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Caderno de atenção básica - HAS
Classificação e rastreamento 
• Níveis elevados de pressão arterial. 
– Adultos e gestantes > 140/90 mmHg 
– Crianças = percentil maior ou igual a 95 na distribuição da pressão arterial 
– Idosos: Não é bem definido sendo aceito até 160 mmHg sistólico. 
• Associa-se, frequentemente, às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo 
(coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, com 
aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais
• A avaliação inicial de pessoas com de HAS deverá ser realizada pelo médico da 
UBS, identificando fatores de risco e considerar causas secundárias 
• Adultos: quando vierem à UBS e não tiverem registro no prontuário de ao menos 
uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverão tê-la verificada e registrada 
( bilateral ), 
– sendo verificada a cada dois anos se for abaixo de 120/80 mmHg 
– a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg e sem outros fatores de risco para 
doenças cardiovasculares. 
– em mais dois momentos em um intervalo de 1 – 2 semanas, se PA maior ou igual a 
140/90 mmHg ou PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg, na presença de outros fatores 
de risco ( fazer avaliação para identificar a presença de outros fatores de risco (FR) para 
DCV). 
– O indivíduo deve ser investigado se a diferença de pressão entre os dois MMSS for 
maior que 20 mmHg 
• Crianças : aferição anualmente a partir dos 3 anos ( rotina pediátrica )
• A partir de 115 mmHg (PS) e de 75 mmHg (PD), o risco para 
eventos cardiovasculares aumenta de forma constante, dobrando a 
cada 20 mmHg no primeiro caso e a cada 10 mmHg no segundo 
caso. 
• 140/90 mmHg = mais que o dobro de risco para doenças 
cardiovasculares 
• O acompanhamento evita a HAS e reduz as suas consequencias 
cardiovasculares
Epidemiologia 
• Prevalência no Brasil: entre 22% e 44% para 
adultos (32% em média), chegando a mais de 
50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% 
em indivíduos com mais de 70 anos 
• Mais frequente em baixa escolaridade 
• 13% o total de mortes atribuíveis a doenças 
cardiovasculares em 2007
Prevenção e assistência 
• A alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal e ao 
controle do peso, a prática de atividade física, o abandono do 
tabagismo e a redução do uso excessivo de álcool são 
• envolver usuários e cuidadores, em nível individual e coletivo, na 
definição e implementação de estratégias de controle à hipertensão. 
• Vencer as dificuldades em realizar o diagnóstico precoce, o 
tratamento e o controle dos níveis pressóricos dos usuários.
• Abordar/orientar sobre: 
• 1. A doença e o processo de envelhecimento. 
• 2. Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, 
estresse, bebida 
• alcoólica e sedentarismo). 
• 3. Percepção de presença de complicações. 
• 4. Os medicamentos em uso (indicação, doses, horários, efeitos desejados 
e colaterais). 
• 5. Solicitar e avaliar os exames previstos no protocolo assistencial local.
Avaliação laboratorial 
• O quadro clínico pode ser variável, sendo a melhor forma 
diagnóstica a aferição da pressão 
• eletrocardiograma
Linha de cuidado 
• Partir da situação problema: “atenção à HAS na Unidade Básica de Saúde”, 
problematizando a história natural da doença e como se dá a realização do cuidado 
das pessoas (qual o fluxo assistencial que deve ser garantido para pessoas com PA 
limítrofe e HAS, no sentido de atender às suas necessidades de saúde?). 
• Identificar quais são os pontos de atenção no 
município/distrito/região/estado e suas respectivas competências, utilizando uma 
matriz para sistematizar essa informação e dar visibilidade a ela (que ações esses 
pontos de atenção devem desenvolver incluindo ações promocionais, preventivas, 
curativas, cuidadoras, reabilitadoras e paliativas?). 
• Identificar as necessidades das Unidades Básicas de Saúde (UBS) quanto 
ao sistema logístico para o cuidado dos usuários (cartão SUS, prontuário eletrônico, 
centrais de regulação, sistema de transporte sanitário), pontuando o que já existe e o 
que necessita ser pactuado com a gestão municipal/distrital/regional/estadual. 
• Identificar as necessidades das UBS quanto ao sistema de apoio 
(diagnóstico, terapêutico, assistência farmacêutica e sistema de informação), 
pontuando o que já existe e o que necessita ser pactuado com a gestão 
municipal/distrital/regional/estadual. 
• Identificar como funciona o sistema de gestão da rede (espaços de 
pactuação – colegiado de gestão, Programação Pactuada Intergestores – PPI, Comissão 
Intergestores Regional – CIR, Comissão Intergestores Bipartite – CIB, entre outros). 
• Desenhar o itinerário terapêutico dos usuários na rede e relacionar as 
necessidades logísticas e de apoio necessárias. Definir, em parceria com outros pontos 
de atenção e gestão, os fluxos assistenciais que são necessários para atender às suas 
necessidades de saúde e as diretrizes ou protocolos assistenciais. 
• Identificar a população estimada de pessoas com HAS e os diferentes 
estratos de risco e realizar a programação de cuidado de acordo com as necessidades 
individuais e os parâmetros para essa doença. 
• Definir metas e indicadores que serão utilizados para monitoramento e 
avaliação das Linhas de Cuidado (Apêndice A).
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HAS 40

  • 1. Caderno de atenção básica - HAS
  • 2. Classificação e rastreamento • Níveis elevados de pressão arterial. – Adultos e gestantes > 140/90 mmHg – Crianças = percentil maior ou igual a 95 na distribuição da pressão arterial – Idosos: Não é bem definido sendo aceito até 160 mmHg sistólico. • Associa-se, frequentemente, às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais
  • 3. • A avaliação inicial de pessoas com de HAS deverá ser realizada pelo médico da UBS, identificando fatores de risco e considerar causas secundárias • Adultos: quando vierem à UBS e não tiverem registro no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverão tê-la verificada e registrada ( bilateral ), – sendo verificada a cada dois anos se for abaixo de 120/80 mmHg – a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg e sem outros fatores de risco para doenças cardiovasculares. – em mais dois momentos em um intervalo de 1 – 2 semanas, se PA maior ou igual a 140/90 mmHg ou PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg, na presença de outros fatores de risco ( fazer avaliação para identificar a presença de outros fatores de risco (FR) para DCV). – O indivíduo deve ser investigado se a diferença de pressão entre os dois MMSS for maior que 20 mmHg • Crianças : aferição anualmente a partir dos 3 anos ( rotina pediátrica )
  • 4. • A partir de 115 mmHg (PS) e de 75 mmHg (PD), o risco para eventos cardiovasculares aumenta de forma constante, dobrando a cada 20 mmHg no primeiro caso e a cada 10 mmHg no segundo caso. • 140/90 mmHg = mais que o dobro de risco para doenças cardiovasculares • O acompanhamento evita a HAS e reduz as suas consequencias cardiovasculares
  • 5. Epidemiologia • Prevalência no Brasil: entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos • Mais frequente em baixa escolaridade • 13% o total de mortes atribuíveis a doenças cardiovasculares em 2007
  • 6. Prevenção e assistência • A alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal e ao controle do peso, a prática de atividade física, o abandono do tabagismo e a redução do uso excessivo de álcool são • envolver usuários e cuidadores, em nível individual e coletivo, na definição e implementação de estratégias de controle à hipertensão. • Vencer as dificuldades em realizar o diagnóstico precoce, o tratamento e o controle dos níveis pressóricos dos usuários.
  • 7. • Abordar/orientar sobre: • 1. A doença e o processo de envelhecimento. • 2. Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, estresse, bebida • alcoólica e sedentarismo). • 3. Percepção de presença de complicações. • 4. Os medicamentos em uso (indicação, doses, horários, efeitos desejados e colaterais). • 5. Solicitar e avaliar os exames previstos no protocolo assistencial local.
  • 8. Avaliação laboratorial • O quadro clínico pode ser variável, sendo a melhor forma diagnóstica a aferição da pressão • eletrocardiograma
  • 9. Linha de cuidado • Partir da situação problema: “atenção à HAS na Unidade Básica de Saúde”, problematizando a história natural da doença e como se dá a realização do cuidado das pessoas (qual o fluxo assistencial que deve ser garantido para pessoas com PA limítrofe e HAS, no sentido de atender às suas necessidades de saúde?). • Identificar quais são os pontos de atenção no município/distrito/região/estado e suas respectivas competências, utilizando uma matriz para sistematizar essa informação e dar visibilidade a ela (que ações esses pontos de atenção devem desenvolver incluindo ações promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras e paliativas?). • Identificar as necessidades das Unidades Básicas de Saúde (UBS) quanto ao sistema logístico para o cuidado dos usuários (cartão SUS, prontuário eletrônico, centrais de regulação, sistema de transporte sanitário), pontuando o que já existe e o que necessita ser pactuado com a gestão municipal/distrital/regional/estadual. • Identificar as necessidades das UBS quanto ao sistema de apoio (diagnóstico, terapêutico, assistência farmacêutica e sistema de informação), pontuando o que já existe e o que necessita ser pactuado com a gestão municipal/distrital/regional/estadual. • Identificar como funciona o sistema de gestão da rede (espaços de pactuação – colegiado de gestão, Programação Pactuada Intergestores – PPI, Comissão Intergestores Regional – CIR, Comissão Intergestores Bipartite – CIB, entre outros). • Desenhar o itinerário terapêutico dos usuários na rede e relacionar as necessidades logísticas e de apoio necessárias. Definir, em parceria com outros pontos de atenção e gestão, os fluxos assistenciais que são necessários para atender às suas necessidades de saúde e as diretrizes ou protocolos assistenciais. • Identificar a população estimada de pessoas com HAS e os diferentes estratos de risco e realizar a programação de cuidado de acordo com as necessidades individuais e os parâmetros para essa doença. • Definir metas e indicadores que serão utilizados para monitoramento e avaliação das Linhas de Cuidado (Apêndice A).