultura Familiar somariam um estoque público de 880.834 toneladas. O mercado se pergunta como e quando o governo irá escoar tal volume. (cf. Safras & Mercado) Uma coisa é certa: se os preços não melhorarem a partir de maio, provavelmente os produtores nacionais irão reduzir ainda mais a área a ser plantada com o cereal, a qual está hoje estimada em redução de 13%. Por enquanto, os preços continuam estagnados. A média gaúcha, no balcão, ficou em R$ 24,18/saco, enquanto os lotes permaneceram em R$ 470,00/tonelada. No Paraná, os mesmos giraram entre R$ 535,00 e R$ 550,00/tonelada. ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
  • 8. Enfim, o mercado registrou a venda integral das 150.000 toneladas ofertadas em leilão de PEP, realizado no dia 09/04, para produto localizado no Rio Grande do Sul. O valor de fechamento do prêmio ficou em R$ 176,00/tonelada; A semana terminou com as importações, no CIF Sudeste brasileiro, valendo US$ 316,28/tonelada para o produto dos EUA, US$ 255,37/tonelada para o produto da Argentina, e US$ 282,79/tonelada para o produto oriundo do norte do Paraná. ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br